Hurricane escrita por America


Capítulo 1
Capitulo único


Notas iniciais do capítulo

Ca como pediu Nyx est aqui o seu presente, e sinceramente ha muito sofrimento u.u 20 pagininhas! Seu presente ai! Boa leitura a todos!
(P.S: Fora a inspiração na música citada nas notas eu também tive como inspiração um filme cujo não me lembro um nome).



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Hurricane

Por: Mindstel

O ar da noite tocava o rosto do adolescente, como a voz suave que usava a mãe com um filho recém-nascido para conforta-lo de um choro sofrido e exagerado, ajoelhado nas ruas largas com uma respiração pesada sentia seu coração bater rápido com a adrenalina que acabava de vivenciar. Era essa a cena que Levi observava, deixando que o vento balançasse os cabelos negros que se misturavam com o azul-escuro da noite, os orbes ilusórios e sanguinários conseguiam manter-se de pé diante do alvoroço.

– Por que você matou essas pessoas, Levi? – Disse Eren após recuperar o ar necessário para que pudesse ao menos falar, mas de qualquer forma, sua voz saia trêmula.

– Pela minha alma, Eren. – Disse desinteressado.

O garoto queria poder sentir-se irritado diante das palavras, mas jamais conseguiu sentir ódio de Levi, por mais que a própria irmã o alertasse que aquele era sim um ser sanguinário e até maníaco, sem o mínimo interesse em sentir algum remorso pela vida de outras pessoas, mas mesmo assim, Eren não conseguia almejar afastar-se.

– Mas... – Lágrimas lhe escaparam pelo rosto, estava com receio do que acontecera. – Levi, você não vê que isso é errado?

Finalmente os olhos cor esmeralda decidiram olhar para o rosto sincero daquele homem a sua frente, e o fato de não se demonstrar arrependido pelo que acabara de fazer, somente confirmava a sua suspeita de que poderia ter-se apaixonado pela pessoa errada.

Eren finalmente decidiu observar aquele rapaz que estava de pé diante de si, sério, vazio. Percebeu o quanto a blusa estava manchada com o sangue das outras pessoas, o quanto haviam decidido marcar as vestes do mais velho que tanto amava. Acima de tudo, as mãos estavam mais sujas que o resto do corpo, elas estavam completamente cobertas pelo líquido escarlate.

– Não há nada errado quando a lei não proíbe. E isso está livre por hoje.

O adolescente de olhos esverdeados demonstrou-se preocupado com o modo de pensar do mais velho e finalmente levantou-se para que pudesse ver melhor o rosto de seu amado.

– Não pense assim, Levi! – Apertou os lábios. – As coisas não são assim! Essas pessoas tinham famílias, vidas pra cuidar e...

– Eu não me importo! – Interpelou Eren em meio a gritos. – Assim como elas não se importariam comigo. Eu não entendo é o porquê de ter tentado me parar quando estava a mata-las.

– Eu tentei te parar porque você estava a retirar vidas, decidiu matar, isso é errado. – A voz estava autoritária. – Você não se importa com a forma que eu penso? Porque se decidir que é mais importante que as outras pessoas, então não é pra mim! É um monstro? Então se for necessário eu prefiro ver-te...

– Morto? – Um sorriso irônico apareceu no rosto do moreno.

Em um ataque rápido seu corpo foi preso contra a parede, mesmo que naquele exato momento o desespero até pudesse querer tomar conta de seus sentimentos certa parte sua ainda confiava naquele que o havia prendido com as próprias mãos.

– Diga-me Eren... – A voz saiu em um sussurro perto de seu ouvido, podia sentir a respiração quente e confortável de Levi por entre as palavras, ao mesmo tempo em que sentia medo de que pudesse acontecer o mesmo consigo pedia por mais dos toques fortes daquele homem que estava preso ao seu corpo. – Você realmente quer ver-me morto?

O raciocínio foi demorado e a busca das palavras corretas também, mesmo que quisesse respondê-lo como sempre havia feito do seu modo rebelde reproduzir alguma tentativa de golpe que possivelmente seria parada toda aquela teimosia prendeu-se e isso o fez paralisar, sem reação, sem a resposta apropriada.

