Alérgico escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ravena estava no topo da Torre, ela sentia que iria explodir a qualquer momento. Ela estava tão confusa. Como as coisas podiam dá tão errados. Até duas semanas atrás estava tudo bem.

O barulho dos carros me incomodam 
Perdi minha vontade perdi meu ar
Isso aumenta minha dor quilômetros mais
Enquanto eu fico aqui você se vai

Lembrança...

— Eu te amo, Ravena.

Ravena olhava para ele. Suas emoções gritavam com ela. Mandavam ela fazer alguma coisa. Mandavam ela responder. Mandavam ela tomar uma atitude, mas ela não sabia o que fazer. Ravena ficou em choque com o que ele tinha dito para ela. Ela levantou a mão e tocou o braço dele.

— Eu... Como...? – ela disse ainda sem acreditar.

— Eu te amo. Eu sei que quando começamos a sair, prometemos que seria apenas sexo, não nos envolveria sentimentalmente. Mas, eu realmente te amo. – ele segurou a mão dela. – Eu quero tentar. Eu sei que pode dá certo.

— Eu... Não... – ela puxou a mão. – Eu sinto muito, mas eu não posso te amar. Eu deixei muito claro quando começamos a sair. Que droga, Mutano. Você tinha que me falar isso?

— Eu não estou te cobrando nada. Apenas achei que você tinha que saber. – ele se levantou e tirou a carteira do bolso. – Vou pagar a conta.

Ravena olhou para ele se afastando, sem saber o que fazer. Quando ele voltou, eles saíram e foram caminhando em direção a torre, Em outras circunstâncias eles estariam de mãos dadas, mas, hoje, Mutano não fez nenhum esforço para pegar a mão dela. Antes deles entrarem Ravena segurou o braço dele.

— Acho que devemos termina. – ela disse.

— Termina? – ele perguntou.

— Sim. Você e eu.

— Nunca teve um você e eu, Ravena. – ele disse. – Sempre foi apenas eu, e sempre foi você. Nunca, você e eu. Mas se isso te fizer se sentir melhor, tudo bem. Eu vou te deixar em paz.

Fim da lembrança...

Depois daquele dia, Mutano nunca mais foi o mesmo com ela. Ele se distanciou como ela quis. Falava com ela apenas o que era necessário, nada mais que isso. Ela viu como ele estava triste. Ela olhou para a cidade. O barulho que vinha de lá estava deixando ela cada vez mais irritada.

Ravena viu quando ele deixou a Torre, mas não fez nada. Ela apenas ficou ali, vendo ele se distanciar.

Essa noite as estrelas não se movem
Seu coração é alérgico a mim
E hoje sei não vai voltar
E não te ter jamais
E a distância vou sobreviver e tentar respirar

Mutano olhou uma última vez para trás. Ele sabia que estava entrando em um caminho sem volta. Mas ele simplesmente não podia aguentar mais. Ele respirou fundo, e pegou sua mochila. Ele saiu de seu quarto. E foi até a sala onde Robin estava esperando por ele.

— Você tem certeza disso? – o líder dos titãs perguntou.

— Sim. Diga ao outros que eu sinto muito. – ele disse antes de se virar e sair.

Mutano poderia se transforma em algum animal, mas não o fez. Ele seguiu para a única coisa que ligava a ilha a cidade. Ele olhou para o céu. A visão o deixou, triste. Apenas de ser uma bela noite, era uma noite triste. Ele viu as estrelas ser escondidas por nuvens pesadas.

Ele sentia que a cada passo que dava, seu coração quebrava cada vez mais. Sabia que isso era o certo a fazer, ele não podia ficar na Torre. Toda vez que ele olhava para a Ravena se lembrava das palavras dela.

Eu sinto muito, mas eu não posso te amar.

Acho que devemos termina.

Ele sabia que não podia culpa-la. Ele sabia que ela nunca o amaria. Sabia que ela estava com ele apenas por que seu lado primordial acalmava o dela. Por que sabia que a Fera, deixava a Raiva dela contida. Mas no fundo, ele sonhava que ela pudesse ama-lo.

Quando chegou a cidade, ele sentiu a primeira gota. Ele sentiu a chuva e ali ele deixou que sua tristeza saísse.

Já não curarei sua solidão
Quando hoje anoitecer
Não estarei para ouvir
Suas histórias loucas
Não pois você tem medo de sentir
Pois você é alérgico a sonhar
E perdemos a cor
Pois você é alérgico ao amor

Lembrança...

— Mutano, eu preciso de sua ajuda. – Ravena entrou na sala. – Será que você poderia compra chá para mim?

— Claro. Chá do que? – ele perguntou indo para a porta.

— Camomila. – ela disse.

Mutano comprou o chá e voltou para a Torre. Ele decidiu prepara e foi levar para o quarto de Ravena.

— Rae, aqui está...

Ele se calou quando viu que Ravena estava apenas de toalha. A empata olhou para ele.

— Desculpa. – ele disse se virando.

— Não, espera. – ela disse. – Você pode me ajudar a fazer um curativo nas costas?

—Cla-claro. – ele disse.

Nenhum dos dois sabe o que aconteceu depois disso, apenas que a parti daquele dia, eles eram amantes.

Fim da Lembrança...

Vou caminhando em meio a tempestade
Buscando em algum lugar minha paz
De onde eu possa então fugir
Onde você não vai estar
E ser feliz eu vou viver
Mesmo sem você estar

Ravena sentiu uma lágrima cair. Ela sabia que não o veria novamente. E isso a machucava. Ela ainda não sabia o porquê. Mas doía.

Duas semanas tinham se passado. As coisas estavam estranhas na Torre. Todos os Titãs estavam triste. Eles evitavam falar o nome de Mutano. Ravena não falava como estavam se sentindo, mas cada dia se sentia mais triste e abatida. Suas emoções estavam confusas. Estavam agitadas. Eles nunca pensaram que Mutano faria tanta falta.

