The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 3
Capítulo 3.




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~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

— O recado está dado. - disse Clear ao se encontrar com o Caçador pela manhã, logo que retornara de sua jornada até o esconderijo de Branca de Neve.

— Muito bem. - respondeu o homem dando-a outro saquinho de moedas.

— Agora estamos acertados. Foi bom fazer negócio com você, Caçador.

— Espera - disse o homem segurando o braço da menina - tenho outro acordo a propor.

— Hum, diga.

— Eu sei que você tem magia. E sei também que você tem uma mãe trancafiada em uma torre da rainha.

— Continue.

— E a rainha tirou meu coração, e está guardado no cofre dela. Venho lhe propor que, se você conseguir meu coração de volta, eu solto sua mãe.

— É impossível entrar no cofre da rainha.

— Impossível para quem não tem magia!

— Bom, eu posso tentar. Mas se ela tem seu coração, o que me garante que isso não é um truque? Já vi que a história de mandar a Branca de Neve fugir era uma armadilha, agora como posso saber que a rainha não quer me pegar?

— Faça isso como uma tentativa de salvar sua mãe. Afinal, já surgiu oportunidade melhor para salvá-la?

Clear pensou um pouco. Parecia loucura, sim. Parecia uma armadilha, sim. Mas era realmente a melhor opção para ela conseguir soltar sua mãe, e por ela valia a pena o risco.

— Aceito. Mas você terá que me ajudar também, pois não conheço bem o castelo.

— Fique tranquila, será fácil.

— Agimos essa noite.

— Ok.

—-

— Ela caiu de novo - afirmou a rainha ao encontrar-se com o Caçador em seu quarto novamente - vejo que terei a filhinha de Rumplestiltskin para mim daqui em diante.

— Mas ela já desconfia sobre nossos planos.

— Mas a vida de sua mãe é ainda mais importante. É por isso que digo: o amor é uma fraqueza. Devido ao seu amor pela mãe, vai acabar arriscando a vida, e, é claro, perdendo seu coração. Bom trabalho Graham. Agora saia, preciso tratar de outros assuntos.

Mas, por trás dos planos de Regina, Graham queria mesmo pegar seu coração de volta, e daria todo o apoio necessário para Clear pegá-lo. Queria ter sua liberdade de novo.

 

~ Storybrooke, Atualmente.

~ 'Toc toc!' - o som de alguém batendo na porta ecoou pelo quarto de hospital - Bom dia Srta. Dobbey!

— Bom dia doutor Whale. - respondeu Clear abaixando o livro que passara seus dias no hospital lendo e relendo.

— Lhe trago boas notícias - continuou o médico sorrindo meio falsamente - hoje mesmo já pode ir em bora.

— Sério?! - perguntou a garota, animando-se repentinamente. Não aguentava mais ler o mesmo livro todos os dias, e ficar observando aquele quarto irritantemente branco a cada segundo.

— Sim, muito sério. Mas, pelo seu bem, procure ficar longe de confusão. Pare de tentar deixar a cidade... talvez tenha um jeito de você se encaixar aqui. 

— Não acho que isso seja possível, mas prometo que vou tentar. E, aliás, meu irmão não merece mais isso, ficar se machucando por mim, e viver aqui no hospital. Ninguém merece.

— Eu recomendo que você ainda não pegue pesado, fique mais de repouso. Mas já pode voltar para escola...

— Droga - rebateu revirando os olhos e bufando.

— Precisa estudar, mocinha.

— Parece que já fiz o último ano uma eternidade de vezes...

— Bom dia pessoal - disse a mãe de Tom, Maggie Dobbey, entrando no quarto acompanhada do Xerife Graham e de Emma Swan, que se tornara sua assistente.

— Olá, mamãe! - exclamou a garota, com um sorriso iluminando seu rosto.

— Parece que está na hora de irmos embora... Tom está em casa, arrumando tudo para quando você voltar...

— Ótimo! - exclamou a adolescente.

Todos ajudaram-na a ir em bora. Chegou em sua casa, tomou um belo banho e saiu para jantar com Tom e seus supostos "pais".

