Nephilins de Londres escrita por AceMe


Capítulo 8
Um Mês Com Nossa Nova Membro


Notas iniciais do capítulo

Demorou MUITO mesmo para fazer esse super capítulo. Eu estou em época de provas, então tenho que estudar, mas sempre tenho um tempo reservado para leitura e escrita



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Quarto dia depois da chegada de Ella:

Não demorou uma semana para se acostumar a vida nova. De vez em quando Ella ainda chamava alguém de senhor ou senhora e era normal ver uma discussão entre Olívia, Sophie e Ella para decidir quem acenderia a lareira para a Charlotte ou serviria o jantar, mas tirando isso estava tudo normal. Também não se desvês da capa, sempre que saia a usava: “Me apeguei muito a ela. Além disso, me protege um pouco da luz do sol.”, ela dizia.

Estava indo para a cozinha, normalmente ficava lá conversando e ajudando Olívia e Bridget ou ia para os estábulos ajudar e conversar com Cyril. Se sentia melhor nesses ambientes de trabalho, ela deixou a escravidão, mas parece que a escravidão em si ainda não a deixou. Passou o dia ajudando-os e estavam se tornando bons amigos. Também ajudava Charlotte a cuidar de Charlie, apesar dela insistir que não precisava.

Décimo dia depois da chegada de Ella:

–As primeiras palavras dele! Charlotte! Henry! Venham ver isso!

Ella estava passando mais um dia de babá, enquando Charlotte e Henry discutiam assuntos importantes na sala. Ser consulesa não é tarefa fácil.

–Não é possível, Ella! Ele começou a andar semana passada. Ele não pode estar falando agora!

–Venham ver então!

O casal se aproximou do bebê, que estava falando palavras como “mamãe”, “papai”, “fada”, “rainha”, “vampiros”, “médico”, “Ella”, “Tessa”, “Will” e outras coisas.

–Meu filho é um GÊNIO! Ele aprendeu o que um bebê normal levaria meses para fazer em menos de um terço do tempo! Puxou o pai! Esse menino vai fazer coisas incríveis!

–Querido, isso é impossível! Ninguém aprende tão rápido assim! E além disso, olha o que ele está falando, isso é muito estranho! Ella, você fez alguma coisa?

–Não senhora Bra… Charlotte. Ele deve ter ouvido vocês conversando e está repetindo as palavras, é comum vocês falarem essas coisas aqui.

–É verdade, Charlotte! Vamos comemorar! Que orgulho dessa criança!

–Está bem. - Charlotte pegou Charlie no colo - Está na hora da sonequinha dele, vou coloca-lo no berço.

Décimo quinto dia após a chegada de Ella:

Ella, Will e Cecily estavam, por incrivel que pareça, pique-pega. Ei, eles tinham que recuperar o tempo perdido! Tessa, Sophie, Gideon e Gabriel só observavam de longe, rindo daquilo tudo.

–Não vale! Ella é mais rápida que todo mundo junto.

–Tá bom. Então vamos brincar de que?

–Que tal de cabra-cega?

–Então você que vai trapacear, Will, já é uma o tempo todo.

Os outros começaram a chorar de tanto rir, e antes que Will pudesse responder com um comentário engraçadinho, a porta do instituto se abriu, e Tatiana Lighwood entrou com uma barriga um pouco avantajada, mostrando o início de uma gravidez:

–Gabriel! Gideon!

–Que foi, Tatiana?

–Eu...Quem é essa aí?

–Ella. Muito prazer. Você é a irmã deles, não é?

–Você. Você tem algo estranho, mas não é de você que está vindo essa sensação.

–Que sensação?

Charlotte e Henry chegaram, com Charlie no colo.

–Tatiana, querida. Algum problema?

–Essa bebê! É o seu filho?

–Sim… É por ele que você veio aqui?

–Tem algo emanando dele.

–Como assim algo emanando dele?

–Ele tem um cheiro diferente. Estranho. Eu vejo algo de especial nele, uma habilidade…

–Claro! Meu filho é um gênio! Ele andou e falou em menos de um mês e é muito inteligente, sabe uma porção de coisas, como ler, e…

–Henry, já está bom. Tatiana por que você veio aqui?

–Não sei. Algo me atraiu para cá. E eu acho que é seu filho. Eu tenho sonhado e eu o vejo com a rainha da corte seelie, eles estão conversando e...

Gideon interveio na conversa:

–Tatiana, isso de novo? Você sempre fica inventando essas histórias que sonhou com algo estranho. Se não só veio para isso, poderia se retirar, por favor.

–Não! Eu sonhei que meu marido iria morrer e aconteceu! Vocês tem que acreditar em mim! Por favor!

–Pare de mentir, você sempre fez isso só para chamar atenção. Não tem como o Charlie conversar com a rainha da corte seelie.

–Também não tem como falar e andar com metade do tempo normal.

–UM TERÇO da metade do tempo normal. - Henry corrigiu.

–Tanto faz. É mais impossível ainda.

