Sim, meu nome é Castiel e depois? escrita por Apenas ler


Capítulo 38
38 - Eu estou bem


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda? Tudo bem com vocês? Peço desculpa pela demora, mas agora me livrei da escola devido às férias de verão, por isso acho que conseguirei postar mais cedo! :)
Boa leitura!



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Começou a tornar se cada vez mais difícil aguentar estar ali, comecei a sentir me ensonada. E sinceramente, tenho a certeza que pelo menos uma lágrima caiu nesse momento. Por mais que eu quisesse, não iria conseguir sair daquela situação. E aí, sem eu notar, respirei fundo toda aquela água, me sentindo adormecer.

.

Eu estava subindo. De verdade, eu estou falando sério! Mas se não acreditar, eu compreendo. O que quer que eu diga? Realmente aconteceu. Os meus olhos estavam fechados, sentia que estava pisando algo liso, uma espécie de chão polido. Mas era estranho, esse chão parecia ser demasiado fino e firme para ser verdade, era como se ele realmente não existisse. Todos os meus cabelos encontravam se secos e aquela água que eu antes sentia dentro do meu corpo, dentro dos meus pulmões, havia desaparecido.

Consegui sentir a leve brisa que facilmente era notada e um cheiro estranho. Não que o cheiro fosse desagradável, apenas me era desconhecido. Cheirava a limpo, a felicidade, a novo, a paz... se isso for possível. Respirei fundo algumas vezes antes de abrir o olhos para puder ver. Eu tinha razão, eu realmente estava subindo. Subindo no vazio. À minha frente via a floresta, a tal em que me encontrava. Ao virar a minha cabeça para trás observei árvores e plantas ardendo... era uma visão triste.

A velocidade com que subia não era exagerada, até posso dizer que era gradualmente lenta, mas ela foi aumentando, nunca excedendo o ponto de fazer os meus cabelos voarem. Não me dignei a olhar para baixo, apesar de apenas estar uns centímetros mais alta que o topo das maiores árvores, de certeza que iria ficar tonta, demasiado tonta.

A cada metro que era alcançado por mim, uma maior sensação de pura paz de espírito ia crescendo em mim. Ao olhar para cima, uma forte luz branca incidia sobre a minha face, uma luz calma e revigorante. Enquanto me aproxima involuntariamente desta, os meus pensamentos aprofundavam se na dúvida do que é que se estava a passar comigo naquele momento. Mais de mil ideias me vieram à cabeça, mas nenhuma fazia sentido comparado ao que estava acontecendo. Era e continua a ser algo sem nexo, confuso.

Ao observar a fonte de luz incandescente, avistei duas silhuetas, ambas eram de pessoas adultas, um homem e uma mulher. Eles me pareciam especialmente familiares, mas eu estava longe, por isso não consegui identificá los. Esperei um pouco até que estivesse mais próxima. Ainda não conseguia identificar quem era os donos daquelas silhuetas, mas tinha a certeza que uma delas iria começar a falar. Mas, quando os traços dos seus rostos se começaram a tornar claros, eu me senti caindo. O “chão” que me segurava havia sumido, e agora eu encontrava me a cair, também no vazio. Mas com a certeza que aqueles... Aqueles? Aqueles eram os meus pais.

O chão foi se “aproximando” cada vez mais rápido enquanto eu caía, apenas fechei os meus olhos e me encolhi, de uma forma ou outra me preparando para o impacto... Um impacto que realmente não foi sentido.

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Frio. Água. Terra. Todas as palavras que podiam descrever o momento. Toda a água que estava dentro dos meus pulmões voltou, só que desta vez ela encontrava se na minha garganta. Me sentei e tossi, fazendo com que tudo o que eu tinha “respirado” saísse. Meu corpo estava totalmente encharcado, fazendo com que a pequena brisa que se sentia se tornasse a mais fria de todas. A minha visão continuava embaçada devido ao recente contacto com a água e eu tremia. Respirei fundo uma ou duas vezes e olhei em volta. Eu estava na margem contrária da árvore forca.

No meu lado esquerdo encontrei Castiel, de joelhos no chão, despenteado e completamente encharcado. Pisquei os olhos algumas vezes até que a minha visão se tornou clara. Ele estava tremendo, os seus olhos estavam muito arregalados e ele... ele estava chorando...?

A única coisa que se movia em seu corpo eram os seus olhos, que ora encaravam a minha face ora encaravam o chão.

_C-Castiel...?_ Eu perguntei enquanto ele dirigia uma das suas mãos trémulas ao meu braç­o, o segurando com alguma força._ Está t-tudo bem?_ Eu disse enquanto me aproximava desta vez já de joelhos. Ele por sua vez, também se aproximou enquanto fechava os olhos, fazendo com que estes deixassem derramar mais algumas lágrimas. Entretanto, eu o abracei forte enquanto ele fazia o mesmo. As suas roupas estavam repletas de água, e tal como eu ele se encontrava frio, muito frio mesmo.

Comecei sentindo a sua caixa toráxica saltando, ele havia começado a chorar compulsivamente. Meio que surpreendida continuei o abraçando durante alguns segundos, mas depois me afastei ligeiramente e coloquei as minhas mão na cara deste.

Fiquei fitando os seus cinzentos que ainda lacrimejavam e acabei por limpar algums das lágrimas que teimavam em descer.

