Open Your Heart escrita por Ally Faria


Capítulo 24
Wanna Be Your Everything


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi amores da minha vida.... desculpem pela demora, mas eu vou compensar vocês com um capitulo super hiper mega gigante YEAH!

Bom, antes demais eu queria desejar um Feliz Aniversário atrasado à minha diva Nanda Marano Lynch que fez anos no dia 7 de Janeiro (eu não esqueci). Espero que seu NIVER tenha sido maravilhoso, porque você merece tudo o que há de bom e do melhor nessa vida, minha princesa ♥

Também queria desejar um Feliz Aniversario à minha diva linda a Gaby, que fez anos dia 12 (segunda-feira)... te adoro muito pequena e espero que você seja muito feliz e que você continue com esse seu sorriso lindo no rosto♥♥

E eu quero dedicar esse capitulo à Nanda Marano Lynch, à Gaby, à minha Cyntia (Cycyr5) e à Mandy (Suicidal). Cyntia, diva da minha vida, eu espero que você goste desse capitulo… ele não tem 20.000 palavras como você pediu, mas tá grande!

Ah, antes que me esqueça... Uma das minhas leitoras divas, me pediu que perguntasse aqui o seguinte: Alguma de vocês leu, é a autora, ou salvou/ copiou para algum lado a maravilhosa fic "Summer Paradise"? Porque essa diva começou a ler a fic, mas essa fic foi excluida e agora a menina ta quase tendo um treco, porque não sabe o final dela. Se vocês souberem de alguma coisa me mandem mensagem privada ou deixem nos comentários.

Ahhhhh a fic tem mais 3 recomendações.
Queria agradecer à maravilhosa Ally Rocket por ter recomendado minha fic. Minha linda, eu quase morri lendo sua recomendação, que coisa mais linda foi aquela? Sério, obrigada mesmo... te adoro diva ♥ Para Sempre R5, eu vou lembrar de sua recomendação para sempre kkkk foi muito linda meu amor. E secret women obrigada de verdade por suas lindas palavras, eu quase chorei lendo a sua recomendação. Resumindo… eu amo vocês três.
E queria também agradecer a todos os maravilhosos comentários que eu tive no ultimo capitulo, por isso... obrigada:
♥ Fran ♥ Nanda Marano Lynch ♥ Reader Secret ♥ Bella ♥ Vondyrauslly ♥ Uma Direção ♥ auslly potter ♥ Cycyr5 ♥ Para Sempre R5 ♥ Letícia Merlo ♥ Auslly ♥ jamilly ♥ Mrs Horan ♥ LOVE Rydellington ♥ Smile (nova leitora) ♥ This is me ♥ Sara Machado ♥ Ally Rocket ♥ Analua ♥ divademi22 ♥ Little Secret ♥ Uma Sonhadora ♥ Duda Lynch marano ♥ dreamer ♥ Isalves2526 ♥Keet♥


E obrigada a todos vocês que me ajudaram respondendo à questão que eu coloquei nas notas finais do outro capitulo "Acham que a Ally deve perdoar já o Austin ou deve fazer ele sofrer mais um pouquinho?"... uns achavam que ela devia perdoa-lo, outros que ela devia fazer ele sofrer mais um pouco. E bom, depois de muito pensar eu decidi que....... vocês vão ter que ler pra descobrir.

Leiam bem até ao final, porque eu sei que vocês vão gostar, vai ter ....... ahhhhh nada de spoiler pra ninguem!

Boa leitura minhas divas e meus divos ♥ Amo vocês… e pra quem quiser…. Leiam as notas finais.



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No capítulo anterior:

💕💕

– Austin pára com isso, por favor. Não fala mais nada. – Implorei sem olhar em seus olhos. Ele colocou suas mãos em minha cintura e me puxou para mais perto, à medida que também se ia aproximando.

Ele desviou delicadamente os cabelos que cobriam uma parte de meu rosto e colocou os atrás da minha orelha. Subiu suas mãos por meu corpo até chegarem a meu rosto, os arrepios que ele me causou foram inevitáveis. Ele acariciou meu rosto de forma carinhosa e se aproximou mais de mim, a ponto de fazer nossos corpos se encontrarem. Continuei com meu rosto abaixado e com os olhos fechados, mas ele pareceu não se importar com isso. Sua respiração quente ia e vinha à medida que ele respirava. Ele aproximou mais meu rosto do seu e beijou minha testa de forma doce… levantou um pouco meu rosto e deslizou seus lábios para a pontinha do meu nariz e beijou ele… levantou mais um pouco meu rosto e repousou seus lábios quentes nos meus. Deu um pequeno selinho e depois aprofundou um pouco mais o beijo. Tudo acontecia como que em câmara lenta, tipo cena de cinema. O beijo era calmo, lento, romântico e com desejo. Nossas bocas se combinavam perfeitamente, como se tivessem sido feitas uma para a outra. À medida que o beijo avançava o meu coração ia batendo mais e mais depressa… os nossos corpos estavam tão colados que eu conseguia sentir o coração de Austin bater no mesmo ritmo que o meu. O beijo durou o que me pareceu muito tempo e eu não queria terminar ele tão cedo, mas assim que todo o ar em meus pulmões acabou nós nos separamos com alguns selinhos. O Austin passou seus pequenos beijos de meus lábios para o meu rosto, como se estivesse trilhando um caminho e depois me abraçou fortemente.

– Me perdoa, por favor!

💕💕

POV Ally

“Me perdoa?” Como é possível que estas duas simples palavras tenham abalado tanto comigo? O seu olhar intenso, verdadeiro e triste tava me matando. Os seus braços fortes me envolvendo em um abraço apertado, estavam fazendo meu corpo ficar trémulo e fraco. Minha respiração estava irregular, minhas mãos tremendo e suando, minha cabeça estava confusa e meu coração… Meu coração estava batendo de forma descompassada e parecia que a cada batida que ele dava, a dor que eu estava sentindo dentro de mim ficava mais forte.

Abri várias vezes a boca para falar alguma coisa, mas nada saía dela, era como se o meu cérebro tivesse “desligado” e eu tivesse esquecido até mesmo como se fala. Sua respiração quente batia em meu pescoço me fazendo estremecer e seu cheiro misturado com o meu, me deixava atordoada. Ele me apertou um pouco mais contra seu corpo e sussurrou em meu ouvido.

–Por favor me perdoa Ally. Eu-eu preciso de você. – Fala ele com a voz embargada. Eu não tava conseguindo reagir, parecia que meu corpo estava lá, mas minha mente estava distante. Eu ouvia o que ele me dizia, mas meus sentidos tinham sido completamente “varridos” assim que ele me beijou. Comecei a ouvir soluços e a sentir gotinhas de água a escorrer por meu pescoço. Ele estava chorando? Ele estava realmente arrependido? Ele gosta de mim de verdade? Me afastei devagar dele e olhei para seu lindo rosto. Seus olhos estavam inchados e seu rosto vermelho, alguns fios de seu cabelo loiro estavam molhados por conta das lágrimas. Levei minha mão em direção a seu rosto e limpei a pequena lágrima perdida que deslizava por sua bochecha e repousei minha mão lá. Ele fechou os olhos lentamente como se estivesse apreciando o meu toque. Ele não podia estar mentindo, eu conseguia ver a sinceridade em seus olhos. Mas é tão complicado!

–Austin, não faz isso comigo, por favor! – Supliquei tentando controlar meu tom de voz, que contra a minha vontade saiu bem tremulo. Ele colocou sua mão por cima da minha, que ainda se encontrava em seu rosto e beijou a palma da minha mão carinhosamente. Cada gesto que ele fazia, cada suspiro que ele dava… tudo, estava me deixando completamente à toa.

–Ally eu sei que te magoei, eu sei que eu fui um idiota por ter dito todas aquelas coisas pra você, mas eu preciso que você me perdoe… eu preciso que você me dê uma chance de provar que eu realmente gosto de você. – A voz de Austin estava fraca, rouca, ele falava quase que num sussurro.

–Austin pára com isso. – Supliquei mais uma vez tentando não olhar em seus olhos.

– Você não gosta de mim? – Ai meu santo picles! Ele falou aquilo com uma emoção tão grande, que eu tive que me segurar para não pular em cima dele e beijar cada centímetro de seu rosto. Ele continuava me fitando com aqueles olhos penetrantes e não sei porquê, mas eu me senti na obrigação de dizer a verdade pra ele ou parte dela.

– Eu só não quero me machucar no final. – Admiti fazendo ele me olhar surpreso, mas ao mesmo tempo ele parecia compreender o que eu tava sentindo, porque para além de surpresa, o seu olhar também transmitia uma ponta de compreensão. E isso era algo por que eu não esperava. Ele deu um longo e pesado suspiro e continuou.

– Ally, eu não vou te machucar, isso é tudo o que eu menos quero. – Fala ele com convicção, como se tivesse certeza que isso não iria acontecer. Não vai me machucar? Ele já machucou.

–Austin, a gente quase nem é amigo e eu já chorei mais por você em uma semana, do que chorei no dia em que meu hamster morreu. E olha que eu amava o Senhor Dentuças. – Falei dando uma risada sem graça. Ele me olhou com culpa e tristeza e abaixou a cabeça frustrado. Me senti mal por isso, mas eu estava sendo sincera, totalmente sincera pela primeira vez.

