Caçadora de Demônios escrita por Mallow


Capítulo 4
Não Acredito No Que Vi.


Notas iniciais do capítulo

Depois das tretas do capítulo anterior..tem mais tretas agora....

Boa leitura!



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Como eu não fui pro colégio naquela manhã apenas fiquei no quarto ouvindo música e saboreando as guloseimas que minha mãe me trazia. Depois que ela e meu pai foram trabalhar, aproveitei para dormir mais um pouco. Senti o cheiro de comida e desci. Cheguei na cozinha encontrando um bilhete da minha mãe na geladeira dizendo que teve que voltar correndo pro trabalho. Ela tem se sobrecarregado mais ultimamente. Comi vendo tv na sala, logo que terminei de lavar o prato a campainha toca, abri a porta era Ken, ainda com o uniforme da escola.

—E ai como você tá? —Perguntou ele.

—Estou bem melhor, entra, acabei de almoçar e ainda tem um pouco na panela você quer? Tá uma delícia!—Disse enquanto fechava a porta.

—Tranquilo, tô sem fome. —Respondeu se sentando no sofá. —Mas me conta o que diabos aconteceu contigo ontem?

—Bem que eu queria te dar uma resposta exata. Eu nunca tinha desmaiado por um motivo desses antes. 

—Tem certeza que está bem? Posso ficar aqui e te ajudar em qualquer coisa.

—Me lembro que no orfanato eu sempre cuidava de você. Não vamos bagunçar a ordem das coisas. —Recordei a época que éramos crianças, antes de sermos adotados.

Ficamos vendo tv e conversando sobre a escola. Ele me entregou algumas folhas de caderno com as anotações das aulas de hoje, agradeci e voltamos a conversar. Depois de um tempo estávamos vendo um filme e teve uma cena de beijo, percebi que ele estava muito, muito vermelho.

—Ahn, tudo bem? —Perguntei pondo a mão na testa dele. Eu adorava como ele ficava constrangido em qualquer situação romântica.

—Ah.. s-sim... sim tudo... —Respondeu meio agitado, tirando a minha mão de sua testa e se levantando do sofá. —A-acho melhor eu ir embora... tchau amanhã a gente se fala. —Praticamente fugiu da minha casa.

Estava um tédio na minha casa. Como eu já estava me sentindo melhor e ainda faltava algumas horas até meus pais chegarem, resolvi dar uma volta na cidade. Fui até um parque perto de casa andar um pouco e de fora do portão, do outro lado da rua, vi Castiel andando com uma folha na mão. Parecia estar procurando algum endereço, fui até ele.

—Oi... ahn, você é Castiel certo? —Como ele não tinha se apresentado pra mim falei com ele desse jeito.

—Ah sim... —Disse ele sem deixar de olhar pra folha em sua mão.

—Hum... está procurando algum endereço? Posso te ajudar? —A grande verdade é que eu não conhecia a cidade, mas é como dizem "duas cabeças pensam melhor que uma".

—Não preciso da sua ajuda, não. Pode voltar pra casa e me deixar em paz. —Passou por mim, me deixando sozinha na calçada.
Me virei e fui atrás dele, quando ele parou.

—Achei! Pronto agora só terminar o trabalho...—Quando me viu parou de falar e ficou com um tom de voz agressivo. —Ah, garota será que poderia viver sua vidinha sem graça em paz?

Não entendi nada. Mas não queria levar desaforo...

—Caramba, esquentadinho! Apenas quis te ajudar, precisa ter aulas de educação... seu grosso!! —Me virei pra ir pra casa furiosa quando Castiel me segurou pelo braço e me arrastou pra um beco com menos luminosidade.

—Ei, me solta. —Antes que eu pudesse gritar ele colocou a mão na minha boca e mandou eu ficar quieta. Pensei "fodeu!"

—Cala a boca, sua idiota. Agora que ele te viu, você não pode ficar perambulando feito uma galinha indefesa.

—Galinha?... Sério?! —Ainda muito irritada mas com o tom de voz bem baixo me desvencilhei de suas mãos.

—Você entendeu...

—Mas quem me viu? —Falei tentando ver pelo lado da parede.

—Droga, ele está vindo! —Castiel me puxou para mais fundo do beco, onde tinha um canto totalmente escuro me empurrando para lá e me agachou atrás de uma lata de lixo.  Ele estava tão perto de mim que dava pra sentir sua respiração. Ele estava meio ansioso. Eu estava pra entrar em pânico.

Foi quando um cara com um casaco longo preto entrou no beco também.

—Sei que você está aqui. Pode sair e me enfrentar como homem. —Falou o cara.

Castiel se levantou, tirou algo do bolso e andou em direção ao cara. Havia um silêncio desconfortável que foi quebrado por Castiel correndo até o cara com uma estaca de madeira branca na mão. Mas foi muito rápido, não chegaria perto de uma corrida normal de um ser humano. Castiel e o cara começaram a brigar. Um dando socos e chutes no outro. Até que o cara pegou o Castiel pelo pescoço e o levantou contra a parede.

—Você é uma escória pra nossa espécie. Matando sua própria família. Deveriam ter te destruído quando tiveram a chance.

Vendo que Castiel estava quase perdendo os sentidos, por impulso eu peguei uma tábua de madeira do chão e parti pra cima do cara. Dei com toda a minha força um golpe na cabeça dele. Tanta que ela se partiu em dois pedaços, mas o cara nem se mexeu. Ele olhou devagar pra mim e vi Castiel dizendo "Idiota". O cara soltou o ruivo, que caiu no chão e estava tentando se levantar, mas o mesmo deu um chute em sua cabeça e o deixou mais tonto que antes. O desconhecido se virou pra mim e me pegou pelo pescoço me pressionando contra a parede oposta. Ele era extremamente forte. Eu dava chutes e socos nele o mais forte que eu conseguia mas nada adiantava. Ele chegou bem perto de mim e cheirou meu pescoço. Foi quando eu vi... presas... no lugar de dentes e seus olhos com um vermelho que me lembrava sangue. Não acredito! Era um vampiro! Tipo, de verdade...


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Notas finais do capítulo

^^