The Dealer's Daughter. Once Upon a Time. escrita por Clara Gomes


Capítulo 11
Capítulo 11.




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~ País das Maravilhas, Antes da Maldição.

– Que bonitinho - indagou Clear ironicamente, revirando os olhos diante da paisagem.

Os dois se encontravam em um caminho estreito, cercado por gramas que passavam da altura do pirata, e cogumelos gigantes esporadicamente espalhados pela paisagem. Encantador à primeira vista.

– Me sinto como um inseto - rebateu Gancho dando os primeiros passos e olhando atentamente o que os cercava.

A garota e o homem começaram a caminhar à diante até serem surpreendidos por uma espécie de lagarta gigante roxa, que fumava narguilé sobre um cogumelo.

– Quem são vocês? - perguntou a criatura, pronunciando lentamente e soprando um anel de fumaça na cara do pirata.

– Que diabos é isso? - perguntou a figura masculina analisando o "animal".

– Acho melhor seguirmos em frente. - sugeriu Clear após ser atingida por outro círculo de fumaça da lagarta e retomando a caminhada.

~ Storybrooke, Atualmente.

– Você o conhece? Esse Capitão Gancho? - perguntou David preocupado.

– N-não, eu só ouvi falar sobre ele... dizem que é um homem horrível. - respondeu Clear, gaguejando.

– Mas eu o conheço, e até posso imaginar o porquê de estar aqui, e porque está o ajudando. - afirmou Gold com uma pitada de preocupação.

– Algo relevante? - questionou o príncipe.

– Digamos que ele e eu temos alguns assuntos pendentes de muitos anos atrás.

– Vou ligar para a Emma e Mary Margareth. - manifestou-se Ruby, que não queria se sentir inútil.

– Então ele pretende tirá-la da cidade através do mar... Temos que correr para o porto, AGORA. - indagou o antigo Encantado, preparando-se para correr.

– E ele?! - perguntou Clear apontando para seu avô.

– Creio que ele não terá como se esconder por muito tempo. Cuidamos dele depois!

Gold, que estava segurando o idoso contra a van com magia, soltou-o e, seguido de sua filha e Ruby, apressaram-se até o carro do xerife.

– Isso é o mais rápido que tem para irmos até o porto? - perguntou Rumplestiltskin ironicamente.

– O quê você sugere? - rebateu David.

– Magia, é claro.

– Não obrigado.

– Então vejo vocês no porto. - disse antes de girar a mão e fazer-se desaparecer junto de sua filha em uma fumaça vinho e reaparecendo no tablado dos navios.

– Ele já teve ter partido à uma hora dessas. - disse a garota ainda tentando situar-se.

– Sinto magia por aqui. Acho que temos alguém por aqui que não quer ser visto. - afirmou estendendo as mãos em direção ao lugar onde os barcos ficavam ancorados.

– Acho que o encontramos. - assinalou a jovem ao observar seu pai aos poucos fazendo um grande navio de madeira aparecer.

– Feitiço de camuflagem... agora como? - perguntou-se o homem, enquanto sua filha corria para se aproximar do navio.

– Vamos! - Chamou a garota ao chegar à frente na escada que levava ao navio.

~ País das Maravilhas, Antes da Maldição.

– Você não quer nem saber por que estamos aqui? - indagou Gancho, quebrando um silêncio que já o incomodava há alguns minutos.

– Por que, deveria? - retrucou a jovem olhando para o pirata.

– Claro que se você não quiser saber, não há necessidade. - respondeu com um sorriso sínico.

– Mas para quê estamos aqui?

– Para despacharmos alguém. Você provavelmente não a conhece.

– Ótimo. E onde pretende encontrá-la?

– Segundo as informações que recebi, ela é que vai nos enc...

– Invasores! - gritaram homens trajados estranhamente e portando lanças.

– Isso era o que menos precisávamos agora!

Os "guardas" os cercaram e agarraram primeiro o pirata.

– Clear! Tire-nos daqui! - bradou o homem tentando escapar.

Para tirá-lo dali junto com ela, alguns guardas acabariam indo com eles.

– Sinto muito, mas essa será uma viagem individual. - disse a garota antes de desaparecer em uma nuvem azul escura, reaparecendo em algum lugar aleatório, longe do tumulto.