– Responda logo. – A voz ressurgiu dessa vez mais autoritária, deixou que Eren sentisse o peitoral daquele roçar em suas costas. – Eu fiz uma pergunta, garoto. Responda-me!

O rapaz, porém somente negou através de um sinal com a sua cabeça da forma que pode deixar claro sua resposta, deixando Levi insatisfeito. Com isso sentiu seu corpo ser virado, a ação foi tão rápida que se tornou necessário respirar fundo novamente pra recuperar o ar, agora estava frente a frente com o maníaco, vendo os olhos de Levi a encara-lo com certo interesse.

– Como eu já lhe disse. – Os dedos do mais velho alcançaram os lábios delicados do garoto que estava inquieto. – Quando eu te fizer uma pergunta quero ouvir sua voz.

– Nã-Não... – O moreno respondeu hesitante.

– Não, o que?

– Não, Levi.

O rapaz de cabelos negros não evitou sorrir diante daquela cena, não só por perceber o quanto gostava de ver Eren a respirar daquela forma ou com arranhões feitos por si mesmo, mas também por perceber que todas as palavras grotescas que o rapaz de olhos esmeraldas soltou a seu respeito eram falsas.

– Você mente, não é? – Os orbes azul-metálicos encararam os de Eren. – Todo esse tempo... Aquele modo de me responder era por ter medo de mim?

– Medo? – Repetiu com certa dificuldade, enquanto a tontura chegava até sua cabeça seu corpo deslizava contra a parede, a única coisa que impedia de aquela queda tornar-se agressiva era o auxilio de umas das mãos de Levi que estavam em sua cintura.

– Medo. – Reafirmou, sentando-se no colo do adolescente.

– Eu não sei... Levi.

– Não é como se não soubesse completamente, é uma pessoa sem consciência do que faz, ou então simplesmente não sabe o que é medo de tanto pensar no ódio, garoto.

– Eu não... Odeio-te. – "Existe um furacão dentro de mim, prestes a levar-me pra longe de ti, e eu espero que não seja real, que seja somente um sonho", pensou.

Os olhos de Eren finalmente fecharam-se, impossibilitando a possibilidade de observar os esverdeados de seus orbes, às vezes os golpes do mais velho chegavam a ser tão exagerados que acabava por desmaiar, talvez fosse por ter visto aqueles corpos e não pelos seus golpes, mas de alguma maneira pela primeira vez em sua vida, Levi sentiu-se mal por já tê-lo dito tantas palavras sádicas por já tê-lo tirado tanto sangue e trata-lo daquela forma, mesmo que nunca tivesse ouvido sequer uma reclamação quando tudo começava pela base do sadomasoquismo.

Mesmo assim o que ele queria dizer com "Não odeio-te"?

Entre todo aquele sangue Levi levou as mãos até o rosto do adolescente o acariciou calmamente e reagindo por impulso aproximou o seu rosto do desacordado, quebrando cada centímetro de distancia sentiu a respiração daquele rapaz tocar seu rosto.

Os lábios tocaram-se permitindo que o moreno sentisse uma pequena parte do gosto único do garoto desacordado eram quentes e tentadores, mas mesmo que Levi pudesse pedir por mais, naquele momento... Ele não poderia ter, sentiu o desejo de mais e acabou por ficar enfurecido com a falta de possibilidade da vontade.

As mãos sujas de sangue, aquele vermelho qual lhe trazia o cheiro da vingança que agora estava preso em suas vestes e em seu corpo, trazendo-lhe a satisfação, qual desejava. Foram pessoas aleatórias, mortas de formas diferentes, mas, mesmo assim, pode sentir sua alma pesada tornar-se leve como uma pena, então era por isso que seu tio gostava tanto os dias de purificação?!

Não havia como negar que não era a primeira vez que acontecia um desmaio como esse com Eren e isso fez com que Levi o colocasse dentro do carro imediatamente, mesmo com as mãos sujas.

O caminho até o apartamento onde o considerável "sanguinário" morava era longe do local, possivelmente era uma hora e meia de viagem quando se tratava de carro e provavelmente três horas e meia a pé e com tanta demora;

Os olhos esmeraldas abriam-se vagarosamente demonstraram-se confusos, enquanto a visão continuava embaçada, porém foi direto com as palavras:

– Onde eu...

