Maria continuava séria diante de Estevão. Oque ele queria? Tomar conta de sua vida?

Poderia até ser mais ela não iria deixar.

Estevão: Maria tem que entender que eu sinto ciúmes e ..

Maria: e como eu disse não pode exigir nada, não sou nada sua.

Estevão: não ainda. E não me provoque, não tenho interesse em brigar com você. Só não da trela pra aquele imbecil ok? (a abraça)

Maria: Estevão, Luciano é inofensivo, não sei por que esta tão preocupado. (o olha)

Estevão: Ele pode até ser inofensivo, mais ele é homem e esta na cara que ele gosta de você.

Maria: E oque tem ele gostar de mim, se quem me interessa é você? (morde o lábio inferior dele)

Estevão: ah Maria, se eu não tivesse que dar aula agora. Te amaria nesta sala mesmo. – fala sedutor.

Maria cora com a possibilidade de fazer amor com Estevão dentro da sala de aula.

Estevão: Acalme-se, estou brincando. Nunca faria uma coisa dessas.

É claro que estava brincando. Nunca misturaria sua vida pessoal ao seu trabalho, e vise versa.

Maria: Estarei te esperando à noite – Ela muda de assunto. Ela ia saindo quando ele a puxa e lhe da um beijo.

Saindo dali indo até o refeitório encontrou Vivian e Luciano, Maria sorriu e foi ate eles.

Vivian: Ai Maria eu acho que estou amando! Sabe o que isso significa? Eu Vivian De La Fuente apaixonada, não é demais? – Vivian não parava de tagarelar, mais isso não era de se surpreender já que esse era seu dom, falar, falar e falar.

Maria: Isso é maravilhoso Vivian, você e Heitor fazem um perfeito casal – ela sorri tomando seu Milk-shake.

–Não gosto dele – Luciano se pronunciou depois de meia hora calado, Maria e Vivian automaticamente olharam para ele.

Vivian: Por quê? Você mal o conhece – Vivian pareceu chateada pelo primo não gostar de seu namorado.

Luciano: Sei lá, ele é sobrinho do tal professor não é? Já é uma justificativa. – Maria e Vivian riram Luciano já odiava Estevão sem nenhuma razão coerente.

Maria: Estevão é legal Luciano você apenas o conheceu hoje, como pode odiá-lo tanto? – perguntou comendo mais batas fritas.

Luciano: É ele ser legal – ele deu de ombros.

Maria: Viviam preciso de você hoje.

Viviam: Pra que? – ela e Luciano olharam para Maria.

Maria: Vou sair hoje anoite e preciso que e ajude.

Vivian: Hummm, um encontro Maria? – ela deu seu sorriso malicioso e cutucou Maria e Luciano não uma cara muito boa em relação ao encontro de Maria.

Maria: É acho que sim. – ela sorriu pensando em Estevão.

Depois da universidade Maria, Luciano e Vivian estavam em uma mesa na praça mais próxima.

Maria: Então Luciano o que gosta de fazer em tempos livres? – ela perguntou “cortando” Vivian do assunto “Heitor” que já estava ficando chato.

Luciano: Há, saio pelas ruas de madrugada, bebendo, quebrando vidros, pichando muros, usando drogas e aterrorizar velhinhas indefesas há e as vezes me prostituo – ele deu de ombros Maria e Vivian arregalaram os olhos o encarando.

Maria: Nossa... Você tem uma vida... Agitada

Luciano: Calma Maria eu estava brincando – é claro que estava Luciano não tinha cara disso muito pelo contrário – Minha vida e parada e sem graça, adoro ler livros principalmente os de drama e romance acho que já li todos na verdade, e gosto também dos de biologia, adoro cinema terror são meus prediletos. A e adoro compor canções, tocar violão e piano são minhas paixões, era o que mais fazia quando morava com minha avó. – Vivian revirou os olhos como se a vida dele fosse um completo tedio, no ponto vista de muitos era mesmo mais ao ponto de vista de Maria era bem legal, afinal cada tem o seu “gosto”.

Passaram mais um tempo conversando, Maria ria de tudo que sua louca amiga falava e até Luciano que era tímido as vezes dava gargalhadas com sua prima.

Vivian: Maria estarei na sua casa as seis.

Maria: Ok, tchau – descendo do carro da amiga.