–Eu sou mesmo um idiota. – Murmurou ele com raiva, enquanto seus dedos deslizavam por entre seus cabelos loiros.

–Austin… – Tentei falar, mas me interrompi a mim mesma quando as cortinas do palco começaram a abrir de novo. Olhei para Austin assustada e me afastei rapidamente.

–O que é que tá acontecendo aqui? – Pergunta o professor com uma certa confusão e logo toda a turma nos encarou curiosa. Rydel murmurou alguma coisa para Austin e ele apenas negou com a cabeça e deu um sorriso de lado. Queria saber do que eles estavam falando, mas não era o momento para isso. – Então? – Insistiu o professor.

–Uhm… é que… – Tentei arrumar uma desculpa qualquer, mais eu ainda estava meio desnorteada, por causa dos acontecimentos anteriores. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo… e o pior é que nem uma desculpa esfarrapada eu tava conseguindo arrumar e isso é uma coisa muito invulgar e incomum, porque eu sou a Rainha das desculpas esfarrapadas!

–É que as cortinas se fecharam e a gente ficou sem saber o que tinha acontecido. Então ficamos à espera que o senhor nos chamasse. – Fala Austin completando a minha fala, parece que ele percebeu que eu estava meio atrapalhada. Sua voz ainda estava um pouco mais rouca que o habitual, mas já estava voltando ao seu tom normal e seu rosto continuava ligeiramente vermelho e um pouco inchado. E por falar em desculpas esfarrapadas…. Nossa!!! Até meu avô fazia melhor… só estou falando.

–Tá bom! Já podem descer e se juntar aos vossos colegas. – Fala o professor, nos olhando desconfiado. Mas voltou sua atenção para a turma e voltou a falar, mas dessa vez para todos. – Bom, eu queria parabenizar todos vocês pela apresentação. Todos foram muito bem, mas… eu tenho que destacar o dueto do Austin e da Ally que na minha opinião foi incrível. E olha que para quem não queria trabalhar um com o outro, vocês até fizeram um ótimo trabalho e demonstraram uma química impressionante durante a apresentação. – Nesse momento o olhar de Austin se voltou rapidamente pra mim e ele sorriu de forma adorável. Ficamos nos encarando por um tempo, segundos apenas, porque como sempre uma certa histérica começou com seus chiliques.

–Química? Dueto incrível? Ou o senhor é surdo ou não tem olhos na cara! A única coisa boa nesse dueto foram os solos do Austin, porque essa daí canta tão bem quanto uma galinha sendo depenada. – Fala Kira me olhando com desdém.

–Kira, eu não admito esse tipo de falta de respeito dentro da minha sala de aula. – Repreende o professor indignado com a atitude da garota. Garota? Tá mais pra vaca mesmo, mas fazer o quê?! Tá bom, agora eu fui mazinha… acho que acabei ofendendo todas as vacas do mundo.

–Que foi? É verdade. Eu sou muito melhor, mais linda, mais talentosa, mais tudo que essa garota. – Fala Kira jogando os cabelos pra trás e lançando… ou melhor, tentando lançar um olhar sexy para Austin. Porque na minha opinião, ela tava parecendo mais que estava com prisão de ventre.

–Kira, porque você não vai perguntar para o seu espelho mágico de bruxinha má, se você é ou não melhor que eu?! Pode ser que… sabe, assim que ele parar de rir, talvez ele te responda. Se enxerga garota. – Falei sorrindo sinicamente por um momento, mas logo voltei à postura séria que eu possuía até alguns minutos atrás. A turma toda, (incluindo o professor) ficaram por um tempo rindo de Kira, que me olhou furiosa mas não respondeu. Melhor pra ela.

Depois disso, o resto da aula foi decorrendo dentro do… digamos que normal.

Assim que bateu o sinal de saída, arrumei minhas coisas e saí da sala apressadamente, mas pude sentir o olhar de Austin acompanhando todos os meus movimentos. Eu não queria falar mais com ele, pelo menos não agora. Eu preciso de tempo pra pensar, pra acabar com toda essa confusão que vai na minha cabeça.

E talvez… sei lá, essa possa ser a minha chance. A chance para tirar Austin da minha cabeça. Se eu aproveitar o facto de nós termos brigado, vai ser mais fácil eu poder me afastar dele sem ter que dar alguma outra justificação.

Admito que dói pensar na ideia de ter que me afastar dele, porque eu realmente (e infelizmente) me apaixonei por ele, mas isso é o mais certo a fazer. Eu e o Austin não pudemos ficar juntos, isso é loucura… e eu já permiti que essa loucura fosse longe demais, eu permiti que meu coração desenvolvesse por ele todos aqueles sentimentos que eu mais queria evitar. Eu sempre disse que eu não queria me apaixonar, porque tinha medo de sofrer com isso e olha só… Desde que eu e Austin nos conhecemos, que vivemos brigando e magoando um ao outro. Se eu me afastar agora, vai ser mais fácil pra ele me esquecer e assim nenhum de nós dois sofre. Eu tenho a certeza que o que ele sente por mim é só uma coisa passageira. Ele logo supera!

POV Narradora…. ♥ Ally Faria ♥

“Ele logo supera!” Será? Será que o Austin consegue superar o que sente por Ally? E a Ally? Não será que fingir que não sente nada pelo Austin vai machuca-la ainda mais? Tantas perguntas sem resposta… Tantas dúvidas, tantas incertezas, tantos medos!

Independentemente de tudo o que Ally diz, ela no fundo sabe que se afastar de Austin não é a coisa certa a fazer.

E uma coisa eu vos digo…… Você pode lutar contra tudo e contra todos na sua vida, menos contra seus sentimentos! Os sentimentos são algo que flui e cresce naturalmente dentro de nós, quase como se tivessem vontade própria… eles são algo que ninguém, jamais poderá controlar… nem mesmo Ally, nem mesmo você, nem mesmo eu!

E em meio de suas próprias palavras e seus confusos pensamentos, Ally não conseguiu evitar derramar as sinceras lágrimas, que expressavam de forma silenciosa, aquilo que ela realmente sentia.

E Austin… bom, ele já não se imagina longe de Ally. A cada segundo que passa, milhares de pensamentos envolvendo Ally passam por sua cabeça. Ele imaginava o quão bom seria puder tê-la em seus braços e o quão maravilhoso seria puder saciar-se com seus doces e quentes lábios carnudos toda a vez que a visse. Porém, ele sabia que a culpa da nova situação em que eles dois se encontravam era dele, mas também não adiantava nada ele ficar por aí se lamentando…

O tempo não volta atrás, agora ele tem que correr atrás do prejuízo e lutar pelo que sente por Ally.

As aulas já tinham terminado e todos os alunos estavam reunidos no pátio da escola, esperando que o diretor fizesse o comunicado que tinha sido anunciado a alguns minutos atrás.

–Bom meus caros alunos, espero que essa primeira semana de aulas tenha sido produtiva e que tenha servido para os novos alunos se ambientarem ao nosso maravilhoso estabelecimento e se integrarem com o resto dos estudantes. Como é habitual, eu vou informar e relembrar todos vocês das regras do colégio, que eu espero que sejam compridas à risca! …………… Os garotos e as garotas não podem entrar nos dormitórios do sexo oposto. E por último e não menos importante, a nova regra adquirida pelo colégio Marino High esse ano é a seguinte: A partir de agora, é estritamente proibido que os alunos se beijem no colégio. Fim de comunicado, podem voltar para os seus afazeres. – Fala o diretor mantendo uma postura rígida o tempo todo. Assim que a última regra foi mencionada, um tumulto por entre os alunos começou. E também nesse momento, Austin e Ally se encararam inevitavelmente, demonstrando perfeitamente que pensamento tinha vindo na cabeça de ambos.

POV Ally

Depois daquele discurso besta do diretor, todos nós fomos para nossos respetivos quartos. Trish e Rydel estavam fazendo as malas para irem passar o final de semana a casa e a cada peça de roupa que elas colocavam na mala voltavam a perguntar:

–Ally, você tem certeza que não quer que a gente fique aqui com você? Não custa nada e a gente não se importa. – Fala Trish a mesma coisa pela milésima vez.

– Não, não e não. Eu fico bem meninas e além disso, eu tou precisando de um tempo sozinha para... – Falei desabando na cama, mas Rydel me interrompeu antes mesmo de eu terminar minha fala, completando ela mesma a minha frase.

–Para pensar no Austin? – Pergunta Rydel, quase como se estivesse fazendo uma afirmação. Semicerrei os olhos e ela riu. – Que foi? Não vai dizer que é mentira, porque eu te conheço.

–Tá bom, tá bom. É verdade, eu preciso pensar no que está acontecendo entre a gente. Mas não é só nele… é na Kira, na Cassidy, nessa minha nova vida… na minha mãe. – Falei sussurrando a última parte.

– Ally, se você quiser desabafar com a gente sobre a sua mãe pode faze-lo. Nós somos suas amigas e te amamos muito. A única coisa que queremos é ver seu lindo sorriso todos os dias estampado em seu rosto. – Fala Rydel se sentando no chão, junto à minha cama, sendo acompanhada por Trish.