– No meu carro. – Interrompeu Levi, sem interesse na pergunta.

– Foi um pesadelo? – Indagou com uma ponta de esperança no fundo de si, mas a maioria de todos os seus sentimentos negavam a pergunta.

– Não.

– Levi? Desculpe-me... Eu não...

– Eu posso até levar em conta o teu pedido de desculpas se... Fazer-me um favor.

– Favor? Que favor? – indagou.

– Adivinhe. – Riu.

– Mas... Que tipo de favor? – Articulou demasiado confuso.

Os músculos de Levi relaxaram enquanto soltava um riso tenebroso por certo tempo, o som que aquele riso trazia era familiar para o moreno de olhos esmeraldas que concluiria o que pensava caso eles soltasse uma frase a mais diante da sua ação.

– Saberá logo, Eren.

A ilusão do adolescente de cabelos castanhos havia se tornado realidade, aquele jeito de falar era o completo e apropriado modo malicioso de Levi. Aquele tipo de malicia, a expressão, o modo de dizer e se dirigir a si, medo, foi isso que lhe percorreu pelo corpo, lembrava-se completamente do que acontecia quando o mais velho falava daquele jeito, e, dependendo da forma que pensasse no momento isso podia ou não ser bom pra si.

O que lhe veio à mente diante da cena? Alvoroços que envolviam chicotes e algemas, mas também coisas que Levi podia fazer com as próprias mãos como marcas vermelhas pela sua pele, apertos dolorosos, mesmo que fossem excitado em lugares impróprios, puxões de cabelo, mas mesmo sentindo dor com isso... Eren sempre havia pedido por mais, mesmo que lhe escorresse lágrimas sua parte excitada falava mais alto, era mais funda, mais forte.

O vento batia forte contra o carro, requeriam por rebate, insistentes, com certas semelhanças de um furacão, mas, nada daquilo deixou que Levi desistisse de acelerar o carro na direção desejada.

Em meio à libertação do vento, um aparelho automático no carro, ativou-se:

"Estamos informando que agora a meia-noite, chegamos ao término do dia em que comemoramos a purificação, parabéns pela purificação, a polícia recolhera os corpos e como prometido, ninguém será preso".

Logo após essa mensagem o rádio desligou-se, as palavras da mulher trouxeram más lembranças à cabeça do adolescente que estava no banco passageiro e observava a paisagem do lado de fora; Viaturas policiais percorriam rápido as ruas, ultrapassando carros caros, ansiosos pela coleta de corpos, possivelmente, devia ser sempre assim.

– Está bem, pirralho? – Indagou Levi, sem desviar o olhar do que acontecia mais á frente, somente o trânsito.

– Levi... – O garoto apertou os lábios, recebeu a leve atenção de Levi, que o olhou de soslaio por um momento. – Eu imagino que matando deve saber o motivo, por que as pessoas matam?

O mais velho, porém mais baixo, tornou a ficar pensativo de imediato, observou as estrelas do céu, as ruas, as calçadas, a estrada, tudo, somente organizava as palavras em sua mente no momento em que olhava pra determinado ponto.

– Mas... Diga-me Eren, você mataria por alguém? – Pausa. – Talvez... Até mesmo pra provar que está certo?

O momento observatório, como se fosse contagioso, passou para Eren que sem disfarçar, tentava na sua mente colocar-se no lugar das pessoas ensanguentadas, tentava ver-se entre elas, mas não conseguiu, ainda tinha tanto pra viver, tanto pra realizar, tanto pra ser...

"Acho que eu mataria, por pessoas que eu amo."

Pensou, mas ao mesmo tempo pensava se teria mesmo a coragem adequada, nada na sua mente lhe negara, e isso acabou por fazê-lo crer que na realidade, sim, talvez pudesse ter a insanidade de matar, ou até mesmo torturar, mas não atoa, e sim pelas pessoas que se foram... Jamais deixaria isso acontecer novamente.

Quanto a provar que está certo... Não, não é? Isso não é errado?

– Mataria por pessoas que amo... Mas não pra provar que estou certo. – Afirmou.

– Todos nós temos um lado hipócrita, que chega sem percebermos, não é?! – O moreno lhe disse sem expressão alguma.

– Como assim?