_Castiel, me diz... O que é que se passou...?_ Ele começou tremendo mais do que já estava e o seu peito começou com saltos mais rápidos._ Hey... Castiel... N-Não fique assim... eu não gosto de ver você assim..._ Eu disse sentindo os meus olhos a lacrimejar..._ Me diz.. o que é que aconteceu?

Ele respirou fundo duas ou três vezes, algo complicado devido ao seu estado naquele momento. De seguida, ele retirou as minhas mãos do seu rosto, ficando as segurando firmemente.

_V-Você morreu._ Ele disse enquanto olhava diretamente os meus olhos._ Seu coração p-parou de bater..., você já n-n-não estava re-respirando mais e-e... e voc... e você..._ Eu voltei a abraça lo, ouvindo um resmungo de seguida._ E-Eu ainda não terminei de falar...

_Castiel, não importa... Eu estou bem vê?_ Eu disse perto do seu ouvido._ Agora está tudo bem... nada de mal aconteceu comigo nem com você, e não há de ser agora que vai acontecer... não é?_ Eu perguntei enquanto sentia o movimento do seu peito acalmar e os seus musculos a relaxar._ E seja como for, eu estou aqui agora... Olha para mim._ Eu pedi me afastando um pouco. Ele continuava com a cabeça baixa._ Pssiiu, não vai olhar para mim não?_ Eu perguntei tentando demonstrar a maior calma e serenidade do mundo, coisa que eu não tinha. Me agachei um pouco e coloquei o meu rosto a alguns centímetros abaixo do dele, que agora estava com um expressão neutra._ Vá, vamos, se levante, você está congelando...

_Você também está._ Ele referiu enquanto passava a mão pelo rosto, possivelmente tentando secar o mesmo. Castiel levantou se e me estendeu a mão com um quase invisível sorriso de canto. Eu aceitei sorrindo e fiz força para me levantar, mas ao colocar os dois pés no chão senti o meu tornozelo ceder.

_Aih!!_ Eu reclamei puxando um pouco da minha calça para cima, demonstrando um arranhão não muito profundo que sangrava._ Ah, que bosta. Só me faltava esta..._ Eu falei enquanto colocava a minha mão tapando a ferida.

_Vai, se senta._ Castiel disse enquanto levantava minimamente o seu moletom vermelho colocando em evidencia uma camisola branca mais fina que se encontrava tão molhada como o resto do seu corpo. Após isto, não foi necessário muito tempo para que este a rasgasse um pouco, se agachando de seguida e fazendo uma espécie de curativo no meu tornozelo. Mesmo assim ainda me ri um pouco, era engraçado vê lo a perder a paciência devido ao facto de tanto as suas mãos como a minha perna estarem a tremer.

_Obrigada._ Eu agradeci enquanto me levantava ainda com alguma dificuldade._ Está frio...

_Correção: muito, mas mesmo muito frio. O seu telefone é à prova de água?

_Acho que sim..._ Eu respondi enquanto ligava a tela._ O meu está funcionando..., vou ligar à Rosalya para nos virem buscar e trazer alguma coisa para a gente se puder secar e vestir...

_Olhe ali, lá ao fundo._ Castiel me indicou apontando para um homem que possivelmente telefonava para os bombeiros, afinal, o incêndio ainda não estava extinto._ Quando os bombeiros chegarem é melhor irmos ver se está tudo bem, você especialmente.

_E-Eu não sei quanto a você, mas eu não tenho vontade nenhuma d-de ir. Me deixe s-só ligar à Rosalya.

_P-Primeiro se dispa.

_H-Hum?_ Eu perguntei com alguma dificuldade, me sentia tremendo imenso.

_Vai, você vai a-apanhar uma hipotremia assim, as r-roupas estão encharcadas a nossa temperatura vai de-descer muito depressa, você não era q-quem não estava com vontade de ir para o hospi-pital?_ Ele me informou enquanto tirava uma das suas camisolas.

_V-Você está p-pedindo para eu ficar pelada a-aqui no meio da floresta?

_Não, v-você só pensa besteira m-mesmo. Vá, se despache, s-senão você ainda morre por aí.

_Então v-vá, se v-vire._Eu disse enquanto ia com alguma dificuldade mais para o meio da árvores juntamente com Castiel, que depois finalmente se virou. Passado pouco tempo eu apenas já só me encontrava com a minha lingerie preta e meus all star. Acho que não é preciso dizer que naquele momento eu estava receosa, afinal, o Castiel é o Castiel, e bom... a situação e o ambiente não me são nada favoráveis.

Selecionei o número da Royals e fiquei esperando que ela atendesse, o sinal estava fraco por ali. Eu sentia que me tinha transformado num cubo de gelo, estava cheia de frio, por isso pensei um pouco e me aproximei de Castiel.

_H-Hum, ahhh... Castiel..._ Eu o chamei enquanto me mantinha a uma distância segura.

_Hum?_ Ele disse se virando, estando também apenas com a sua cueca box e os seus all star.

_H-Hey! Para onde é q-que está olhando??!?_Eu disse enquanto me tentava cobrir meu corpo com o meu braço livre.

_Sabe que o seu braço n-não está mudando nada..., não sabe?_ Ele falou com um sorriso malicioso no rosto. Eu senti meu rosto queimar... começo achando que talvez esta não tenha sido a melhor ideia...

_Vai, Castiel... de-deixe se de ser assim..._ Eu falei envergonhada..._ Me aquece?

_Hum..._ Ele riu se._ Claro.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? :)



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