How You Remind Me escrita por BlackBird


Capítulo 6
Capítulo Final - You're Always In My Head




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Na noite da última prova de Torneio Tribuxo, todos estavam animados e curiosos para ver de quem seria a vitória. Draco e seus amigos caçoavam dos outros no caminho, o que até foi bom, ele nem lembrava da sua humilhação.

Quando Draco disse que teria que voltar para seu dormitório para pegar seu gorro, deu de cara com Mione indo para a arquibancada. Só se olharam e talvez, tenha sido o momento mais tenso até então. Quando estava em seu dormitório, viu uma carta que estava em cima de sua cama. Leu o conteúdo com surpresa e apreensão. Não queria, mas optou por destruir a carta por segurança. Ficou pensando naquele "H.G." tão caprichado assinado logo abaixo da mensagem. Antes que percebessem sua ausência, ele voltou para o lugar onde aconteceria a prova. Ele não estava tão feliz, mas se ela queria ainda encontrá-lo, talvez houvesse esperanças.

A prova já tinha começado há muito tempo e parecia não queria terminar. Fleur Dellacour, a única menina entre os campeões, foi a primeira a ser retirada do Labirinto. Ela já não estava tão bem nas provas tinha um tempo. E as horas passavam e nada de a prova acabar. Foi quando Harry Potter e Cedrico Diggory apareceram. Malfoy pensou : "Que ótimo, os campeões são de Hogwarts !". E então ele percebeu, que tinha algo errado. Harry chorava muito, debruçado sobre Diggory que não se movia. De repente, havia choros e gritos, algumas pessoas pedindo calma enquanto outras estavam desesperadas. Malfoy ficou em silêncio, respeitando a dor de seus colegas, quando se lembrou de Hermione e começou a procurá-la com o olhar. Ele se sentiu arrasado a vendo daquele jeito.

Quando os professores começaram a dispersar os alunos, ele só conseguiu ver Rony a abraçando e a levando. Depois, de tudo o que tinha acontecido, ele não sabia se ainda iam se encontrar. Mas mesmo assim, ele iria.

No horário marcado, lá estava Draco andando pelos corredores vazios e escuros, em direção aos Banheiros dos Monitores. Mesmo não sabendo se Mione apareceria, ele esperou, até alguns minutos depois da hora, por ela. Ao ouvir passos, ele se escondeu, mas quando viu quem era, logo perguntou :

– Por que demorou tanto ?

– Desculpe, aconteceu uma coisa com o Harry e ... Não pude evitar a demora, eles poderiam desconfiar ...

– Mas você está bem ?

– Como poderia ? Cedrico Diggory está morto. Lord Voldemort voltou e o matou. Da maneira mais brutal ...

E começou a chorar. Draco não sabia o que fazer ou dizer, mas não aguentava ver a menina daquela maneira. Por impulso, abraçou-a. Sua surpresa, porém, foi ela não ter rejeitado. Por um tempo imensurável, ficaram abraçados e o único barulho que se ouvia, era os soluços de Hermione. Malfoy pensou que poderia ficar ali pra sempre ...

– Me desculpe ... - Disse Hermione se afastando, - Acabei ... Me desculpe !

– Tudo bem. Você queria falar alguma coisa comigo ?

– Ah sim, Hmm ... Também queria pedir desculpas por ter te ignorado tanto, não devia ter feito isso, devia ter conversado com você sobre aquilo antes.

– É ... Eu acho que o lance de manter as aparências você levou muito a sério.

– Pode ser que sim.

Draco ficou satisfeito, pois pelo menos a viu sorrindo. Ou melhor, a fez sorrir.

– Enfim ... Mas, na verdade, eu só queria dizer que o que aconteceu não vai mais acontecer. Não pode. É que tudo ocorreu tão rápido e sem maiores explicações. Então, eu achei que eu deveria ...

– Foi pra isso que me chamou ? Para dizer que não quer ficar comigo ?

– Você pensou nessa possibilidade ?

– Pra você é uma possibilidade ?

– Não foi isso que eu quis dizer ... Mas, então, era isso que você pretendia ? ficar comigo ?

– Eu pensei que fosse recíproco.

– Não, não é. Nunca foi ! Como faríamos isso ? Não sei de você se lembra, que já me chamou de "sangue-ruim" . Você odeia meus amigos, é cruel o tempo inteiro e sempre que pode, mostra a todos, a superioridade do seu sangue.

– Não tenho vergonha de ser "sangue-puro".

– É, eu sei que você não tem, e nem eu tenho vergonha do meu. E vamos ser sinceros, é o que você despreza. Desse modo que você acha que poderia ser recíproco ? Lamento muito.

– Você se chateia só por isso ?