– Parece que o temido Capitão Gancho não é assim tão esperto. - riu-se a adolescente.

De repente ela fez a cartola que os levara lá mais cedo aparecer em sua mão, e durante vários minutos tentou fazê-la funcionar.

– Não funciona! - exclamou percebendo que sua magia era inútil - Por que não funciona?!

– Porque o mesmo número que vai, tem que voltar. - explicou uma mulher alta, de cabelos castanhos e idade avançada, que estava acompanhada de Gancho.

– Quem é você?! - perguntou Clear confusa.

– Aqui, mais conhecida como a Rainha de Copas... em seu reino, talvez, conhecida como Cora, mãe de Regina, a Rainha Má.

– M-mãe da Regina?! - perguntou a garota aterrorizada. Se Regina já era capaz de tocar o terror, imagina sua mãe – E você Gancho, o que faz com ela?

– Srta. Máscara, diria que meus planos... mudaram um pouco. - respondeu o pirata - A culpa é toda sua, se não tivesse me traído, talvez tivesse sido diferente...

– É por isso que não revelo minha identidade para gente como você. - rebateu a menina antes de ser imobilizada pelos guardas da rainha.

– Agora vamos querido, tenho um reencontro para hoje. - indagou Cora ao fazer o chapéu funcionar - Sinto muito queridinha, mas é assim que o mundo funciona: vacilou, dançou.

– Adeus Máscara. - despediu-se Gancho, com um sorriso maléfico.

– Isso não vai ficar assim Gancho! Eu vou te encontrar!– berrou Clear antes que os dois pulassem no chapéu.

~ Storybrooke, Atualmente.

Gold e Clear entraram no navio e procuraram alguém no escuro da noite. Um arrepio subiu pela espinha da garota, e a lembrança daquele homem alto, de cabelos negros como o breu daquela hora e olhos azuis como o oceano lhe arrepiava, e lhe despertava uma raiva desesperadora.

– Apareça logo pirata! - exclamou Gold diante da escuridão.

– Bem-vindos à Jolly Roger! - surgiu uma voz com um forte sotaque irlandês acompanhada de uma lamparina - Quanto tempo, não, crocodilo?

– Capitão Gancho - indagou Rumple - que surpresa tê-lo aqui, nesse mundo. Agora vim aqui negociar algo que me pertence. - enfatizou a última frase criando uma bola de fogo em suas mãos, que iluminou todo o deck do navio.

As pernas de Clear bambearam, pois apesar de ter ódio to pirata, também tinha temor. Não por ela, mas temia por sua mãe.

– A vadia de cabelos castanhos? Será uma grande sorte sua se ela se lembrar de você. - respondeu Gancho, ainda com seu sorriso no rosto.

– Seu desgraçado! - bradou Gold usando sua magia para empurrar o homem de uma mão contra a haste de uma das velas do barco - Onde ela está?! - gritou apertando o pescoço do pirata até quase tirá-lo o ar.

– Pai, pare! Você vai matá-lo! - exclamou a adolescente agarrando o braço do homem.

– Gold, pare! - ordenou Emma Swan surgindo com uma lanterna - Precisamos dele para interrogação!

Logo David e Mary Margareth também surgiram iluminando a cena.

– Você não ouviu? Precisamos dele vivo! - gritou David antes de dar um soco na cara do homem, que estava muito concentrado no pirata e acabou abaixando a guarda para os outros.

Gancho repentinamente caiu no chão, retomando a capacidade de respirar.

– Onde ela está? - perguntou Emma se aproximando do pirata. Quando seus olhos se encontraram e ela iluminou seu rosto, seus corações pularam um batimento e uma conexão foi feita ali mesmo - Você... você é o homem dos meus sonhos!

– Estou lisonjeado em ouvir isso, mas eu sou o homem dos sonhos de todas as mulheres! - respondeu o Capitão com sua pouca modéstia.

– Eu quero dizer... eu já sonhei contigo... várias vezes...

– Dá pra deixar os flertes pra depois?! Temos que encontrar minha mãe! - exclamou Clear interrompendo o momento dos dois.

– Onde a moça está?! - questionou David.

