Em Busca do Sentido escrita por Eddie Weasley


Capítulo 29
Feliz Ano Novo!


Notas iniciais do capítulo

Minhas promessas de ano novo:
— Ser menos trouxa (impossível)
— Conseguir uma lhama chamada Roberto
— Ser menos trouxa.
— Conquistar o Crush.
— Passar com no mínimo 8 em matemática.
— Já disse ser menos trouxa?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/548292/chapter/29

P.O.V Lily:

Hoje vou contar uma história. Uma história de amor, de aventura e de magia. Mentira, só vou contar como foi o meu ano novo com a família Weasley, a família da Rose.

Tudo começou quando Rose me encontrou e disse:

— Ei, gótica, vai fazer o que no ano novo?

— Vou ficar por aqui mesmo.

— Que nada — ela me puxou pelo braço —, você vem comigo.

— Hum? Pra onde?

Imaginei pra onde aquela piranha tava me levando, podia ser qualquer lugar. Uma vez ela tentou me convencer a tirar férias com ela no Acre. Chegando lá nos fomos atacas por dois dinossauros, aí tivemos que voltar.

Ela não me respondeu, só aparatou, comigo. Quando me dei conta estávamos paradas na frente de uma casa.

— Vamos passar o ano novo com a minha família.

Travei na hora. Rose falava tanto da família dela que chegava a me assustar, ela comentou que sua mãe tinha tentado jogar um vaso de flores nela no Natal. Mas a ruiva me convenceu quando disse que ia ter bolo, aí eu entrei.

Me arrependi na hora, a primeira coisa que vi quando entrei foi que a casa inteira era decorada com... Palhaços. Sim. Quadros de palhaços, bonecos de palhaços, almofadas de palhaços... Agora entendo porque Rose é assim.

— Eu sei o que você está pensando — ela sussurrou no meu ouvido. — Às vezes a noite eu rezo por um assalto.

— ROSE WEASLEY, QUANTAS VEZES EU JÁ DISSE PARA... — Hermione, a mãe de Rose parou imediatamente quando me viu. — AH, olá querida. Lily, certo?

— Eu mesma — estendi a mão.

— Rose fala tão bem de você por telefone! Meu marido Ronald tomou a liberdade para te comprar um presente — me entregou uma caixa.

Não conseguia parar de imaginar as coisas maravilhosas que poderiam estar dentro daquela caixa, abri e vi uma coisa incrível... Ah não, merda. Esqueçam o "incrível". É um boneco de palhaço.

Hermione e Rose fizeram uma careta, como se compartilhassem a minha dor.

— Meu padrasto é viciado em palhaços — Rose explicou.

— Pode jogar na caçamba de lixo ao lado da varanda se quiser — Hermione falou.

— Hum... Certo... — Na mesma hora um garoto ruivo, que parecia ser um pouco mais novo que Rose, desceu correndo as escadas, na verdade ele tropeçou no meio no caminho e veio rolando.

— Hugo — Rose disse.

— Tô com fome — o ruivo falou, coçando a bunda.

— Já vou botar a mesa, chama teu pai — Hermione mandou.

— Eu ajudo — falei.

Hermione me encarou, com os olhos brilhando. Logo em seguida me abraçou, chorando.

— Ela é um anjo.

— Adota ela então — Rose disse, se jogando no sofá e ligando a Tv, onde passava o especial do Roberto Carpos.

Enquanto eu ajudava a colocar a mesa, tomei um susto quando aporta se abriu, e a casa foi invadida por alguns milhões de ruivos que chegaram quebrando tudo.

— O resto da família — Rose falou, fazendo esforço pra se levantar do sofá.

Ela saiu pra cumprimentar todo mundo enquanto eu fiquei ali, sentada, tomando meu suco de uva. A solidão me fez solidão - Vinicius de Moraes.

Eu tenho quase certeza que foi ele quem disse isso.

Todo mundo veio se sentando na mesa, que já não tinha mais espaço. juro, tinha nego sentando na mesa e no fogão (fogo no cú, literalmente). Rose veio e sentou em mim, quando eu perguntei "mas que diabos?" ela respondeu algo do tipo "cala a boca e pega o máximo de comida antes que acabe". Mas logo ela se levantou pra ficar mais próxima da comida.