– Quanto as suas brigas com o Jean... Devo estar certo de que certa vez ele chegou ao hospital por causa disso não? E por quê? Uma prova de que sempre foi o correto com as palavras, uma prova que a sua irritação o atingiria com força, você quase o matou naquele dia. – Disse Levi e Eren ficou aflito. – Quando estávamos em meio aqueles corpos... Você! Você quase me disse que queria ver-me morto, pra provar que estava certo.

Como o gelo, bem pior que a noite de Dezembro, esse foi o modo com qual a frieza do rapaz de cabelos negros insistiu em demonstrar com as suas palavras, que chegaram a ser tão fortes que endureceram cada letra, que realizaram o processo mais acelerado de compreensão sobre esse assunto dentro da cabeça de Eren.

– Há, esqueci-me de uma coisa, Eren. – Disse Levi. – Eu não mato por diversão, existe algo dentro de nós, uma proibição irritante, dolorosa, que quando descontamos nos limpa, retira aquele peso, sendo assim eu aproveito quando posso fazer isso, pelo menos uma vez por cada ano, esclareci bem pra ti?

– Não sei como consegue saber tanto, Levi, nem sequer é tão velho assim, não chegou a viver mais que vinte e cinco anos, eu queria saber de onde tira todo esse reconhecimento. – Sorriu. Dessa vez, com uma admiração abissal sobre o piloto do carro. – Perdoe-me, eu realmente quis pôr-me acima de você, foi idiotice minha, nunca mais farei isso.

Os orbes esmeraldas, não conseguiram evitar observa-lo de uma forma duradoura e alegre, atraíram, levaram os olhos azuis-metálicos aos dele, há sim, aqueles diamantes claros, escondidos por de trás das rochas bem pincelados, com aquele contraste acinzentado, tão belo.

O acontecido lembrou Levi de perguntas engraçadas de Hanji que mesmo que Levi achasse estranho transformavam-se em românticas.

"O que aconteceria se essas esmeraldas tão bem exibidas se chocassem com esses diamantes escondidos?"

Por certo momento o rapaz de cabelos negros também chegou a ter a curiosidade de saber, o fato era que não podia ser no meio do transito que iniciaria um beijo ou algo do tipo, não podia fazer algo assim em lugares tão corridos, mesmo o quão grande fosse a sua vontade... Não poderia se satisfazer por ali.

Com rapidez, desviou os olhos cinzentos dos de Eren, não só se chateando, mas também ao namorado ali presente, que sentiu como se por um momento perdesse o seu maior tesouro entre as rochas cinzentas que logo também sumiram o deixando perdido entre as pequenas pedras, cujas eram somente rastros.

Já fazia tempo que não trocavam um momento como àquele que haviam desejado, pois, dês de que Levi tivera de ir a França com urgência, voltara com a ocupação qual tivera por lá em dobro, era difícil se esquecer do namorado a cada segundo, na verdade, nem sequer conseguia se esquecer, depois de tanto sofrimento, pode achar aquele qual o completasse, e até mesmo o sentido de sua vida, que o fizera sentir emoções reais de verdade.

Eren observou melhor os lados que a estrada se dirigia, aquele não era o caminho da sua casa ou da de Levi, na verdade, era até mesmo um tanto mais fora da cidade, uma estrada.

– Levi, esse não é o caminho de casa... É por isso que estamos demorando tanto?

– Eu não disse que ia te levar pra casa... Eu acho melhor você descansar.

Em meio às palavras, a cabeça de Eren doía, as palavras se misturavam com todas as imagens anteriores, dês dos corpos estraçalhados, da ventania exagerada, as palavras frias, aos olhos de Levi, todas aquelas cenas se juntavam, bagunçando a sua mente, com tanta força, dando-lhe a dor de cabeça jamais desejada a uma pessoa. Seus olhos se fecharam e acabou por desmaiar.

Abriu os olhos um tanto tonto, mas não enxergou nada além do preto de um tecido, sentia-se puxado pra trás, pelo visto, estava de joelhos, mas não no chão, pois estava à cima de algo macio, deduziu ser uma cama. Tinha algo em sua boca que o impedia de gritar por socorro, e também não sentia o tecido de sua camisa, possivelmente estava sem essa parte das vestes. Havia algo frio em volta de seus pulsos, fortes, algo que mesmo que quisesse não conseguiria se soltar.

