All We Know Is Falling escrita por lolat
Apesar de ter respeitado a imposição de manter-se longe das terras quileutes, a família Cullen, liderada por Carlisle, não deixou de proceder em sua investigação, utilizando-se de todos os meios possíveis. Aquela situação era preocupante para eles também – caso a ameaça de vampiros em La Push e possivelmente Forks se espalhasse entre a população humana, sua família estaria correndo riscos. Carlisle não podia deixar que a sorte decidisse por eles.
Edward Cullen, o mais jovem do clã, de belos cabelos acobreados e olheiras pesadas sob os olhos de âmbar, surgiu pela porta do ambulatório, encontrando ali o corpo muito ferido de um jovem indígena. Ele não devia ter mais do que quinze anos. Tinha cabelos lisos e longos, muito negros, e seus olhos estavam fechados.
“Lobo”, pensou Edward, aproximando-se do leito. Esperara que algo naquele corpo lhe provocasse um insuportável sentimento de repulsa, mas percebia naquele momento que não sentia nada – apenas curiosidade.
O quileute abriu os olhos, sobressaltado com a presença do outro. Estava no hospital desde a véspera, e ainda não se acostumara com o cheiro de assepsia e as fortes luzes brancas do ambulatório. Remexeu-se na cama, desconfortável, mas uma dor cortante o fez parar. Encarou, então, o estranho ao seu lado.
Eram olhos negros, penetrantes e quentes. Isso perturbou um pouco Edward. Começou então a analisar o que se passava na mente do garoto, procurando por alguma memória do ataque.
- Quem é você? – o outro perguntou, com antipatia. Seu peito doeu ao falar.
- Edward Cullen. – os olhos de Jacob se estreitaram ligeiramente ao ouvir aquele nome – Preciso que me conte a respeito do ataque. – acrescentou, com autoridade. Jacob sentiu-se incomodado com aquele tom.
- Por que você quer saber? – replicou, ríspido.
- É do nosso interesse também. – Edward se mantinha impassível, mas já tinha encontrado o que desejava. Apesar de o jovem no leito se manter calado, imerso em sua própria teimosia, as cenas da véspera haviam se projetado em sua cabeça com a clareza de um filme.
- Eu nunca tinha visto um de vocês. E eu não acreditava nas antigas lendas.
Jacob provavelmente não teria feito esse comentário se não estivesse dopado devido aos analgésicos. Apesar de a presença de um vampiro em seu quarto o incomodar, ele não podia deixar que uma admiração estranha crescesse em seu peito. Havia algo de fascinante no rapaz parado ao pé de sua cama.
- Sua colaboração é importante, Jacob. Nós queremos evitar futuros ataques, tanto entre os quileutes quanto entre humanos.
- Nós, quileutes, somos humanos.
- Achei que você tinha começado a levar as antigas lendas a sério. – Edward franziu o cenho.
- Não digo o contrário, apenas acrescento que os lobisomens deixaram de existir há algumas gerações.
Edward guardou para si próprio os pensamentos que surgiam em sua mente naquele instante. Fez mais algumas perguntas a respeito do dia anterior, recebendo mais informação telepática do que verbal.
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