Lu/Vi: Tchau

Que dia foi esse! Pensou Maria ao entrar em sua casa, entrou cantarolando, quando viu sua mãe deitada no sofá, de pijama e assistindo Chaves.


Marta: - Ah, oi filha. - olhando para a televisão.

Maria: - Oi mamãe, que bonito, até agora de pijama! - sentou-se no "braço" do sofá.


Marta: - Sabe né, vida de rainha é assim. - viu o joelho de Maria machucado. - O que foi isso?


Maria: - Estava distraída e esbarrei no Luciano, primo da Vivian, e me ralei. - contestou.


Marta: - Vou fazer um curativo neném da mamãe. - levantou-se e pegou sua maleta que continha materiais para curativo.


Maria: - Mamãe, eu já não sou mais "neném". - encarou a mãe.


Marta: - Perdeu a virgindade? - arregalou os olhos azuis.


Maria: - MAMÃE! - envergonhada.


Marta: - Ah Maria, vai me dizer que nessas saídas com o Estevão nunca transaram? - limpando o machucado da filha com álcool.


Maria: - Ai! - reclamou ao sentir o álcool na pele. - Não mamãe, sou virgem.


Marta: - Para tudo! Então você ia perder a virgindade no meu sofá? - já havia terminado de limpar o machucado e estava finalizando o curativo.


Maria: - Não. - fez cara de espanto.


Marta: - Ia sim, eu vi você parecia um carrapato, toda grudada nele, com as pernas abertas igual um compasso, e eu vi tua calcinha vermelha, e vermelho quer dizer seduzir! - falou calmamente.


Maria: - Mamãe! Aquilo foi instinto.. e eu não estava assim igual você disse.


Marta: - Estava sim, e eu vi a mãozinha dele. - arqueou a sobrancelha.


Maria corou, nunca contou nada para a mãe sobre sua vida amorosa, mais ficou maravilhada por perceber que sua mãe, era como uma amiga.


Marta: - Ficou vermelha - caiu na gargalhada - Posso te fazer uma pergunta? - olhou-a.


Maria: - Pode!


Marta: - O Estevão já pegou na tua bunda?


Maria: - Ai mamãe que pergunta. - corou novamente.


Marta: - Anda Maria, sim ou não? - insistiu.


Maria: - Já mamãe...


Marta: - E no meio da tuas pernas?


Maria: - Isso eu não respondo. - levantou do sofá.


Marta: - Finja que não sou sua mãe, e me diga.

Maria: - Já, uma vez.. e só , vamos mudar de assunto, você está me constrangendo.


Marta: - Está bem - sorriu. - Vocês já firmaram algo?


Maria: - Não.. sabe o Luciano não gostou do Estevão.


Maria começou a falar e falar sobre tudo o que ocorreu na faculdade.


Marta: - Sua boca só sai o nome Luciano?

Maria: - Você está igual o Estevão, implicando com o Luciano.


Marta: - Meu genro tem toda razão em reclamar, você gosta é dele e não desse pateta. - virou a cara.


Maria: - Começo a achar que você quer porque que, que eu me case com o Estevão! Mais não é assim.


Marta: - É assim e pronto, larga de falar desse pateta do Luciano, vou tirar esse pijama e ir na casa da minha amiga da igreja Neide.


Maria: - Esta bem dona Marta, eu vou ler meu livro e depois me arrumar.. Ah! Hoje eu vou sai com o Estevão. - sorriu.


Marta: - Saia, case, me deem netos! - sorriu - ei!

Maria: - Oi?

Marta: - Eu te amo minha vida.

Maria: - Também te amo mamãe.

Já era 19:45 e como prometido Vivian estava no quarto ajudando Maria terminar de se arrumar.

Vivian: Para de reclamar garota você está linda Maria, Estevão vai pirar quando te ver.

Maria: Eu estou nervosa – mordeu o lábio inferior se olhando mais uma vez no espelho

Usava um Vestido Branco de renda sem decote de manga longa ate o anti pulso e ele media ate o joelho ele lhe dava um ar de menina mulher, sua maquiagem estava muito bem feita não muito extravagante mais linda, e um scarpin preto de veludo com um laço na ponta, ela estava confortável já que o salto não era tão alto assim.

Vivian: Não aja como se fosse o primeiro encontro, não banque a ridícula Maria, por favor. – dava um retoque na maquiagem de Maria.

