Three dark brothers escrita por Pão da Paz, Angels


Capítulo 33
Me ajude, fique viva.


Notas iniciais do capítulo

Bem novamente eu, não demorei tanto quanto da última vez ( eu acho :v ), mas enfim isso foi pura purice, então não esperem nada da purice, apenas purienciem, beijos.



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Samantha

Depois de entrar e tomar um gole de chá minha voz sai aos poucos, devagar como uma brisa quente do verão de 2010 que passei com a minha família na Califórnia onde pensamentos ruins não tinham vez, onde o mundo não passava de um sonho quase perfeito, onde eu pensava que um término era a ruína e tudo acabado e hoje vejo que aquilo não era nada e que a dor sempre vem, e sempre é lembrada

Hoje sei que nenhum perda é o suficiente, nenhum apego é conclusivo, eu gostaria de ter aprendido sobre a vida antes, eu estaria mais preparada para perder quem realmente amo? Não. Você nunca esta preparado para sofrer.

—Eu... - seus olhos tem lagrimas.

—Não diga nada - digo rouca.

—A vovó esta no quarto eu não sei como dizer a ela que você esta aqui.

Tento pensar em como me explicar, tudo esta mais complicado.

A porta do quarto faz um barulho fino, esta sendo aberta. Meu coração para, respiro tão fundo que lagrimas descem de acordo com minha expiração.

—Afro tem alguém... - vovó diz e então me olha, ela parece normal, então os olhos arregalam e piscam em seguida. - Estou delirando?

—Não avó, ela esta aqui nossa menina voltou.

—Sam - ela vai ate mim, me levanto da mesa do chá e abraço e choro porque sinto que estou com uma parte da minha família agora.

A lembrança do dia anterior agora parece ser de algum modo deixada de lado por alguns longos minutos, estou com alguém que me ama, alguém que não quer algo de mim, alguém me ama e não vai me forçar a matar ninguém, estou com pessoas em que confio depois de dias me sentindo só, criando uma proteção em si mesma.

—Vovó eu encontrei Morgan - falo enquanto choro novamente, Afro limpa minhas lagrimas.

—Não chorei baby, esta segura agora.

—Você descobriu? - vovó esta tensa, isso não tranquiliza nem um pouco.

—Sim avó, eu fui deixada lá meu pai me contou, se é que posso chama-lo de pai agora...

—Ele é seu pai sim! Como eu sou sua avó e Afro sua irmã, e seus irmãos lá na cidade... - A avó para de falar repentinamente, me assusto.

—Vovó o que esta acontecendo?

—Sua irmã, ela esta vindo.

—Você não contou pra eles? - falo depois de muitas tentativas causadas pela minha voz rouca.

—Eu não sabia como contar, sua irmã iria ser trazida hoje a noite eu os contaria.

—Eles nem iriam se despedir do corpo vovó, como pode?

—Me desculpe Sam, realmente sinto muito - vovó se senta.
Faço o mesmo em tentar explicar o que aconteceu, mas dessa vez não sinto nada e até me arrisco em falar o nome de Morgan, não sinto nada, nem uma pontinha de dor.

—Eu não sei o que fazer - estou em pranto meu coração nunca doeu tanto, eu quero minha antiga vida eu não sou forte, porque eu?

—Você precisa descansar, tome isso - vovó pegou meu chá e disse palavras que não podi entender. -, beba ate o último gole e descanse.

Não recuso, não quero saber, bebo até o ultimo pingo de chá ignorando o tanto de açucar que coloquei no mesmo, ignorando os problemas com Morgan, as manipulações que ela faz comigo, meus olhos ficam pesado minha cabeça bambeia, e então meu coração aperta tão forte quanto da primeira vez, e então tudo se escurece.
***

Estou com Simon, ele esta me abraçando, posso sentir seu cheiro, posso escutar sua respiração e tentar acompanhar o ritmo e ele diz para eu voltar, mas para onde?

Ele se afasta, e então posso ver seu rosto, lá esta meu pai ele esta com sua cara de decepção de sempre que volto tarde das festas, gosto dessa feição me sinto tão em casa, me sinto tão eu.

Ele fala algo em meu ouvido, sua voz é a mesma de Irie tão doce e sedutora.

—Acorde, mamãe esta esperando.

Fecho os olhos e quando os abros o lugar que inicialmente era apenas um borrão preto se transforma em uma cabana de madeira velha, estou deitada, olho para o lado Hayle e Michel meus irmãos eles me encaram.

—Você não se cansa se ser resgatada? - diz Michel.

—Você não se cansa de ter falsos irmãos? - diz Hayle. - Você precisa acabar com isso...

—Morra - dizem os dois em coro e saem da cabana.

Sinto minha cabeça latejar. Porque isso? O que esta havendo comigo?

Ouço a voz de Afro por tras, se não escutei demais, posso sentir sua respiração no meu pescoço.

—Você não se cansa, morra.

Então olho para trás, nada além de uma parede de madeira.

Alguém entra na porta, Theo?

—Eu ti achei, você parece não estar bem, mas você é forte eu acredito em você, você tem o pacto carimbado em si, não morra facilmente, acho que ele não deixaria.

—Me ajude - sussurro.

—Fique.

Ele vomita algo em mim, algo preto e tampa minha visão, e então alguém o puxa e o cenário muda de figura estamos de volta a Itakura na prisão onde Morgan revelou-se para mim, mas acho que o foco aqui é a Alexi sua mão sangra, acho que ela descobriu o que estava tampando minha visão.