Assim que a Sra. Weasley colocou os pratos na mesa e gritou algo como "VAI", percebi que seria melhor fazer o que Rose disse quando todos começaram a atacar a comida, olhei pro lado e vi duas garotas lutando por um cacho de uva.

Peguei o máximo que consegui antes que acabasse e Rose veio ao meu encontro.

— E agora? — Perguntei.

— Corre pro quintal antes que tentem pegar o que você tem. — Assim que terminou a frase ela se jogou em cima de um cara e roubou o peixe que ele tinha se servido, olhei pra ela com espanto. — Querida, é matar ou morrer. Corre logo!

Corri com Rose atrás, uma hora ela passou de mim e se sentou debaixo de uma árvore, escondida pra quem passasse, me sentei ao lado dela e nós aproveitamos a recompensa da guerra.

Quando terminamos de comer ficamos conversando mais um pouco, depois entramos na casa pra largar os pratos. Encontramos alguns tios bêbados (ou nocauteados?) no chão, pulamos por cima deles e finalmente largamos o prato na pia.

Rose ficou roubando o champanhe das pessoas que passavam, e nem me oferecia, bebia sozinha mesmo, no final ela estava tão bêbada quanto o tio dela que dançava só de sunguinha roxa no meio da sala. Levei ela pro quintal, onde não tinha nenhuma bebida alcoolica. Era engraçado um pouco, já que ela gritava coisas como "cuidado, tem uma zebra atrás de você".

Só depois eu descobri que realmente tinha uma zebra atrás de mim. Levei um coice e me virei para ver uma zebra roxa e rosa, cheia de purpurina, me xingando. Larguei Rose ali mesmo e peguei a espada, já atacando a zebra. Rose tentou ajudar, mas as flechas dela acertaram uma janela e a porta da frente.

— VOCÊ NÃO CONSEGUIRÁ ME MATAR, MERA MORTAL, PORQUE EU SOU JUANITA, A ZUBRA.

— Zubra? Não seria zebra?

— Zebra? Não seria zubra?

— Não. Não existe zubra, o certo é zebra.

— Como assim? — Ela pareceu desesperada. — Minha vida inteira era uma mentira??

Juanita se sentou e chorou em posição fetal, antes que ela se recuperasse da depressão eu e Rose voltamos para dentro, onde eu sem querer quebrei um pote, mas por sorte ninguém viu. Juntei os cacos do pote e tentei conserta-lo.

Ficou igual, ninguém conseguiria notar a diferença.

Exceto alguém com olhos.

Rose disse que tudo bem, porque colocaria a culpa no irmão. Falando no irmão dela, ele estava no topo da escada, atirando bolachas em quem passava, subimos lá para nos juntar a ele. Paramos quando começaram a gritar "10...9...8..."

"7...6...5...4...3...2...1". Olhei o relógio, ainda era 11:59. Essa contagem se repetiu mais duas vezes até eles acertarem. Todos começaram a se abraçar, derramar bebida, gritar, cantar, dançar ragatanga, mas as exatas 00:01 todos pegaram suas coisas e foram embora.

O que diabos está acontecendo aqui??

— Minha mãe disse que só ia ceder a casa até a meia noite — Hugo explicou, enquanto Rose tagarelava algo sobre como as Renas dominarão o mundo.

— ELAS QUEIMAM NOSSAS MULHERES E ESTUPRAM AS CASAS! MALDITAS RENAS QUE VÃO DOMINAR O MUNDO. TODOS PODEM SER RENAS, EU POSSO SER UMA RENA, HUGO PODE SER UMA RENA... HARRY PODE SER UMA RENA. LILY, VOCÊ É UMA RENA?

— Sou — respondi antes de bater a cabeça dela na parede. Rô desmaiou na hora, eu arrastei ela pelo braço enquanto me despedia da família dela.

No fim eu fui para o quintal e viajei nas sombras até o acampamento, onde estava tendo um festa no anfiteatro, deixei a Rose dormindo em um banco enquanto dançava loucamente ao ritmo de Weasley Safadão (que mais tarde descobri ser parente de Rose).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

FELIZ ANO NOVO, ADEUS ANO VELHOO...
Feliz ano novo gente!