The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 20
Capítulo 20.


Notas iniciais do capítulo

Bom, olá!
Eu sei que faz mais de um ano que eu não atualizo a fic, e eu sinto muito por isso! Confesso que pensei seriamente em parar de vez, porque andei meio desanimada dessa fanfic. Afinal, eu mal tenho tempo de escrever minha original, quem dirá essa, que exige muito mais trabalho, afinal tenho que rever um pouco da série para escrever cada capítulo, pensando em como inserir a Clear e os outros personagens de minha autoria (mesmo já tendo o enredo todo em minha cabeça).
Então eu lembrei que sempre estive 2 capítulos adiantada daqui no wattpad, e esse capítulo é um dos mais importantes da fic. Portanto estou postando ele, também como um teste para ver se alguém ainda acompanha a história. Dependendo do feedback desse capítulo, eu volto a escrever e postar durante as férias.
Bom, já escrevi demais, e acho que é basicamente isso... Se você chegou até aqui, peço mil desculpas por atrasar mais de um ano para postar, e espero que gostem do capítulo, ele é bem importante! Boa leitura!



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~ Storybrooke, Atualmente.

— Emma... Você achou? - perguntou Gold ao sentar-se em uma cama que havia no quartinho dos fundos da loja. 

— Sim, não tem nada dentro. - respondeu chacoalhando um pote de vidro - Caramba. - continuou ao ouvir o barulho de algo dentro do pote, e enfiou a mão, pegando algo invisível.

— É um giz invisível. Use na porta de entrada. Trace uma linha. E o resto de vocês... preparem-se para a batalha. - explicou o Senhor das Trevas.

Todos se entreolharam e deixaram o quartinho, indo para a loja. Apenas MM ficou para trás, mas ninguém realmente ligou.

— Hey Tom, eu acho que tem algumas espadas em algum lugar por aqui. - disse Clear procurando alguma arma.

— Tom? - perguntou Neal se aproximando dos dois. 

— Eu, Tom Dobbey, namorado da Clear. - afirmou o jovem erguendo a mão - E você, quem é?

— Neal Cassidy, meio-irmão da Clear. - se apresentou o homem, e os dois trocaram um aperto de mãos. 

— Haha, achei! - exclamou Clear visualizando um monte de espadas - Aqui, peguem. - continuou entregando uma para cada um.

Depois disso Baelfire se aproximou de Emma, que "desenhava" uma linha na parte de baixo da porta de entrada.

— Faltou um pedaço. - ironizou o homem.

— Engraçadinho. - respondeu a loira também ironizando.

— Não sabia que você era mágica. - disse Bae escorando em um balcão. 

— Nossa! Vai querer me criticar por isso? Não venha me falar de surpresas, Sr. Filho do Rumplestiltskin. - rebateu secamente a mulher.

— Ah...

— O que foi? - questionou erguendo o tom de voz.

— Não queria que Tamara fosse uma surpresa. 

— Não me incomoda saber que meu ex-namorado está noivo.

— Noivo?! - perguntou Clear se aproximando - Você está noivo Bae?

— É, pois é, parece que sim. - respondeu o homem, deixando a garota chocada. 

— Tudo tranquilo lá fora. - afirmou David se aproximando também, e alternando o olhar entre os três - Está tudo bem? 

Neal soltou uma risadinha, Clear disfarçou a cara de surpresa e Emma apenas assentiu, com cara de inocente. 

Logo a loira voltou para o quartinho dos fundos, e Clear continuou ali com seu irmão.

— Quem é ela? - perguntou a adolescente.

— "Ela" quem? - perguntou o homem de volta.

— "Ela" sua noiva! Ou vai me dizer que mudou de time...

— Não, é claro que não! Tamara é o nome dela... 

— Tamara uhn... Você pretende trazê-la à Storybrooke? 

—  Não sei, não quero que ela venha para essa loucura toda...

— Hmm, mas eu quero conhecê-la. 

De repente Emma voltou. 

— Hey, sobre o que estão falando? - perguntou a mulher se aproximando.

— Sobre a noiva dele... Ah, e cadê o Tom? - respondeu e questionou a ruiva.

— Ele estava lá junto com o Gold. - respondeu a xerife.