–Sai daqui, Tatiana, por favor.

–Tudo bem. Vou sair. Mas irei voltar até que acreditem em mim!.-Tatiana se virou e saiu.

–Como assim ela inventa histórias que sonhou com alguma coisa?

–Desde criança ela sonha. Teve uma vez que ela sonhou que demônios onis iriam atacar nossa casa e na semana seguinte uns 8 ou 9 invadiram, nós conseguimos acabar com eles é claro. Mas normalmente os sonhos dela se realizam.-Gabriel respondeu

–Foi tudo uma coincidência. Tudo com que ela sonhou acontece normalmente.-Gideon retrucou.

–Cético.

–Tomara que Gideon esteja certo. Estou preocupada.

–Bobagem, querida. Nada acontecerá com Charlie.

Charlie estava falando coisas como “Ela está certa” e “Podem confiar”. Ele tem falado esses tipos de frases o tempo todo.

Vigésimo dia após a chegada de Ella:

Outro dia como babá. Charlotte e Henry estavam no laboratório de Henry resolvendo algo com o aperfeiçoamento de uma invenção de Henry. Sensor demoníaco, ou algo do tipo. Henry e Charlotte estavam exaustos, depois daquele dia, Tatiana volta sempre falando as mesmas coisas.

Ella e Charlie estavam na biblioteca. Tessa estava lendo em um sofá e os dois estavam brincando no chão. Charlie agora podia falar frases com sentido, respondia perguntas e conversava com as pessoas.

–Quer fazer o que hoje, Charlie?

–Quero ler um livro, Ella. Você pode ler comigo?

–Que livro vocês querem ler?-Tessa falou-Eu posso pegar.

–A Bela Adormecida.

–Eu acho que tem um exemplar em algum lugar por aqui…

–A Bela Adormecida tem fadas. Não são como as de verdade, mas já é um bom começo para treinar.

–Como assim, Charlie?

Nesse momento, Coroinha subiu até a última prateleira, onde estava o livro da Bela Adormecida. Tessa tentou pegar o livro do mesmo jeito, mas Coroinha quase a mordeu.

–Ai! Desculpa, quando Coroinha quer ficar em algum lugar, ninguem pode tirar.

–Tudo bem. Eu faço-o descer da estande.

–Charlie, melhor não, é perigoso…

Os olhos de Charlie ficaram claros e os de Coroinha também e Coroinha desceu da prateleira. Os olhos dos dois voltaram ao normal.

–Pronto.

Tessa e Ella se entreolharam e conversaram por telepatia para que ninguém pudesse ouvir. Elas não contaram nem mesmo ao Henry e a Charlotte, mas Charlie usou poder de possessão em Coroinha.

Vigésimo quinto dia após a chegada de Ella:

Ella estava conversando com Olívia e Bridget na cozinha. Era um pouco engraçado, porque quando só sabia das pessoas pela mente de Tessa, ela só via Bridget cantando aquelas músicas horriveis, mas até que ela era legal.

Tatiana foi expulsa de novo. Tessa e Ella estavam com um pouco de culpa, pois o que ela dizia era realmente verdade, mas pelo bem de Charlie, acharam melhor guardar segredo. Não sabiam qual seria a reação de Henry e Charlotte.

Um mês após a chegada de Ella ao instituto:

–Royal Straight Flush!-Bridget comemorou vitória.

Ella, Olívia e Bridget estavam jogando pôquer na sala de jantar de tardinha, um horário livre para todas.

–De novo, Bridget? Como você consegue ter tanta sorte assim?

–Na minha casa, quando não estava praticando meu incrivel talento de canto, jogava cartas.

–Talento de canto? Não sabia que você tinha isso.-Olívia falou.

–Ei! EU ia falar isso. A piada estava toda planejada na minha cabeça!-Ella bebeu um pouquinho do sangue de vaca no copo ao lado. Sempre bebia sangue animal uma vez por dia depois de caçar ela mesma.

Bridget deu um tapinha de leve no braço delas sorrindo:

–Bobas!

–Ai, pelo Anjo!

–Desculpa, Olívia! Não quis que doesse!

–Não é isso, é que acabei de lembrar que eu tinha que levar a ração do Balios e Xhantos para Cyril alimenta-los.

–Tudo bem. Deixa que eu faço isso.

–Não, Ella. Eu mesma vou lá.

–Não tem problema. Eu preciso falar um negócio com Cyril mesmo. Podem continuar jogando sem mim.

Olívia não insistiu e ficou jogando cartas com Bridget.

Olívia é uma pessoa bem esquecida, por isso, estava acostumada a ajuda-la com as tarefas. Memorizou onde se guarda cada coisa da casa, inclusive que a ração dos cavalos ficava em um armário baixo. Os pacotes são muito pesados, então Olívia os arrasta, mas isso não é um problema para Ella, que pega os sacos e os leva por cima dos ombros e sai por uma porta atrás.

O estábulo estava como sempre. O capuz protegia Ella de ser queimada, então não havia problema em sair de manhã. Cyril estava afagando-os de costas da direção de onde Ella estava vindo.

