Domadores de Dragões escrita por AKAdragon


Capítulo 8
Gabri Lian - 23 anos


Notas iniciais do capítulo

Em uma cidade no meio da floresta...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/548864/chapter/8

Gabri subiu no telhado da casa da vítima e olhou novamente para a foto. Sim, estava tudo certo. Ela se sentou atrás da chaminé, se escondendo na sombra e guardou as adagas. Algum tempo se passou enquanto o sol nascia. Matar pessoas de madrugada era a melhor coisa – para ela – quase ninguém nas ruas, a pessoa está sonolenta e ainda não tomou o desjejum. Gabri acendeu um cigarro e fechou os olhos enquanto fumava. Os primeiros raios de sol apareceram no horizonte. Gabri abriu os olhos novamente e apagou o cigarro. Ela colocou o capuz e foi até a janela. Ela quebrou o vidro e foi até a cama da vítima.

– Estamos sempre de olho em você!

Ela enterrou a adaga no coração da vítima e foi até um outro quarto, onde se trocou e saiu da casa. As pessoas estavam começando a sair de casa e ir trabalhar. Gabri olhou para a janela quebrada, chegou perto de uma pessoa e sussurrou:

– Olhe para cima, pequena criança.

A pessoa olhou para traz, mas Gabri já havia sumido. Após um momento de dúvida a pessoa olhou para cima e deu um berro. Todos olharam para o prédio e começaram a comentar. O que viam? Apenas uma ilusão. O que eles estavam vendo eram palavras escritas com sangue. Palavras escritas por Gabri Lian.

– Três horas de viagem a cavalo? – O inspetor perguntou para Gabri. – Não me parece que você percorreu tanto caminho assim.

– Sim senhor. Eu estive viajando por 3 horas. Parei algumas vezes, não estou acostumada a viajar tanto tempo. Minha primeira viagem por essas bandas, na verdade.

– E o que estaria fazendo neste lado do reino?

– Vou visitar minha irmã. Ela se mudou faz um tempo.

– Sua irmã? E que nome ela teria?

– Ella. Minha irmã se chama Ella Lian. Já ouviu falar?

– Não, nunca. Pode passar senhorita.

– Obrigado.

Gabri passou por ele. Quando ela já estava alguns metros longe dele, ela se virou e atirou em sua cabeça.

– Ninguém nunca irá saber nossa identidade.

Gabri acelerou o cavalo e saiu correndo pela estrada. O sol se punha e a assassina da luz corria para sua casa. Foi quando uma lança acertou seu cavalo matando-o. Gabri caiu no chão e olhou em volta. Na fronteira da floresta estavam os cavaleiros negros. Gabri olhou para o céu e viu a lua sangrenta. Ela falou um palavrão na língua dos assassinos e saiu correndo, com os cavaleiros bem atrás dela. Ela estava quase chegando no portão da cidade quando uma lança negra acertou seu tornozelo, fazendo-a cair no mesmo segundo. Gabri se virou e olhou para o pequeno exército de cavaleiros negros. Eles estavam quase ao pé de Gabri quando uma flecha preta e cinza atravessou a cabeça de um deles. Gabri olhou para traz e viu sua irmã, que pegava outra flecha. Após todos os cavaleiros estarem mortos, Ella pegou Gabri no colo e levou-a para a cidade.

– Que emboscada! Você quase morreu!

– Eu sei. Agora será que você poderia arrancar essa lança da minha perna? Está doendo muito!

– Se eu arrancar vai começaram a sangrar. Vou pegar alguns medicamentos.

– Você não tem nenhum remédio? Como uma assassina não tem nenhum remédio guardado?

– Eu mato pessoas. Eu não sou morta. – Ella foi até a porta e parou. – Falando nisso... Graças a você eu não vou poder completar o meu trabalho esta noite.

– Desculpe. Eu te pago uma bebida depois.

– Idiota.

Ella saiu da casa e Gabri começou a rir. Ela olhou para a casa de Ella e deu um suspiro. Prometera matar muitas pessoas durante a madrugada. O que faria? Sem falar da lista de sua irmã... Ambas estariam atrasadas com as “entregas”. Gabri fitou a lança que perfurava seu tornozelo. A ferida estava começando a ficar preta por causa da lua sangrenta. Como esquecera de tal evento? Faltava apenas duas semanas para o aniversário das gêmeas assassinas. Não que aquilo importasse Gabri, o problema era a sua irmã, Ella, que adorava ir para a cidade do sul visitar a família durante a semana do aniversário.

– Voltei! – Ella entrou dentro da casa e começou a preparar os remédios. – Espero que você melhore logo. Como vamos viajar se você estiver machucada? Isso não é bom.

– Viajar? – Gabri fingiu estar confusa. – Viajar para onde?

– Vamos para o reino flutuante!

– Reino flutuante? – Gabri imaginou o famoso reino que flutuava pelo céu sem rumo. Aquilo era como um sonho.

– Está surpresa?

– Claro! – Gabri colocou a cabeça na parede e fechou os olhos. – O que vamos fazer lá? Como vamos encontrá-lo?

– Eu passei cinco anos estudando as rotas do reino e descobri que daqui duas semanas o reino vai passar na montanha de gelo do norte! Também recebi uma carta de Akay. Ela está lá no reino e disse que poderá nos ajudar a subir no reino, com a ajuda de Lilu Kilen.

– Akay? Lilu Kilen? Por que você mantém contato com elas?

– Eu mantive contato com elas durante esses cinco anos para poder estudar as rotas do reino flutuante. Akay estava procurando por ele também.

– Isso... Isso é demais! Nunca montei em um dragão antes!

Ella deu um sorriso. Gabri abriu os olhos e percebeu o que Ella estava fazendo. Ella colocou um pano preto – Ella nunca usava nenhuma cor a não ser preto e cinza – e puxou a lança. Gabri segurou o grito de dor. O sangue começou a escorrer e no mesmo segundo Ella colocou algumas ervas no machucado e o enfaixou bem apertado.

– Isso vai demorar bastante tempo para cicatrizar.

– Não vai não. Eu conheço alguns elfos que moram na cidade. Uma amiga minha vai vir aqui amanhã te curar. Pelo menos um pouco.

– Medicina elfa? Nunca vi...

“Que dia cheio de surpresas... Minha irmã parece diferente...” Gabri pensou. Ela olhou para o pescoço da irmã e viu uma parte de uma pequena tatuagem em forma de dragão. Gabri piscou e olhou novamente para o pescoço da irmã, mas ela havia levantado o colarinho da jaqueta. O que seria aquilo?

Ella olhou para a irmã novamente. Estava dormindo. Ela suspirou e foi até um espelho que estava na parede. Abaixou o colarinho da jaqueta, mostrando por inteiro a tatuagem. Não era um dragão, era o símbolo da magia negra, uma magia que ninguém gostava neste mundo. Apenas os cidadãos da noite. Ella olhou pela janela e viu um homem em cima de um telhado. Ele vestia uma capa cinza, nas costas estava o mesmo símbolo que Ella tinha no pescoço. O homem olhou para Ella através da janela e fez um sinal para ela o acompanhar. Ella colocou a capa cinza e saiu porta a fora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um pouco da história:

Gabri é uma assassina assim como sua irmã gêmea, Ella. As duas trabalham juntas, porém cada uma fica em um lugar diferente para não levantarem suspeitas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Domadores de Dragões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.