Maria: Eu sei mais estou nervosa.

Vivian: Mais se acalme – ela retocava batom dos lábios de Maria.

Maria: Ok Vivian você razão.

Vivian: Pronto Maria você esta linda. – ela diz terminando de passar o batom.

A Campainha Toca.

Maria: Deve ser o Estevão.

Vivian: Eu vou para casa que tenho que me arrumar também, pois vou sair com Heitor. Pode deixar que eu fecho a porta quando sair. Agora vai lá e arrasa – sorriu e a abraçou.

Maria: Muito obrigado Vivian – saiu do quarto e parou na porta respirando fundo abrindo a porta dando de cara com o paraíso. Estevão não estava na porta mais sim encostado em seu carro com os braços cruzados. Maria caminhou até ele tentando parecer segura. E Estevão deu um sorriso ao vê-la.

Maria: Oi – deu um lindo sorriso.

Estevão: Oi – de um beijo na bochecha dela. – Você está perfeita.

Maria: Obrigada, você também está – ele sorriu abrindo a porta do passageiro para ela.

Estevão: Então como vai minha sogra? – ele dirigia muito rápido pelas ruas.

Maria: A minha mãe vai muito bem obrigado. – ela sorriu e ele ficou um pouco sério por ela ter ignorado a palavra “sogra”.

Estevão: vai adorar o restaurante – disse sorrindo e mudando de assunto.

Maria: já estou adorando a companhia – ela sorri e Estevão fica perdido com o tamanho de sua beleza. Parecia ser tão calma, tão ingênua e dócil que a cada minuto que seus olhos se perdiam nos dela ele se apaixonava mais por suas características e seu jeito de ser.

Como o restaurante não era tão longe da casa de Maria chegaram rápido no seu destino.

Era o restaurante San Diego, um lugar lindo e por fora se parecia aconchegante. Tinha uma bela iluminação do lado de fora e um belo artesanato também.

Estevão antes de sair deu um selinho em Maria e disse:

Estevão: Essa noite será muito especial acredite em mim – ele sorriu e acariciou o rosto dela.

Maria: Eu acredito – ela da iniciativa a um beijo carinhoso finalizado com selinhos.

Estevão como um perfeito cavalheiro sai do carro e vai ao outro lado para poder abrir a porta para Maria.

Maria: obrigado – diz ela depois de sair do carro.

Ele sorriu e entrelaçou seus dedos com os dela, e foram para dentro do restaurante.

Maria observou cada detalhe do restaurante da porta de entrada e por fim la dentro.

Tudo era magnifico, carpete aveludado preto, cadeiras de couro branco, mesas redondas de madeira tailandesa, três arvores médias cada uma em um vaso grande de madeira, um lustre enorme no meio do teto do restaurante e uma boa musica clássica.

Era bem calmo, casais trocavam olhares apaixonados, famílias comemoravam alguma coisa com um simples “bater” de uma taça de champanhe e a alegria nos rostos de cada um ali presente.

Maria e Estevão sentaram-se perto de uma arvore de ipê-de-flor–roxa, um pouco afastado das outras mesas, lá estava com uma “cara” bem romântica. A pedido de Estevão é claro.

Pétalas de rosas vermelhas estavam sobre aquele liso tecido de seda branca que se encontrava em cima da mesa, um conjunto de castiçais de vidro e um vaso de cristal que continha 12 tulipas vermelhas dentro também estavam sobre a mesa. Taças, guardanapos, talheres e pratos todos em seus devidos lugares.

Estevão puxou a cadeira para Maria que ainda estava admirando tudo ao seu redor.

Maria: esse lugar é encantador – depois de sentada fala e sorrir.

Estevão: Sim muito, me apaixonei por esse restaurante desde a primeira vez que vim. – olha para ela sorrindo.

Maria: por que nossa mesa é a única que esta assim? – ela pergunta curiosa.

Estevão: por que foi um pedido meu, quero que essa noite seja especial e inesquecível para nos dois. – sorrir sedutor.

Maria desmanchou-se com o lindo sorriso que Estevão deu.

Estevão fez o pedido igual para os dois: arroz, carne ao molho madeira, purê de batatas, salada crua e cozida. "Almadén 1956" Um bom vinho tinto suave. E para sobremesa um mousse de chocolate light.