–Não há muito pra falar sobre esse assunto. A minha mãe era uma mulher incrível, doce, amorosa… não havia um dia em que ela não dissesse que me amava. Ela dizia que eu e Brady eramos as pessoas mais importantes da vida dela. – Nesse momento as lágrimas começaram a descer livremente por meu rosto, mas eu não me importei com isso, afinal eram as minhas melhores amigas que estavam vendo elas. – Até que houve um dia, em que eu acordei e não achei ela em lugar nenhum. Comecei a entrar em desespero, não sabia o que fazer. Até que eu encontrei um bilhete dela, dizendo que tava na hora de ela tomar um novo rumo na sua vida… sem nós. Comecei a chorar desesperadamente, querendo que tudo aquilo que eu acabara de ler fosse mentira, mas não era. E eu não passava de uma menina de 12 anos, que ainda precisava que minha mãe me abraçasse em dias de tempestade, que me aconchegasse mais ainda em seus braços a cada trovão que ecoasse no céu… que me fosse deitar todas as noites e me desse um beijo de bom dia. Eu fiquei uma semana agindo como se tudo estivesse normal, tentando fugir à realidade… e foi então que houve uma tempestade gigante e assustadora em Londres e ela não estava lá para me aconchegar e me fazer sentir segura. Foi nesse dia em que a realidade me bateu de frente, me mostrando que ela não ia estar mais lá pra mim, para o Brady ou para o meu pai. Todos nós sofremos muito com isso e nos tornamos pessoas diferentes em vários sentidos… Eu fiquei com medo de me apaixonar por alguém, porque um dia essa pessoa pode desaparecer da minha vida, me abandonar ou simplesmente me enganar, dizendo que sente uma coisa que na verdade não sente. Eu não quero sofrer novamente e muito menos sofrer como meu pai sofreu... Em contrapartida me tornei uma pessoa mais determinada e mais forte, por isso…

–Oh Ally eu… eu não imaginava que você e Brady tivessem passado por tudo isso. – Fala Rydel chocada, enquanto lagrimas desciam por seus olhos castanhos e o mesmo acontecia com Trish. Não sei se era da emoção, mas era bom sentir que elas me compreendiam e gostavam tanto de mim, a ponto de compartilharem o meu sentimento de dor.

–O Brady e eu somos muito unidos e em parte é por causa disso. Eu amo muito meu irmão e não teria aguentado a ausência de minha mãe sem ele. Ele é a pessoa que eu mais amo nesse mundo todo, sem ele eu não seria nada. – Falei limpando minhas bochechas molhadas.

–Agora você também tem a gente e os garotos, e todos nós amamos muito você e seu irmão. – Fala Trish toda emocionada.

–Eu não quero que vocês tenham pena de mim. – Resmunguei recebendo um olhar furioso de ambas as partes.

–Pena quem tem são as galinhas. E a gente não tem pena de você coisa nenhuma… a gente tem orgulho…– Fala Trish com firmeza.

–Orgulho em ter uma amiga tão maravilhosa e lutadora quanto você. – Fala Rydel completando a fala de Trish. Não respondi nada, apenas pulei da cama e abracei as duas garotas à minha frente como se o mundo dependesse disso.

–A gente te ama Ally. – Falaram elas duas em uníssono e com voz de choro.

–Eu também amo vocês. – Falei do mesmo jeito que elas.

–E Ally…Não deixe que mesmo sua mãe estando longe de você, te impeça de ser feliz. Você já sofreu demais por ela… não continue sofrendo. Acredite que há gente capaz de te amar de verdade e você vai ser a garota mais feliz do mundo. – Fala Rydel ainda abraçada em mim.

–Tá, tá, vamos parar com isso, porque senão daqui a pouco a gente inunda o quarto. – Falei me desenvencilhando do abraço sufocante delas.

Logo elas já tinham terminado de fazer as malas e estavam indo para a saída do colégio.

–Vou sentir saudade de você. – Fala Rydel fazendo beicinho.

–E de mim não? – Pergunta Trish indignada.

–Ah são só dois dias Trish e além do mais, você passa a maior parte do tempo enfiada na minha casa. – Retruca a loira.

–Verdade. – Concorda Trish soltando uma risadinha.

–E Ally pensa naquilo que eu te disse antes. E só mais uma coisa… esqueça o que aconteceu no passado ou pelo menos tente esquecer… Viva o seu presente e anseie por seu futuro. O que aconteceu, aconteceu e não há volta a dar, mas agora é você quem faz as regras e é você quem decidi o caminho e a direção que deve seguir na sua vida. Não desista de seus sentimentos, só porque tem medo. Eu vi o beijo que você e o Austin deram, e acredite que eu nunca vi um amor tão bonito como o vosso, nunca vi duas pessoas transmitirem tanto sentimento em apenas um beijo… é óbvio que vocês gostam muito um do outro. – Fala Rydel me olhando profundamente, mantendo uma postura séria. Me senti ainda mais confusa ao ouvir suas palavras… é tão difícil perceber o que é o certo na minha vida.

–Você e o Austin se beijaram de novo? Quando? Porque ninguém me contou?– Pergunta Trish fazendo o maior escândalo.

–Sim, eles se beijaram de novo e foi hoje no fim da apresentação deles, depois que as cortinas se fecharam. – Responde Rydel toda empolgada. Menina maluca… é por isso que eu amo ela.- E ninguém te contou, porque não é da sua conta. Tou brincando… apenas achei que se a Ally quisesse que você soubesse, te contaria ela mesma. – Esclarece Rydel e a Trish murmura um simples “Entendi”.

–Como é que você sabe tudo isso? Foi o Austin que te contou? – Perguntei ficando um pouco alterada, só de pensar que ele poderia ter contado sobre o nosso beijo para mais alguém. Eu não quero que o Riker saiba de nada disso.

–Não sei se você percebeu, mas eu disse que vi o beijo, por isso não foi o meu irmãozinho que me contou não. Eu vi mesmo, com esses meus dois olhinhos castanhos. E foi lindo… – Fala ela suspirando com uma cara de boba. Sério, eu ainda não tou entendendo como é que ela viu o beijo. Ou ela consegue ficar invisível ou tem visão raio x, porque eu não me lembro de ter alguém lá com a gente no palco. Bom tinhas os garotos que tocaram com a gente, mas eles fugiram como uns desalmados assim que as cortinas se fecharam.

–Eu ainda não entendi. – Comentei, fazendo ela revirar os olhos pela minha lerdeza.

–Como é que você acha que as cortinas se fecharam? Por passe de mágica? Óbvio que não, né! Fui euzinha aqui, toda linda e diva que fechei elas! – Fala ela jogando os cabelos para trás e fazendo uma pose estranha.

–Foi você? Porque você fez isso? – Perguntei irritada.

–Fui eu sim. E eu fiz isso porque o Austin praticamente me implorou pra ajudar ele a ficar sozinho com você. E porque eu quero que vocês deixem de ser chatos e fiquem juntos logo. – Revela ela, me olhando com um olhar acusador. - Mas foi tudo um desperdício de tempo e energia, porque você não perdoou o meu irmãozinho. – Continua ela toda insatisfeita com a situação.

–Você perdoaria se estivesse na minha situação? – Perguntei seriamente.

–Se você me tivesse feito essa pergunta antes, eu diria que não… mas depois de um beijo daqueles, até pedido de casamento eu aceitava. – Fala ela como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

–Tá assim tão desesperada minha filha? – Pergunta Trish, rindo logo em seguida da cara de indignação da loira.

–Não eu não estou desesperada, porque eu não preciso. Eu tenho o meu Brady e ele é tudo o que eu preciso. – Fala a loira ficando com um sorriso gigante no rosto só de falar no meu irmão.

–Primeiro: SEU coisa nenhuma, porque o irmão é MEU. E segundo: Por favor, não começa a falar dele de novo. É que com tanto mel assim, eu vou acabar ficando com diabetes. – Falei implorando… é sério gente, quando essa menina começa a falar do Brady não pára mais. Ela fala, fala, fala… Urgh chega até a dar vontade de vomitar.

–Ciumenta e exagerada, minha nossa. E vocês têm muita sorte, porque os meninos estão vindo aí, porque senão eu ia mostrar pra vocês o que é mel de verdade. – Fala a loira se aproximando de mim e de Trish com um olhar sinistro.

–Você é louca… – Observou Trish. Logo os garotos se juntaram a nós nos cumprimentando.

–Oi meninas. – Falaram os irmãos Moon e o Dez em uníssono. Logo o olhar de Austin se voltou pra mim, mas eu fiz questão de ignora-lo e fingir que estava tudo normal.

–Oi. – Respondemos, eu e as meninas também ao mesmo tempo.

–Maninha mais linda da minha vida. Eu tive pensando e… –Começou meu irmão, mas logo eu o interrompi pois já sabia muito bem o que vinha aí.

–Você não vai ficar comigo no final de semana.– Falei rapidamente fazendo ele me olhar com os olhos arregalados e os outros rirem da reação dele.

–Como você sabia que eu ia dizer isso? – Pergunta Brady surpreso.

–Porque eu te conheço seu mané. – Falei sem paciência. Irmão lerdo, meu deus.

–Aff, que garota mais grossa, meu deus do céu. Mas eu tou falando sério Ally. A gente nunca ficou mais que algumas horas separados, por isso eu não sei se vou aguentar dois dias inteiros sem te ver. – Fala meu irmão fazendo beicinho e apertando minhas bochechas de forma carinhosa. O meu irmão é um fofo… é lerdo, mas é fofo.

