8:00 A.M

Hoje era o dia mais feliz de minha vida, ou um deles... Daqui a onze horas eu iria me casar com Jane, não posso esperar. Eu estava andando em círculos na sala enquanto minhas mães tentavam me acalmar.

– Mas e se acontecer algo de errado com a música? E se o bolo vir errado? E se...

– Maura! Acalme-se filha, mais tarde eu vou ao salão me certificar de que está tudo certo. Okay? – Perguntou Constance.

– Okay... Meu Deus! E se der problemas com a decoração?

– Minha filha, eu sou muito boa com eventos, eu vou fazer seu casamento épico! O casamento do ano!

–Verdade... – Me senti mais aliviada.

– Querida, eu gostaria de ficar pra te ajudar, mas como eu disse, eu vou fazer seu casamento ser o mais perfeito de todos. Estou indo na confeitaria ver os preparativos e depois vou ao restaurante ver as comidas, se eles estão cientes de quando começar tudo. – Disse Constance pegando sua bolsa.

– Obrigado Mamãe. – Dei um beijo em cada bochecha e a acompanhei até a porta. – Até mais.

Voltei para dentro e Hope me encarava com um sorriso enorme no rosto.

– O que houve? – Perguntei curiosa.

– Nada, é que você me lembra de mim mesma quando eu estava prestes a me casar, eu estava nervosa com tudo.

– E o que você fez?

– Um dia de beleza, afinal, é um dia especial e temos que nos sentir perfeitas.

– Normalmente um dia no SPA me acalma, mas acho que já perdi tempo de mais com os outros detalhes.

– Então vamos aproveitar o pouco tempo que ainda resta, e fazer horas de beleza. –Sorri com a idéia.

– Perfeito.

Troquei de roupa e fui acompanhada de Hope até um SPA, eu queria conversar com Jane, e vê-la, mas Angela queria que fosse tradicional então, nós não poderíamos nos falar ou nos ver até a hora do casamento, o que me deixava mais buliçosa.

*****

Eu estava em casa descansando para a hora do casamento, eu conseguia imaginar Maura se embelezando desde que acordou, ela estava bem ansiosa. Minha mãe estava me importunando por eu não estar fazendo um dia de beleza, eu imagino como está Maura, se uma mãe já incomoda, imagine ela com duas, se bem que ela que deve estar estressando minhas lindas sogrinhas.

– Jane Clementine Rizzoli! Levante desse sofá agora! Largue essa cerveja e vá fazer alguma coisa! – Ordenou Angela.

– Ma, não enche, eu entendo que esse é um dia especial, mas eu quero fazer do meu jeito okay?

– Claro que nã... – Foi interrompida pela campainha.

– Uh! Deve ser o Frankie! Ma, eu adoro a sua companhia, mas agora eu tenho que resolver uma coisa com ele.

– Posso saber o que você está tramando? – Perguntou desconfiada.

– Não agora, mas eu sei que vai deixar a senhora muito feliz. – Espero – Mas pra isso, eu preciso que você vá.

– Okay, okay, não precisa me expulsar eu estou indo, mas eu vou voltar... – Abri a porta pra ela.

– Oi Ma! – Disse Frankie já entrando. – Pensei que não fosse abrir a porta nunca. – Resmungou botando uma sacola exageradamente grande no sofá.

– O que tem na sacola? – Perguntou Angela curiosa.

– A Jane me pediu pra...

– Nada de muita importância Ma. – Cortei Frankie e lhe belisquei o braço.

– Ai! É verdade, pode ir Ma, eu cuido de Jane por aqui, vá tomar um café e descansar.

– Estou de olho em vocês hein! – Angela olhou mais uma vez com desconfiança, e logo depois foi embora.

Quando a porta se fechou eu e Frankie suspiramos aliviados, olhei pra ele e bati não muito forte em seu braço.

– Não conte pra ninguém! Chama-se surpresa e segredo por um motivo!

