"Eles retiraram-se dali, mas antes Draven caçoou:
–E dê uma última olhada na sua amiguinha."

Olhei para Teemo cabisbaixo, mas para a minha surpresa ele não correspodeu com a expressão. Pelo contrário Teemo parecia seguro de si. Rapidamente questonei-o:
–Ela vai morrer e você... Está... Assim?
–Não se preocupe, caro Yasuo. Tudo termina bem, quando começa mal. Não é assim?
Não entendi. Só fiquei pensando o motivo de tal tranquilidade. Quando nem Sion nem Swain pareciam perto, Teemo começou seu plano. Simplesmente usando Flash para fora da prisão e ficando imóvel. Logo, ficou invísivel:
–Ah, claro,-Achei ter entendido tudo-já entendi. Eu fico aqui até poder sair com Teletransporte ou algo assim, enquanto o burrinho do Yasuo morre com seus amigos. Muito obrigado Teemo!
E mais uma vez eu subestimava a "mega inteligência" dos yordles. Mas não me culpe. Pense, você não entraria em desespero? Eu não estava nesse estado, mas sentia-me com um frio na barriga, que lembrava medo mas... Não que eu fosse covarde! Claro que não! Só tinha medo que Zilean ou Ahri morressem.
Nesse instante eu ouvi um berro, parecia voz de yordle, dizendo:
–Esse comportamento é altamente ineficaz!
Reconheci um cientista louco, Heimer. Mas o que ele fazia ali? Suspirei. Naquele momento ouvi também a voz de um noxiano irritado:
–Mais qual é o seu problema? Eles vão morrer! Ok, tragam o "ventoso" e o yordle!
Naquela hora Draven, Katarina e Le Blanc me pegaram pelo braço arrastando-me. Draven, surpreso, expressou-se:
–Cadê seu amiguinho? Invisível é? Burrinho ele. Vamos comprar uma pink e se necessário for, chamar o Lee Sin. Hahaha*.
*Quero deixar expressamente claro, que essa risadinha do Draven foi a coisa mais irritante que ouvi nos últimos dez ou quinze anos! Cara chato!
Fui levado até uma sala, Heimer estava sentado em uma poltrona, Zilean amarrado e ajoelhado, ao lado de Ahri que tinha pouco HP e sangue no rosto. Vel'Coz olhava-os, curioso, aposto.
–Heimer, aconteça o que acontecer...-Ouvi o gaguejo de Zilean-Não se renda as chantagens deles...
–Vamos morrer.-Balbuciava Ahri, aflita-Eu vou morrer.

Percebi que não era o único com frio na barriga...

Draven me amarrou perto deles e a sessão começou. Darius caçoou:

–Ele vai apanhar em dobro, já que Teemo não quis vir.
O cara da risadinha chata começou a pegar acúmulos, jogando e pegando os dois machados em mim.
Fiquei com pouca vida, quando Swain perguntou:
–Vai ajudar a gente, Heimer? Zilean, mudou de ideia?
Antes da resposta de Zilean, veio a de Heimer:
–Seu projeto não é adequado para isso. Eu não vou ajudar, e se ameaçar meus amigos, não ajudo mesmo.
Tipo, quando ele disse isso fiquei curioso, quem eram os amigos dele lá? Nunca havia conversado com Heimer. Logo, Swain protestou:
–Qual é o motivo disso? Vai deixá-los morrer por orgulho?
–Jamais permitiria que meu orgulho me cegasse. Prefiro morrer ao te ajudar!
–Isso é orgulho, seu tolo!
Silêncio. Quando eu me pronunciei:
–Podemos resolver isso de outra forma. Não é necessário...
Recebi um chute na barriga, seguido da voz de Sion:
–Cale-se verme! Você não fala aqui.
–Continue.-Contráriou Zilean.-Fale o que tem a dizer Yasuo.
Logo, Zilean que levou um chute. Hesitei, mas minha coragem não hesitou:
–Não é necessário matarmos Ahri, nem há mim ou Teemo. Muito menos Fiora, se é que já não mataram-na. Zilean e Heimer podem colaborar se nos soltarem, tenho certeza.-Torci para eles (noxianos) não perceberem o truque, mas meus amigos sim.
–Está enganado-Respondeu Heimer-se acha que ela não morreu.
–Façamos o seguinte,-Declarou Vlad-Heimer nos dá os diagramas e todas as informações necessárias, em troca damos Fiora e Ahri há vocês. Libertamos o Yasuo, Zilean, Teemo e o próprio cientista, após ele nos contar, claro.
–E somos burros!-Concluiu Ahri.

–Se é você mesma quem diz,-Riu-se Darius-quem sou eu para negar.
–Solta o Yasuo e o Teemo. Passo as informações, após serem testadas vocês soltam há mim e outros.
–Testaremos em um morto.-Sorriu Urgot-Que será Ahri.
O clima ficou quente. Fui levado para a cela. Uma pink revelou Teemo, que também foi para trás das grades.
Então eu não ouvi nada. Não sabia nada. Não sentia, não pensava. Só estava em... Não era desespero, não, era algo mais forte que medo. Era um sentimento estranho, não sei como descrever.
Pensei no que eles falavam lá daquela sala. Pensei em Ahri, quando encontrei-a no riacho. Em Warwick e também em Ionia (o que me lembrou de relance, Yoni). Pensei na colônia e também em Demacia. Lembrei de Fiora chorando, o que me cortou o coração mais profundamente. Passou por mim a beleza do castelo, a conversa de Jarvan e seu pai, e até os tais "Urjyvan", "Yon" e "Brom". Por fim, recordei com água nos olhos do sábio conselho de Zilean, de não irmos, mas fomos. E se quer saber, acho que iriamos de novo, salvá-la. Senti algo no peito, no coração, algo forte, ao pensar em Fiora, e algo ainda mais doloroso ao pensar em Ahri. Estaria eu, apoixonado? Mas é claro que não. Pena? Talvez. De todo jeito, não tirava do pensamento Ahri nem Fiora. As duas, uma por uma. A torre do relógio e a pergunta de Ahri. As mensagens no castelo do Jarvan. Tudo! Parecia recente, parecia interminavel, como se fosse um livro repetido. As mesmas palavras, os mesmo sinônimos. Uma música com as mesma partituras, os meus instrumentos. Como se... Como se eu procurasse (inconscientemente ou conscientemente) um erro inexistente, e que estava óbvio de mais para que eu deixasse de crê-lo.
De qualquer forma, pensando agora, tudo isso parece uma grande baboseira, mas na situação em que eu estava, queria só um consolo. Mas sabia que se alguém tinha culpa de minha situação, esse alguem era eu. Talvez um pouco de Teemo também, mas... A maior parte minha.
Adormeci pensando nisso. E quando acordei tive uma surpresa. Não foi algo agradável, pelo contrário, foi um susto. Térrivel. A pior imagem que eu poderia ter visto ali, pelo menos era que achava... E com toda a certeza do mundo, vai ser o que você vai achar.