Pensou em Levi, se estava assim, será que havia acontecido algo com ele? Não, ninguém podia sequer tocar nele enquanto estivesse por perto, não dessa forma, e mesmo longe, não deixaria as pessoas fazerem mal a ele.

O desespero cresceu dentro de si, medo que algo tivesse acontecido coisa que o fez mover-se de sua forma rebelde tentando soltar-se daquele lugar, ouvia o som de correntes roçando uma nas outras.

Ouviu o som de uma porta sendo aberta e então passos que se dirigiram até ele reconhecia aqueles passos, era o sádico, moreno, habilidoso Levi. Sentiu o toque dos dedos frios tocarem-lhe o rosto deslizando até o seu queixo, sentiu a respiração do rapaz perto;

– Fique quietinho aqui Eren, está fazendo um escândalo... – Sussurrou perto do ouvido do rapaz. – Não se preocupe eu volto logo, sei que está sentindo a minha falta. – Riu.

Queria pedir para que o levasse embora, tal que o fez mal ouvir o som da porta se fechando, mas decidiu obedece-lo, aguardou quieto no local, na expectativa que ele chegaria rápido até lá. Foi o que aconteceu, logo ouviu novamente o som da porta e os passos de Levi a sua direção.

Algo fez um estalo, e a boca de Eren tornou-se liberta a aquela ‘coisa’ que o havia prendido.

– Levi? O que aconteceu? Onde eu estou? – O garoto tentava mexer-se. – Eu não consigo ver nada...

– Lembra-se que eu te pedi um favor? – Sussurrou novamente em seu ouvido, enquanto explorava grosseiramente com as mãos a parte nua do corpo do rapaz.

– Sim...

– É este o favor.

– Levi? O que você vai fazer? Deixe-me ir embora.

– Shhh... – O mais velho colocou o dedo indicador sobre os lábios do rapaz que logo foi retirado quando quebrou grosseiramente cada centímetro de distância tocando os lábios do menor que já entreabertos aceitaram que a violência do moreno o adentrasse.

As línguas se entrelaçavam, na medida em que um corpo fica sem ar rapidamente, os dedos de Levi encontravam-se nos fios castanhos do menor, ambos pedindo por mais.

Eren queria toca-lo e por isso estava achando isso uma injustiça, mas não podia falar, não é mesmo?!

Quando o rapaz de cabelos negros finalmente sentiu-se sem ar suficiente aquele beijo foi ao término, ambos respirando fundo pra recuperar o ar perdido de uma maneira tão violenta, com os lábios avermelhados.

Eren sentiu as mãos do namorado acariciando uma de suas intimidades algo que não só o excitou, mas fez com que o jeans se tornasse incomodo rapidamente.

– Le-Vi... – Gemeu. – Deixe-me ver, por favor.

– Terá que implorar bem mais que isso. Não gosto de ser contrariado e foi o que você fez, então haverá desconto, Eren.

O adolescente ficou trêmulo, ouviu o barulho da cinta que Levi usara sendo retirada, junto à calça jeans, logo depois... A cueca.

– Abra a boca.

Eren negou e logo sentiu algo fazer sua pele arder, não era uma cinta, era pior do que isso, um chicote, soltou um grito, e aquelas lágrimas só poderiam lhe dizer que deveria fazer sempre o que ele mandasse, mas não era só dor, era também prazer.

– Faça o que eu mandei, agora. – A voz autoritária assustou o adolescente, tanto que o fez abrir a boca rapidamente.

O membro foi posto na boca do rapaz, qual o engasgou muito, mas ao mesmo tempo aceitou lamber toda extensão, como já havia feito várias vezes antes, ouvia Levi gemer alto a cada ação que se repetia, de uma forma contagiante enquanto puxava o garoto pra mais perto com os dedos cravados nos cabelos do menor, com força.

Não demorou muito até que o líquido branco qual se resultava seu ápice fazendo com que Eren engolisse completamente aquela quantia, assim que Levi saiu de dentro de si Eren pôs-se a tossir escandalosamente pelo motivo de ter engasgado.

– Por favor, Levi... Não está satisfeito?