Maria adorou o prato que foi indicação de Estevão, as batidas te taças se concretizavam a cada riso dos dois.

Depois de um tempo, rindo e se divertindo. Foi o momento da troca de olhares, agora não existiam palavras para ser ditas naquele momento.

Maria se perdia no olhar de Estevão .

Como amava esse homem, mais para ela ele era uma ilusão. Estevão não a amava. So tinha um carinho muito grande por ela, por isso agia assim, como ele poderia a amar? Se nem ela era bonita ou atraente. Como ele a amava? Se nem ao menos ele demonstrava isso?

O amor que ela sentia por Estevão era impossível.

Qual era o verdadeiro motivo de Estevão ter a levado para esse jantar?

Será que queria terminar com aquilo que ao menos tinha começado.

E se ele..

Os pensamentos bobos de Maria foram interrompidos pela voz firme e grave de Estevão.

Estevão: - Me conte sobre sua vida. - sorriu.

Maria: - Sério que vai querer saber? É meio chata.

Estevão: - Sim, quero saber seus gostos, suas manias, tudo..

Maria: - Como você sabe eu estudo administração, moro com minha mãe, meu pai morreu quando eu era pequena, a família da minha mãe é espalhada quase não temos contato com eles, só conto com minha mãe na vida, nunca namorei e sou chata as vezes e tímida.

Estevão: - Tímida? - sorriu. - Não é não.

Maria: - Sou sim seu bobo! - sorriu - Agora me conte como é sua vida!


Estevão: - Sou seu professor, seu amigo e seu amor.

Maria: - Estevão! - deu um tapa no ombro dele. - É sério me fala da sua vida.

Estevão: - Minha vida as vezes é chata, vejo números em todos os lados - sorriu. - Vivo com o meu sobrinho Heitor que é filho da minha irmã Cristina, que morreu em trágico acidente com o marido Frederico.. ainda sinto falto dela, ela foi como uma segunda mãe pra mim.


Maria: - Vocês eram filhos dos mesmos pais?

Estevão: - Não.. Cristina era minha irmã só por parte de pai.

Maria: - Ah.. e sua mãe?

Estevão: - Dona Berenice é um sucesso. - sorriu. - Moramos muitos anos em Berlim, só que resolvi voltar pra cá, até hoje tento fazer com que ela venha morar aqui, mais ela se recusa, um dia vou te apresentar a ela! - pegou na mão de Maria.

Maria: - Estevão...

Estevão: - Maria, o motivo principal desse jantar é que eu tenho muitas coisas a te dizer, só preciso que me escute sim?

Maria: - Ok..

Estevão: - Não sei como aconteceu.. Mais desde quando te conheci, eu sinto algo por você, mesmo negando eu sinto, nos conhecemos a mais de dois anos, eu tentei me afastar de você, porque você me atraia, o seu jeitinho de ser, seu modo de agir, despertou um sentimento em mim que nunca havia tido por ninguém! E quando eu te beijei pela primeira vez me senti nas nuvens, e naquele dia eu descobri o verdadeiro significado da palavra Amor...

Maria: - Estevão.. - com lágrimas nos olhos. – eu não sei oque dizer eu...

Estevão: Se não sentir o mesmo eu entendo, você é jovem e bonita e eu... (com lágrimas nos olhos ele pausa) Eu sou apenas seu professor, não sou o jovem de antes e..

Maria: Eu te Amo (sussurrou)

Estevão: oque você falou? – ele perguntou, não porque não tinha escutado, mais sim por que queria ter a confirmação.

Maria: Eu te amo – pega nas mãos dele – Te amo desde a primeira vez que te vi, me apaixonei por você no primeiro ano de universidade. Cada vez que entrava naquela sala parecia que havia borboletas em meu estômago – olhava atentamente para ele. – Meu coração ficava e ainda fica acelerado a cada momento que te vejo. Eu ate pensei que.. que só queria brincar comigo e...

Estevão: Brincar com você? Nunca, como eu poderia brincar com a mulher que desde o primeiro dia que vi meu coração escolheu como dona. A mulher que eu amo, e que um dia me dará a honra tê-la ao meu lado no altar. E então Maria quer ser minha namorada?

Estevão ansiando a resposta de Maria passava-lhe as pontas dos dedos pelo rosto dela limpando cada lágrima de alegria derramada.

C O N T I N U A...