Sim, meu nome é Castiel e depois? escrita por Apenas ler


Capítulo 35
35 - Riverside


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Desculpem se demorei e tals, mas eu queria fazer uma espécie de prendinha para vocês... agradeço desde já os maravilhosos reviews que me mandaram... gente, isso é demasiada perfeição. Bom, mas como eu estava dizendo, eu acho que me superei. Fiz um capítulo SUPER MEGA GIGANTE. Eu me esforcei e fiquei o escrevendo durante vários dias, no telemóvel e no computador. Tem quase 3 MIL palavras. Bom, são 2700 e tais, mas isso não importa, certo? ;)
Bom gente, eu estive pensando se colocava isto aqui ou não, mas vou por. Se alguém me quiser adicionar no Amor Doce, está aqui o link do meu perfil: http://www.amordoce.com/profil/eugostoc (não liga ao nome besta kkk). Eu aceito toda a gente e se quiser conversar é só dizer, eu amo uma boa conversa! ^^
Espero que gostem! :)



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Abri os olhos. Ainda estava escuro, mas já era possível observar alguns raios de luz que atravessavam as persianas. Tentei chegar ao meu telemóvel para ver as horas, mas algo não me deixou. Esse 'algo' chamava se Josefa, que mesmo dormindo se mantinha me abraçando. Retirei lentamente e com cuidado os seus braços que me envolviam e me sentei na borda da cama do mesmo modo.

Observei a tela luminosa com alguma dificuldade, passavam dois minutos das oito da manhã. Pousei o aparelho e me levantei, pois já sabia que não iria conseguir dormir de novo, um pequeno defeito que eu nunca apreciei.

Observei a minha mala ainda feita e retirei uma muda de roupa. Me dirigi para o banheiro e tomei um duche demorado.

Saí de lá passados alguns minutos, Jo ainda dormia. Pensei em ir arrumar a minha mala, mas iria fazer muito barulho e também necessitaria de alguma luz, por isso abandonei a ideia.

Decidi ver se alguém já tinha acordado, encostei a porta e saí. Ao descer as escadas observei uma única luz que vinha possivelmente da cozinha. Me aproximei e vi que a janela que se encontrava por cima do lava loiças estava aberta. Aproveitei e fui beber um copo de água.

_Bom dia._ Me virei para trás esperando ver Lysandre ou até mesmo Leight, mas apenas vi uma cabeleira loira virada de costas para mim.

Pousei o copo num local que conseguisse memorizar e fui andando para as escadas de novo, mas antes me virei para falar algo. Não tinha bem a certeza do que iria dizer, não percebia como é que ele tinha a decência de dizer isso após o que aconteceu.

_Só se for para você._ Falei seco. Ele me encarou sem expressão e eu me aguentei para não rir. Sei lá, por vezes as pessoas com olhos negros são engraçadas!

Subi as escadas e entrei novamente para o quarto silenciosamente, fechando a porta desta vez. Dei alguns passos e vi que Josefa se remexeu, virando se para mim.

_Bom dia._ Ela falou sorridente enquanto esfregava ligeiramente os olhos com uma mão e com a outra abraçava o que eu achava ser a minha almofada.

_Bom dia... Porque está abraçando tão violentamente a minha pobre e querida almofada?_ Eu perguntei exageradamente.

_Você foi embora e eu fiquei sem nada para abraçar e... bom, a almofada tem seu cheiro..._ Ela respondeu ficando um pouco envergonhada e possivelmente corada, estava escuro e eu não tinha bem a certeza.

_Já sabe das novidades?_ Eu falei enquanto me dirigia ao estore e abria o mesmo.

_Não, que novidades?

_Nathaniel trouxe para cá uma grande amiga dele._ Respondi enquanto admirava a vista pela janela.

_Hum, bom para ele._ Ela falou enquanto se levantava e tentava dar um jeito ao cabelo com os seus próprios dedos.

_Você devia ver... ela é bem bonita e tem umas curvas..._ Eu provoquei enquanto ficava de frente para ela, vendo a a ficar totalmente indignada.

_Hey! Eu estou presente okay???_ Ela informou com uma cara ofendida.

_Acho que vocês se vão dar muito bem..._ Eu disse ignorando a._ Pode chamá la de Mancha Roxa ou Olho Negro, tanto faz.

_Oh.._Ela resmungou com pouco interesse. Se dirigindo a um armário e retirando de lá uma muda de roupa._ Realmente ele mereceu... Vou tomar banho.

_Isso é um convite?_ Ela negou rindo enquanto se dirigia para o banheiro._ Hum, tudo bem.