Ravena saiu e começou a caminhar pela cidade. Ela foi em todos os lugares que já tinha ido com Mutano. Quando começou a chover, ela começou a chorar. Ela queria poder voltar no tempo. Queria ter falado outra coisa para Mutano.

Já não curarei sua solidão
Quando hoje anoitecer
Não estarei para ouvir
Suas histórias loucas
Não pois você tem medo de sentir
Pois você é alérgico a sonhar
E perdemos a cor

Lembranças...

Ravena e Mutano estavam deitados na cama da empata. Mutano estava lendo uma revista em quadrinho e Ravena um livro. O metamorfo olhou para Ravena. Ele deu um pequeno sorriso. Ela estava tão bonita. Ele se aproximou dela e tirou o livro da sua mão.

— O que foi? – ela perguntou.

— Eu quero saber o que você acha de irmos para o cinema?

— Cinema?

— Claro. Saiu aquele filme de terro que você queria ver.

— Claro.

Fim da Lembrança...

Não vou mais acompanhar seus passos
deixo a vida agora com você

Aquela noite tinha sido incrível. Ravena se lembrava como ela tinha se sentido bem. Ela queria voltar para aquele dia.

Ravena acordou no outro dia se sentindo péssima. Ela estava enjoada e não sabia o porquê, ela não comia direito fazia semanas. Ela se levantou e correu para o banheiro. Ela vomitou. Vomitou como nunca tinha vomitado antes. Depois se sentou no chão. O que estava acontecendo com ela? Ela se levantou e lavou o rosto. Quando terminou de secar o rosto sentiu uma fome de louco. Ela se trocou e voltou para o quarto. Ela estava quase indo tomar café quando escutou o alarme.

— Titãs, problema. – Robin disse.

Ravena não prestou muita atenção no que o menino prodígio falava. Eles saíram. Eram apenas ladrões comuns. E eles estavam indo bem, até que alguma coisa deu errada. Ravena sentiu tudo rodar. A última coisa que ela lembrava era Estelar gritando o nome dela.

Ravena abriu os olhos lentamente. Ela demorou um pouco para perceber onde estava. Ela estava deitada em uma cama na enfermaria e Estelar ao seu lado. Ela estava confusa.

— O que aconteceu? – ela perguntou quando a princesa a ajudou a se sentar.

— Você desmaiou. – Estelar disse. – A gente pensou que você estivesse machucada.

— Acho que é por que não tenho me alimentado direito. – ela disse olhando para amiga.

— Esse também foi um dos motivos. – Cyborg disse entrando no quarto.

— Um dos? – ela perguntou.

— Sim. – ele se aproximou da cama. – Estelar vai para a sala, Robin está esperando por você.

— Claro.

Cyborg esperou até a porta se fecha, para se senta ao lado de Ravena.

— O que aconteceu hoje, foi causado por falta de nutrientes. E por que seu corpo está sofrendo mudanças. Não é nada grave, mas requer cuidado e você não poderá lutar por um tempo.

— O que eu tenho? – ela perguntou.

— Quantas vezes você e o Verdinho não usaram proteção?

— O que?

— Ravena, você está gravida.

— O que?

— Você está grávida. – ele repetiu. – Um mês e meio.

— Isso não pode ser verdade. – ela disse em choque. – Como vou criar um bebê?

— Não sei. – ele disse. – Estou em choque ainda. Mas Robin está procurando Mutano.

— Mutano?

— Sim. Ele é o pai. E estamos precisando dele.

— Eu não quero que ele saiba. Não quero que pense que estou usando o bebê.

— Fale com Robin. – Cyborg se levantou e saiu.

Ravena saiu da enfermaria e ficou em seu quarto o resto do dia. Ela não sabia o que fazer. Mas tinha certeza que ia ter aquele bebê.

Já não curarei sua solidão
Quando hoje anoitecer
Não estarei para ouvir
Suas histórias loucas
Não pois você tem medo de sentir
Pois você é alérgico a sonhar
E perdemos a cor
Pois você é alérgico ao amor...

Mutano estava parado na frente da Torre. Ele não sabia o que o tinha levado para lá. Mas a Fera o obrigou ir. Ele entrou e foi até a sala.

— O que vou fazer? – ele escutou a voz de Ravena. – Sabe, eu nunca pensei que estaria nessa situação. Mas eu acho que tem uma nova emoção nascendo. Uma emoção que nunca pensei que fosse capaz de senti. Eu sinto tanta falta do seu pai.

Mutano estacou. Pai?

— Ravena, estamos indo. Tem certeza que não vai? – ele escutou a voz de Estelar.

— Tenho. Estou enjoada.

— Tudo bem, amiga.

Mutano esperou um tempo e se aproximou da porta.

— Eu te amo, Garfield. – ele escutou ela sussurrar. – E sinto sua falta. Queria que você estivesse aqui.

— Mas eu estou aqui. – ele disse.

— Mutano? – ela disse se virado.

— Oi.

Mutano sentiu ela se lança contra ele. Ele deu um meio sorriso e abraçou ela de volta.

— Eu sinto muito. Eu te amo. Eu te amo. – ela disse chorando.

— Eu também te amo. – ele sorriu mas se lembrou de uma coisa. – Acho que cheguei tarde, não é?

— Por quê?

— Eu escutei o que você disse.

— Sobre o be-bebê?

— Sim.

— Você não o quer?

— Como?

— Eu sabia. Eu não...

— Ravena, o que você está falando?

— Eu estou gravida, sim. E você é o pai. – ela disse.

— Vamos ter um bebê?

— Sim.

— Eu te amo.


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