–Oi, Cyril.

–Ella-Cyril virou-se, surpreso.-Olívia esqueceu de novo?-Ele foi ajuda-la a carregar os sacos de ração.

–Sim. Mas tudo bem, eu gosto de vir aqui.

–Gosta? Sério?-Cyril olhou para ela sorrindo. Ele não sorria tanto, e o sorriso o deixava com rosto mais jovem. Ele deveria sorrir mais vezes, pensou Ella, mas não podia falar nada por que ela mesma não sorria muito.

–Claro, aqui é a área mais verde que posso ir, me lembra muito dos campos de Gales.

–Ah, sim.-Ele tinha um pouco de decepção na voz, quase imperceptivel, mas por que ele estaria decepcionado? O que ele esperava? - Eu já fui a Gales uma vez, quando eu era bem pequeno, é bem bonito mesmo.

Os dois estavam dando comida para os cavalos.

–Ah, Cyril, quase esqueci de um negócio. Parece que o esquecimento de Olívia é contagioso. Mas, Bridget pediu que te avisase que estamos se frutas e pediu que você fosse comprar mais.

–Tudo bem, depois eu vou.

–Bem, estou voltando, você quer jogar poker com a gente.

–Então, ela tem tempo de jogar poker, mas não tem tempo de comprar fruta?

–Parece que sim - Ella sorriu um pouco - Mas, sabe como ela é, melhor não deixar muito irritada, eu e Olívia já fizemos piadinha dela, então melhor não falar mais nada.

–Verdade.

–Então, até depois.

–Até.

Ella foi para frente do Instituto, estava pensando em fazer uma pegadinha com Olívia e Bridget, então deveria entrar pelo outro lado, quando ouviu alguém chama-la por trás.

–Ella?

Ella se virou e viu o espírito de Jessamine, ela sabia que alguém tinha morrido, mas não encontrou nenhuma lembrança de Tessa dizendo que era ela.

–Jessie? Há quanto tempo!

–Que saudades!

As duas se abraçaram.

–Então, era você a Ella irmã do Will. Quem diria? Deveria saber, uma Ella que morava no País de Gales e tinha um irmão chamado Will.

–Como assim você não se lembrou de Will? Ele nem se lembrou de você? Pelo menos de mim você se lembra!

–Claro! Nós eramos vizinhas e sempre brincavamos juntas, antes de eu me mudar para Londres! E o Dylan? Ele também era nosso amigo e sempre brincava com a gente, por acaso não está com você?

–Não. Ele sumiu de repente. A família dele era pobre, lembra? Ele teve que começar a trabalhar cedo para ajudar na economia da casa, mas depois que ele começou nunca mais apareceu.

–Que pena. Estava com saudades dele.

–Eu também.

–Seria um ótimo marido para mim.

–Jessie!

–Ah, falando em marido, você logo logo vai ter um, não é?

–Como assim?

–Cyril. Eu tenho certeza que ele te ama, o jeito que ele olha, como fala com você e te você. Eu havia percebido que ele havia mudado um pouco, ficava falando de uma tal de Ella, e agora sei que é por você que ele está apaixonado!

–Ai, Jessie, é óbvio que não, nós somos só amigos.

–Will e Tessa eram só amigos. Sophie e Gideon eram só amigos. Gabriel e Cecily eram só amigos. Henry e Charlotte eram só amigos. VOCÊS são só amigos. Eu acertei o casamento de todos, por que com você seria diferente?

–Pelo anjo, Jessie, eu…

–Ella?-Cyril havia aparecido e estava subindo a escada. Jessamine havia desaparecido.-Você esqueceu essa sua pulseira, estava caída no chão.

–Obrigada, Cyril.Não havia percebido-Jessamine apareceu por trás de Cyril fazendo coraçãozinhos com as mãos.

–Está tudo bem? Ouvi você falando, mas não tem ninguém aqui.

–É que eu penso alto de vez em quando.

–Eu também faço isso.-Jessamine agora estava fazendo sinais de beijo e era quase impossível não olhar.-Ella, eu gostaria de saber se você…

Não deu tempo de completar a frase, passou correndo até o santuário um vampiro, desesperado.

–Melhor ir ver o que é.

–Tem razão, outra hora conversamos, Cyril.

Ella atravessou o Instituto, até chegar a entrada de dentro para o santuário. Todos já estavam lá, e na frente estava o vampiro em prantos:

–Por favor, me ajudem! As pessoas do clube estão querendo me matar pelo que Tessa fez sendo eu! Por favor!

Era na verdade, Antonieta Kerem implorando por ajuda.

Ella quase desmaiou, torcia para nunca mais ver aquela vampira depois do salvamento no clube...


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Notas finais do capítulo

Intromissão de Tatiana na história, Charlie torna-se importante, Qual será o passado de Ella e Antonieta, Cyril e Ella shippers....? Brincadeira, deixem aí o que acharam (amo receber comentários)