– Ai! pare de me agredir! Desculpe. Agora dê uma olhada, espero que seja o certo.

– Se não for, eu faço você devolver, e pegar outro, que seja o certo de preferência.

– Tudo bem, tudo bem. É o certo... Eu acho... – Sussurrou.

Abri a sacola – que era elegante de mais pra uma sacola. – Retirei alguns papéis inúteis e tirei o tecido de dentro da bolsa, dei uma boa olhada... Era o certo.

– Você me impressionou maninho. Entende mesmo dessas coisas.

– Yah yah yah... Agora me diga, por que mudou de idéia assim de ultima hora?

– Não foi de ultima hora, eu planejei tudo.

– Sei... – Disse Frankie indo até a geladeira e abrindo uma cerveja.

– Fique à vontade... – Ironizei apontando para a cerveja na mão dele.

– Obrigado. - Riu

– O que você achou? Acha que Maura vai gostar?

– Eu achei lindo, Maura ira amar, todos vão amar... Você sabe que está realizando um sonho de Ma né? Estou orgulhoso.

– Não estou fazendo isso por Ma, estou fazendo isso pra minha noiva. – Sorri.

– Gosto de te ver assim.

– Depois que levou o tiro você anda muito meloso...

– Eu tive uma experiência de quase morte! Julgue-me, mas eu estou apreciando mais a vida.

– Futuramente você vai levar mais tiros, daqui a pouco vira aqueles Hipsters...

– Cala a boca Jane. – Riu e me deu um soco de leve no ombro. – Mas falando serio, você vai se dar muito bem casando com Maura, nunca te vi tão feliz desde que começou a namorá-la.

– Eu sei, ela me faz feliz, o que eu posso fazer? – Ri. Olhei em volta e fui até uma mesa onde tinha um papel e uma caneta. – Vamos fazer de seu momento gay útil, me ajude com os votos.

– “Momento gay”? Desculpe se estou sendo sentimental. – Virou as costas.

– Acho que não sou a única Rizzoli que está saindo do armário. Esse seu comportamento é muito mulherzinha.

– Vai se ferrar Jane!

– Estou brincando. – Encolhi os ombros, por dentro eu estava rindo. – Agora, vai me ajudar ou não?

– Vou sim.

Sentamos o sofá e começamos a escrever coisas melosas, a maioria eram besteiras, nós rimos mais do que produzimos.

9:00 *****

Já no SPA, eu e Hope estávamos recebendo massagem facial, isso realmente é muito relaxante, me sinto muito bem, e menos exaltada; Ainda assim eu estava nervosa, eu iria me casar! EU MAURA ISLES! Estou prestes a me CASAR! E eu não me canso de dizer isso, me sinto a pessoa mais feliz do mundo, afinal, eu iria me casar com uma linda detetive, teria uma linda família... Tudo seria perfeito, daqui a dez horas eu vou estar casada...

– Maura? Maura! – Hope chamou minha atenção.

– Oh, desculpe, eu estava pensativa. O que foi?

– Nada, só queria saber como você está se sentindo. – Encolheu os ombros

– Certo, estou ansiosa, nervosa, feliz, muito feliz e... É uma mistura de todos os bons sentimentos juntos. – Ri com minha descrição. Normalmente eu seria mais analítica, deve ser convivência.

– Sei como é mais tarde vou te levar na manicure. O que acha?

– Uma boa idéia, eu vou amar.

– Como você acha que Jane está indo?

– Provavelmente, ela está jogada no sofá, bebendo cerveja, e assistindo algum canal de esportes pra se distrair, ela deve estar enlouquecendo Angela. – Sorri ao imaginar a cena.

– É bom não é?

– O que?

– Essa sensação de que achou o amor da sua vida... – Suspirou.

– Não venha me dizer que Paddy era o seu.