Enquanto ela estava lá dentro aproveitei para fazer o que queria fazer antes, ou seja, desfazer a mala. Não demorou muito tempo e logo fiquei sem nada para fazer. Aí me lembrei de ligar para minha vizinha, para saber como Dragon estava.

_*Estou?*_ Ouvi uma voz sonolenta do outro lado da linha.

_Oi Rita, tudo bem com Dragon?

_*Obrigada por se importar comigo.*_ Ela disse ironicamente._ *Sim, está tudo bem com ele, pelo menos ontem ele estava bem.*_ Ela bocejou._ *Agora eu pergunto, problemas?*

_Quem? Dragon?

_*Não, você! São nove da manhã, eu estava dormindo... Assim talvez não tenha energia para ir ver se está tudo bem...*

_Para já, não liguei muito cedo, eu acordei às oito, se você quiser eu te ligo a essa hora. Já agora, se você não for eu te mato...!

_*Humpf, é cedo sim senhora, caso não saiba é sábado. Só estou disponível para ligações após das onze horas e é se for algo importante.*

_Você está dizendo que não é importante???

_*Pronto, é muito importante.*_ Outro bocejo._ *Bom, agora você vai me deixar dormir porque se não eu não me responsabilizo de que quando você chegar a casa encontrar um cão morto. Txau.*

_Não brinque com isso, sério. Até.

Desliguei a chamada e guardei o telefone no meu bolso sorrindo. Me sentia especialmente feliz naquele dia. Levantei a cabeça e observei uma Josefa me encarando.

_Estava falando com quem?_ Ela perguntou sorrindo.

_Com a Rita._ Eu falei como se fosse óbvio, enquanto via o sorriso dela a desvanecer.

_Hum, e quem é essa tal Rita?_ Ela disse enquanto espetava a unha do polegar na sua própria mão, deixando pequenas marcas de unhadas que rapidamente desapareciam.

_Isso é ciúmes?_ Eu perguntei enquanto fazia sinal para descermos.

_Talvez, agora você me vai falar dela.

_Não há nada de interessante para dizer._ Ela me olhou feio._ Okay... resumindo, ela é minha vizinha, é loira, tem olhos verdes e está indo lá em casa para t...

_Você está levando uma garota para casa e não me diz nada?_ Ela falou extremamente indignada.

_Hey!, o que é isso??!? Não tire conclusões precipitadas! A miúda tem doze anos!_ Eu falei respirando fundo para tentar me acalmar._ Ela está indo a minha casa durante as férias para tratar do Dragon... não é nada demais. Deixe lá o seu ciúmezinho quieto._ Após isso ela começou mordiscando os lábios e abaixou a cabeça, claramente envergonhada. Me aproximei dela e abracei de lado._ Está tudo bem okay? Eu também ficava assim se fosse você...

Chegámos à cozinha e estavam lá a Rosa e o Leight, ambos colocando alguns salgadinhos e sumos num saco de praia.

_Bom dia!_ Rosa disse sorrindo quando deu pela nossa presença.

_Bom dia._ Eu e Jo falámos ao mesmo tempo.

_A gente vai à praia, vocês querem vir?

_Hum, por mim tudo bem._ Josefa disse._ Castiel?_ Dei de ombros, realmente não tinha nada planeado para a manhã._ Vamos só nós?

_Sim, o meu irmão não está com vontade de sair e o Nathaniel... tem aquela marca na cara..._ Leight falou muito 'interessado' na conversa, como de costume.

_*Você já viu?*_ Rosa sussurou para Jo e esta negou._ *Me lembra de nunca me meter ente ti o Castiel*..._ Ela sussurrou rindo.

Fingi que não ouvi e fui preparar o meu pequeno almoço. Me virei e vi que Jo continuava na mesma, sem se mexer.

_Não vai comer?_ Perguntei me virando de frente para ela.

_Não tenho fome, obrigada._ Ela disse sorrindo.

_Sabe, eu acho melhor você comer alguma coisa, porque depois quando Castiel for colocar a mão na sua bunda só vai sentir ossinhos._ Me engasguei e senti meu rosto corar. Jo estava muito mas mesmo muito vermelha enquanto Leight apenas suspirou e virou a cara. Rosa estava sorrindo, não compreendo como é que uma pessoa consegue ser tão descarada. Passaram se alguns minutos e Jo acabou tirando uma maçã da cesta de frutas._ Resultou!_ A grisalha falou sorrindo ainda mais e dando pequenos pulinhos.

Naquele momento apetecia me escavar um buraco e me enfiar lá dentro, mas infelizmente não pude. Acabámos de tomar os nossos pequenos almoços e fomos nos preparar para a praia.

