C'est La Vie escrita por Del Rey


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Pov Edward com o segredo dele. Deliciem-se



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POV Edward

Nos últimos dias, Isabella invadiu minha mente. Eu estava obcecado por ela. E não podia deixar isso acontecer, não podia permitir que meu egoísmo destruísse tudo novamente. Eu me casei quando tinha vinte e cinco, com Kate Denali. Uma garota incrível. Loira, de belos olhos cor de mel e pele pálida. Delicada, elegante e admirável. Eu a amei. Todos a amavam. E esse era o problema.

Sempre fui possessivo com o que amei. O que me pertencia, não pertencia a mais ninguém. E eu tinha medo de perder o controle novamente com Isabella.

Em uma segunda-feira saí para almoçar com Kate a pedido dela. Ela queria reencontrar alguns velhos amigos. Quando chegamos no restaurante, dei de cara com Jacob Black. Eu nunca fui com a cara desse ordinário. Não o suportava. Seu jeito mesquinho e banal, seu sarcasmo. Tudo isso me repugnava. E, pois bem, descobri que ele era um grande amigo de Kate. Mas Jacob não olhava Kate como amigo, e sim com certo calor... Como se a amasse.

Kate passou a vê-lo com mais frequência. Sempre saíam, inclusive para jantar. Como eu odiava isso! Cheguei a brigar com ela por isso. Ela jogava na minha cara que eu era um imbecil, bossal e possessivo. Isso me magoava. Ela era feliz saindo com ele. Ela me odiava, e eu odiava ele. E a cada dia que se passava, eu desconfiava cada vez mais de uma traição. Eu precisava acabar com a raça do Black.

Uma vez, ouvi os dois marcando de irem a um restaurante francês no centro da cidade. No mesmo momento marquei uma visita ao escritório de J. Jenks, um amigo de tempos. Nos encontramos antes do almoço, e expliquei a situação para ele.

– Ed, só preciso saber onde o Black está, então faço o serviço.

– Eu quero ter o prazer, Jenks. Eu mesmo quero acabar com a raça dele.

– Então te emprestarei a arma. Não cobrarei nada, só peço que seja cauteloso.

– Eu faço questão. - deslizei um envelope pardo com quinhentos dólares. - Obrigado pela ajuda, Jenks.

Ele acendeu um cigarro, e pediu que eu o acompanhasse. Adentramos num almoxarifado escondido atrás de uma estante, e ele me entregou uma Browning 1900, dentro de uma caixa forrada.

– Um dos meus bebês. - Jenks comentou, rindo. - Apenas uma bala. Você só tem uma chance.

Segurei a caixa com firmeza, dando um sorriso malicioso. Coloquei-a em minha maleta e acendi um cigarro. Agradeci Jenks mais uma vez, saí do prédio, entrei em meu Volvo e fui até a casa de meus pais. Troquei de carro com Carlisle, emprestando sua Mercedes preta. Fui até em casa, tomei um banho rápido e coloquei pijamas.

– Vai sair novamente? - perguntei a Kate, que passou por mim com um belo vestido vermelho.

– Vou jantar com Jake. - ela respondeu.

– Parece até que você está casada com ele, e não comigo. - disparei. - Toda Forks deve achar que sou corno.

– Pare, Edward! - ela berrou. - Você é insuportável! - então pegou sua bolsa sobre o sofá e saiu. Corri para o quarto, trocando meu pijama por uma calça social preta e camisa azul marinho. Entrei na Mercedes, seguindo até o restaurante.

Vi o carro de Jacob no estacionamento, e fiquei sentado atrás de uma árvore próxima ao estacionamento. A visão estava perfeita. Fumei alguns cigarros, tentando relaxar, enquanto esperava os dois saírem do restaurante.

Agradeci mentalmente por ter prestado serviço militar e saber manusear uma arma. Tudo bem que eu podia ter deixado Jenks realizar o serviço, mas eu mesmo queria ter tal prazer. As horas passaram lentas, e boa parte dos clientes já havia ido embora. Só haviam três carros no estacionamento. Um deles era o de Black.

Os dois finalmente saíram. Kate desfilava em seu belo vestido vermelho, cabelos loiros levemente ondulados, scarpins pretos e, em sua mão, não havia aliança. Senti meu rosto ficar rubro. Jacob andava logo ao seu lado, então levantou uma de suas mãos e pegou na de Kate, que o fitou com um sorriso. Eles conversavam.

Vadia.

Ela é minha, Black. Ou não. Como eu sentia ódio dela naquele minuto. Não ligava para ela com ele, só queria vomitar. Eu me casei com uma vadia. Que me traiu com o cara que mais odeio. Que está sorrindo maliciosamente ao lado dele, e comigo se faz de desentendida. De inocente. Eu estou errado? Eu não estou errado.

Jacob envolveu Kate, virando-a para o carro e começando um beijo. Um beijo furioso. Ele beijava seu pescoço, o início de seus seios, a agarrava como um predador. Alguém me tira daqui! Por que não deixei Jenks realizar o serviço? Ela parecia tão feliz. Tão completa.

Lágrimas brotavam de meus olhos. Eu não a amava, eu a odiava. Como ela ousou?

Segurei a arma com força, decidido. Mirei em Jacob. Respirei fundo, vendo o beijo repugnante dos dois. Uma bala. Um único tiro.

Apertei o gatilho uma vez. Meu dedo coçava para atirar. Mirei em seu peito. Li na boca de Kate as palavras Eu te amo serem ditas no ouvido de Jacob. Atirei. Mudando minha mira rapidamente.

Kate estava caída no chão. Gritos de Jacob. Gritos de todos que corriam até o estacionamento. O sangue jorrava do tiro exato em seu peito. O caos estava instalado naquela noite. Jacob procurava, procurava alguém. Me procurava. E me viu.

Corri dali, me agachando atrás da Mercedes de Carlisle. Que droga! Onde coloquei a chave? Provavelmente perdi na grama, enquanto corria. Deslizei a arma para cima do pneu do carro, tentando escondê-la, então levantei dali, caminhando lentamente até o local do crime.

Eu já não via no chão a Kate que me traiu. Que eu odiava. Eu via a que eu amei. A que eu me casei. O desespero tomou conta de mim. O que eu fiz? Eu deveria ter atirado em Jacob!

Atirei-me no chão, chorando sob seu corpo. Policiais me afastavam, mal sabiam que eu a matei. Eu matei minha garota. E Jacob estava vivo.

Jacob partiu pra cima de mim, dando um soco em meu rosto. Eu merecia, não merecia?

– Foi você! - berrava ele. - É claro que foi você! Ordinário! - policiais o afastaram. Jacob sabia que fui eu.

Mas não tinha provas.

Eu não queria ser esse monstro com Isabella. Não consigo evitar ficar longe dela. Eu a amo. Serei o mais cauteloso possível. Não posso negar o amor dela, por mais que eu não mereça.


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Notas finais do capítulo

E aí? Muito ruim? Escrevi ouvindo Lana Del Rey



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