–Own. – Falaram Trish, Rydel e Dez com cara de retardados. Sim, o Dez também falou.

–Alerta … alerta… viado à vista. – Fala Rocky debochando.

–Quem? O Brady ou o Dez? – Pergunta Ryland se divertindo com a situação.

–Acho que os dois, mas o Brady ainda consegue ser mais viado que o Dez. – Responde Rocky tentando manter a seriedade, só que não conseguiu, porque logo começou a rir junto com a gente.

–Ei, o meu ruivinho lindo não é viado, tá?! – Falei abraçando Dez de lado. Rapidamente o ruivo retribuiu o abraço, sorrindo convencido e logo estirou a língua para Rocky, que apenas revirou os olhos bufando.

–Até pode ser, mas o Brady não escapa. Viadinho praticamente assumido. – Diz Rocky ainda debochando de meu irmão. Sabem porque eu amo meus amigos? Porque eles conseguem ser ainda mais malucos que eu.

–Ei, ele não é viado coisa nenhuma. Ele é um fofo, isso sim. Deviam aprender algumas coisinhas com ele. – Fala Rydel defendendo meu irmão, que passou a encara-la com aquela carinha de idiota apaixonado, sabe? Aquela cara de bobo que ele fica sempre que vê a Rydel e que me faz ficar com uma vontade louca de socar ele… é, essa mesmo.

–Foi ela quem disse, não eu. – Fala Brady se achando.

–Convencido. – Falei cantarolando.

–Fica quieta macaquinha. – Ordena Brady sem olhar pra mim.

–Fica quieto você, macaco de um raio. – Falei indignada.

–Tá bom, sua chata. Mas agora me responde, porque você não quer que eu fique com você? – Pergunta ele direcionando seu olhar pra mim novamente.

–Porque que eu saiba você tem um encontro esse final de semana e eu não permitiria de jeito nenhum que você desmarcasse. – Relembrei, olhando seriamente pra ele.

–Eu sei, mas eu fico triste por ficar sem você tanto tempo. – Fala ele com uma carinha triste.

–O meu macaquinho tá carente. – Falei abraçando ele.

–Verdade, tou sim. – Fala ele rindo dele próprio.

–Então usa essa sua carência na Rydel, porque eu não tenho paciência pra isso. – Falei me desenvencilhando de seus braços e ele bufou irritado pela minha atitude.

–Coisa chata. – Resmunga ele, cruzando os braços.

–Posso ser chata, mas você me ama. E mais uma coisinha Brady… eu acho bem que você faça a Rydel ter o melhor encontro da vida dela, porque senão… você me conhece, portanto você já sabe o que eu faço com você... - Falei em um tom ameaçador, quase como se estivesse dizendo: “Faça a minha loirinha feliz ou eu acabo com você.”

–Eu sou seu irmão Ally, você devia se preocupar comigo... inacreditável, isso é inacreditável. – Fala o meu irmãozinho querido todo emburradinho.

–Preocupar-me com você porquê? Não me diga que a Rydel vai sequestrar você e te prender num armário escuro e apertado. – Falei fazendo um falso drama e Brady me fuzilou com o olhar.

–Não me dê ideias Ally. – Fala Rydel entrando na brincadeira e meu irmão a olhou surpreendido.

–Até você Rydel? – Pergunta Brady chocado.

–Foi mal, mas é que você fica muito fofo com essa carinha de emburradinho. – Fala a loira se aproximando de meu irmão, que a abraçou prontamente.

TANTO MEL! – Reclamamos, eu e Rocky, gritando ao mesmo tempo, fazendo os outros rirem da nossa reação exagerada.

– Já paramos, já paramos … seu bando de invejosos. – Fala Brady levantando as mãos em sinal de rendição e nos lançando um falso olhar reprovador.

–Uhm, Ally? – Fala Riker chamando a minha atenção e consequentemente a de todos os outros.

–Que foi? – Perguntei calmamente.

– Ally eu queria falar com você em privado, pode ser agora? – Pergunta Riker me surpreendendo.

– Claro. Bom, tchau gente linda, tchau ruivinho mais lindo da minha vida e tchau macaquinho. – Falei e rapidamente Riker pegou em minha mão e me puxou para dentro do colégio. Assim que chegamos em uma área do colégio que estava totalmente vazia, ele começou a falar.

–Bom, eu só queira dizer que você pode contar comigo pro que der e vier. – Fala ele segurando minhas mãos firmemente.

–Você já soube, não já? – Perguntei me referindo ao assunto da minha mãe que todo o colégio de certeza já anda comentando.

–Já, mas isso não muda nada. E isso só me fez perceber que você é ainda mais forte do que eu imaginava. E eu queria te pedir uma coisa… – Fala ele olhando bem no fundo dos meus olhos. Nesse momento meu coração se acelerou de uma maneira inexplicável. Mas não daquele jeito, sabe? Não era daquele jeito que só acontece quando o Austin está perto de mim, com o Riker era diferente… ele acelerou por medo. Medo, porque ele quer algo de mim que eu não posso dar, porque infelizmente já pertence a outro.

–Riker… – Foi a única coisa que saiu da minha boca, o nervosismo tinha tomado conta de mim e eu não sabia o que fazer.

–Calma, eu não te vou pedir em namoro… ainda. Eu só quero que você me diga que me vai dar uma oportunidade. É só isso que eu te peço, uma oportunidade. Uma oportunidade pra me deixar conquistar você e te provar que eu gosto de você de verdade e que te posso fazer feliz. – A cada palavra que saia de sua boca, eu ficava mais nervosa, meus pensamentos iam e vinham, sempre focados no Austin. O que eu vou fazer?

–R-Riker eu não sei... – Eu tentei dizer alguma coisa que fosse no mínimo coerente, mas eu travei completamente. Nunca imaginei que pudesse passar por isso. Dois garotos, que por coincidência do destino são irmãos, estão (dizem eles) apaixonados por mim. Porquê que isso só me acontece a mim? Me ajuda meu santo picles. Se é que você existe… meu deus eu não acredito que eu disse isso… Dahh, é claro que o Santo Picles existe, de onde você acha que os picles vieram, hein menina Ally Dawson?

–Eu sei que você tá confusa e nesse momento você tem muita coisa para assimilar nessa sua cabecinha linda, mas você também não precisa dizer nada agora. Eu não quero te pressionar Ally. E eu também sei que você não gosta de mim como eu gosto de você, mas eu só estou te pedindo uma chance pra te puder conquistar. Só isso… – Fala ele ainda olhando em meus olhos.

–Por essa é que eu não esperava. – Murmurei sem querer e ele me olhou como se estivesse tentando entender o que eu falei. Sorri timidamente… Ally Dawson tímida, onde é que já se viu? Continuando… sorri pra ele e comecei a falar, sendo o mais sincera possível. – Riker eu não quero te dar falsas esperanças. Eu não quero me magoar e muito menos te magoar! Olha, eu gosto muito de você, mas não desse jeito. E se eu te der essa “chance” que você me tá pedindo, eu vou acabar te iludindo e eu não quero isso. – Falei sendo sincera.

–Esse é um risco que eu estou disposto a correr por você e pelo que eu sinto por você, que é mais forte do que eu alguma vez imaginei que fosse. Me dá essa oportunidade, por favor. - Fala ele, determinado em seguir em frente com essa sua decisão. Suspirei frustrada por não saber o que fazer e ele pareceu entender essa minha confusão e baixou a cabeça, esperando que eu falasse alguma coisa. Desviei meu olhar do loiro à minha frente e fiquei fitando o nada, até que outro loiro apareceu e me encarou com aqueles olhos castanhos que me têm deixado louca nesses últimos dias. Suspirei pesadamente, assim que uma ideia veio em minha mente. Eu sei que é errado, mas talvez essa seja a única maneira de fazer ele (Austin) se afastar de mim.

–Tá bom. – Disse simplesmente.

–Tá bom? – Pergunta Riker com os olhos arregalados e um sorriso gigante.

–É, eu aceito te dar essa chance. – Falei com muito custo e o loiro (Riker) pulou pra cima de mim e me abraçou fortemente.

–Obrigada Ally, eu prometo que você não vai se arrepender disso. – Fala ele depois de separar o abraço. Austin ainda continuava parado no mesmo sitio de antes. Ele nos olhava confuso e ao mesmo tempo com raiva e… O que eu tou fazendo?

–Riker… –Tentei falar, mas fui interrompida pelos lábios do garoto que se encostaram por breves segundos nos meus, formando um selinho inesperado. Os olhos de Austin se arregalaram e foi possível ver a deceção e a tristeza presente neles… uma lágrima escorreu dos olhos dele e quase como que por sincronia, uma lágrima desceu dos meus também, mas eu a limpei antes que algum dos dois a pudesse ver. O sorriso de Riker estava enorme e radiante, era evidente a felicidade que ele estava sentindo naquele momento.

–Acredite Ally, você tá fazendo a coisa certa. – Fala Riker antes de me voltar a abraçar. Olhei mais uma vez para o sitio onde Austin estava, mas agora ele já não se encontrava lá. Fechei os olhos fortemente e o primeiro pensamento que veio na minha cabeça foi: “Se tudo indica que eu estou fazendo a coisa certa… então porque eu sinto que não estou?”

