Nós quase nunca saiamos, e quando acontecia você ficava olhando para o rabo das mulheres que passavam, sem nem tentar disfarçar. E ainda vinha com a desculpa de ter perdido a carteira, e eu tinha que pagar a conta toda no, que por coincidência, era o restaurante mais caro da cidade.

E você provavelmente não sabe — Aliás, você não sabe nada sobre mim —, mas eu sempre adorei as histórias das princesas, minha favorita era a Cinderela. Combinava comigo, eu vivia nas “cinzas” por sua causa, sendo usada como uma empregada.

Mas agora eu mudei de história, resolvi seguir o pensamento da Branca de Neve; Por que só ter um, se eu posso ter sete?

Agora você vem correndo atrás de mim, diz que me ama e que nunca teve olhos para as outras. Só fica caladinho e não te mete, a vida é minha, e não vai fazer a mínima diferença que você saia espalhando que eu sou “princesinha” ou “piriguete”. Você tem é que ser usado para carpete.

Eu tenho um Harém completo, dá para a semana toda e nunca se repete. Com você, se eu conseguia um dia já era demais.

Agora eu sigo a teoria da Branca de Neve.