– Há Eren... As coisas não são assim, aqui não vai ser desse modo, não importa quantas vezes me peça pra ir...

– Mas você já chegou ao seu ápice... – Implorava.

– Uma coisa que acho estranha é que mesmo que isso aconteça, é só te ver nessa situação que fico duro de novo. – Brincou e riu ao perceber que havia intimidado Eren. – É tão fraco com as palavras.

Sem dó alguma do adolescente passou suas mãos por dentro do jeans escuro do mesmo, ao chegar ao local onde desejava tornar presente seu toque acariciou tão lentamente àquele que chegou a tornar-se uma tortura eu se misturava aos gemidos do mais novo à medida que ele aumentava a velocidade. Mesmo que o adolescente estivesse excitado o trabalho foi deixado pela metade.

Eren já ia interrogar o porquê quando ouviu rapaz mandando que ficasse de quatro, mesmo sem poder utilizar as mãos, mas Eren achou uma injustiça; Não podia toca-lo e, além disso, ele havia deixado o trabalho pela metade. Negou o pedido.

A dor de uma chicoteada foi sentida novamente, dessa vez em dobro, pois não apenas com mais força, foi algo que se repetiu duas vezes.

– Já lhe disse, faça o que eu mando pirralho.

O garoto sentiu os olhos lacrimejarem, lágrimas que foram umedecidas pelo tecido grosso negro que estava enxergando a sua frente, com medo do modo sádico daquele homem, mas, ao mesmo tempo com prazer de sentir o choque arrepiante que lhe dava na pele a cada chicoteada, quanto mais forte, sempre chegava a tornar-se melhor.

Ouviu estalos, e logo a segunda ‘coisa’ que mais o irritava foi-se embora, aquilo que o puxava tão grosseiramente pra trás o deixando cair para que ficasse na posição qual Levi almejava, somente com os joelhos deixando a bunda empinada, e que se apoiasse com a cabeça. Aquilo qual circulava suas mãos a obrigando-o a deixa-las atrás do corpo continuava lá, fortemente apertadas contra os seus pulsos. O que é duro, circular, frio e te prende dessa forma? Algemas, foi isso que o veio em mente, estava algemado.

Levi retirou grosseiramente o jeans do garoto, junto à cueca ansioso pelo que vinha em frente.

– Isso! – Sentiu as mãos lisas e macias deslizarem pelo seu corpo dês da nuca, as costas, ao traseiro, as pernas e os pés, pressionadas contra o corpo arranhavam, marcavam Eren mais do que já havia sido marcado, suado com a pele avermelhada e respiração funda, era essa a situação do garoto naquele momento. – É assim que eu gosto Eren, obediente. - Disse, mordendo fortemente a nuca do garoto que gemeu alto. - Prefere que eu te prepare? – Indagou o mais velho com os dedos a circularem o traseiro do rapaz que entendeu a mensagem, afirmando que sim, possivelmente teria de aguentar uma boa quantia de orgasmos naquela noite.

Um dos dedos indicadores foi enfiado no local o garoto sentiu uma dor imensa tão dolorosa que não pode evitar um curto grito pela violência.

Com receio que o menor se concentrasse apenas na dor, Levi aproveitou o fato do garoto estar excitado e apertou a sua glande com o polegar, fazendo um formato de circulo naquele local começou a pressionar percebendo a forma que os gemidos logo ganhavam mais sentido.

O segundo dedo foi posto, fazendo com que Eren gritasse mais alto, isso satisfazia os ouvidos do adulto ali presente, que pressionava cada vez mais forte o membro que tinha em mãos, fazendo que o adolescente ficasse cada vez mais excitado esperando ele decidir parar com aquela tortura de lentidão.

– Está bem? – Indagou Levi na tentativa de confirmar que poderia colocar logo o próximo dedo, e o que recebeu foi uma confirmação que viera da parte de Eren.

O terceiro adentrou, se misturando a quão quente era o corpo do garoto por dentro e ao mesmo tempo causando uma dor tão intensa e insuportavelmente excitante no corpo do moreno, foi mais um grito, dessa vez mais alto, mais dolente.

Com paciência e na realidade até gosto de ver aquela cena, Levi iniciou os movimentos de vai-e-vem concentrando-se não só nisso, mas também a masturbar lentamente o garoto, que gemia alto.