POV Austin

– Ally eu queria falar com você em privado, pode ser agora? – Pergunta Riker surpreendendo todos nós, principalmente a minha morena. Sim minha morena, algum problema com isso? Não? Bem me parecia.

– Claro. Bom, tchau gente linda, tchau ruivinho mais lindo da minha vida e tchau macaquinho. – Riker pegou a mão da garota e saiu puxando ela para dentro do colégio, me deixando curioso sobre o que ele quereria falar com ela para ter que ser em privado. Alguns minutos depois de eles terem saído, inventei uma desculpa qualquer e saí à procura deles. Fiquei vagueando pelos corredores, mas nada deles aparecerem. Até que eu virei em um corredor praticamente vazio e lá estavam eles. Eles estavam parados, um em frente do outro. Ally me olhou e o nervosismo pareceu tomar conta dela. Ela voltou seu olhar para meu irmão e falou:

–Tá bom. – Tá bom? Tá bom o quê?

–Tá bom? – Pergunta meu irmão como se não estivesse acreditando. Não era possível ver seu rosto, porque ele estava de costas pra mim, mas a felicidade presente em sua voz era evidente.

–É, eu aceito te dar essa chance. – Fala Ally, olhando de soslaio pra mim. Meu irmão rapidamente a agarrou e lhe deu um abraço apertado. Meus punhos se fecharam instantaneamente e meu sangue começou a ferver. Não só pelo abraço dos dois, mas também por eu não saber o que tava acontecendo afinal.

–Obrigada Ally, eu prometo que você não vai se arrepender disso. – Fala meu irmão logo após separar o abraço. Não se vai arrepender do quê? Será que dá pra alguém me explicar o que tá acontecendo aqui?

–Riker… –Ally tentou falar alguma coisa, mas foi interrompida por meu irmão, que sem eu contar, lhe tascou um beijo que me fez ficar completamente sem chão. Então era a isso que ele se referia. Eles estão juntos? Meus olhos começaram a ficar com uma ardência insuportável e logo uma lágrima desceu por meu rosto. Não aguentei mais ficar a assistir aquela cena, por isso fui embora. Comecei a andar rapidamente até à saída do colégio, passando reto por meus irmãos e meus amigos que me olharam confusos.

–Austin? Cara onde você vai com essa pressa toda? – Pergunta Rocky divertido.

–Embora daqui. – Respondi secamente. Ele me olhou confuso e pareceu analisar meu rosto por alguns segundos.

–Mano tá tudo bem? Tá com uma cara. – Fala ele agora mais sério. Logo todos passaram a me encarar preocupados, mas sinceramente, eu não tava com paciência para interrogatórios.

–Tá tudo bem. Eu só quero ir embora daqui. – Falei tentando parecer mais calmo. Eles pareceram não acreditar na minha resposta, mas não fizeram muito caso da situação.

–Como quiser. – Murmura Rocky meio inconformado com a minha resposta.

–Gente cadê o Riker? Eu quero ir embora. – Resmunga Ryland. Momentaneamente meu sangue começou a ferver de novo só de falar o nome dele. Eu nunca pensei em chegar ao ponto de não conseguir nem ouvir o nome do meu irmão, por causa de uma garota. E que garota. Sabe, eu admito que eu errei feio com ela, mas eu sei que ela gosta de mim. Então porque ela tem que fazer uma coisa dessas comigo?

Segundos depois, Riker voltou todo sorridente e se juntou a nós, colocando o braço sobre meu ombro, fazendo seu corpo ficar apoiado no meu. Tentei não deixar transparecer minha ira, mas se alguém não dissesse alguma coisa rapidamente, eu era bem capaz de socar ele.

–Então vamos? – Pergunta Dez, me olhando apreensivo. É, o bom de ter um melhor amigo, é que ele sabe sempre quando deve intervir.

–Vamos. – Fala Ryland andando, quer dizer, correndo até à saída. Tanta pressa não sei pra quê. Riker me olhou sorrindo e logo minha raiva voltou.

–É isso aí Ryland. Vamos embora. – Falei empurrando Riker e correndo para acompanhar Ryland. Parece que eu também fiquei com uma súbita vontade de correr.

Logo já estávamos todos dentro do carro. Me encostei à janela do carro e fiquei em silêncio durante o resto da viagem para casa. Assim que chegamos, corri para meu quarto, sem nem cumprimentar meus pais e me tranquei nele. Fiquei por lá durante o resto do dia, apenas eu e o meu violão, que transformava meus sentimentos em uma bela melodia. Uma letra veio em minha cabeça, descrevendo tudo aquilo que Ally me fazia sentir, me fazia desejar, me fazia querer…!

POV Brady

Cerca de 30 minutos depois de ter saído do colégio, finalmente cheguei em casa. Peguei minha mala e fui até a porta, a abrindo logo em seguida.

–Oi pai. – Falei assim que entrei dentro de casa. Meu pai estava parado e me encarava de um jeito estranho. Ele estava com um sorriso gigante e um olhar divertido. Nem parecia o mesmo homem de alguns meses atrás.

–Oi filho. Como foi o colégio? Se divertiu? Fez amigos? Conheceu alguma garota especial? – Pergunta ele, quase que sem nem parar para respirar. Acho engraçada essa nova versão do meu pai… quer dizer, ele já foi um pouco assim, mas desde que a minha mãe foi embora que ele ficou frio e distante. Fico feliz em saber que o nosso velho pai está voltando, mas numa versão melhorada.

–Calma pai. O senhor sabe que todo o mundo precisa de ar pra sobreviver, né? – Falei e ele revirou os olhos. – Mas respondendo às suas perguntas. O colégio é ótimo e eu me diverti bastante. Fiz muitos amigos. E não, eu não conheci nenhuma garota especial. – Assim que eu disse a ultima parte, ele arqueou e passou a me encarar desconfiado.

–Você sabe que eu não acredito nisso, não sabe? – Pergunta ele rindo.

Mas é verdade. Eu não conheci nenhuma garota especial lá no colégio, porque na verdade eu já a tinha conhecido antes de entrar pra lá. – Falei e ele quase pulou em cima de mim, por conta da curiosidade. Começo a achar que se calhar ele bateu com a cabeça.

–O quê? Quem? – Pergunta todo animado.

–Aquela amiga da Ally, a Rydel. – Revelei.

–Quem? A cacheadinha ou a loirinha? – Como ele não consegue decorar os nomes delas, chama elas assim. Ao Dez ele chama “cabeça de fogo”, por isso o nome que ele colocou a elas até que não está muito ruim, comparado com o que ele deu ao Dez.

–A loirinha. – Respondi sorrindo.

–Uhm, bonita ela, né?– Fala ele com um sorriso malicioso. É sério, quem é esse e o que é que ele fez com o meu pai?

–Muito bonita.- Afirmei todo abobalhado. - E eu vou sair com ela amanhã.

–Que bom meu filho. Você gosta muito dela, não gosta? – Pergunta ele sorrindo carinhosamente.

–Muito pai, muito mesmo. – Admiti fazendo ele me olhar, meio que emocionado.

–Fico muito feliz por você meu filho. E por falar em filho, cadê a sua irmã, hein? – Pergunta ele olhando em volta em busca de algum sinal de Ally. Agora é que vão ser elas.

–Bom, essa é uma longa história. – Falei rindo para disfarçar meu nervosismo, mas ele me conhece muito bem, por isso viu logo que tinha acontecido alguma coisa.

–O que foi que sua irmã fez dessa vez? – Pergunta ele seriamente.

–Agrediu uma garota e ficou de castigo durante esse final de semana. – Falei rapidamente, esperando que ele não entendesse o que eu disse… mas ele entendeu.

–O QUÊ? Mas o que raio é que essa garota tem na cabeça? – Meu pai do céu bendito. Ele tava tão irritado que eu posso até jurar que vi fumaça saindo do nariz dele.

–E você ainda me pergunta? O pai aqui é você, não eu. – Falei cruzando os braços e ele me olhou escandalizado.

–Brady. – Repreende ele.

–Foi mal, escorreguei um pouco no estilo “Ally Dawson” de ser. – Falei um pouco sem jeito. Tenho que tomar cuidado, acho que a “sem noção” da Ally é contagiosa.

–Tudo bem, mas o que foi que aconteceu pra sua irmã agredir a garota? Porque a sua irmã pode ser louca, mas não é injusta. – Fala ele se sentando no sofá.

–Bom deixa eu ver… Ah sim, a garota xingou a Ally, jogou as malas dela na piscina e ainda provocou a Ally depois….

–Então só tenho uma coisa a dizer…. Foi bem feito pra ela e aposto que ainda devia ter apanhado mais. – Fala meu pai todo satisfeito com o que a Ally fez. Eles são tão parecidos em certas coisas que até me assusta.

–Ainda não acabou. Infelizmente, durante alguns dias elas tiveram que dividir o quarto e num desses dias a Kira, a tal garota, trancou a Ally no quarto e…

–O que sua irmã fez? – Pergunta ele todo entusiasmado. Sabe aquela expressão com que você fica quando está vendo o melhor filme de sempre… a expressão dele era exactamente essa.