– Ta bem, não vou. Mesmo que seja verdade... É como Jane... – A interrompi.

– Não compare Paddy Doyle com Jane.

–Não estou. Apenas se bote no meu lugar, qualquer um que vê Jane e não a conhece, pensa que ela é grossa, rude, impaciente... Mas quando você a conhece direito, consegue ver que ela é um ser humano maravilhoso, um bom samaritano, ela faria qualquer coisa pra te salvar e salvar qualquer outro alguém.

– Não entendi o que você quis dizer com isso, Paddy Doyle não é um bom samaritano, ele não salva pessoas, muito pelo o contrário, ela as mata.

– Mas se você o conhecesse do jeito que eu conheço ele, veria como ele realmente é. Todo tem um lado feio que não se orgulha. Você deve ter o seu...

*****

– O que você quer dizer pra ela? – Perguntou Frankie.

– Se eu soubesse, não estaria te pedindo ajuda.

– Okay, nós estamos à uma hora tentando escrever seus votos, você tem que ter alguma idéia.

– Eu não sou boa com discursos. – Choraminguei e bati os pés no chão.

– Então... Comece com o dia que vocês se conheceram, conte que da primeira vez que viu ela você sabia que ela era única.

– Não sei se posso fazer isso... – Falei lembrando o jeito que nos conhecemos.

– Oh... Verdade – Riu. – Então fale sobre a amizade de vocês, e de como foi quando você se viu apaixonada por ela.

– Vai parecer maníaco a segunda parte.

– Por quê? Você a observava dormir?

– Não!

– Você a imaginava tomando banho? – Sorriu maliciosamente.

– Seu tarado! Não! – Bati nele com uma almofada – Eu a observava trabalhar, observava não, admirava.

Fiquei pensando o que escrever, olhei Frankie e ele estava fitando o nada com um sorriso maroto.

– Por favor, não me diga que está pensando na minha noiva tomando banho.

– Não estou! Eu não sou um pervertido!

– Okay... – Ficamos alguns minutos em silencio olhando para o teto, até que gritei:

– ME AJUDE!!!

Frankie pulou do sofá botando a mão no seu peito esquerdo

– Você está louca?!?!

– Você não está ajudando!

– E gritar comigo ajuda?!

– Preciso ver Maura. – Resmunguei bebendo um gole d’água.

– Não está bebendo cerveja?

– Não, quero ficar sóbria hoje. – Pisquei.

– Mudando de assunto, o que querem de presente de casamento?

– Ainda não comprou meu presente? – Fingi incrédula

– Eu não sei o que comprar...

– Ta bem, compre algo pra casa, se quiser algo pra agradar Maura, algo rústico, se for pra me agradar, algo que envolva basebol... Tente misturar os dois.

– Porque faz muito sentido. – Ironizou Frankie.

– Espera! Maura mencionou uma coisa que ela queria

– O que? – Perguntou esperançoso.

– Um vibrador – Disse segurando o riso.

– Oh... – Frankie estava sem reação.

– Brincadeira! – Ri descontroladamente.

– Me faz um favor?

– Depende.

– Nunca mais me fale detalhes sobre sua vida sexual, nem por brincadeira...

16:00 *****

Hope já havia me levado pra todos os lugares de beleza possíveis, faltando três horas para o casamento, voltamos para casa, foi estranho entrar e não ver Jane sentada no sofá com uma cerveja na mão, ou dormindo nele... Em casa estava tudo bem silencioso, as únicas pessoas que estavam lá eram Hope, Constance e Cailin, sim Cailin, ela seria minha madrinha, depois do rim nós nos aproximamos bastante, e também porque eu precisava de uma madrinha e a pessoa mais próxima a mim, era Jane, e ela não poderia ser minha madrinha.