– Há... Mais rápido... Levi... Há...

O maior atendeu ao pedido em ambas as ações aumentou a velocidade, tanto que a cama que havia abaixo deles rangeu altiva e tenebrosa, tanto que em certo tempo, o sêmen que Eren havia carregado dentro de si finalmente escorreu até as mãos de Levi, qual o mesmo saboreou até as pontas de seus dedos.

– Está pronto?

O garoto de olhos esmeralda engoliu em seco, mas aceitou do mesmo jeito, já havia sentido aquela dor tão bem misturada ao prazer, mesmo assim elas faziam um contato provocante.

Logo sentiu o mais velho começar a colocar-se dentro de si de forma violenta, de uma forma que tinha que admitir que gostava, era lento por isso doloroso ao ponto de sentir as mãos formigando para que aquelas algemas se soltassem e ele pudesse apertar algo pra não ter de gritar tão alto.

– Esta excitado não é mesmo Eren? – Riu maliciosamente. – Pode gritar alto, existe algo que quero ouvir, são três ou duas palavras, tenho certeza que tem a inteligência suficiente para decifrar não é?

– Sim... Levi.

A glande logo adentrou o rapaz que gritou alto, com a forma grossa que era dimensão do rapaz, três dedos possivelmente não era uma preparação muito adequada. Logo foi posto o membro por completo e o garoto berrou escandaloso, achando aquela dor insuportável.

Ficou somente dentro do rapaz por algum tempo para que Eren se acostumasse com a dor, nem é necessário dizer que o adolescente ficou grato pelo tempo que recebeu.

O movimento de vai-e-vem começou devagar, fazendo com que Eren começasse a gemer, com a respiração funda e cada vez mais pesada aquela se tornou excitante para o garoto, mesmo que doesse tão profundamente não podia negar que queria mais, muito mais.

– Mais... Rá... Rápido, Levi.

O mais velho atendeu ao pedido, não foi somente os gritos de Eren que aumentaram o volume, a cama rangendo também passou a ter essa parte do acontecido a crescer imensamente.

– O que eu... – Gemeu. - Quero ouvir, Eren?

– Eu... Eu te amo, Levi.

Logo a única coisa que conseguia se ouvir naquele quarto eram os gemidos de ambos e a cama rangendo, tudo alto, mesmo que assustador... Era tão belo.

Não foi só uma vez, Eren teve de aguentar muitos orgasmos seguidos a preenchê-lo naquela noite, um atrás do outro, tanto que até mesmo depois de sentir os músculos doerem completamente perdendo a força nas pernas foi obrigado a achar mais força para ficar daquela forma sem desfazer sua posição. Somente quando Levi deu-se por cansado e então sim ambos terminaram.

– Era uma venda? – Eren perguntou entre a respiração pesada, enquanto as algemas eram retiradas, ele identificou um quarto um tanto fechado, com somente uma janela pequena, uma cama muito grande, e como pode perceber, havia mesmo chicotes pelo quarto, vários, antes, estava preso a cabeceira da cama.

– Sim...

– Levi, onde nós estamos?

– Em um motel sadomasoquista...

– Quando... Como... Você?

– Você desmaiou no carro, possivelmente por causa da ventania, você já estava mal antes, então não era de se surpreender, me lembrei do favor que me devia e te trouxe pra cá, foi isso. – Sorriu malicioso, de soslaio.

– Estou dolorido... – Eren reclamou e Levi riu.

– Estamos cheirando a sexo e vamos tomar banho você querendo ou não, se necessário te levo nos braços.

– Então é bom que tenha uma banheira porque... – Levi levantou-se e pegou Eren nos braços rapidamente interpelando-o.

– Não se preocupe, tem uma banheira eu não pago motéis baratos, Eren. – Sorriu.

Logo ambos já estavam dentro do banheiro, e por mais que Eren não tivesse percebido as trocas de roupas também já estavam lá.

Eren foi o primeiro a ser posto na banheira, o mesmo reclamou ao sentir a dor infernal novamente, fazendo com que Levi risse enquanto entrava na banheira.

Ambos sentiram a água quente ferver na pele, de uma forma confortável, Um dos braços de Levi passava em torno da cabeça de Eren que se se encostou ao ombro do namorado, calmo.