–Ela pulou a janela do quarto, que por acaso fica no segundo piso… e sinceramente, ainda não sei como ela não quebrou nada… – Falei pensativo.

–Sua irmã é um osso duro de roer. – Comenta meu pai com um sorriso bem estranho no rosto. E quando eu digo estranho, eu quero dizer arrepiante.

–Continuando… depois de ter pulado a janela do quarto, ela entrou pela janela da sala onde estava a Kira e bateu nela em frente de toda a turma. Ally tem sorte por ser novata, porque senão era bem capaz de ter sido expulsa.

–A sua irmã é completamente louca. – Fala o meu pai como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Apenas ri em resposta e fui para meu quarto descansar. Vai ser um longo final de semana… sem a minha maninha, a minha vida fica entediante. O bom é que eu vou estar com a Rydel.

Me deitei na cama e fiquei pensando mentalmente em todos os detalhes pro meu encontro com Rydel, até que adormeci.

POV Ally

Desde o sucedido com o Riker que eu não saí mais do meu quarto. Chorei, me lamentei, ri que nem louca, soquei a almofada, sorri abobalhada e por fim, depois de toda essa bipolaridade… adormeci. Não faço ideia de quantas horas eu dormi, mas acabei sendo despertada pelo som de alguém batendo na minha porta. E como eu não estava nos meus melhores dias, me levantei irritada e comecei a gritar para a pessoa do lado de fora, que eu ainda nem sabia quem era.

– Olha seja quem for, se prepara, porque quando eu abrir essa porta, vou bater na sua cara por me acordar no meio do meu sono de beleza. Ouviu bem, seu grandessíssimo filho de uma p…- Gritei furiosa, até ao momento em que abri a porta e me deparei com uma certa figura masculina, que teve a santa ideia de me colocar de castigo. Meus olhos se arregalaram e minha reação imediata foi tentar emendar o que eu ia falar. – Boa noite, meu caríssimo diretor.

–Vai bater na minha cara senhorita Dawson? – Pergunta ele com um sorriso discreto no rosto. Minhas bochechas queimaram e eu fiquei estática. Que mico gente!

– Não, claro que não… foi mal. É que esse não tá sendo um dos meus melhores dias. – Admiti meio sem jeito.

–Tudo bem. Bom eu só queria me certificar que a menina não tinha tido a fantástica ideia de escapar do colégio. - Fala ele ironicamente.

–Eu não tinha tido essa ideia… até agora. – Falei sorrindo maldosamente pra ele.

–Menina Dawson. – Repreende ele. – Bom, boa noite e juízo nessa sua cabecinha.

Após essas palavras ele foi se embora, me deixando ainda mais irritada. Sério que ele só veio aqui pra isso. E jura que eu tive que acordar, me levantar e ainda abrir a porta, só pra ter que olhar para essa cara de troglodita por meio segundo. Fala a sério, né gente!?

Olhei as horas no relógio e vi que faltava cerca de 30 minutos para a cantina começar a servir o jantar. Ainda pensei em dormir mais um pouco, mas eu já tinha perdido o sono. Saí do quarto e fui para a frente da cantina, me sentei no chão e fiquei encarando a porta. Sorte a minha que o colégio está praticamente vazio, senão as pessoas iam dizer que eu tenho alguma demência na cabeça. Tava bem distraída com meus próprios pensamentos, até que um certo viadinho me chama, fazendo eu quase ter um treco por causa do susto. Viadinho idiota.

–Oi Ally. – Cumprimenta Dallas, se sentando do meu lado.

–Oi? Oi? Oi um ova… quer matar do coração idiota? – Rezinguei enfurecida.

–Foi mal. – Se desculpa ele, rindo de mim.

–Não tou vendo qual é a piada. – Falei grossa e ele riu ainda mais. Revirei os olhos e continuei encarando a porta da cantina como antes. Ele parou de rir e me encarou curioso.

–Tá fazendo o quê? – Pergunta ele em um tom divertido.

–Pensando! – Disse eu, simplesmente.

–Pensando no quê? – Pergunta ele, também encarando a porta, como se estivesse à procura de algo que justificasse toda aquela atenção que eu estava dando a ela.

–No que eu vou comer agora no jantar. Cara eu tou morrendo de fome, mas a porra da cantina ainda não abriu. Sério, se eu não comer dentro de alguns minutos, vou ter um troço qualquer e vou cair aqui redonda no chão. – Falei seriamente e ele gargalhou escandalosamente, me fazendo encara-lo como se ele fosse louco. E a maluca depois sou eu.

–Como é possível você estar sempre comendo e mesmo assim continuar magra? –Pergunta ele me analisando de cima a baixo, o que me deixou meio constrangida.

–Sei lá. Às vezes eu acho que tenho um buraco no estomago, por isso que eu como e não engordo. Pra onde será que vai a comida? – Admiti e perguntei pensativa.

–Não sei pra onde ela vai, mas você tem sorte. Se eu comer mais do que aquilo que devo, fico logo parecendo um badocha, por isso que eu tenho sempre muito cuidado com a alimentação. – Fala Dallas com cara de frustrado. Pois é minha gente, Ally Dawson é incrível em tudo, nem toda a gente tem essa categoria toda.

Fica longo parecendo um badocha? Você já parece meu filho. Se eu não soubesse que você é um garoto, eu dizia que você tá grávido. – Falei com a expressão mais séria que pude, mas logo comecei a rir.

–Se com isso, você quer dizer que eu sou o cara mais gostoso à face da terra, então eu concordo. – Fala ele todo convencido, o que me fez rir de novo. Antes que eu tivesse a oportunidade de dizer alguma coisa que humilhasse totalmente esse viadinho de cabelo lambido, uma das cozinheiras abre a porta da cantina, me fazendo levantar num pulo.

–FINALMENTE. Obrigada meu santo picles. – Gritei, festejando, enquanto fazia uma dancinha, um tanto ridícula. A senhora me olhava assustada e o Dallas estava vermelho de tanto rir. Parei com aquela ceninha toda e me recompus. - Que foi? Nunca viu uma garota feliz? Eu hein… – E entrei na cantina, fingindo que nada tinha acontecido. Logo Dallas me acompanhou e jantamos em meio de palhaçadas e risadas escandalosas.

Agora estávamos na sala de convívio assistindo um filme de terror que passava na TV. E por incrível que pareça, em vez de ser eu a pular para os braços de Dallas com medo, era ele a pular para os meus braços.

–Calma Dallitos, o homem mau da TV não vai sair e pegar você, relaxa. – Falei fazendo voz de bebé e acariciando seus cabelos. Ele soltou seus braços de meu corpo e me olhou envergonhado.

–Eu não tava com medo, eu tava com frio, por isso que eu abracei você. – Fala ele fazendo uma voz grossa de macho, completamente ridícula.

–Frio? Por isso você gritou feito menina? Porque tava com frio? – Perguntei zombando dele.

–Tá bom, chega de filme de terror por hoje. – Fala ele desligando o filme.

–Não, porque você fez isso? Agora era aquela parte em que o cara se soltava e torturava o assassino. – Falei enfurecida e quase esganando o garoto, que fugia de mim assustado.

–Agora é você que tá parecendo uma assassina. – Diz ele com um olhar aterrorizado.

–Coloca o filme de novo. – Falei, ignorando o seu comentário anterior.

–Esse filme é um saco, vamos antes conversar um com o outro. – Fala ele se aproximando de mim receosamente.

–Tá bom. – Assenti contrariada.

–Ótimo, do que você quer falar? – Pergunta ele, me olhando fixamente.

–Uhm… Espera, o que você tá fazendo aqui? Não era pra você estar em casa a essa hora? – Perguntei mudando totalmente de assunto. Nossa, como é possível, eu só ter percebido que ele não devia estar aqui, agora?

–Ah isso. Meus pais viajaram, e era isso ou ter que ficar na casa de Cassidy e da Débora. E sinceramente, eu não tou muito afim de olhar pra cara da Cassidy tão cedo. – Admite ele com uma expressão triste.

–Vocês se davam muito bem, não era? – Perguntei cautelosamente. Como eu não gosto que se intrometam na minha vida, também evito me intrometer na dos outros, mas eu tava curiosa gente.

–Muito mesmo. Eramos praticamente inseparáveis. E antes de virmos para esse colégio a Cassidy não era assim, mas ela está tão obcecada por Austin, que já não mede as consequências dos seus actos. Ela está descontrolada e você não merecia o que ela fez pra você. – Fala ele desgostosamente e com um olhar de culpa estampado no rosto.

–Mas você não tem nada haver com o que ela faz e não tem que se sentir culpado por isso, ouviu bem? Eu gosto muito de você e posso até mesmo afirmar que você é um dos meus melhores amigos e eu fico muito feliz por saber que você se preocupa tanto assim comigo. – E dito isso, abracei ele calorosamente e ele retribuiu do mesmo jeito. Ficamos mais um tempo conversando, mas logo bateu o sinal de entrada para os dormitórios

–Ah, qual é? Agora que o papo tava ficando interessante. Estupida campainha, ou sino ou seja lá que porra for, tinha mesmo que tocar agora? – Reclamei bufando e Dallas riu.

–Você está sempre reclamando e xingando alguma coisa, né? – Pergunta ele ainda rindo da minha cara.

