A História de uma Filha de Hermes escrita por Queen of Stories


Capítulo 8
Bolinhas de Golfe voadoras.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sim, eu demorei duas semanas para postar, mas deixem-me explicar: primeiro um parente meu veio de muito longe para me visitar e depois eu viajei e não tive como escrever ou postar. Desculpem.
Mas eu gostaria de pedir que comentem. Eu não tenho apenas uma leitora, mas as vezes parece. Não custa nada comentar, gente. Me deixa feliz.



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Estávamos saindo calmamente do parque de diversões, comendo algodão doce. Eu e Hermes havíamos apostado uma corrida de quem ia em todos os brinquedos mais rápido. O resultado foi um perfeito empate, quando acabamos indo juntos no Trem Fantasma.

Eu levava em mãos um lagarto de pelúcia que havia ganhado no tiro-ao-alvo. Meu camaleão, Legolas, estava em meu ombro, pedindo pedacinhos de algodão doce azul e pegando-os com a língua, ficando da cor do doce.

– Então, o que vamos fazer agora? Ainda é cedo, e a entrega para Quione é só mais tarde.- Hermes falou, jogando o palitinho no lixo.

– Bom...O que nós podemos fazer? Porque há uma linha tênue entre o que eu quero e o que eu posso.- respondi, também jogando meu palitinho no lixo.

– Muitas coisas...Embora seja bom evitarmos furtos e roubos.- murmurou a última parte com uma ponta de desanimação.

– Já sei!- exclamei, estalando os dedos. - Podemos pular de paraquedas! Nunca fizemos isso antes! Quer dizer, fizemos rapel, tirolesa, andamos de jet-ski, de balão e até pulamos de asa-delta, mas nunca de paraquedas.

– Humm...Tem razão. Ótima ideia, Izzy.- concordou, assentindo e tirando o telefone/caduceu do bolso.- Vou fazer umas ligações. Me espere no hotel.

Me dirigi calmamente para o hotel, e então subi para tomar um banho e trocar de roupa. Após vestir uma camiseta, jeans e minhas botas, peguei minha jaqueta e fui para o jardim. Sentei-me em um balanço e fiquei observando as nuvens por um tempo. As vezes, eu sentia vontade de ser uma nuvem. Apenas ficar lá, parada e tranquila, flutuando ao sabor do vento, apenas observando calmamente tudo ao meu redor. Sem missões, obrigações, monstros ou guerras. Apenas eu, o céu e o vento.

Eu estava cochilando quanto Hermes chegou ao jardim e me acordou, sacudindo levemente meu ombro.

– Vamos, já reservei o avião.- contou, levando-me até a pista de decolagem.

O som do avião era muito alto, mas emoção era incrível. Abaixo de nós, estendiam-se os extensos gramados de um campo de golfe, onde íamos pousar. Volta e meia, uma bola branca cruzava o ar, quicava pelo gramado e então desaparecia em algum buraco ou caia na água. E após o pouso, voltaríamos em um daqueles carrinhos de golfe e faríamos um lanche. E meu pai disse que eu poderia dirigir.

– Certo, ajustaram os paraquedas?- indagou o instrutor, sua voz sobrepondo-se ao som das turbinas.

– Sim.- respondemos em uníssono, ajeitando as correias do paraquedas.

–Ótimo. Então, quando estiverem prontos é só...

Antes mesmo que ele terminasse de falar, meu pai e eu ajeitamos os óculos e pulamos, deixando o instrutor falando sozinho com uma expressão estupefata no rosto. Certamente o sujeito não estava acostumado a ser ignorado.

A sensação? Ao contrário do que muitas pessoas dizem, estar em queda livre não é apavorante ou desesperador. Para mim, é até relaxante. E dar cambalhotas no ar é muito divertido. Depois de alguns segundos, puxei a cordinha da mochila e abri o paraquedas, desacelerando a queda. Eu me sentia absolutamente livre. Sem regras ou responsabilidades.

Porém, como nada na vida pode ser totalmente glamoroso...

– Ai!- exclamei, pouco antes de chegar ao chão, segurando em mãos uma bola branca.

– O que houve?- questionou Hermes, curioso.

– Fui atingida por uma bola de golfe.- respondi, esfregando a bochecha, onde havia sido atingida.

– Prepare-se para pousar.- avisou, alguns segundos antes de chegarmos ao chão.

Me libertei do paraquedas e então me atirei no chão e rolei conina a baixo, até onde o carrinho nos esperava. Quando parei, me levantei e sentei no banco do motorista, tirando pedacinhos de grama de minhas roupas e cabelo. Hermes havia descido correndo, e me perguntou:

– Por que fez aquilo?

– Sei lá. Deu vontade. E parecia divertido.- dei de ombros, ligando o carro e começando a dirigir pelo gramado.

Mais tarde naquele dia, Hermes nos transportou até Quebec, junto com duas caixas para a deusa da neve. Como sempre, a cidade estava branca, com a neve cobrindo telhados e formando montinhos nas calçadas. A praça central havia sido transformada em um ringue de patinação, e algumas pessoas patinavam.

Quione estava no hall do hotel, discutindo com algumas pessoas que haviam feito algo que ela não gostara.