Como sempre, foram no Granny's, sentaram-se e fizeram seus pedidos. Era uma noite normal no restaurante: alguns homens bebiam com os amigos, o repórter bebia sozinho e observava Graham atirando dardos.

Emma então deu de cara com Graham e, ao vê-lo, andou diretamente à porta, respondendo à Rubi (que perguntara o que ia pedir) que não pediria nada.

De repente o Xerife atirou um dardo na direção da loira, que se assustou ao ver o objeto acertar a parede ao lado da porta.

— Poderia ter me acertado! - exclamou, furiosa.

— Nunca erro - retrucou o homem, se gabando um pouco - está me evitando? Desde ontem quando me viu...

— Deixando a Prefeita? - interrompeu a mulher - Não estou te evitando, só não tenho interesse em ter essa conversa. A vida é sua, eu não me importo.

— Se não se importa, porque está chateada? - perguntou o homem ao deixar o estabelecimento atrás de Emma.

— Precisamos segui-los - sussurrou Clear, escondendo a boca com um cardápio - preciso saber qual é a dessa tal de "Emma".

— Sério? - reclamou Tom, imitando a "irmã".

— Mamãe e papai, eu e o Tom vamos... tomar um ar. Para mim peçam um hambúrguer com bacon e um refrigerante, e o mesmo para ele.

Os dois saíram do lugar antes mesmo de seus pais reagirem. Caminharam um pouco, e logo visualizaram a cena: Emma e Graham se beijando no meio da rua. Para Clear, era como o fim do mundo.

— Vamos segui-los até no raio que o parta se necessário! Quero descobrir tudo sobre esses dois.

 

~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

A noite caiu, e os conspiradores voltaram a se encontrar.

— Vamos? - perguntou a garota, abaixando a máscara.

— Vai usar a MÁSCARA? - perguntou o Caçador preocupado.

— Sim, afinal, se esse não for um plano da rainha e ela me ver, vai querer me matar.

— Ah, é claro.

— Vamos então?

— Vamos.

Os dois caminharam até o castelo em silêncio, até darem de cara com a grande muralha que o cercava.

— E agora? - perguntou a garota medindo a enorme muralha diante dela com os olhos.

— Use sua magia para nos tele portar para dentro. - instruiu o homem, apontando com o indicador para o castelo.

Clear assentiu e, imediatamente, os dois desapareceram numa fumaça azul escura, e foram reaparecer do outro lado das enormes muralhas.

— Daqui pra frente teremos que andar. - afirmou a jovem, sacando sua espada.

— Algo me diz que você está pronta para a batalha - sussurrou o Caçador, enquanto analisava qual seria o próximo passo.

— Vai me dizer onde temos que ir ou terei que adivinhar? - perguntou a menina impaciente, com uma pitada de sarcasmo.

— Por aqui - respondeu o homem caminhando até a porta do castelo.

Lutaram com alguns guardas, passaram por alguns apuros, mas finalmente chegaram à porta do quarto da rainha.

— Fácil demais - murmurou a adolescente, agora com mais desconfiança do que nunca.

— Quero te dizer algo antes de entrarmos - indagou Graham, respirando fundo - quando te chamei para essa missão, não era só por uma armação da rainha. Eu realmente desejo meu coração de volta... e com ele, minha liberdade. E se você realmente consegui-lo, tentarei com todas as forças soltar sua mãe. Só precisa confiar em mim, e prometer que tentará conseguir o que quero... Pode ser somente uma armação da rainha, se você se deixar vencer... Mas também pode ser uma troca justa, de um acordo feito por um homem que somente ansiava ter seu coração de volta, para isso você deve simplesmente consegui-lo pra mim... Por favor.

Clear não sabia como reagir. Os olhos castanhos do homem brilhavam de sinceridade, mas ela não sabia se conseguiria acreditar nele. Algo, bem no fundo, algo atrás de seu orgulho tolo, a dizia que era sua obrigação ajudá-lo. E ela deixou, pelo menos uma vez, deixar levar-se pelo coração, e não pela razão.

— Eu prometo que tentarei - disse engolindo seco depois de um longo e silencioso minuto.

O homem abriu a porta do quarto e escoltou a moça até seu interior, até toparem repentinamente com Regina.

 

Continua.


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