— Hmm, okay, vou lá atrás dele. - afirmou a garota deixando os dois a sós.

Enquanto isso, Tom e Gold conversavam sozinhos no pequeno cômodo.

— Lembra-se do nosso acordo? - perguntou o homem ao garoto, que automaticamente ficou apreensivo.

— Sim, o que é que tem? - disse o jovem engolindo em seco.

— O que é que tem, que essa é sua deixa. Vá lá e faça a cabeça de sua namorada para ela usar sua magia pelo menos para me curar. Já é um começo. - afirmou Rumple - Ou você prefere que eu acabe com o relacionamentozinho de vocês de uma forma bem drástica? 

— N-não, eu vou cumprir com minha parte. Eu juro. - respondeu o rapaz.

— Hey, qual é o assunto? - perguntou Clear entrando no local. 

— Nada, ele só estava perguntando se eu estava bem. - mentiu o Senhor das Trevas.

— Ah okay... - a garota foi interrompida por um pequeno "terremoto" na loja. 

— São elas. - afirmou David entrando na salinha junto com Emma e Neal - Regina e Cora. Elas estão aqui.

Todos ficaram apreensivos, e foram para a frente da loja e formaram uma linha em posição de ataque, cada um com uma espada. 

— Regina, pense bem no que está fazendo. - indagou Emma quando as duas mulheres entraram.

— Não fale comigo. - rebateu a prefeita com sua voz de Rainha Má, enquanto MM saía por uma porta lateral.

Regina criou uma bola de fogo em suas mãos, e a atirou contra as pessoas à sua frente.

— Agora seria uma boa hora para usar sua magia. - sussurrou Tom para Clear, que não respondeu, apenas assistiu David pular na frente a bola de fogo e desviá-la com sua espada, mas Regina o atirou para fora do estabelecimento com magia e fechou a porta.

— David! - exclamou Emma, antes de Cora atirá-la para trás também com magia, e Neal avançar até ela e tentar atingi-la com sua espada, mas a mesma desapareceu numa fumaça roxa, deixando apenas a adaga caída no chão, mas logo reaparecendo novamente no mesmo local.

Regina usou sua magia para paralisar o casal mais novo e foi até Emma e apertou seu pescoço. Em um segundo de distração da mulher, Emma então conseguiu se livrar do aperto em sua garganta e pegou uma estaca de madeira pontuda e apontou para o pescoço de Regina, fazendo a mesma descongelar o casal e deixando Cora com duas opções: ou ela pegava a adaga do chão e sua filha morria nas mãos de Emma ou ela deixava a adaga e sua filha sobreviveria.

— Como vai ser? - perguntou Bae apontando para a adaga no chão.

— Mãe! - exclamou Regina tentando fazê-la escolher sua vida.

— Escolha com sabedoria. - continuou Neal.

A mulher então usou magia para pegar a adaga e Emma empurrou Regina sobre ela, fazendo as duas caírem sobre um balcão. 

— Vão para perto do Gold. Eu estou com o giz! - ordenou Emma aos três ali presentes, que correram para a salinha dos fundos. 

A loira "desenhou" uma linha no chão da entrada do pequeno cômodo e criou-se uma barreira mágica, enquanto Cora e Regina se levantavam. 

— Está ficando fraco. - afirmou Neal observando a barreira, na qual Cora tentava destruir - Ela vai entrar. 

— Talvez seja melhor assim. - indagou Gold, e isso partiu o coração de Clear. A ficha dela não tinha caído, mas agora ela percebeu que estava perdendo seu pai, e tecnicamente já não tinha mais sua mãe - Assim esse poder amaldiçoado vai desaparecer deste mundo. 

— Não. - disseram Bae e Clear juntos - Você não vai morrer. 

— Eu estou morrendo. Tenho certeza. 

Clear sentou-se na parte da pequena cama que estava desocupada, e pegou em uma das mãos do homem.

— Preciso falar com a Belle. - afirmou o homem - Emma, por favor? - pediu erguendo sua mão livre para que a mulher lhe entregasse o celular, e assim ela o fez.

— Quem é Belle? - perguntou Neal.