–Enquanto eu não reclamar e xingar você, se dê por satisfeito. – Falei me levantando e dirigindo para as escadas.

–Boa noite pra você também sua sem educação. – Fala ele indo para as escadas do lado contrário, ou seja, as que iam dar ao dormitório dos rapazes.

–Boa noite… sonhos cor de rosa viadinho. – Falei e corri escada acima, rindo que nem uma louca.

Assim que entrei no meu quarto tomei banho, fiz minhas higienes e me preparei pra dormir.

Me deitei na cama e fiquei pensando em tudo o que tava acontecendo… pensando no Austin. Eu não conseguia tirar da cabeça o nosso beijo. Por mais que eu tenha tentando, o sabor dos lábios do garoto ainda continuavam em minha boca e a sensação de sentir suas mãos macias tocando e acariciando minha pele, me causava arrepios só de até mesmo lembrar. Eu não queria ter dito aquilo para Riker e agora eu entendo isso, mas já não à volta a dar. Por mim eu ligava agora para Austin e dizia-lhe tudo o que vai na minha cabeça, tudo aquilo que eu sinto por ele, mas eu já fiz escolhas erradas demais, como me apaixonar por ele… não posso fazer mais nenhuma.

E foi pensando no Austin, que mais uma vez eu adormeci.

POV Austin

Senti a luz do sol iluminar meu rosto e comecei a despertar com muito custo. Acordei lentamente forçando meus olhos a se abrirem. Me levantei e fui me arrastando até ao banheiro, fiz minhas higienes matinais e desci pra tomar o café da manhã, com as mesmas roupas com que eu tinha dormido, uma calça qualquer e sem camisa. Assim que cheguei ao andar de baixo, já todos estavam lá conversando animadamente. Bom, quase todos. Rydel andava de um lado para o outro com cara de pânico, o que particularmente eu achei muito engraçado. Me aproximei da loira e agarrei seus ombros, obrigando ela a parar.

–Tá fazendo o quê sua maluca? – Perguntei fitando seus olhos castanhos.

–Tou andando, não tá vendo? – Fala ela se soltando de meus braços e continuando a andar do mesmo jeito que antes. Me sentei na mesa junto de meus irmãos e meus pais, cumprimentei eles e dei um beijo na testa da minha mãe como eu sempre faço.

–Bom dia família. Será que alguém me pode explicar o porquê da loira burra ali, estar andando de um lado para o outro feito doida? – Perguntei apontando pra Rydel, que semicerrou os olhos pra mim, assim que ouviu meu comentário.

–Porque você acha? A maluca tá toda nervosinha, porque hoje vai sair com o Brady. – Fala Ryland revirando os olhos e continuando a comer a torrada que tinha em sua mão.

–O QUÊ? A minha princesa tem um encontro? – Grita minha mãe toda animada, enquanto que meu pai se engasga com o pedaço de bolo que estava comendo.

–Repete lá, porque eu não devo ter ouvido bem! – Fala meu pai já se recompondo.

–Ai Mike deixa de drama. A nossa filha vai ter um encontro, isso não é maravilhoso? – Fala minha mãe abraçando Rydel que sorria timidamente.

–Não. A nossa filha ainda é um bebezinho, não pode ficar por ai saindo com… Garotos. – Fala ele dizendo a ultima parte com nojo. Ele tem noção que também é homem, certo?

–Deixa de ser careta Mike. Nossa filha já é uma mulher e pode sim, sair com garotos. – Fala minha mãe lançando um olhar intimidante para meu pai, que simplesmente se encolheu na cadeira e voltou a comer com cara de emburrado. Depois disso, eu e os garotos ficamos jogando vídeo game por muito tempo, parando apenas para almoçar, lanchar ou ir no banheiro. Tentei ignorar o facto de estar com raiva de Riker e agi normalmente.

POV Rydel

Depois daquele ataque do meu pai, e do nosso típico e bagunceiro almoço de família, fui para o meu quarto com minha mãe e ela me ajudou a escolher a roupa que eu ia levar hoje à noite no encontro com o Brady. E assim que já tinha tudo pronto para o encontro, me deitei na cama e fiquei encarando o teto. Senti meu celular vibrar em meu bolso, me avisando que tinha uma mensagem nova. Peguei ele e assim que vi de quem era a mensagem, um sorriso se formou em meus lábios.

Mensagem ON

Brady: Oi loirinha. É impressão minha ou nunca mais chega a hora do nosso encontro?- Sorri que nem uma boba, lendo a mensagem e decidi responder a ele.

Rydel: Impressão sua. O tempo só está passando, tipo, muito devagar kkkkk

Brady: Devagar demais pro meu gosto, mas enfim… pra quem já esperou tanto tempo, não custa nada esperar mais umas horas. Te adoro e te vejo logo à noite.

Beijos do SEU Brady.

Mensagem OFF

Depois disso não respondi mais nada, apenas fiquei pensando no quão maravilhoso esse garoto é e acabei dormindo.

Algumas horas depois acordei com alguém me cutucando. Abri os olhos lentamente e me deparei com o meu querido irmão gémeo que me olhava de um jeito estranho.

–Que você quer? – Perguntei sonolenta.

–Nada. – Responde Austin.

–Se você não quer nada, então porque continua aí especado feito panaca? E porque me acordou? – Perguntei irritada. Que foi? Ele atrapalhou meu sono, agora que arque com as consequências.

–Tou no tédio. – Fala ele fazendo beicinho. Apenas ri e me sentei de frente pra ele.

–Tá no tédio ou querer conversar? – Perguntei lhe lançando um olhar encorajador. Eu sabia que ele só estava ali, porque queria conversar sobre Ally. Ele fechou os olhos por um momento, e seu sorriso deu lugar a uma expressão séria. Era como se ele tivesse deliberando mentalmente se desabafava comigo sobre Ally, ou não. Depois de uns segundos, ele voltou a me encarar e sorriu tentando disfarçar a situação.

–É, eu tou no tédio mesmo e você não está ajudando. – Reclama ele indo para a porta do meu quarto. – Ah e se fosse a você começava a se arrumar, tem menos de 50 minutos pra ficar pronta. – Avisa ele com um sorriso provocador.

–O QUÊ? – Gritei apavorada. Praticamente me joguei no chão e gatinhei até ao banheiro. Tomei um banho rápido e saí correndo do banheiro. Sequei e penteei meus cabelos, vesti o vestido que minha mãe escolheu, calcei meu salto alto a condizer e fiz uma maquiagem que marcasse bem meu olhar, mas que não fosse nada de muito exagerado e passei um gloss rosa claro.

Estava terminando de me arrumar quando ouço a campainha de casa tocar. Subitamente meu coração se acelerou e comecei a tremer por todos os cantos.

–Calma Rydel, fica calma. Ai meu deus, será que é ele? – Falei pra mim mesma e logo minhas suspeitas foram confirmadas, quando comecei a ouvir um enorme alarido vindo do andar de baixo. Meus irmãos são uns histéricos.

Suspirei profundamente e sai do meu quarto. Comecei a descer as escadas lentamente, não só porque eu estava nervosa, mas também porque eu tava com medo de cair… os meus saltos altos são grandes demais pro meu gosto, mas são tão lindinhos.

Assim que coloquei o pé no último degrau, a atenção de todos se voltou pra mim me deixando envergonhada. Ficaram todos me encarando com a boca aberta e quando eu digo todos, é mesmo todos.

–Nossa… – Começa Ryland.

–Você… – Continua Rocky.

–Tá… – Prossegue Riker.

–Linda… – Continua agora Austin.

–Demais! – Completa Brady com um sorriso encantador no rosto.

–Own, obrigada meninos. – Agradeci envergonhada. - Vamos Brady? – Perguntei tentando me livrar daquela situação constrangedora e também porque eu queria ficar sozinha com ele logo. Ei, nada de pensar bobagens.

–Vamos. – Responde ele depois de muito tempo. Digamos que ele ficou me olhando como se estivesse paralisado. Ele segurou em minha mão e me levou até ao carro, abrindo a porta para que eu entrasse. Os bobos dos meus irmãos estavam parados na porta de casa e nos encaravam feito idiotas, acompanhando todos os nosso movimentos. Logo Brady também entrou no carro, se sentando do meu lado e deu algumas indicações, que eu não pode ouvir, ao motorista que logo deu partida, nos levando para um destino desconhecido por mim.

30 minutos… 30 minutos já se passaram e o Brady ainda não me disse para onde me vai levar e essa curiosidade está me matando!!! Ele estava bem bonito, como sempre. Mas hoje é um dia especial e sua beleza parecia se sobressair mais que o habitual… é loucura, eu sei. Seu cabelo estava bem arrumado, formando um topete perfeito, ele vestia uma camisa social branca, que caía perfeitamente em seu corpo ligeiramente avantajado pelos evidentes músculos que ele possui, vestia umas calças jeans rasgadas e a sua famosa sapatilha All Star preta. Esse é o dia porque eu tanto esperei e espero que seja tão perfeito quanto eu imagino… o garoto perfeito eu já tenho, agora eu só espero que o resto seja igualmente incrível.

–Por favor Brady! – Supliquei mais uma vez, fazendo cara de cachorrinho abandonado.

–Own, você fica tão fofinha quando faz essa carinha. – Fala ele apertando minha bochechas. – Mas não adianta você me olhar assim, porque eu não vou falar nada… Surpresa é surpresa.