– Que tipo de favor foi esse?

– Hã... Um que você aceitou fazer?

– Eu quero dizer... Por que em um motel?

Levi piscou os olhos, pensativo. – Pra ser sincero não gosto de ir a esse tipo de lugar, pois me sinto desprotegido, mas, acho que foi a primeira coisa que eu pensei foi esse lugar, ele facilita o fato de comprar as coisas, sendo que já tem tudo aqui, sinceramente eu não sei muito bem. – Pausa. – Te machuquei de mais?

– Eu não vou negar que doeu, muito, mas, também não vou negar que gostei.

– Você é o sinônimo de masoquista. – Afirmou com um leve riso. – Seu rosto está todo inchado então é melhor dar um jeito de tampar isso logo ou a Mikasa irá entrar em modo mãe.

– Hu... Realmente. – Articulou passando as mãos encharcadas no rosto. – Me desculpe, acabei chorando muito.

– Desculpar? Por que eu iria te desculpar?

– Porque eu...

– Eren, se você estava sentindo dor não era lógico que ia acabar chorando?

– É que... Eu queria ser forte como você...

– Essa fissura de novo?

Negou com a cabeça. – Deixa pra lá.

– Não, eu não vou deixar que você pense que não é forte. – O mais velho colocou as mãos no ombro do namorado para que pudesse olhar bem nos seus olhos. – O que te faz pensar assim?

– Bem, não... Nada, Levi.

– Me diga Eren, é uma ordem.

Reconheceu a forma que os olhos diamante pareciam preocupados e extremamente bravos daquele homem, já havia o visto por dias, semanas, meses, anos... Vidas. Tal foi à forma que ficaram juntos tão rápido, por visões, lembranças, sonhos ou fosse lá o que for eles sentiam que já se conheciam, já tinham aquele relacionamento há anos, foi isso o que fez sentir-se mal por não tê-lo dito antes.

– Bem... – Disse hesitante. – Cresci ao lado da Mikasa, eu sei, sou forte, mas, comparado a ela, de jeito nenhum, do modo que vi você eu percebi que havia muitas mais pessoas por ai que eram mais fortes que eu, eu sei; não conheço ninguém mais forte que você, mas... Às vezes me sinto fraco.

– Envergonhado? – Levi sorriu de soslaio. – É um sonhador Eren, não se preocupe com quem é mais forte e quem não é a partir do momento em que você se esforçar vai poder ser considerado forte, então, não se preocupe isso seria idiotice da sua parte.

Sentiu um peso imenso sair de si, enquanto os dois estavam face-a-face o coração palpitava forte, rápido, ambos de olhos fechados somente encostaram os lábios um no outro podendo sentir pequena parte do gosto que desejavam, foi algo rápido e curto que logo terminou. Mesmo assim um momento que no máximo podia ser dito bom pelos rapazes que agora estavam ali presentes.

– Levi, quando eu disse que te amava, você não me respondeu... – Cobrou.

– Não?

– Não. – Soltou somente um pequeno riso. – Então vamos tentar de novo, ok?

Levi assentiu.

– Eu te amo, Levi.

– Eu também te amo, Eren. – Respirou fundo. – Satisfeito?

– Está vendo? Consegue ser romântico quando quer.

Com o menor nos braços Levi sorriu, verdadeiramente, como sempre desejou fazer, e normalmente só conseguia fazer o ato perto dele, era impressionante o quanto aquele garoto tinha tamanha forma pra conseguir fazer com que reproduzisse uma ação dessas.

– Eu não sou romântico. – Teimou.

– Está bem, você não é.

Eren encostou-se no peitoral do namorado, cansado e na verdade até mesmo satisfeito, enquanto sentia seus cabelos acariciados pelas mãos do rapaz de olhos diamante que tanto amava.

– Descanse Eren.

Logo, o menor já havia adormecido calmo naquele momento, confiando completamente em Levi, como em todas as vidas, como em todos seus passados, era isso que ambos sentiam tão verdadeiramente um pelo outro, o amor.

The End.


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Notas finais do capítulo

Tá ai! moça, mas agora se vai ter de comentar nos dois sitezinhos! u.u



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