– Você ainda acha pouco ? Eu acho motivo suficiente.

– Por que não vê como estou me humilhando aqui ?

– Se humilhando como ?

Draco se virou contra a parede, tentando esconder seu rosto :

– Você ainda não percebeu ? Eu gosto de você. Não sei como, mas eu gosto de você ...

– Como ?

Ele não queria, mas se virou para olhar nos olhos de Hermione e falar tudo o que estava sentindo.

– Granger ...Eu não entendo o porquê, mas eu tenho que te dizer que eu ... te amo, eu gosto de você, amo você ! Aconteceu de uma maneira inesperada e não sei como meu coração te escolheu, mas ele não para de fazer eu pensar em você.

– E você tem algum coração Malfoy ?

– Tem alguma coisa dentro de mim que está terrivelmente apaixonado por você. Se não for meu coração, não sei o que é !

– Já imaginou que pode ser coisa da sua cabeça ?

– É meu coração que chora por você ... Não é coisa da minha cabeça, é meu coração apaixonado.

– Malfoy ...

– Me diz ! Por que ele bate tão forte quando te vê ? Ele é o que me dá mais vontade de ficar do seu lado. Pode não parecer, mas sim ... Eu tenho um coração. E ultimamente, ele tem batido por você !

– Por que mentir dessa maneira pra mim ?

– Não estou mentindo ... Nunca fui tão verdadeiro. Sério, eu juro que não é mentira. Eu experimento uma felicidade diferente do seu lado, sinto coisas estranhas, desejo de te ver o tempo todo ... De saber como você está, te procurar, passar horas vendo você sorrir. É bobo, mas é tudo o que eu sinto ...

– Nossa ! Que belas palavras ...

– E é só isso que você me diz ?

– O que você quer que eu diga ?

– Se você sente as mesmas coisas !

– Você acha que eu sinto as mesmas coisas ? Sério isso ?

– É, eu acho que você só se faz de durona. Mas no fundo ... Eu sinceramente acho que não estou sozinho nisso. Você deve sentir algo por mim.

– Acertou ! Ódio e desprezo.

– Seja um pouco mais verdadeira.

Mione ficou tensa quando ele a pressionou contra a parede, lábios tão perto um do outro. Ela não queria que acontecesse mais nenhum beijo, foi para falar isso que ela estava ali, mas aquela altura, poderia ser algo inevitável.

Draco passou a mão no cabelo de Hermione, o que de certa forma a arrepiou, mas na medida que ela fechou os olhos, ele aproveitou e a beijou. Estava vencendo mais uma vez.

Quando Hermione sentiu que já não podia mais, se desvencilhou de Draco e percebeu que era hora de dizer adeus.

– Malfoy, de verdade ... Não podemos fazer isso ! Sinto muito, mas não podemos mesmo fazer isso.

– Granger, você não vai me dá nenhuma chance de mudança ?

– Não sou eu que tenho que fazer isso ! Você tem que mudar por si mesmo. Se você não mudar por vontade própria, ninguém poderá fazer isso por você, no seu lugar.

– Mas você concorda que preciso de motivos ?

– Sim, mas tem que ser os seus.

– É, meu motivo é mudar por você !

– Como você consegue falar tantas besteiras ? impressionante ! Uma hora me chama de "sangue-ruim" e na outra, está aqui, me falando tais coisas. Devia ter vergonha disso ! Não percebe o quanto é patético essa atuação toda ? Aonde você quer chegar ?

– Por que simplesmente, não acredita em mim ?

– Por que você mente ! É mau, mesquinho, sempre pede ajuda a seu pai ! Não sabe fazer nada sozinho ! Com seus amigos é valente, sem eles ... Eu realmente não sei o que está acontecendo com você, mas se você parar, observar bem, vai ver que na verdade, você me odeia. Está vivendo numa ilusão estranha, passando por uma completa confusão, mas quando passar, você vai reparar que não gosta de mim, e se arrepender de tudo o que houve entre nós.

– Se um dia eu olhar para trás, e tiver que me arrepender de algo, com toda certeza será de ter te perdido. Como você não consegue ver o dano que pode me causar ? Dias difíceis estão por vir, teremos que enfrentar coisas ruins ... Eu não quero, mas acho que vou ter que ficar do lado errado. Isso é bem maior que eu ... Vai chegar um tempo, em que não vou ter opções como tenho agora, se é que tenho. Mas, Granger, Hermione ... Se esse dia chegar, quando ele chegar, eu, te pedindo desde agora, que por favor ... não pense mal de mim. Não pense que piorei, que quero estar por vontade, do lado oposto. Existem muitas coisas que não posso dizer, mas que vão acontecer. Realmente, não sei quem vai prevalecer, mas seja como for, como eu disse antes, eu gosto muito de você, e se o pior acontecer, para mim ou para você, que você possa se lembrar do que eu disse : Não vou estar mais malvado do que eu sou hoje, não vou poder interferir ou ter escolhas no que está pra acontecer, vou me arrepender por ter sido um completo idiota com você a vida inteira e que ... Eu amo você ! Eu amo muito você ! Nunca se esqueça disso ...

