Pov. Narradora

Pedro estava se segurando para não dar um soco na cara de Fatinha, mas não batia em mulher, isso o fez pensar no que aconteceu entre ele e Karina então ele resolveu acabar com aquilo.

– Vamos embora, deixa essa mal amada ai.- Olhou- a com desdém.

– Mas agora que eu ia quebrar a cara dela.- Bufou.

– Não vale o esforço, a vida faz isso por ela, fiquei sabendo que vai quebrar muito a cara por aí.- Saíram e não submeteram-se a olhar para trás.

Agora Fatinha tinha certeza, para conseguir o Samuca teria que conquistar Pedro, até conseguir pegar Samuel, a assim começou a pensar no seu plano de ataque. Pedro e Karina chegaram em casa, e como recomendações médicas Karina ficou em casa enquanto Pedro ia buscar Samuca, o caminho era curto, mas tornou-se longo quando o roqueiro foi parado no caminho.

– Oi lindinho.- Disse Fatinha segurando no braço dele.

– Tá me seguindo garota?- Soltou-se.

– Eu estava indo na sua casa.- Fez cara de fofa.

– E eu te convidei?- Foi ríspido.

– Ainda não, mas vai.- Disse confiante.

– Do que você esta falando?- Ele estava com pressa.

– Eu te achei muito gostosinho.- Deu um sorriso sedutor.- Vai seja sincero, eu sei que você quer.- Piscou.

– Garota não provoca.- ele disse com os olhos no bumbum da garota.

– Não precisa esperar muito.- Tentou ser indireta.

– Aqui na praça as 23:00H.- Ele disse rápido e saiu ofegante e tonteado.

– Sabia que não resistiria.- Ela disse para si mesma.

Pedro pegou Samuca, conversou um pouco a irmã antes de ir embora, ao chegar em casa todas as luzes estavam apagadas.

– Mamãe?- O menino disse gritando.

– Shii, ela precisa descansar, vamos assistir filhote?- Foi indo ligar a televisão.

– Eu prefiro jogar.- Disse o pequeno indo pegar os controles.

– Eu ganho essa em.- Disse Pedro todo convencido.

– Que nada papai, você ė burrinho.- O menino ria.

– Como ė?- O roqueiro disse indo pra cima do garoto e fazendo cócegas.

O garotinho gargalhava e Pedro fazia o mesmo, cansados caíram abraçados no tapete e Karina que olhava do degrau de cima da escada sorria e pensava como queria que sua vida voltasse a ser daquele jeito sempre.

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Perto das 23H Pedro já se aprontava quando pôs a mão na maçaneta da porta pensou que se arrependeria do que estava acontecendo mas precisava fazer aquilo, pelo bem de Karina. Chegou na praça em ponto mas não viu ninguém sentou-se em um banco e após esperar 10 Minutos estava levantando-se para ir embora quando escuta uma voz atrás de sí.

– Nossa cada vez que te vejo esta mais lindo.- Fatinha realmente estava linda, e isso não passou despercebido aos olhos do roqueiro.

– Pensei que tinha desistido.- ficou de frente para ela.

– E abandonar um rostinho tão lindo como esse? Jamais.- Ela já partiu logo pro ataque.

Beijou-o, não que ele não estivesse gostando, mas estava arrependido de tal ato mas não cessou apenas aprofundou. Fatinha comemorava por dentro e não pensara que seria tão fácil assim.

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Estava próximo da 1H da madrugada quando Pedro se despediu de Fatinha e voltou para casa,as antes prometera para garota que ficariam juntos outras vezes. Chegou em casa na ponta dos pés e trocou a roupa antes de subir para saber do estado de Karina, quando rumou até o quarto percebeu que havia uma luz acesa e isso o fez parar antes de adentrar o cômodo.

– K?- Estranhou ver a menina acordada.- Por qua está chorando?- Foi se aproximando mas recuou quando ela virou para o outro lado bruscamente.

– E quem disse que eu estou chorando.- Passou a mão nos olhos.

– Eu te conheço, para com isso vai, conta o que te aconteceu.- Preocupou-se.

– Não te interessa.- Foi ríspida.

– Ah Karina, para de fazer doce, desabafa comigo.- Tocou no braço dela.

– Ah vai pedir ajuda para suas piranhas.- Foi grossa novamente.

– Como assim?- Ele realmente era lento.

– Ah agora você não sabe né.- Ela falou e apontou na direção da porta na expectativa que ele saísse e assim ele fez mas antes foi ate ela.

– Boa noite, dorme com os anjos.- Deu um beijo no topo da cabeça dela e retirou-se, ainda sem saber o que aconteceu se deitou e demorou antes de adormecer.

====== Na manhã seguinte ======

Como Pedro e Karina haviam faltado no dia anterior não podiam nem pensar em se atrasarem, e assim como estava sendo ultimamente não se falaram direito, fizeram a mesma rotina de sempre, até Karina chegar na academia, quando adentrou o local foi logo sendo puxada por Zé que levou-a até o banco de frente para a escada da Ribalta.

– K, o que aconteceu em, me deixou preocupadão.- Repreendeu-a.

– Ai Desculpa ė que aconteceram alguns imprevistos, não deveria ter te deixado esperando.- Abaixou a cabeça.

– Quando você me ligou a noite eu eu vim para cá te encontrar e vi que não estava aqui já sabia que não viria.-Deu um sorriso.

– Me desculpa, ah como eu sou...- Foi interrompida.

– Calma K, tudo bem que eu perdi grande parte de uma maravilhosa noite de sono, mas eu não ligo, faço qualquer coisa por você.- Disse deixando um clima desagradável no ar.- Mas o que era tão importante?- Quebrou o gelo.

– Eu fui no médico e ele disse que eu posso estar com uma bactéria, mas eu tenho medo de ter uma coisa grave e se eu ficar doente não quero depender de ninguém, e quem cuidaria de mim?- Suspirou.

– Eu cuidaria com muito prazer,as acho que o Pedro faz isso melhor.- Antes que ela pudesse responder Zé deu um abraço bem apertado e era o que ela mais queria no momento.

– Que palhaçada ė essa em Karina.- Disse Pedro bravo.- Já não bastar a sós agora ė na frente de todo mundo também.- Continuou bravo.

– Pedro, para, ta passando vergonha.- Karina tentava acalma-lo.

– Vergonha ė vocês dois ai se agarrando.- Olhou com desdém.

– Nós somos amigos, e ele estava me aju...- Parou.- Na verdade, eu não te devo satisfação, afinal só você pode né?- Ficou alterada.

– Pode o que?-Balançou a cabeça.

– Vai dizer que você tem amnésia, poque ontem mesmo você estava se atracando com aquela doida, que por sinal quer roubar o Samuca da gente.- Estava brava.

– Você viu?Por isso você. estava chorando- Fechou os olhos e antes de Karina dizer algo foi interrompida.- Espera! O que você estava fazendo aquela hora na rua?-olhou torto.

– Eu liguei pro Zé e pedi para me encontrar, precisava conversar.- Falou mais calma.

– Ah e você tá falando de mim porque?- Ficou de frente para ela.– E o que está fazendo aqui? Tinha que estar repousando.- Se mostrou preocupado.

– Você não manda em mim, e se você acha que eu vou aceita você com aquela piranha está muito enganado.- Ela estava prestes a chorar.

– Então estamos quites porque eu não ousarei ver você com esse marmanjo.- Os dois ficaram frente a frente, e apesar de não assumirem o ciúmes ali residia em ambos.

Continuaaa...