Chuva cai sobre os ombros e leva a insegurança
Os olhos, apenas tristes, observam a noite
Centenas de pontos rubros levam à insanidade
Enquanto as estrelas cintilam, na vastidão.
O incerto é a lei, agora, não há escolha certa.
Para onde levaram os meus sonhos?
Mais uma vez eu já nao sei...
Me tiraram as certezas, deixaram em mim o sentimento...
Sentimento que me faz agonizar por noites, incertezas que me cercam
Enquanto as estrelas se perdem na escuridão.
Me olho num espelho pequeno, apenas parte do meu rosto se reflete,
A única que me pertence, pois o restante não mais reconheço.
Talvez houvesse antes um pouco de esperança em mim... não mais.
A chuva que cai me transforma em um novo ser,
O passado não existe mais... talvez
A manhã me entregue a um sonho de liberdade.
Acordo na sala branca onde iniciei meu sonho
Apenas mais um dia...
Mais um dia de incertezas enquanto a chuva cai em momentos de insanidade.
Estou perdido, perdido em mim mesmo
Em meus pesadelos reais demais...
Me encontro nas fronteiras entre o paraíso de sonhos e o inferno das tormentas...
Os pontos de luz continuam brilhando, me rodeando.
Estrelas?
Eu queria alcançá-los, pontos cintilantes que me confortam...
Levam-me para longe em mais uma noite,
Para longe de tudo, pra longe de mim,
Para algum lugar onde enfim eu possa sonhar em paz,
Onde eu possa ser eu... mesmo sem saber quem sou.
Onde eu me encontre sem jamais ter procurado.
Minha noite sem lua