– Malfoy ...

Disse Hermione chorando. Mas por um momento, se forçou para se convencer de que tinha que usar o feitiço. Dava pena olhar Draco com lágrimas nos olhos também, sendo sincero com ela. Ela teve certeza que o que ele tinha dito era verdade, ele a amava. E por ser verdade, o que ela faria era necessário. E não hesitou.

– Draco, me desculpe. Eu sinto, sinto muito mesmo.

– Granger ...

– Não ... Não fala nada, por favor !

Mione levantou sua varinha em direção à ele. Estava com medo dele dizer mais coisas, o que a faria mudar de ideia.

– Granger ... O que você está fazendo ? O que você ...

E, em meio a soluços, ela pronunciou :

– Obliviate ...

✰✰✰✰

Draco acordou de manhã com seus amigos falando sobre a despedida dos outros alunos da Beauxbatons e da Durmstrang e suas tão sonhadas férias. Draco também estava animado, até a hora de ir para o Grande Salão, e ouvir as palavras de Dumbledore sobre Cedrico Diggory. Lembrar da morte dele, (Que não era exatamente seu amigo, mas conhecia e apesar de tudo, tinha torcido para ele ganhar o Torneio Tribuxo.) E pensar que seu pai tinha participado de tudo, e agora que Voldemort voltara, sua família ainda seria aliada dele, o deixava triste e transtornado. Ouviu todas as palavras de Dumbledore com um aperto no coração. Mas esqueceu por um momento disso quando percebeu que a menina Granger o observava, do outro lado do Salão. Não entendeu porquê o olhar de indignação, mas fazendo sua cara de desdém, a menina se tocou e olhou para frente, novamente prestando atenção no diretor e começou a ficar com cara de choro. Malfoy pensou que ela devia estar louca, ou até em choque pelo o que tinha acontecido, mas deixaria ela pra lá, não tinha motivos pra ficar pensando nela.

Centrou seu pensamento no que seria dele e da família agora. Voldemort exigiria servidão total. Não era à toa sua fama (ou má fama) de Lord das Trevas. Sim, agora tudo iria mudar. Para pior, mas iria mudar.

✰✰✰✰

Hermione se sentiu melhor quando viu Malfoy se despedindo de alguns alunos da Durmstrang. Não dava para decifrar como ele parecia, mas pelo menos, parecia bem. Desviou seu olhar antes que o garoto a percebesse de novo e levou um susto com Viktor a chamando e lhe entregando um bilhete e dizendo :

– Hermione ! Aqui, é pra você ! Me escreva, promete ?!

Ele foi tão gentil em todo o tempo com ela, que não teve como discordar.

Quando os alunos das outras escolas foram embora, incluindo Krum, Hermione foi se encontrar com seus amigos. Depois de muito tempo, podia dizer que estava bem. Riu com Harry e Rony, mas quando eles se levantaram, ela disse, com um certo ar de esperança, não sabia em quê, mas disse :

– Agora tudo vai mudar, não vai ?

E nessa pergunta, ela pensou sobre seu ano, tudo o que passou, e de um modo geral, em tudo o que estava pra acontecer. Não sabia se sentia alívio ou apreensão pela resposta de Harry, que foi um simples "Vai."

Respirou fundo e aceitou. Sim, tudo iria mudar. Talvez sua relação com Draco continuasse a mesma, mas dentro dela, eu sentimento mudaria. Como ele pediu, ela não o veria da mesma forma, até agiria com ele como antes, mas não o veria mais da maneira asquerosa como já tinha visto.

Ele já tinha amado ela, mas ele mesmo nunca saberia disso, e esse era o favor que Hermione retribuiria a ele, por ter sido sincero com ela. Agora, jamais ele poderia se arrepender por ter se apaixonado pela "sangue-ruim". Só poderia se arrepender dos seus próprios erros cometidos, na qual, ela não o julgaria nunca. Ele estava sem escolhas.

– Prometam me escrever nas férias ? Vocês dois !

Sim, agora ela estava seguindo em frente. Agora poderia dizer que estava livre de toda a culpa. Pensaria só em ajudar seus amigos e enfrentar as aventuras que viriam. Afinal, eles jamais teriam um ano normal e tranquilo em Hogwarts.


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