The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 5
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Uau, quantos comentários para tão pouco tempo de história! Não imaginei que os leitores iriam gostar, mas decidi tentar! Agradeço muito a quem está acompanhando, favoritando e comentando! Espero que gostem daqui para frente também!



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~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

— Fuja, Clear!

— Não! Mãe! Não!

A mulher tentava se livrar dos braços fortes dos cavaleiros da rainha, sem sucesso.

— Você tem que fugir!

— Não! Sem você, nunca!

— Vá! Não é o fim para nós duas... um dia, nós vamos nos reencontrar, eu tenho certeza! Agora vá!

A garota tentava usar sua magia, mas não conseguia. O medo e a falta de prática a impediam de usá-la.

— Eu vou libertá-la mãe. Cedo ou tarde, nós vamos nos reencontrar!

Clear disparou para a floresta, sem ao menos enxergar onde ia. Depois de correr alguns quilômetros, tropeçou em um tronco caído e bateu a cabeça.

—-

— Onde estou? - perguntou a jovem, confusa.

— O-olá. E-eu sou o Tom.

— Não foi isso que eu perguntei. - retrucou hostilmente a garota, tentando se levantar.

— N-não se levante! - disse o jovem pulando na frente da garota.

— Sai da frente! - ordenou empurrando o menino da frente e caminhando até uma porta, que dava em um curto corredor.

— Espere! - exclamou o garoto correndo atrás dela.

— Eu tenho que encontrá-la!

— Quem?

— Minha mãe!

— Talvez eu possa ajudar!

Clear parou repentinamente. Ela já estava quase no bosque, e o garoto desconhecido estava a alguns metros dela.

— O que aconteceu? - perguntou Tom pausadamente quando ela se virou, tentando acalmá-la.

Ela se aproximou interessada e ofegante, tentando lembrar-se do que acontecera na tarde anterior.

— Os cavaleiros da rainha. Eles a levaram.

— Você sabe para onde?

— Se soubesse não estaríamos tendo essa conversa.

— Então sabe por quê?

— Eu acho que é por causa do meu pai.

— Quem é ele?

— Não interessa.

— Bom, de qualquer jeito, acho que eles a levaram para o castelo da rainha.

— Onde fica? - perguntou a filha de Belle, com um tom de ameaça.

— Logo ali - assinalou o jovem, apontando para as torres do castelo da rainha, que se encontravam perto de onde os dois estavam.

— Ótimo. - indagou a adolescente partindo na direção que o menino apontara.

— Espere - disse segurando o braço da garota - vai desarmada? Você pelo menos sabe lutar? Fique aqui por enquanto.

— Obrigada, mas eu sei me virar.

— Tenho medo que não saiba não.

— Pode ter certeza que sei.

— Fique. Por favor.

Os olhos do rapaz imploravam para que ela ficasse. Seu coração bobeou por um instante. Aqueles olhos, eles mudaram algo dentro dela. E, no final das contas, ela não sabia esgrimir. E sua magia era fraca, pois ela não tinha muito bem o domínio sobre ela. Ficar por ali talvez fosse mesmo uma boa ideia.

— Não tenho para onde ir mesmo. Vou ficar. Mas com uma condição: você me arranja um professor de esgrima, e quando eu aprender, você vai deixar eu ir.

— Fechado! - disse abrindo um sorriso - Agora vamos lá para dentro. Você precisa comer, trocar de roupa...

— Não, vamos atrás de alguém para me ensinar esgrima. Eu nem estou com... - a menina foi interrompida pelo barulho do roncar de seu estômago.

— Não está com o quê? - perguntou ironicamente.

— Nada. Vamos.

* Algumas semanas depois *

— Você já está quase melhor do que eu - riu-se Tom.

— Nós andamos tão dedicados ao treino que você nunca me contou: como você aprendeu a esgrimir? - perguntou Clear sentando-se à beira de uma árvore para descansar.

— Meu tio - começou o jovem sentando-se na árvore em frente a garota - nós erámos muito próximos, e ele sabia muito bem como usar uma espada. Ele me ensinou tudo o que eu sei.

— E ele? Onde está?

— Se tornou cavaleiro da rainha e morreu a alguns anos.

— Sinto muito.

— Bom, mas, e você... nunca falou de sua família.

— Tudo que você precisa saber é que minha mãe está com a rainha e fim. O resto não importa.

— Você deveria confiar mais em mim. Já faz um tempinho que você está morando aqui, e deveria começar a se abrir comigo. - disse se aproximando um pouco da jovem.

— Meu pai é alguém que eu prefiro esquecer... ele me magoou muito quando expulsou eu e minha mãe da casa dele...

— Mas como assim expulsou?

— Minha mãe era empregada dele. Mas eles tiveram algo, e eu nasci. Bom, no final de tudo, eles acabaram se apaixonando, mas mesmo assim meu pai nos colocou para fora...

— Ele não vale nada mesmo hein...

— Minha mãe é a única família que eu tenho agora.

— E eu? - perguntou o rapaz se aproximando da garota.

— Talvez... - murmurou Clear com o rosto bem próximo do de Tom.

O garoto beijou os lábios de sua aluna carinhosamente, colocando as mãos em seus cabelos avermelhados cuidadosamente, enquanto ela colocava suas mãos em seu pescoço. Os dois ficaram ali, na floresta, por algumas horas, até que a noite começou a cair.

 

~ Storybrooke, Atualmente.

— Já faz uma semana, Clear. Você tem que seguir em frente.

