–Teremos que estar em Alicante terça, 14 horas para discutirmos sobre a guerra.-Charlotte anunciou.

Estavam todos, menos Charlie, Bridget e Cyril, na sala de jantar. Olívia estava levando comida até a mesa, Charlotte na cabeçeira, Henry e Will de frente, então Cecily e Tessa, Gideon e Gabriel, Sophie e Tatiana, e Ella e Antonieta frente a frente.

Ella esperou um pouco para perguntar:

–Não tem mais alguma coisa para falar?

–Não, era só isso que eu queria anunciar.

–Mas,... então porque não me disse quando foi me avisar? Eu poderia estar em algum lugar, e ficar longe dessa aqui-Ella falou apontando para Antonieta.

–Digo o mesmo da senhorita.-Antonieta respondeu.-Você jantando não é uma visão muito agradável.

–Como se o seu jantar não fosse igual ao meu.

–Claro que são diferentes. Eu sempre bebi sangue com classe, e você não.

–Óbvio, porque eu sempre bebi coisas melhores do que sangue, já você não deve fazer isso desde a idade da pedra, do jeito que é velha.

–Senhorita-Antonieta bateu com a mão na mesa, se levantou e forçou um sorriso claramente falso-Os vampiros não existiam durante a idade da pedra. Se você é inteligente mesmo, vai saber que é falta de educação falar da idade, principalmente com pessoas elegantes, como eu.

–Para ver o quanto é idosa. Pessoas de idade muito avançada é que falam assim.-Ella retrucou.

As duas chegaram perto e estavam com a mão levantada, como se fossem sair no tapa, mas Charlotte as interrompeu:

–Por favor, sentem-se ou as duas vão ficar lavando o chão do instituto inteiro por 10 meses.

Ella se sentou de imediato, mas Antonieta demorou um pouco até perceber todos os olhares nela e fazer o mesmo.

–Ah, eu estava assistindo a briga!-Will resmingou

–Estava.-Charlotte olhou para ele ameaçadoramente.-Mas, também os chamei porque temos que discutir o que falaremos na reunião. Eles não acreditaram completamente em mim e querem provas.

Basicamente, a construção de estratégias foi entre Charlotte, Tatiana e Henry. Ella ficou muito braba por ter sido chamada lá sem motivo. Na saída, achou Tessa, Will e Cecily saindo em direção a ela:

–Ella, foi muito bem! O instituto precisava mesmo de uma animação, se possível brigue com Antonieta todas as noites, como se fosse um teatro. Isso é muito melhor que ler livros.

–Ei!-Tessa soltou um gritinho.

–Will, Tessa tem razão, não há necessidade disso!

–Isso mesmo! Livros nunca serão substituídos por nada!

–Tessa! Considere sua parabatai, minha irmã,...

Ella entrou na discussão entre Will e Tessa e deixou Cecily falando sozinha:

–Não, Will! Você vai ter que continuar lendo , porque se a minha briga é sua diversão, então você adquiriu um mau gosto tremendo sem a minha ilustre pessoa do seu lado.

–Ah, eu desisto!-Cecyli foi para longe.

–Eu também desisto. Vou procurar outras pessoas para fazer o teatro.

–Espera, Will, isso ainda não terminou! Will!-Tessa foi atrás dele, deixando Ella sozinha.

Foi até a cozinha, onde Bridget, Olívia e Cyril ficavam:

–Ei, qual é o problema em lavar o chão? Eu faço isso todo dia!-Olívia comentou logo que Ella entrou

–Nenhum! Quero dizer, além da preguiça,...-Olívia deu um tapinha no braço dela, e Cyril e Bridget riram.

–Mas a Senhorita Kerem não é muito…-Bridget parou um pouco, tentando encontrar a palavra ideal.-Amistosa, digamos assim.

–E você também não é muito amistosa também. Fica comentando sobre a vida dos outros para qualquer um.-Agora foi a vez de Bridget dar um tapinha no braço de Cyril, e Olívia e Ella rirem disso.

–O que é isso atrás de você, Cyril?-Olívia apontou para um objeto que estava atrás dele.

Cyril pegou o objeto, que era uma garrafa de vidro marrom:

–É álcool. Querem?-Estendeu para mostrar para elas:

–Isso é pior que os produtos de limpeza que eu uso!

–Se vem de você, coisa boa é que não é!

–Nem se eu não pudesse beber nada além de sangue!

Elas responderam.

–Mas vocês tem muita frescura!-Cyil disse, abriu a garrafa, e tomou um gole da bebida.-Delícia!-Ele afirmou com uma cara de nojo, o que fez as outras acharem graça.-Estou falando sério! Só para avisar, quando estou bêbado costumo ser muito sincero.

–Que bom! Alguém tem papel e pena? Vamos anotar todos os segredos dele.

Eles ficaram cerca de meia hora conversando e Cyril já havia bebido quase metade da garrafa, elas falaram que talvez fosse melhor parar, mas ele disse que ia ficar bem e que “Se eu bater na porta do quarto de vocês falando besteira, ou verdades demais, é só me expulsar”, então todos seguiram seus caminhos.

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Ella acordou com um barulho na porta. Apesar de ter vampirismo em si, tenta dormir à noite, para ficar mais próxima do universo que nunca quis ter saído. Se levantou e foi atender a porta. Abriu-a e se deparou com o Cyril, que rapidamente entrou no quarto:

–O que foi, Cyril? Já está tarde!-Disse Ella, fechando a porta.

Cyril se virou para Ella. Ele estava com o cabelo todo desgrenhado, olhar bobo, e cambaleante. Parecia,...

–Mais que droga! Nós te falamos para não berber muito! É melhor…-Não deu tempo de completar a frase, pois Cyril segurou a mão dela e falou:

–Ella, eu te amo!-Ele disse, sem rodeios

“Oque?” Ella pensou. “Espera, ele falou que quando bebia podia ser sincero demais e que talvez ele batesse em nossas portas falando muitas verdades, será que é isso? Ele está falando realmente a verdade? Jessie e Dylan falaram sobre isso, mas,... Ele disse que poderia ir para os quartos falando besteira.É, deve ser isso” Ella sentiu uma pontada de decepção, “mas pelo que estaria decepcionada?”

–Você está bêbado! Melhor sair do meu quarto!

–Não, Ella, é verdade! Eu te amo mesmo!

O coração quase parado de Ella deu uma pequena acelerada, ela não entendeu o motivo.

–Olha, é melhor você sair.-Ella abriu a porta e puxou Cyril pela mão.

–Não! Eu quero estar contigo! Deixa eu ficar aqui!

–Precisa de ajuda para ir para o seu quarto, ou está tudo bem?-Ella o ignorou e o colocou no corredor.

–Não preciso, mas…

–Ótimo! Então, boa noite!

Ella fechou a porta e voltou a dormir, um sono com sonhos.