Sim, meu nome é Castiel e depois? escrita por Apenas ler


Capítulo 27
27 - Encontrando problemas...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Tive alguns (IMENSOS) problemas com a escola e só consegui postar agora...
Espero que goste,! ;3



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Mas que dor é essa aqui na minha bochecha?... Abri os olhos. Neste momento, vou ser o mais sincero possível: eu nunca acordei num sítio tão estranho ou esquisito. Voltei encarando o local, só mesmo para ter certeza que não estava sonhando, imaginando, ou numa partida qualquer. Tentei dizer alguma coisa, mas a única coisa que saiu foi uma voz totalmente rouca e uma dor na garganta. Talvez isso fosse devido à forte chuva de ontem, ou então fosse pelo facto de eu estar com as minhas roupas todas encharcadas dentro de uma banheira cheia de água gelada.

Pelo menos estou em minha casa, pensei. Após isso olhei para o meu lado direito, procurando uma maneira de me levantar, mas em vez disso, apenas vi algo... "estranho".

Acho que todos os factos relatados já indicam que a situação é, por sua vez, muito diferente, mas não diferente o suficiente. Que tal juntar uma pocinha de uma substancia vermelha, nomeadamente: sangue, para melhorar as coisas?? Mais uma coisa maravilhosa: não me lembro nem tenho nenhuma ideia do que possa ter acontecido, como de costume.

Me levantei pondo os pés no azulejo frio e fiquei encarando o espelho. Percebi logo o porque de me estar doendo a cara: havia um corte grande que cobria grande parte da minha bochecha. Depois de ter observado a ferida com mais atenção, rapidamente percebi que não era bem um corte. Assemelhava-se mais a muitos arranhões profundos juntos.

Olhei o chão. Uma parte da água que estava no meu corpo escorreu para o chão, formando uma grande poça. Acabei tendo de tirar a roupa que estava totalmente pesada graças à grande quantidade de líquido que esta tinha absorvido. Me enxuguei numa toalha e a prendi à minha cintura. Fui andando devagar para não escorregar até que cheguei ao meu quarto. A porta estava fechada... Que mau pressentimento é este?

Abri a porta. A primeira coisa que me veio à cabeça foi: "Será que nevou na merda do meu quarto?!?!?!?" Branco por todo o lado. Estantes, chão, cama, teto, paredes, guitarra... Espera aí... minha GUITARRA??? É hoje que o mundo morre... Tudo coberto com uma espuma branca... peguei num pouco e cheirei. Parecia gel de barbear... Será que era mesmo?

Fui evitando os montes brancos até chegar ao meu armário. Peguei nas primeiras peças de roupa que vi e me vesti.

Olhei para a janela. O céu estava azul claro e com um sol convidativo. Pena que não estou com disposição para ir para a escola. Se ontem estivesse assim, de certeza que as minhas cordas vocais estariam em condições para mandar uns gritos. Talvez se ontem estivesse assim... ontem… não estou com muita vontade de me relembrar do que aconteceu.

Agitei a cabeça numa tentativa falhada de afastar aqueles pensamentos. Por mais que eu tenta-se esquecer não conseguia. Mas temos de seguir em frente, certo? Ohh, esqueçam. Eu não engano ninguém mesmo. Talvez... ahhh, pensando melhor não há nada que eu possa dizer. Até podia ir falar com Lysandre, mas acho que ele iria ficar chateado comigo. Apenas esperar...

Voltei a olhar em volta, mas desta vez para procurar meu telefone. Alguém tem de limpar isto, e não vou ser eu. Acho que isto é mesmo a única coisa que eu tenho a certeza, por que de resto...

Fui em direção a uma mesinha onde costuma estar guardado o meu telefone. Me aproximei e encarei o espelho que está pendurado em cima da mesa e sinto que estou com uma aparência adoentada... Levantei uns papeis que estavam em cima da mesa... Pareciam ser lenços e tinham algumas manchas de sangue. E foi aí que encontrei.

De certeza que aquilo já teria sido transparente. Agora não. Ínfimos pedaços de pele e um pouco de sangue, tudo isto na parte irregular e cortante do caco proveniente da garrafa de vodca. Tentei de me lembrar de algo, mas não me veio nada à cabeça. Apenas o instinto de colocar o objeto cortante perto dos meus arranhões/corte. Eram exatamente iguais.

Saí do quarto e segui até à cozinha, para puder deitar aquele atraso de vida fora. Por falar em atrasos de vida.... encontrei mais desses no chão... só que ainda estavam transparentes. Parece que alguém deixou cair algumas garrafas...

Espera....

_O que acontece quando se deixa cair isto?

Vidros espalhados pelo chão e um grande barulho. Até que isto é bonito!

_Que giro!!!

Outra garrafa já vazia cai no chão, produzindo outros cacos e outro barulho "encantador". Procurei outras garrafas, mas já não havia nada. É uma pena... Estava a ser tão engraçado...

_ Sinceramente, Castiel, você é mesmo uma criança! A brincar com as garrafas...._ Disse a mim mesmo, enquanto emburrava e cruzava os braços.

_Não, eu não sou! Eu até já faço a barba, vê só!

Peguei num pedaço de vidro e subi as escadas com pouca dificuldade chegando ao meu quarto. Segurei com força o objeto e deslizei fortemente pela minha cara, o que me doeu um pouco.

_Ohhh... Eu esqueci!

Pousei o caco na mesa e fui buscar o esquecido gel de barbear. Cheguei de novo ao meu quarto e comecei a carregar no botão até que começa-se a escorrer. Comecei a girar e a saltitar de um lado para o outro deixando tudo branquinho, incluindo me a mim. Larguei o pote e fui para a casa de banho. Enchi a banheira e entrei.....

[...]

Omfg. A minha vida é totalmente... uau. Acho que só agora percebi que eu sou uma completa criança... Quem não sabe o que acontece quando se atira uma garrafa ao chão?!??

Como não me lembrava de te mexido no telefone, fui ver onde o tinha deixado antes, ou seja, na mesa do hall de entrada. Ao me dirigir para lá, tomei mais atenção à folha A5 escrita à mão que estava metade do outro lado da porta. Peguei nela e vi que estava escrita a letra de máquina. Comecei a ler:

E estavam os dois juntos

Preparando algo especial...

Até que chegou uma coisa

Que parou os planos do casal

Dizem que uma imagem

Vale mais de mil palavras.

Será que isso também se aplica

A pessoas mal amadas?

A chorar por fora...

A sangrar por dentro...

Acho que não há melhor maneira,

De descrever o momento.

E tudo isto,

É o valor de uma traição.

De certeza que não mereces mais do que isto:

Ódio e humilhação.


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Notas finais do capítulo

Não sei se interessa, mas o poema é meu, fui eu que fiz. Só peço para não o usarem/copiarem sem a minha autorização!
Gostaram?