Não demorou muito tempo e já estávamos lá. O sol não estava muito forte e o clima também não estava muito agradável, mas a água parecia estar quente. Pousamos as coisas e ouvimos um casal já idoso falando que tinham avistado águas vivas no mar... Realmente não havia era possível ver nenhum ser humano na água. Rosa ainda foi perguntar ao casal se não poderia ser um engano, que podiam ter visto um saco de plástico ou assim, mas eles negaram. Ela voltou desanimada suspirando fundo, contando nos a notícia. Pouco tempo depois, após termos estendido das toalhas, o pequeno sol foi totalmente tapado com umas nuvens cinzentas escuras. Foi bem estranho, porque o céu antes estava totalmente limpo. As pessoas começaram arrumando as coisas para irem embora e nós também o fizemos, tínhamos vindo a pé e caso começasse a chover seria melhor estarmos o mais próximo possível de casa.

Após uns 10 minutos de caminhada estávamos de volta a 'casa' e eu encontrava-me .ligeiramente aborrecido. Aquela felicidade que eu tinha de manhã ainda estava presente, apesar de ter ouvido todos os suspiros e reclamações das garotas...

Passei pela sala, mandei um "oi" ao Lysandre e voltei para o meu quarto. Peguei no meu mp3 e fiquei ouvindo músicas ao calhas, enquanto descansava os olhos num cadeirão que se encontrava por lá. Ainda consegui ouvir três ou quatro músicas com atenção, mas depois me lembrei várias coisas e foi difícil permanecer concentrado.

_Castiel?

_Hum?_ Falei tentando voltar ao lugar que estava.

_Me empresta seu telemóvel?_ Abri os olhos e vi Josefa me olhando com olhos de cachorro pidão.

_Para quê você quer?

_Para jogar aquele seu joguinho de ontem... não dá para instalar no meu...

_Humm, então você vai ter de me dar algo em troca._ Falei sorridente enquanto retirava os fones e desligava o mp3.

_Você já vai ter o prazer de me ver ficar totalmente assustada e borrada de medo, isso não chega?

_Não, você vem comigo dar uma volta e depois joga.

_Onde é que a gente vai agora? Está tudo nublado e frio...

_É surpresa... e se tem frio, vá se trocar e encontre se comigo lá em baixo, okay?_ Combinei enquanto já estava planeando as coisas mentalmente.

_Você anda muito misterioso... tudo bem!_ Ela disse animada enquanto ia procurar algo mais quente para vestir.

Peguei num casaco e saí do quarto. Passei pela sala antes de sair porque tinha de perguntar algo ao Lysandre antes de ir.

_Hey. _ Chamei para chamar a sua atenção._ A forca ainda está aberta?

_Sim, porquê? Você vai lá? _ Assenti._ Então até já._ Agitei a cabeça como um aceno de despedida e fui para fora de casa, ficando à porta.

Não demorou muito tempo até que ela chegasse, agora utilizando um moletom azul escuro.

_Não trouxe casaco? _ Perguntei.

_Não está assim tanto frio...

_Acredita, vai estar frio. Não quer voltar lá a cima e ir buscar um?

_Não. _ Ela disse sorridente enquanto andava.

_Você é teimosa, vai ficar doente.

_Não se preocupe com isso... e já agora, você não fica atrás.

Down by the river by the boats

Where everybody goes to be alone

Where you wont see any rising sun

Down to the river we will run



When by the water we drink to the dregs

Look at the stones on the river bed

I can tell from your eyes

You've never been by the riverside



(Descendo o rio pelos barcos

Onde todo mundo vai para estar sozinho

Onde você não vai ver nenhum sol risonho

Pelo rio abaixo nós correremos

Quando a água bebemos aos goles

Olhe para as pedras no leito do rio

Eu posso dizer pelos seus olhos

Você nunca esteve à beira do rio)

_Acredita, eu sei disso._ Eu informei rindo.

Fomos andando e conversando enquanto começámos nos a apróximar da floresta. Realmente eu gostava imenso daquele lugar.

_O coelho é travesti, não é uma mulher. Lá porque tem bochechas vermelhas e pestanas longas não quer dizer que não seja homem!_ Eu disso rindo enquanto falávamos do jogo de ontem.

_Me desculpe, mas Bonnie é nome de mulher! .... Esse jogo é muito confuso. Tem um coelho travesti, um pássaro que não se sabe de que espécie é e um urso preguiçoso. Não compreendo como é que inventaram essas coisas.

_É um pato, ou melhor, pata.

_Tem cara de galinha!, não pode ser uma pata.

_O Alexy também tem corpo de homem e não é! Logo, isso não conta.