—Não fique aí, escute alguém, não seja burra! - ela me soca, a dor parece descer por todo o meu corpo.

—O que eu faço? - grito.

—Escolha - então um tapa.

Ela se vira, e então continua.

—Morgan pode ser ruim, mas isso não é certo não caia na deles, não morra ainda!

—Porque devo escolher a Morgan?

—Porque precisamos acabar com isso juntas sua idiota, se você se for tudo ficara mais fodido do que já esta.

Ela se vira e me da o pior soco, mas não sinto nada apenas tudo muda novamente. Estamos no meio termo entre o bem e o mal, o lugar passei quase toda minha adolescente sonhando acordada. Então vovó surgi do lado do bem ela pronuncia venha, o seu lado esta mais claro do que costuma-se ser. Já do outro lado a um livro, vou até ele e o abro. Faça a coisa certa, não pense em você.

A luz?

Não, não posso, não posso.

Corro para o lado aposto a claridade que ofuscava minha visão, corro tão rapido e então vejo o vestido que estou usando é o mesmo do meu quase funeral, eu já estava com ele? Tropeço como imaginei que seria com ele e então abro os olhos.
***

Aos poucos a dor parece estar evaporando, meus ouvido que pareciam estar surdos agora voltam ao normal, minha respiração vai se normalizando, e então sinto o controle do meu quarto novamente, viro minha cabeça para a direita.

—Filha? - diz o homem concorda para mim.

—Pai? - é estranho chama-lo assim, mas ele é meu pai, meu pai quen nos abandonou quando minha mãe precisou hipnotizado por fofocas, mas eu ainda o amo porque sei que Morgan o chantageava emocionalmente sempre que queria.

—Eu vou ti ajudar a lutar contra ela.

Será que eu estava lutando contra Morgan nesse tempo todo? Sera que eu tenho um lado nesses jogos que ela faz comigo? Preciso falar com Alexi, preciso decidir quem será meu verdadeiro inimigo, antes que machuque as pessoas erradas.

—Você esta bem? - pergunta ele me ajudando a me sentar.

—Pai, o que aconteceu?

—Essa mulher que você chama de avó queria ti matar, para acabar com seu sofrimento, mas acho que meu poder venceu o dela, mas... Tive a ajuda de Morgan pra ti trazer de volta.

Como uma pessoa quer lutar contra ela e ao mesmo tempo quer sua ajuda?

—Eu sei o porque já que ela colocou você em seus planos, mas mesmo assim fico agradecido, porque você é fundamental em meus planos também.

Como pude pensar que ele gostava de mim? Ele vai me usar como Morgan esta fazendo, eu sou uma burra por cair no seu truque de 'filha', meu pai esta na cidade, meus irmãos estão com ele junto da minha mãe a mulher que sofreu as dores do parto e foi recompensada, ela nunca me usaria como esses estranhos, ela sabe o que é amor, mas um nascido entre facções de bem e mal nunca saberão o que é amar, digo isso pela vovó que acabou de ma matar e não contou aos meus pais sobre a morte da própria filha, quando poderia confiar em alguém?

Alguém abre a porta, e agora sim, é o meu pai.

Saiu da cama e corro ate ele, caio no caminho, mas não ligo, cai tanta vezes e sempre acabei enganada, mas dessa vez espero ser diferente.

Então o abraço e me lembro do meu sonho, ele estava querendo minha morte ou queria que eu me livrasse da dor?

—Pai - me afasto. - Você me ama?

—Você é minha filha pode uma pai não gostar de ti?

—Não me usaria certo?

—Esse termo é complicado, mas não, eu não o faria.

Depois de tempo estou em casa, não sei o que aconteceu nas últimas três horas, me lembro de gritos e arrependimentos, me lembro de choro, mas não me lembro do que realmente aconteceu, então quando me conta estou na minha cama, onde madrugava vendos series, onde eu estudava ou melhor fingia, onde eu sentia saudades de Simon e o sentia e mim, ou quase em mim. Ela esta com outra roupa de cama, meu travesseiro esta com um cheiro tão bom que o abraço como se ele fosse minha antiga vida, não quero o deixa-lo nunca mais.

Lembro-me da mamãe dizer que falaria com a vovó, e que no fundo ela fez errado, ela só queria que eu me livrasse de Morgan, mas eu não posso simplesmente deixar que meus irmãos e os de Alexi nessa luta contra Morgan, cada pessoa fará falta nisso. Eu não deixei tudo, e não matei uma inocente para isso, eu não fui presa e muito menos deixei quem amo, para morrer e simplesmente deixar tudo, eu sou fraca, mas isso é errado, eu não aguentaria.

—Filha - mamãe abre a porta.

—Sim, mãe - quase choro em falar mãe, para a minha mãe e não para uma pessoa que nunca me amou como essa mulher em minha frente que sempre me deu amor, como pais de verdades fariam.

—Alguém veio ti ver?

Quando vejo os olhos de mel penso que nunca estarei livre, esse momento durou alguns minutos que me fizeram me sentir em casa, mas eles não me deixam em paz. Mas Alexi tem razão, não posso simplesmente morrer, não posso simplesmente abandonar Morgan livre destruindo tudo que quer e controlado todos que quer. Eu vou ficar viva enquanto puder escolher, vou lutar pelo que é certo eu sei disso.

—Eu quero ti ajudar Samantha.

—Eu quero ser ajudada.


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Notas finais do capítulo

Bem qualquer errinho de margem é culpa do WordPad SIM WORDPAD, mas sem ele essa capítulo iria demorar mais um pouquinho para sair, um beijo um queijo e um purice, até.



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