— Vá Tom, você está se atrasando para a escola. Me deixe sozinha.

O rapaz caminhou até seu carro, irritado. Por que sua "irmã" não podia simplesmente esquecer? Tinha que dar um jeito de ela esquecer... e sabia exatamente quem poderia ajudá-lo.

— Onde vai? - perguntou Maggie, a "mãe" de Clear.

— Tomar ar fresco - disse vestindo o moletom listrado e caminhando rapidamente para a porta.

Quando a garota saiu pela porta, deu de cara com quem ela menos queria ver no momento: Emma Swan.

— O-oi Clear - disse a loira, sem graça - eu vim para conversarmos, será que pode ser agora?

— Não temos nada para falar - rebateu hostilmente a garota colocando os fones de ouvido.

— S-sim temos - disse a mulher seguindo a adolescente até a calçada.

— Olha Srta. Swan, você já causou muito sofrimento a todos nós. Você matou nosso xerife. Agora por que você não vai embora. Henry vai se acostumar, afinal você já o abandonou uma vez, por que não abandonar mais uma vez? Vai embora, pra Boston, sei lá para onde, vá para o raio que o parta, mas não fique em Storybrooke. Se não percebeu, você não é bem-vinda aqui. - retrucou a garota rudemente, virando-se e apertando o play em seu Ipod.

Ela teve a leve impressão que a mulher disse algo, mas a música que tocava em seu ouvido a impediu de ouvi-la. Caminhou até o bosque, e continuou andando sem rumo, até ouvir uma voz.

— Está perdida?

— N-não. Quem está aí?

— Sou conhecido com Sr. Gold. Parece triste garotinha, mas tenho exatamente o que precisa.

— Vindo de você? Dispenso.

— E se eu te dizer que posso fazer a dor parar?

— Eu só tenho que esquecer. Mas como?

— Talvez não seja sobre esquecer, mas sobre lembrar.

— Lembrar? Como assim?

— Lembrar que ele não significa nada para você, que ele é só um caçador.

— Não entendo.

— Você deve fazer Emma Swan acreditar nas histórias do livro do Henry e quebrar a maldição. Assim se lembrará de quem realmente é.

— Você só pode estar brincando comigo, não é?

— Elas são reais. E se precisar de ajuda, pode contar com August. Ele era o Pinóquio, e também foi salvo da maldição.

— Você não está falando sério, seu velho maluco! Eu vou embora...

— Pode ir, mas eu sei que em algum lugar você sabe que eu estou falando a verdade.

A jovem voltou pensativa para casa. Era como se ela soubesse que era verdade. Decidiu então encontrar esse tal August de que o homem falara...

—-

— Sr. Gold?

— Tom Dobbey... estou surpreso que você tenha vindo me visitar.

— Quero fazer um acordo... você me dá um jeito de fazer Clear esquecer o xerife e acabar com o sofrimento dela...

— O melhor jeito de acabar com a dor dela é fazê-la lembrar-se Sr. Dobbey... lembrar-se de que ele não significava nada para ela.

— Como assim?

— Fazendo Emma Swan acreditar nas histórias do livro de Henry e quebrar a maldição.

— Como assim? Elas são reais?

— Cada palavra.

— E como farei isso?

— Procure August. Ele era o Pinóquio, e foi salvo da maldição, então ele se lembra.

— E qual é o seu preço?

— Nenhum. Eu quero que a maldição seja quebrada.

— Obrigado.

O rapaz partiu correndo para o Granny's. Com certeza Ruby ou qualquer um lá saberia onde ele estava.

— August? Ele está no quarto dele, lá em cima. Sua irmã também veio atrás dele, acabou de subir. - disse Ruby respondendo à sua pergunta.

Ele subiu rapidamente, procurando por sua "irmã".

— Tom? - perguntou a adolescente ao vê-lo aproximar-se.

— August está aí?

— Ainda não bati.

O jovem bateu na porta fortemente.

— Entre - respondeu o homem de dentro do quarto.

— Olá, sou Tom e essa é minha irmã adotiva Clear. Viemos para ajudá-lo a convencer Emma a acreditar.

— É tarde demais para mim.

— Por quê? - perguntou Clear aproximando-se do estranho.

— Por isso - respondeu Pinóquio apoiando a perna sobre a cama e erguendo a barra da calça, deixando à mostra uma parte de sua perna.

— E daí? - questiona a garota olhando para a perna do homem sem entender.

— Você não vê?! É de madeira! - exclamou Tom olhando para a perna, boquiaberto.

— Ela não vê, pois ela não acredita. Assim como a Emma - explicou o homem, abaixando a calça - procurem o Henry. Deixei por conta dele agora.

— Obrigado. - agradeceu o rapaz.

— Você realmente acredita nessa palhaçada? - perguntou Clear ao chegarem na rua.

— É real. Você não pode ver, mas é. Vamos encontrar o garoto.

O jovem dirigiu até a casa da prefeita, e logo descobriu que o garoto não estava lá, e sim na casa de Emma e Mary Margareth.

~ 'Toc toc!' - Clear bateu na porta do apartamento das mulheres.

— Viu? Quer um pouco de sorvete com isso? E, então podemos conversar sobre como...

Houve uma breve pausa e o barulho de alguém se chocando com o chão.

— Henry? Henry! HENRY?! - gritava Swan, aparentemente desesperada.

— Emma? - perguntou a garota do lado de fora, preocupada.

 

Continua.


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