– Fitas verdes? Eu pensei ter sido clara, quando disse explicitamente que as fitas deveriam ser prateadas e roxas! Agora, saiam da minha frente, seu bando de vermes inúteis e arrumem essa bagunça!- esbravejou a deusa, colocando para correr alguns empregados do hotel.

– Hey! O que aquelas pobres almas fizeram de errado?- meu pai questionou, aproximando-se.

– Ah Hermes! Até que enfim você chegou! O que fizeram? Eu encomendei claramente fitas roxas e prateadas para o banquete de abertura do Palácio Congelante na montanha Sul, e eles me trazem patéticas fitas verdes! É inaceitável! Estou cercada de incompetentes!- reclamou a deusa, massageando as têmporas com a ponta dos dedos.

– Ahn...certo... Lembra-se da Isabelle?- indagou o deus dos ladrões, desviando-se do assunto.

– Ah! Belle! Quanto tempo! Veja como está bonita! Aque, feliz aniversário!- parabenizou-me a deusa, abraçando-me levemente e pondo em minhas mãos uma caixinha roxa.

– Obrigada, Quione!- agradeci, sorrindo.

– De nada, querida! Abra.- pediu, voltando-se para Hermes.- E quanto a minha entrega?

– Ah! Sim, ótima lembrança! Aqui está.- respondeu, estendendo a encomenda para Quione junto com uma prancheta.- Por favor, assine aqui.

–Enquanto a deusa da neve recebia a encomenda, abri a caixinha e encontrei um pequeno globo de neve.

–Ah, que graça, Quione!- exclamei, sacudindo-o.

– E tem a melhor parte. Com ele você pode ver o que está acontecendo em outros legares e até mesmo suas lembranças mais distantes. Apenas presente e passado, nada de futuro.- explicou, em seguida gritando o nome de algum funcionário para levar a caixa.

– É incrível. Obrigada novamente.- falei, guardando o item em minha mochila.

– Fico feliz que tenha gostado. Agora, quem quer patinar no gelo?- convidou.

Quione tinha um pouco de bipolaridade. Uma hora estava furiosa. Em outra, podia estar fazendo bonecos de neve. Mas mesmo assim, era uma de minhas deusas favoritas.

– Eu quero!- pronunciei-me, acompanhando-a até a praça e arrastando Hermes comigo.

No centro da praça, havia um grande lago congelado, cercado com alguns bancos, postes e árvores cobertas de neve. Várias pessoas patinavam, mães com seus filhos, casais, irmãos e nós: uma semideusa e dois deuses. Mas claro que os outros não precisavam saber disso.

Quione nos dera patins, e agora nos puxava pela pista, mas eu era um desastre, até que ela resolveu me ensinar a patinar e Hermes fora se sentar em um banco.

– Certo, Belle. Vamos com calma, está bem? Faça assim: caminha, caminha, desliza. Caminha, caminha ,desliza. Repita comigo.- pediu ela, calmamente, ajeitando sua jaqueta.

– Caminha, caminha, desliza. Caminha, caminha, desliza.- murmurei junto com ela, e aos poucos fui pegando o jeito.

Eu deslizava pelo gelo, driblando casais e me esquivando de criancinhas. Após patinas por um tempo, Quione nos chamou de volta para o hotel e mostrou um quarto para cada um.

– Tomem um banho e depois desçam para o jantar. Teremos sorvete de sobremesa. Até depois!- despediu-se ela, fechando a porta com suavidade. Após um banho longo e relaxante, desci para o restaurante e encontrei meu pai e a deusa da neve.

Nos sentamos em uma mesa reservada, com garçons oferecendo uma enorme variedade de comidas quentes e frias, doces e salgadas que eu nunca sequer soubera da existência.

Mas eu não tinha ideia do que estava por vir. Me ofereceram, facilmente, mais de 200 sabores diferentes de sorvete. As combinações mais estranhas e deliciosas possíveis.

– Quione, estava incrível! E o sorvete é simplesmente maravilhoso!- elogiei, após acabarmos de comer.

Estávamos subindo de elevador, meu pai mexendo distraidamente no celular e eu e Quione conversando sobre o baile de natal que ela faria.

– ...e então os fogos de artificio vão encerrar a noite, estourando acima do lago, que providenciarei que seja descongelado para a ocasião.- a deusa contava cada detalhe do show de encerramento, sem ignorar nenhum dos mínimos detalhes.

–E os mortais não vão desconfiar?- indaguei. Um lago descongelando da noite para o dia não parecia algo muito normal.

– E sou muito discreta. Oh, é o meu andar. Boa noite Belle, Hermes. Façam uma boa viagem amanhã. Ah, e Belle, entregue isso a Clary, sim?- despediu-se a deusa, entregando-me um pacotinho azul e indo para sua suíte.

Então meu pai e eu nos dirigimos a nossos respectivos quartos no 11º andar, onde dormi um sono tranquilo e profundo. No dia seguinte, retornaríamos ao Acampamento Meio-Sangue.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Valeu a demora? Espero que sim.
Quero também dar as boas vindas a Ana jackson di Ângelo, que acompanhava o Flagras da Tv Hefesto. Espero que goste da fic :D
kisses amores.



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