— Minha mãe. - respondeu Clear com a voz triste, estava prestes a chorar. 

Gold então discou o número, e Belle atendeu.

— Oi Belle. - disse quando a mulher atendeu.

— Sr. Gold, eu já disse... que não lembro do senhor. 

— Eu sei, eu sei... É que... Querida, eu estou morrendo. 

— Oh, eu... eu sinto muito.

— Sei que continua confusa e não sabe quem é. Então vou lhe contar. Você é uma heroína... que ajudou o seu povo. Você é uma mulher linda... que amou um homem feio. Você me amou de verdade. Você descobre a bondade nas pessoas. E quando ela não existe... você a cria. Você me fez querer voltar no tempo. Para ser a melhor versão de mim. Isso nunca me aconteceu antes. Então quando se olhar no espelho... e não souber quem você é... você é assim. Obrigado.

A essa altura, Clear praticamente se afogava em suas lágrimas. Estava sem chão, sem rumo. Quando finalmente conseguiu se reunir com seus pais, ali estava ela, perdendo-os novamente. Até quando isso ia acontecer? Até quando ela teria que perder tudo, e quando criasse expectativas de que ficaria bem, tudo desmoronasse novamente? Dizem que vilões não têm finais felizes, então será que ela era uma vilã? Afinal, ela não tinha o coração puro, então será que essa era a consequência? Ou o problema era seu pai?

— Não sabia que você era capaz disso. - indagou Baelfire quebrando um silêncio triste que se formara desde que seu pai desligara o telefone.

— Eu estou cheio de amor. - rebateu o homem - Passei uma vida toda procurando por você... para ter a chance de dizer que amo você. Eu sinto muito.

— Nunca achei que você quebraria o nosso acordo.

— Eu só fiz a escolha errada. - falou com a voz cheia de arrependimento. Soltou a mão da mão de Clear e estendeu na direção dele - Posso?

— Ainda estou bravo. - murmurou como uma criança teimosa, a voz já anunciando o choro.

— Eu sei.

Neal então olhou para a mão de seu pai, e não resistiu. Agarrou-a fortemente com suas duas mãos e encostou o rosto nelas, deixando o choro escapar. Tom, Emma e Clear observavam calados, a mais nova apenas deixando as lágrimas escorrerem.

— Clear. - indagou Tom aproximando-se dela - Você sabe que tudo isso seria resolvido se você usasse sua magia, para curar seu pai... - continuou sob o olhar molhado de sua namorada.

— Você não sabe o que está falando Tom. - retrucou em meio aos soluços.

— Isso não precisa acabar assim... Você tem tudo em suas mãos, tudo resumido em 5 letras:  MAGIA. 

— EU NÃO VOU USAR MINHA MAGIA! - gritou assustando a todos, e lançando um olhar mortal para o garoto, um olhar obscuro. 

No mesmo instante Cora conseguiu quebrar a barreira mágica, e todos se levantaram e se prepararam para o ataque.

— Vocês, saiam da minha frente. - falou a mais velha fazendo os quatro desaparecerem, e reaparecerem no meio da floresta.

Neal, Emma, Tom e Clear ficaram alguns segundos tentando se situarem, até que a ficha caiu.

— Não! - berrou Clear voltando a chorar, e deixando sua espada cair no chão. 

O semblante de todos se tornou triste, e Neal também começou a chorar.

— Se você tivesse usado sua magia, nosso pai estaria vivo, e Cora morta! - exclamou Baelfire olhando acusadoramente para sua irmã. 

— Você tem magia? - perguntou Emma confusa.

— Mas é claro que eu tenho né! Sou filha do Senhor das Trevas! - retrucou a adolescente aumentando o tom de voz.

— E por que você não a usou?! Seria a solução para os nossos problemas! - rebateu a loira no mesmo tom que a garota. 

— Eu tenho meus motivos, que são só da minha conta! 

— Não acredito que deixou nosso pai morrer só por causa de seu medinho de magia! 

— Você poderia pelo menos usar sua droga de magia só para nos levar de volta mais rápido?!

