A Exilada escrita por Fates Warn1ng


Capítulo 25
Fratura


Notas iniciais do capítulo

Esse foi rapido xD



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Yasuo não poderia ter ficado mais surpreso, quando percebeu o exército noxiano, tão perto de Demácia. Não teve nenhuma dúvida. Eles atacariam a cidade. Quem sabe, naquela noite. Pelo que Riven lhe contara, Talon havia conseguido escapar. Talvez ele tivesse dado informações sobre o combate entre Riven e Shyvana, que aconteceria naquela noite. Toda a Guarda Real estaria preocupada em proteger Jarvan e os principais soldados de Demácia iriam assistir. A própria Shyvana, um dos grandes trunfos demacianos, estaria muito debilitada - Yasuo esperava -, depois do combate para ser uma ameaça. Era o momento perfeito, para um ataque.

E Swain não havia economizado, daquela vez. Haviam milhares de soldados noxianos. Ele sabia pelas tochas que os mesmo carragavam, contra a noite escura. E três seres completamente estranhos, que se destacam, a medida que os soldados marchavam. Dois deles tinham asas. Uma mulher horrenda, com um vestido indecente e um soldado grande demais, com a pele arroxeada e uma imensa espada vermelha. O outro, parecia usar uma armadura de metal, em 100% do corpo. Coisas que se pareciam quatro canos, saiam de sua boca, e seu capacete tinha chifres imensos. Além disso, o tal não tinha pés, e parecia flutuar. Mas logo eles se afastaram para as trevas, e o ioniano perdeu o contato visual.

– Mas que diabos...? - Yasuo sussurrou, escorado na pedra no topo da montanha, de onde observava tudo. Olhou na direção de Demácia. Se Yasuo fosse rápido o suficiente, podia comunicar daquele ataque. Se deixasse sua missão para lá... - Riven... - Sussurrou. Era difícil tomar aquela decisão.

*******

– Nidalee. Preciso que você parta. Imediatamente. - Fiora lhe disse, tensa.

A gata a olhou, com uma expressão de curiosidade.

– O que você vai fazer?

Fiora devolveu o olhar intrigado, por alguns segundos.

– Uma loucura... - Sussurrou, voltando a assistir o combate.

Riven se arrastava na lama, através da chuva que não dava sossego. Ela estava desarmada e ferida. Shyvana, se encontrava em condições igualmente deploráveis, com aquele pescoço. Ambas corriam riscos graves, se insistissem naquela loucura. E o dragão se aproximava cada vez mais, da Exilada.

– Nem pense nisso... - Fiora escutou uma voz conhecida atrás de si, antes do som de uma flecha sendo engatilhada.

Deu um pequeno sorriso, e virou-se de frente para a figura que havia acabado de se aproximar, apoiando os cotovelos no corrimão da balaustrada da arquibancada. Vayne estava completamente equipada, naquele dia. Com a besta no punho e a balestra nas costas, além da roupa de combate. Estava, afinal trabalhando.

– Nidalee, você me ouviu. Deixe-me. Enquanto você ainda pode. - Comentou, olhando Shauna fixamente, no fundo dos olhos.

A gata olhou de uma para a outra e então respondeu, baixo.

– Estarei te esperando em casa. - Disse, sem deixar margem para discussão, antes de virar as costas e se afastar.

Aquilo não era suficiente. Mas Fiora também não imaginava que Jarvan fosse puni-la por uma ilicitude sua. Devia servir, no momento.

– Você vai atirar em mim, Shauna?

– Pode apostar. Basta você ameaçar intervir.

Fiora virou a cabeça. Riven ainda conseguia enrolar, mas não tinha muito tempo. Se ela fosse fazer alguma coisa, tinha que ser rápido. Mas não desejava tomar um tiro de Vayne. Ela era mortalmente precisa. Seria uma única flecha, capaz de incapacitar a duelista por um bom tempo.

Fiora começou a se aproximar de Vayne.

– Pare ai mesmo! - A mulher disse, apontando a flecha para sua virilha. "Cacete... um tiro ai e não vou andar por dois meses", ela pensou, mas não parou. - Fiora Laurent! - Vayne disse, mais intensa.

Fiora parou a meio metro da caçadora. As mãos erguidas, em sinal de rendição. Então, aproximou somente o rosto, do de Shauna, e a beijou. Um beijo que já começou quente, e foi intensificado ainda mais rapidamente, quando Fiora levou as mãos aos cabelos dela e a puxou para si, acrescentando língua à coisa.

Vayne estava perplexa demais. Havia desejado aquilo tanto tempo. Mas estava no trabalho. E numa situação crítica. Não conseguia corresponder, mas também não a empurrou, estando literalmente paralisada enquanto tentava entender a situação. E foi punida, por isso.

Antes que pudesse pensar em fazer algo, Fiora já tinha sacado sua faca de esgrima e cortado a corda da besta. Então, com uma rasteira e o movimento correto de corpo, derrubou Vayne de cara no chão. E também cortou a corda da balestra, antes de sair de cima dela, e correr na direção da balaustrada.