– No porão. - respondeu Gancho, cedendo ao olhar suplicante de Emma.

Clear, David e Mary Margareth correram para o porão, enquanto Ruby ajudava Rumple a se levantar.

– Mãe!? - chamou a adolescente ao entrar no porão e visualizar a figura da mãe.

Com a ajuda de David, desamarraram a mulher enquanto Mary Margareth iluminava com as lanternas.

– Clear! - Belle exclamou aliviada depois de a garota tirar o lenço que a impedia de falar e abraçando sua filha.

– Mãe, você ainda se lembra! - disse a jovem sobre o ombro de sua mãe, lágrimas já escorriam em seu rosto.

– Ainda bem que chegamos a tempo. - indagou Mary Margareth.

– Você está bem? Consegue se levantar? Ele machucou você? - interrogou Clear.

– Eu estou bem, estou ótima!

– Devemos levá-la para o Whale mesmo assim. - afirmou Encantado.

– Com certeza. - confirmou a jovem.

O quarteto voltou ao deck, onde Emma mantinha Gancho algemado, Ruby analisava o ferimento no rosto de Rumple e tentava mantê-lo calmo.

– Belle! - gritou o Senhor das Trevas se colocando de pé e correndo até a mulher.

– Rumplestiltskin! - ela respondeu abraçando-o fortemente.

– V-você... você se lembra! Aquele lazarento te machucou? Vo-

– Eu estou bem, ele não me machucou!

– Mas concordemos que temos que levá-la ao Whale, só por segurança. - afirmou David - E sinto muito por isso, entenda que foi necessário. - desculpou-se apontando para o corte no rosto do homem.

– Claro claro... Então vamos dar o fora daqui! - exclamou Gold entrelaçando seus dedos com os de Belle.

– Eu vou levar nosso novo sequestrador para a delegacia enquanto você deixa a Ruby no Granny's e acompanha os três no hospital. - disse Emma ao seu pai, se preparando para deixar o navio.

– Acho melhor eu cuidar dele por você. - rebateu o príncipe, gesticulando para o pirata, que estava sentado no chão do navio, encostado na lateral com as mãos algemadas.

– Hey, por quê? Eu sou a xerife, esse é meu trabalho!

– Não quero minha filha andando sozinha com um pirata!

– Sei me cuidar sozinha, e já lidei com gente bem pior do que um cara com um gancho no lugar de uma mão. Te vejo mais tarde no apartamento. - finalizou a loira dirigindo-se ao pirata e conduzindo-o para fora do navio.

David a observou atentamente até que seus pensamentos foram interrompidos por sua esposa:

– Ela ficará bem. Vamos?!

Ele sorriu e envolveu seu braço na cintura dela, e os dois caminharam até os outros.

– Aceitam carona? - ofereceu Encantado.

– No carro da Emma? Não há espaço o suficiente! Posso nos teleportar...

– Não, eu volto caminhando... gosto de observar a cidade enquanto ando. - indagou Ruby.

– Mas é perigoso...

– Meu instinto de lobo ajuda muito. Podem ir!

– Próxima parada: hospital! - disse David puxando a fila para fora do barco.

~ Floresta Encantada, Antes da Maldição.

– Você achou que eu nunca mais pisaria nesse navio, não é? - perguntou a Garota Mascarada para ninguém, mas pensando no Gancho - Pois eu voltei, e agora você vai pagar pelo o que fez!

A garota chegou ao quarto do Capitão e pegou um objeto verde-brilhante que estava dentro de uma pequena caixa de madeira: um feijão mágico.

Continua.


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Notas finais do capítulo

~ P.S.: Eu posso ouvir os anjos cantando: FÉRIAAAAS, FÉRIAAAS! Pois é, faz tempo que eu não atualizo, a vida tem sido a maior correria nesse final de ano, maaas agora eu prometo que vou escrever com mais frequência. Ah, sei que poucos vão ler até aqui, mas e eu queria compartilhar uma coisa muuuito boa que me aconteceu: eu passei em 2º lugar na prova da melhor escola da minha cidade! o/ o/ estou suuuuper feliz, e nem acredito! :o Bom, obrigada pela leitura, e não esqueçam (please) de favoritar, comentar e recomendar! Até a próxima! :*