Eu tinha acabado de sair do banho, passei meu creme de sempre e fui para o quarto, onde todas as meninas estavam elas tinham babyliss, maquiagem, minha roupa, meu véu, jóias, e muito mais. Sentei-me na penteadeira e Hope já começou a arrumar meu cabelo, escovando e passando a babyliss e depois o prendendo em um coque frouxo, mas elegante. Cailin estava me maquiando, por ser mais jovem ela entende bastante disso, Constance estava fazendo algo com o colar, não sei exatamente o que ela fazia com ele, mas parecia algo importante.

*****

Aqui em meu apartamento estava tudo bem calmo, eu estava tomando um banho relaxante para começar a me arrumar, eu disse pra minha mãe para ela não vir, eu queria surpreende-la, então dei uma desculpa qualquer, mas é claro que não seria tão fácil assim, eu saio do banheiro e quem eu encontro? Minhas primas da Itália, daí eu me pergunto. “O que diabos elas estão fazendo aqui?”. Agi naturalmente, educada e surpresa.

– Mandy! Tina! Erin! O que fazem aqui?

Elas deram um grito alegre e estridente quando me viram.

– Prima Jane! Não acredito que você está mesmo se casando! – Disse Mandy me abraçando.

– Nem chegamos a conhecer essa tal de Maura... – Vez de Tina me abraçar. – Sempre desconfiei de você Janiezinha.

Erin era a mais calma de todas, ela era mais normal, digamos assim. Eu não a odiava do jeito que odiava as irmãs dela, Erin era gente boa.

– Cugina! Quanto tempo né? – Me abraçou. – Estou muito feliz por você.

– Muito bom ver vocês. – Mentira.

– Ta bem, o momento reencontro acabou, temos menos de três horas pra te deixar impecável! – Disse Tina.

Elas me empurraram até uma cadeira, Mandy começou a mexer dolorosamente no meu cabelo, enquanto Tina pintava minhas unhas, e Erin me maquiava. Aquela situação não era muito confortável, mas valeria à pena... Eu espero.

17:00

– Prima Jane você está LIN-DA! – Exclamou Mandy, ela era bem tipo patricinha quando adolescente, continua a mesma.

– Isso ela sempre foi, mas você está deslumbrante Jane. – Disse Erin, por isso eu gostava da Erin, ela não era tão excêntrica, sorri ao seu comentário.

– Posso me olhar no espelho agora? – Perguntei já impaciente.

– Pode sim cugina.

Sai da cadeira e fui correndo pro banheiro para ver o resultado de uma hora de tortura. Vendo meu reflexo, eu fiquei sem ar, realmente eu estava linda (modéstia a parte) eu imaginava a expressão de Maura quando ela me visse, e de minha mãe, elas irão pirar.

*****

Depois de uma hora eu já estava pronta, ou quase, faltava botar o vestido e ir para a igreja, mas ainda tinha tempo de sobra.

– Pega um. – Disse Cailin me entregando algo.

– O que é isso?

– Chiclete.

– Não gosto, mas obrigado mesmo assim, vou ter que recusar.

– Okay, e agora?

– Como assim? – Perguntei.

– O que fazemos?

– Podemos conversar.

– Maura querida, nos conte a sua história com Jane.

– É uma longa história, mas tudo bem.

Sentamos na cama, e contei do começo até agora. Olhei para o relógio e estava na hora. Eu iria me casar.

*****

Entrei no carro que Maura enviou, o motorista se apresentou, me elogiou e estava me levando até o local, no carro Frankie me fazia companhia, ele foi me acalmando o caminho todo, eu estava nervosa, eu não tinha borboletas no estomago, eu tinha um zoológico inteiro. O carro estacionou, o motorista virou para nós e falou:
– Chegamos.

– Oh God! Maura já está aqui?

– Sim senhora, o carro logo a frente é o da Sra. Isles. – Olhei pra frente, mas os vidros eram escuros, eu precisava ver minha loirinha.

– Tudo bem Jane, se acalme, vai dar tudo certo, sabe como vai ser a entrada?