Down by the water the riverbed

Somebody calls you somebody says

swim with the current and float away

Down by the river everyday

Oh my God I see how everything is torn in the river deep

And I don't know why I go the way

Down by the riverside

(De baixo da água do leito do rio

Alguém te chama alguém diz

Nada com a corrente e flutua

Pelo rio a baixo todos os dias

Oh meu Deus, eu vejo como tudo está dividido no rio profundo

E eu não sei porque eu vou pelo caminho

Descendo pela borda do rio)

_Não vai começar a brincar com isso pois não?_ Ela perguntou enquanto tentava não rir._ Oh... eu já estive aqui...

_Aqui? A gente está no meio do mato, como assim você já veio aqui?_ O rosto dela empalideceu e ela começou dando pequenos apertões nas mãos, demonstrado que ela estava nervosa.

_Foi depois da gente ter brigado, não me está apetecendo falar disso... Que barulho é esse?

When that old river runs pass your eyes

To wash off the dirt on the riverside

Go to the water so very near

The river will be your eyes and ears

I walk to the borders on my own

To fall in the water just like a stone

Chilled to the marrow in them bones

Why do I go here all alone?


(Quando aquele velho rio passar os olhos
Para lavar a sujeira à beira do rio
Vá para a água muito perto
O rio vai ser os olhos e ouvidos

Eu ando pelas bordas comigo próprio

Caí na água como uma pedra

Refrigerada até a medula nos seus ossos

Por que é que eu vou aqui sozinho?)

_É água correndo, o que haveria de ser?_ Ela me encarou confusa enquanto andávamos em direção a um arbusto._ Veja isto aqui atrás disto.

Abri passagem enquanto segurava num dos galhos para ela passar. Jo se encolheu e passou. Após isso apenas ficou parada, olhando atentamente para tudo.

_Eu até me vou sentar para consegui ver tudo isto como deve ser._ Ela falou enquanto se encostava a uma pedra não muito grande, que estava próximo do pequeno rio que corria. Realmente era uma paisagem bonita e parecia que ela não se cansava de a observar.

Oh my God I see how everything is torn in the river deep

And I don't know why I go the way

Down by the riverside

Oh, Oh... Why?

Oh, Oh... Why?

Oh, Oh... Why?

Down by the riverside

Down by the riverside

(Oh meu Deus, eu vejo como tudo está dividido no rio profundo

E eu não sei porque eu vou pelo caminho

Descendo pela borda do rio

Oh, Oh... Porquê?

Oh, Oh... Porquê?

Oh, Oh... Porquê?

Descendo pela beira do rio

Descendo pela beira do rio)

Me sentei ao lado dela enquanto a via esfregar as mãos uma na outra, soprando (?) de seguida nestas.

_Tem frio?_ Eu falei me aproximando dela.

_É... pois. Você tinha razão._ Ela disse com um sorriso fraco no rosto.

_Toma._ Eu falei lhe estendendo o meu casaco.

_Não precisa.

_Precisa sim. Se não vou ter de te ficar abraçando o tempo todo._ Eu disse enquanto me sentava do lado dela.

_Hum, então por mim tudo bem._ Ela afirmou enquanto colocava a sua cabeça no meu ombro.

_Mas eu insisto, você vai vestir._ Eu disse lhe estendendo o casaco de novo enquanto ela sorria e o recebia meio contrariada.

_Mas agora falando sério, se você ficar com frio eu devolvo logo!_ Jo falou enquanto se afastava para se vestir._ Não serve, oh?_ Ela disse enquanto mostrava as mangas que ficavam penduradas._ Porque está me encarando??

_Hum, sei lá. Talvez seja porque eu gosto de você._ Eu disse enquanto a via ficar com as bochechas levemente coradas..._ Não faça isso...

_Porquê?_ Ela perguntou enquanto não tirava o olhar dos meus olhos.

_Porque eu fico com vontade de te b...

Jo se aproximou, colocou gentilmente as suas mãos na minha cara e me beijou. Fiquei surpreso, pensava que ela estava meio ressentida ou até mesmo magoada com o que tinha acontecido nos últimos dias, mas não...

Ela se afastou ligeiramente corada e ofegante, enquanto me encarava com uma sobrancelha arqueada.

_Porque está sorrindo como um idiota?_ Ela perguntou sorrindo também.

_Eu sou idiota.

_Eu sei que é..._ Ela falou olhando em frente._ C-Castiel... aquilo vermelho na árvore... é s-sangue?


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor leiam as notas iniciais... só mesmo porque sim (ou então não).
O nome da música é Riverside, da Agnes Obel.
Mereço Reviews? (Muitos, obrigada!



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