Caçadora de Demônios escrita por Mallow


Capítulo 16
Achado!


Notas iniciais do capítulo

Yoo marsh's
Boa leitura.



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—Você não pode atirar nela. —Falou ele ao ver a arma em minhas mãos.

—Não vou machucá-la. É um demônio ali dentro, não é? Depois você me explica como isso foi possível. —Mirei na loira.

Ela parou de flutuar e, suavemente, desceu. Ela continuava com a expressão séria. As outras duas garotas levantaram e ficaram do lado.

Silêncio total. Nath se aproximou.

—Ambre, você é forte! Pode expulsar essa escória de você! Vamos todos te ajudar, acredite no Deus que servia. Você consegue. —Depois disso ele começou a falar uma língua estranha, identifiquei algumas palavras em latim, mas não sabia o que estava dizendo.

Continuei apontando a arma, vendo-o chegar bem perto da Ambre. Antes de a encostar, ela caiu ajoelhada. As outras duas caíram com tudo no chão, desacordadas. 

—Ambre. Ambre! Diz alguma coisa, por favor. —Ele a acudiu.

A loira abriu um sorriso e o templo tremeu de novo. Risadas ecoavam por todo o lado. Olhei Nathaniel e não vi a garota em seu colo. Foi rápido, nem ele tinha notado.

—Cuidado! —Foi o que me disse.

Me virei e lá estava ela, perto de mim. Recuei um passo e mirei bem na cabeça.

—Não há motivo pra você usar o corpo dela. Liberte-a! —Ordenei.

—Ah, minha bela Ema. —Passou a mão em meu rosto, cada letra foi pronunciada com uma voz demoníaca diferente.

Recuei mais um passo, continuei mirando. Meu corpo estava arrepiado e em alerta.

—Você será minha. Apenas não tem como evitar isso. Espero que você faça um bom uso do seu tempo restante, porque isso vai acabar da pior maneira que imaginar. 

Disparei uma bala ao lado de sua cabeça, não a atingi mas fiz  seus cabelos se moveram pela proximidade. Nesse momento, os fogos de artifício foram soltos. Eles abafaram o barulho do disparo.

—Uh, que mãos firmes. Não se preocupe. Logo, logo você não vai ser nada além de um pedaço de carne podre. Bem, se pelo menos isso sobrar do que eu vou fazer contigo. Até breve, Ema.

Ambre caiu no chão. Nathaniel veio e a acolheu nos braços.

Continuei na mesma posição. Estava suando frio e um nó na garganta parecia me impedir de respirar. Não senti minhas pernas. Tudo estava girando e um desconforto no estômago me deu vontade de vomitar.

Eu estava em pânico.

—Hey. —Nath chamou atenção. —Acabou. Ele se foi. Você está bem. Controle sua respiração. Se acalme.

Me recompus depois de alguns minutos. Liguei pra Rosalya e Leigh e levamos todos para um lugar seguro.

Leigh levou Castiel pra casa, e Rosa, Nath e eu levamos a Ambre e suas amigas a um hospital. Dissemos que as encontramos caídas. O médico informou que estavam bem, mas ficariam em observação, por precaução.

Rosa voltou para o festival avisar Lysandre do acontecimento.

Fiquei com Nathaniel na sala de espera. Afastada de nós só havia uma pessoa dormindo.

—O que foi tudo isso? —Perguntei.

—Possessão... 

—E como aconteceu? Quer dizer, anjos não são imunes à demônios?

—De certa forma, sim. Nós somos seres divinos. Então, os caídos não podem nos controlar. Mas Ambre... se perdeu do caminho de Deus.

—O que houve?

—Ela... —Ele deu uma pausa.

Segurei sua mão.

—Tudo bem se não puder me contar, eu entendo.

—Lembra quando eu disse que anjos não podem interferir diretamente com humanos. Ambre e as amigas, Li e Charlotte, não seguiram essa regra. Minha irmã ficou obcecada pelo Castiel, tentou algum relacionamento com ele mas foi rejeitada. Arrasada, fez uma jura que iria experimentar os prazeres da humanidade. Mesmo sabendo que era errado, as outras meninas a seguiram e foram expulsas do Reino.

—Nossa, eu lamento muito. —Ele deu um meio sorriso.

—Hoje foi a primeira vez que a vi desde o exílio.

—Elas vão ficar bem. Não entendo como é ser um anjo mas há muitas pessoas boas nesse mundo ainda. E há muitas coisas boas que precisam ser feitas.

—Espero que elas encontrem humanos de boa alma. 

Apoiei minha cabeça em seu ombro, na tentativa de consolá-lo. Senti ele encostar a cabeça na minha.

Adormeci por pouco tempo. Ouvi passos apressados, abri os olhos e vi Melody, Íris e Lysandre vindo em nossa direção. Me endireitei na cadeira para recebê-los. Cutuquei Nath com o cotovelo para que acordasse também.

—Tá tudo mundo bem? Rosalya contou que vocês ajudaram umas adolescentes que passaram mal. —Íris perguntou preocupada.

—Elas estão bem. Ficarão em observação, mas não foi nada grave. —Respondi.

—E por que continuaram aqui se estava tudo bem? —Foi a vez da Melody mostrar seu ciúmes de uma maneira nada discreta.

—Ficamos cansados e sem perceber pegamos no sono. —Nathaniel explicou.

—É, eu vi como estavam exaustos dormindo juntos. —Ela tentou me ameaçar com o olhar, o que não durou muito.

Eu tinha coisas mais importantes para me preocupar do que um ciúmes bobo de uma garota que não tomava iniciativa. Adoro a Melody mas o drama que ela faz pelo Nathaniel ultrapassou meu limite.

Acabou que ele e Íris a levaram para beber algo.  

Encontrei os olhos de Lysandre preocupado.

—Só ajudaram as meninas que passaram mal mesmo ou... —Começou.

—Ele apareceu. Um demônio possuiu uma das garotas e falou comigo. 

—Não tenha medo, vai dar tudo certo. —Lys tentou esconder a surpresa. 

—Tem coisa grande vindo. Não acho que vai dar tudo certo. 

—Ei, não desanime agora.

—Se estivesse lá entenderia. Foi horrível. Eu travei, o pouco que fiz foi por impulso, entrei em pânico.

Me calei quando o senti me abraçar. 

—Aquilo passou, você está bem. 

Retribuí o envolvendo com meus braços. 

O telefone dele tocou, fazendo nos afastarmos. Seu rosto estava num tom mais rosado e precisou pigarrear ao atender.

Depois de algumas confirmações que o deixaram ansioso desligou.

—O que houve? —Perguntei.

—Rosalya encontrou o lobisomem que roubou seu colar!


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Notas finais do capítulo

É isso.
Comente!
Divulgue!
Assista TWD! (*w*)



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