– Sim, eu entro primeiro, e logo atrás de mim vêm Maura.

– Exatamente... Você está linda sorella. – Por que “todo mundo” (Frankie e Erin) resolveu falar italiano de uma hora pra outra?

– Obrigado. – Sorri desajeitada.

*

Ambas estavam tentando controlar sua respiração, olhavam pela a janela no carro, e viam o parque onde Jane pediu Maura em casamento, ele estava todo decorado, com luzes, acentos, flores e tudo.

Maura estava quase roendo suas unhas, e Jane esfregava sua cicatriz. Ficaram mais nervosas quando ouviram a marcha nupcial, todos que estavam sentados se levantaram, e como o combinado, Jane iria primeiro, ela se preparava para sair do carro, quando Frankie a parou.

– Espere, esqueci de te falar o combinado de ultima hora.

– Oh my God Frankie, e você só me fala agora?

– Calma, é só um detalhe, vocês vão entrar vendadas.

– OI?!?! NÃO!

– Sem birra, foi idéia de Maura.

– As coisas que eu faço por ela...

Frankie então vendou Jane, e no outro carro, Maura também estava sendo vendada por seu pai. Ambas saíram dos carros com a ajuda dos que iriam acompanhá-las. Jane estava à frente, estar vendada a deixava mais nervosa, Angela chorava de emoção, seus colegas de trabalho e sua família ficaram impressionados com sua vestimenta, ela estava perfeita.

Roupa Jane

Vestido Maura

Maura andava logo atrás com um sorriso gigante, ela se sentia a pessoa mais feliz do mundo, e tinha motivos. Suas mães estavam muito orgulhosas e também choravam. A cada passo que davam, os convidados podiam admirar mais e mais a beleza e delicadeza das duas noivas.

Quando ambas chegaram ao altar, seus acompanhantes tiraram as vendas e uma fitou a outra maravilhada, os convidados riam da reação de ambas. O padre então começou a cerimônia, Jane e Maura se perderam em pensamentos, apenas voltaram à realidade quando estava na hora dos votos. Jane respirou fundo e começou

– Maura...Você é um presente. Um presente que nunca imaginei que podia querer ou precisar, e todos os dias, vou lhe mostrar que você é um presente que eu mereço. Você me faz a melhor pessoa que eu poderia querer ser, e eu quero viver, aprender e amar o resto da minha vida com você. – TJ entregou a aliança para Jane, que colocou no dedo de Maura, e lá deixou um beijo.

–Eu olho para você e vejo minha melhor amiga e a mulher que amo. Sua energia e paixão me inspiram de formas que eu nunca imaginei possíveis. Sua beleza interior é tão forte que eu não tenho mais medo de ser eu mesma. Eu não temo nada. Nunca pensei que iria encontrar alguém para amar que me amasse incondicionalmente. E então me ocorreu que independente de estarmos separadas, você sempre esteve comigo e você sempre foi minha alma gêmea. Você me dá propósito quando eu sinto não ter. Sem você, eu seria apenas a rainha dos mortos que fui antes de você aparecer em minha vida, a estranha prolixa sabe-tudo, mas você apareceu e fez minha vida mais colorida e feliz. Você me protegeu, me defendeu, fez eu me apaixonar por você inteiramente e assim que vai ser para o resto de nossas vidas. – Elas já não seguravam mais as lágrimas. Maura botou a aliança no dedo de Jane, onde depositou um beijo.

Todos estavam muito emocionados e chorando, inclusive o Padre, que falou:

– Eu vos declaro casadas. Podem se beijar.

Jane já não conseguia esperar pra esse momento, segurou Maura pela cintura com uma mão. Maura, com uma mão segurava o rosto da amada, as mãos livres estavam entrelaçadas e assim selaram o matrimonio.

Na saída todos lançavam arroz no ar, deixando cair sobre as noivas, entraram no carro e foram para a festa.