— EU NÃO VOU USAR MINHA MAGIA E PONTO FINAL! - bradou voltando a possuir aquele olhar maligno, que colocava medo em qualquer um. O castanho-esverdeado de seus olhos se tornou um castanho escuro, com um brilho diferente, um brilho mal, e todos recuaram diante do rosto alterado da garota, se entreolhando assustados.

 

~ Floresta Encantada, Antes da Maldição. 

Já era tarde da noite, e todos da casa estavam dormindo. Clear então decidiu checar o tesouro do capitão, o qual estava uma parte em seu quarto. Enquanto contava as moedas, já fazia planos para tirar todos da casa daquele lugar e levá-los para a tal ilha que Gancho e Cora ficariam. Até que seus pensamentos foram interrompidos por uma voz.

— Clear, será que eu posso dormir aqui com você? É que eu estou com medo... - disse Zack com uma voz manhosa - Da onde veio todo esse ouro? - perguntou aproximando-se da pilha de moedas, joias, etc. 

De repente a garota levantou a cabeça para encará-lo, seu olhar maligno invadia seu rosto. Fez todo o ouro desaparecer e levantou-se andando na direção do menino.

— Ah Zack, você não deveria ter entrado aqui... - falou com uma voz que não era a dela, e era tão maligna quanto seu olhar.

— Clear...? - murmurou a criança assustada, afastando-se conforme a jovem se aproximava.

Quando o menino virou-se para a porta, Clear a fechou com magia, e continuou se aproximando do menino. 

— Pobrezinho, eu sinto muito, mas as coisas são assim... - indagou agora a pouco centímetros de distância do garotinho - Não se pode estar no lugar errado - continuou arrancando o coraçãozinho do menino, que pulsava claramente na mão da adolescente, sem nenhuma mancha nem nada, um dos corações mais puros que existiam - na hora errada. - finalizou apertando o coraçãozinho até virar pó, e vendo a criança perder a vida ali, na sua frente, por suas próprias mãos. Por um momento deu um sorriso sombrio, e deixou as cinzas caírem no chão, lentamente. 

De repente foi como se outra pessoa tomasse o corpo dela, só que desta vez, essa pessoa era ela mesma. No mesmo momento ela percebeu o que acabara de fazer, e que aquilo não tinha volta. Olhou para baixo no corpinho sem vida da criança e deixou a primeira lágrima escorrer por seu rosto, uma lágrima de arrependimento, de culpa. Levou a mão sobre a boca e ajoelhou lentamente diante do corpo da criança, tocando seu pequeno rosto sem vida com a outra mão. 

— Não... - murmurou cheia de arrependimento - Não! Não! NÃO! - gritou abraçando o corpo à sua frente e chorando desesperadamente, seus soluços ecoavam na casa.

— Clear, o que está... - disse Maggie adentrando o quarto, e levando a mão à boca ao ver a situação em que se encontravam os dois.

Logo os dois outros homens da casa de aproximaram da mulher e puderam ver a cena também. Carl, o pai dos garotos, ficou sem ação, seus olhos perderam o brilho no mesmo instante. Tom passou a mão em seus cabelos e bufou, os olhos já se enchendo de lágrimas.

— O que aconteceu aqui? - perguntou Carl deixando uma lágrima escorrer em seu rosto.

Clear não sabia o que fazer. Ela não podia contar a verdade, então simplesmente decidiu mentir.

— Ele entrou no meu quarto pedindo para dormir comigo, e quando eu olhei para ele, ele simplesmente começou a passar mal e desmaiou. - respondeu a garota tentando conter o choro.

Maggie se aproximou do dos dois e ajoelhou-se, abraçando o corpo fortemente contra si, e chorando desesperadamente, a dor só aumentava conforme suas lágrimas escorriam.

Clear afastou-se e percebeu o que fizera, e foi quando olhou nos olhos de Carl e Tom que a culpa piorou mais ainda. Ela não havia tirado somente uma vida, mas sim um irmão e um filho, que tinha ainda toda uma vida para viver.

 

Continua. 


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, então eu creio que você leu o capítulo! O que achou? Eu apreciaria muito que quem realmente leu, comentasse alguma coisa, nem se for um "Continua", para eu saber se devo ou não voltar a me empenhar na fic. Por enquanto é isso, espero que tenha gostado do capítulo, beijos! ;*



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