At The Rain escrita por Bluenakes


Capítulo 1
At the Rain


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem a fic // A mesma é inspiradana musica Don't Wanna Be Torn, do seriado Hannah Montana, Disney.



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- Somente... - ele começou, fitando o chão, parado no mesmo lugar. - Ouça o seu coração, ok?

 


E então foi embora, dando passos largos a baixo da chuva da noite, deixando-me confusa quanto as palavras proferidas naquela praça perto da casa dele.  Como podia ele me dizer algo tão sem sentido para mim? Nunca ouvi meu coração, e sim meus pensamentos enlouquecidos. Importava para mim o racional, não o emocional.

 

Soul Eater Evans era, acima de tudo, meu melhor amigo e parceiro. Era a foice que cortava a escuridão ao meu redor, e o meu único salvador, em praticamente todas as vezes que eu era magoada. Como o tal salvador poderia deixar-me tão indefesa?

 

Um buraco em meu coração sugava-me para dentro da escuridão. E dessa vez ele não estava do meu lado, puxando-me do mar de confusão dentro de mim mesma. Abracei-me forte. Não sabia o que fazer.

 

Três palavras. Sete letras. Aquelas que eu nunca, jamais ousaria a pronunciar. Talvez por ser magoada por essas. Ou por nunca mais se quer ouvi-las novamente após anos.

 

Tantos anos... Ele estava sempre ao eu lado. E como eu podia ter sido tão burra a ponto de nunca notar? Eu era tão egocêntrica? Eu por um mero acaso, estava importando somente comigo mesma?


Uma lágrima junto com a chuva escorrera sobre o meu rosto. Lembrando do jeito um tanto peculiar que ele falara as tais palavras.


Saí do restaurante apressada, junto com ele em baixo do guarda chuva. Estava chovendo fraco, mas era apenas um guarda chuva para nós dois. E ainda tínhamos que ir até a casa dele. Ou ao menos eu iria.

 

Eu me dizia loucamente apaixonada por um dos garotos mais legais e bonitos da escola. E acho que talvez fosse obsessão demais por apenas uma pessoa que parecia nem ao menos me tratar bem.

 

Eu deveria realmente pensar antes de falar na frente de Soul Eater... Poderia ter evitado uma briga desnecessária e reveladora. Para nós dois.

 

 

 

 

- É só nele que você pensa? Todo esse tempo eu só ouvia "Kid, Kid, Kid!" Será que você só vê essa cara na sua frente? E não vê que... - então ele parou, olhou para o chão e colocou as mãos tão revoltas, enterradas em seus bolsos.

 

 

 

Eu olhava para aquele ser como se fosse algum tipo de alienígena. O que ele queria dizer com aquilo? Pelo amor  do bordel que o diretor freqüenta...Soul sempre fora meu melhor amigo, e para mim isso talvez jamais mudasse.

 

 

 

-  E eu não vejo o que? - perguntei coma voz falhada e baixa, com toda aquela chuva. Mesmo tendo medo da resposta e da reação que ele faria. Podia eu prever o que ele iria dizer?

 

 

 

Soul respirou fundo e deu exatamente quatro passos lentos e articulados perfeitamente em minha direção. Seu rosto expressava dor. Os olhos carmim que eu tanto achava estranho estavam mais escuros do que de costume. As roupas molhadas, o cabelo, a pele... Tudo fazia um conjunto incrivelmente belo, era um momento perfeito.

 

 

 

 

 

Mas espere, eu não podia dizer isso. Eu era loucamente apaixonada por Death The Kid. Não podia ter uma reação dessa diante do meu melhor amigo. Certo?

 

Ele chegou perto de mim, parou. Seu peito ofegante, assim como o meu ia para cima e para baixo em uma velocidade ritmada. E cada vez que ele soltava o ar pela boca, soltando uma espécie de fumaça abafada pela chuva, eu me derretia. Eu delirava com a proximidade de um garoto como Soul Eater.

 

 

 

 

 

- Responda Evans - O silêncio ainda impregnado entre nós desfizera-se com uma ordem e uma provocação. No instante em que eu falei seu tão odiado sobrenome.

 

 

 

 

- Só por que eu te amo, não quer dizer que eu deixe você falar meu sobrenome. - Desmoronei. Naquele momento eu realmente desmoronei. E meu mundo infantil e racional fora junto com ele, quando Soul se virou e deu passos grandes até certo ponto da praça, onde eu ainda podia ouvi-lo.

 

 

 

 

- Somente... - ele começou, fitando o chão, parado no mesmo lugar. - Ouça o seu coração, ok?

 

 

 

 

E então ele realmente foi embora, dando passos largos a baixo da chuva da noite, deixando-me confusa quanto as palavras proferidas naquela praça perto da casa dele. E então eu comecei a realmente pensar... Com meu coração.

 

Não é fácil, acredite. Tentar ouvi-lo parece impossível, dói, e parece que um buraco negro suga você para dentro de si mesmo ou até mesmo faz com que você pense que o mundo acabou para você.


No meu caso, eu tive uma... Recuperação milagrosa. Um estalo "aconteceu" dentro de mim. Não, não foi o destino. Foi a simples pergunta que meu subconsciente formulou: " Quem, no mundo todo, sempre esteve ao meu lado?"

 

Só sei que corri. Corri na direção que ele fora. Até a casa dele. Lembrei do que Soul havia dito que seus pais não estavam em casa e ele estaria apenas com os empregados.

 

 

Corria com o pensamento desesperado devê-lo. Sabendo que ele estaria na sala de musica, tocando seu mais novo piano de cauda negro, tocando as notas lhe vinham na cabeça. Virei a esquina e corria, cansada contra aquela chuva que cada vez mais aumentava.

 

Ao chegar à casa dele, bati na porta de mogno dom toda força que tinha.Minhas mão ficaram vermelhas e doíam. Mas eu não dava bola à dor física. E si a dor de não... Não vê-lo. De me separar dele.

 

 

 

- Srta. Albarn, a senhorita - começou a empregada de meia idade ao ver meu estado deplorável.

 

 

 

- Onde está Soul? - cortei-a rudemente.

 

 


- No quarto de música. Mas... - Eu não ouvi o resto, mas era provavelmente sobre eu estar sujando o piso de porcelanato.

 

 

 

 

 

Saí em desesperada pelo enorme Hall, e subindo a escada correndo, a conseqüência disso foi meu sapato de salto molhado escorregar e enquanto eu caía, meu vestido vermelho até o joelho prender na escada, rasgando. Ficando... Bem, mal tapando o que ele era para tapar, se é que entende...

 

 

Quando cheguei na sala de musica, e abri a porta, encontrei  Soul Eater somente de toalha, sentado em uma cadeira trabalhada em madeira. Surpreso em me ver, ele apenas se levantou.

 

 

 

 

Chaveei a porta atraz de mim e dei um sorriso malicioso. Nenhum de nós saíriamos dalí tão cedo...


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Notas finais do capítulo

Como ficou? A one shot não é muito grande, mas foi um trabalho gostoso a fazer.Beijos, Hannah Lessa