– VOCÊ É UMA FILHA DA PUTA! - Vayne gritou, descabelada e irada. Nunca tinha sido tão covardemente enganada. - GUARDAS! GUARDAS!

Mas Fiora não estava nem ai. Sequer ouvia, enquanto pulava a balaustrada.

**********

Riven sentiu as garras de Shyvana já próximas. Mas não tinha mais forças para lutar. Não tinha mais forças para nada.

– Pare de fujir, covarde! - Ela vociferou, com sua voz dracônica, cada vez mais perto. - Encare sua morte.

Riven se virou para ela, arfando, com expressão de dor. Shyvana a olhava de cima, com prazer em sua cara demoníaca. O sangue escorria pelo seu pescoço, com intensidade. "Faltou tão pouco...", Riven pensou, enquanto via a boca dela se abrir. Já podia ver as chamas lá no fundo, se concentrando. Não tinha forças para liga o escudo. Não tinha energia para nada.

Não entendeu o que aconteceu a seguir, de tão repentino que foi. Em um momento estava prestes a virar churrasco, e no seguinte, Shyvana parecia distante, há uns 10 metros de si.

Olhou para cima, e viu Fiora. Os cabelos escuros e curtos dela estavam colados no rosto, ainda escorrendo um pouco de água. Ela olhava para cima, os olhos escuros fitando alguém, provavelmente a própria Shyvana.

Foi ai que os gritos indignados começaram. A plateia começou a vaiar. Logo Riven percebeu pessoas entrando na Arena. Xin Zhao. Garen. Quinn... Aparentemente todos os líderes de Demácia.

A loira agarrou a perna de Fiora, tentando se escorar nela. Estava muito fraca.

– Fiora... não deixa eles me matarem... - Ela gemeu, fraca. - Não assim... - Implorou, olhando-a nos olhos.

Fiora lhe deu um pequeno sorriso triste, mas Riven podia ver a preocupação atrás de seus olhos.

– Riven... segure essa espada. - Ela disse, lhe oferecendo o cabo da Sedenta.

Riven o segurou, de modo vacilante. Fiora passou o braço no fio da lâmina, realizando um corte longo. Seu sangue escorreu pelo gume da espada, ativando as runas ali presentes. Riven sentiu uma sensação de alívio na hora, enquanto seus ferimentos pareciam se cicatrizar de modo muito rápido.

– SAIA DA FRENTE, FIORA! - Shyvana gritou. - SAIA DA FRENTE OU TE MATAREI JUNTO!

– Shyvana... Você não me derrotaria, nesse estado, nem que eu não estivesse usando a Sedenta. Por favor... desista!

– DESISTIR!? EU GANHEI! VOCÊ INTERVIU! ISSO ME DÁ A VITÓRIA! JARVAN! ISSO É UM ABSURDO! A LUTA TEM QUE CONTINUAR! - Ela gritava, alucinada. Sua sede de sangue só seria acalmada quando Riven morresse.

– Jarvan! As duas estão acabadas! - Fiora tentou, olhando o rei. - Pare com essa loucura. Shyvana não tem condições de luta. Riven não tem condições de luta! Isso não precisa continuar! Talvez as duas morram! E não terão nenhuma utilidade na guerra contra noxus, se estiverem mortas!

Toda a multidão, que antes vaiava, agora estava em silêncio absoluto, assistindo, tensa.

– Saia da frente, Fiora. A luta tem que continuar! - Jarvan disse, simplesmente, de cima de seu palanque.

– Não. - Respondeu, simplesmente.

– Atreve-se a desobedecer seu rei? - Agora Xin Zhao estava furioso. Garen também. Ele nunca engolira a duelista. E queria Riven morta, por ter assassinado Katarina. - Você viveu sua vida por Demácia. Não vá morrer por isso. - Apontou Riven, com desprezo.

– Eu desobedeço qualquer um que me manda virar as costas a vida de um de amigo. E se esse é o comando, Jarvan! - Ela o olhou. - Você não é meu rei.

Jarvan a fitou no fundo dos olhos, surpreso, e com raiva ao mesmo tempo. Fiora o havia contrariado na frente de todos os seus súditos. Não havia escolha, a se fazer, por mais que admirasse as habilidades da jovem, e que ela fosse, talvez, a assassina mais eficiente sob seu comando.

– Riven! Por perder o duelo, você não foi aceita em Demácia! Será tratada como um soldado noxiano perigoso, e condenada a morte! Fiora, da casa Laurent! Por rebeldia e desobediência ao rei, na frente dos deuses e dos homens, e interferência indevida no duelo, você é condenada a desonra, perda de sobrenome e morte.

Fiora fechou os olhos, e respirou fundo. A partir daquele momento, era para valer.


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Notas finais do capítulo

Reviews? =D