–Nem se eu te pedir muito, muito. – Falei tentando persuadi-lo a me contar.

–Nem se você me beijasse eu te dizia… mas se quiser tentar eu não me oponho. – Fala ele com um sorriso malicioso.

–Bobo. – Falei dando um leve tapa em seu braço e ele soltou uma risadinha gostosa de se ouvir. Encostei minha cabeça em seu ombro e fui apreciando o resto da viagem em silêncio, enquanto observava todos os lugares por onde passávamos. Alguns minutos depois, senti o carro abrandar e logo em seguida parar, estacionando em frente de um parque (eu acho), ao qual eu nunca tinha vindo.

Brady saiu rapidamente do carro e abriu a porta do meu lado e deu espaço para que eu pudesse sair. Assim que saí do carro, Brady falou alguma coisa para o motorista e este foi embora. Ele me olhou com aquele sorriso adorável no rosto e falou:

–Vamos? – Pergunta ele estendendo a mão pra mim. Assenti e segurei sua mão, sendo assim guiada por ele para dentro do parque. Caminhamos um pouco por entre a escuridão, sendo apenas iluminados pela luz da lua e sinceramente, aquele suspense estava me deixando mais nervosa, mas o Brady parecia saber exactamente aquilo que estava fazendo. Depois de mais uns minutos caminhando, foi possível avistar uma luz em uma determinada zona do parque. Olhei para Brady e ele apenas sorriu em resposta.

Fomos andando em direção à luz e não sei porquê, mas à medida que nos aproximávamos o meu coração batia mais rápido.

POV Brady

Assim que chegamos ao local do nosso encontro, fui guiando Rydel até chegarmos ao local pretendido por mim. Foi impossível não sorrir quando vi os olhinhos de Rydel brilharem quando ficou frente a frente com a minha surpresa.

Aquele lugar era realmente bonito e é claro que com uma ajudinha minha ele ficou ainda melhor. Árvores grandes e verdejantes formavam um circulo em torno da gente, velas vermelhas e brancas iluminavam o local, pétalas de rosa estavam espalhadas pelo chão, fazendo uma espécie de caminho que nos guiava até ao centro, onde lá se encontrava estendida no chão uma toalha também vermelha e branca com uma cesta de piquenique em cima dela e luzinhas iluminavam as árvores, dando um ambiente mais romântico.

Um sorriso gigante brotou nos lábios de Rydel e isso só queria dizer uma coisa… ela gostou da surpresa!!!

–Brady, eu nem sei o que dizer. – Fala Rydel quase sem pestanejar. Seu olhar percorria cada centímetro do local, com uma curiosidade impressionante.

–Nem precisa. Eu só quero que esse dia seja tão inesquecível pra mim, quanto pra você. – Falei honestamente e ela se jogou em meus braços me dando um abraço apertado.

Assim que ela separou o abraço, um muxoxo saiu acidentalmente de meus lábios, fazendo ela sorrir envergonhada. Puxei-a levemente pela mão, fazendo-a andar junto comigo e se sentar de seguida. Comecei a tirar a comida de dentro da cesta de piquenique e a espalhar pela grande toalha.

–Pra quê tudo isso Brady? – Pergunta Rydel rindo, enquanto observava a quantidade, um pouquinho exagerada, de comida. Tá bom, talvez eu tenha exagerado muito, essa comida dá quase para alimentar uma equipe de futebol inteira.

–Pra você, assim você fica com muita opção de escolha. – Falei meio atrapalhado.

–Ah, assim eu vou ficar mal acostumada e gorda. – Fala ela olhando fixamente para a sua barriga, como se estivesse se imaginando gorda.

Mal acostumada você pode ficar, porque eu pretendo mimar muito você. Agora gorda, eu duvido que você fique, mas mesmo se isso acontecer eu vou continuar achando você perfeita. – Admiti e ela corou levemente. Acho tão fofo esse seu lado tímido.

Voltamos novamente a nossa atenção para a comida e começamos a petiscar o que eu tinha trazido. Em momento algum o silêncio se instalou entre nós, sempre conversávamos sobre alguma coisa e riamos como nunca.

Assim que terminamos de comer, nos deitamos sobre a toalha, observando o céu estrelado e a maravilhosa lua que nos iluminava de um jeito único.

–Obrigada. – Murmurou Rydel me deixando confuso.

–Porquê? – Perguntei, encarando-a.

–Por ter tornado essa noite, na noite mais especial da minha vida. – Diz ela, sorrindo timidamente.

–Então sendo assim… obrigada. – Falei me sentando e ela repetiu meu gesto e me encarou divertida.

–Porquê? – Pergunta ela me imitando. Ri e respondi sinceramente.

–Por estar aqui, por ter entrado na minha vida, por ser quem você é... por me fazer tão bem. – Falei sem desviar o foco de seus olhos.

–Você também me faz muito bem. – Fala ela, sorrindo carinhosamente pra mim. Me levantei e puxei-a junto comigo. Ficamos frente a frente, bem perto um do outro. Muito bem Brady Dawson é agora ou nunca.

–Eu preciso de te dizer uma coisa. – Falei seriamente. Ela me encarou curiosa e fez sinal para que eu continuasse. – Rydel eu… eu nem sei por onde começar. Há tantas coisas que eu quero te dizer e outras que eu nem mesmo sei se tenho coragem de te falar, mas eu prometo que vou tentar. – Agarrei em suas mãos e ela me encarou com ternura. Aquele olhar foi o bastante para que eu ganhasse coragem e falasse tudo o que vinha em minha mente. Respirei fundo e continuei. – Rydel você é tudo aquilo com que eu sempre sonhei. Você é uma menina doce, delicada, amável, gentil, engraçada e também um pouco doidinha… se bem que eu acho que isso é influência da minha irmã. – Tá perdendo o foco Brady. – Ah, continuando. Você é como um sonho tornado realidade pra mim. Quando eu te vi pela primeira vez, eu soube que você era a menina que eu procurava. Aquela garota que me ia fazer feliz com um simples sorriso ou até mesmo só por estar do meu lado. Você é tão linda, tão perfeita que… que eu nem consigo descrever!

E antes que você reclame, não eu não estou exagerando, porque aos meus olhos você é assim. Eu fico todo abobalhado e com um sorriso no rosto só de pensar em você… e olha que isso acontece muitas vezes, porque eu penso em você até quando estou dormindo. Você é o meu primeiro e último pensamento do dia, você é a razão do meu sorriso bobo, a razão pela qual minha vida mudou pra melhor. E eu quero retribuir isso a você e te fazer a garota mais feliz do mundo. Eu não sei se você sente o mesmo que eu, mas … Rydel Moon, eu te amo. E eu quero saber se você quer ser minha namorada… você quer?

–Sabe, eu passei a minha vida toda, esperando o meu príncipe encantado. Aquele garoto que me conseguirá fazer feliz de um jeito que mais ninguém pode. E eu esperei muito tempo, mas valeu a pena, porque eu finalmente o encontrei… eu encontrei você. – Ai meu deus, ai meu deus, ai meu deus. Isso foi uma declaração? Ela se declarou pra mim? Alguém me ajuda, porque minha mente tá surtando aqui.

–Isso é um sim? – Perguntei ainda sem acreditar no que tava acontecendo. Minha cabeça tá a ponto de explodir fogo de artifício.

–Com certeza é… E eu também te amo Brady Dawson. – Ela me ama? Ela me ama!!!! Depois de suas belas palavras, um sorriso gigante apareceu em meu rosto e em menos de um segundo nossos lábios já estavam colados. Minhas mãos largaram as dela e se posicionaram em sua cintura, enquanto que as suas voaram para meu pescoço. Sentir seu corpo junto do meu e seus doces lábios nos meus é sem dúvida a melhor sensação do mundo. O beijo era calmo, mas ao mesmo tempo intenso e com desejo… tudo nessa noite tava sendo maravilhoso e sabem porquê? Porque a garota mais maravilhosa do mundo está agora do meu lado.

E assim foi passando a noite... em meio de beijos, carinhos e juras de amor.

...

3 semanas depois .... sexta-feira à tarde.

POV Ally

3 semanas se passaram e nada mais está como antes. A Rydel e o Brady estão namorando e estão muito felizes. A Débora (irmã da Cassidy e inimiga de Kira) se tornou numa grande amiga minha e o Dallas também. Esse menino me tira do sério, mas eu adoro ele. Ah e eu adotei o nome de “viadinho de cabelo lambido” pra ele. Eu e o Rocky passamos a vida competindo por coisas parvas e tudo começou no dia em que só restava uma panqueca na cantina e eu fiquei com ela.

A minha relação com o Riker? Bom, ela não evoluiu muito. Nos aproximamos sim, mas não o suficiente para eu aceitar ter algo mais com ele. Bem que ele já tentou me beijar algumas vezes, mas eu sempre dava a desculpa de que no colégio não pode e que eu não queria arrumar encrenca. Eu e o Austin? Estamos afastados, assim como eu queria, mas está sendo cada vez mais duro e difícil pra mim. Mas é melhor assim. Dá pra acreditar que esse babaca loiro perdoou a Cassidy? É e depois disso ele veio com o papo de perdão pra cima de mim e como é obvio, nós brigamos feio. Agora não falamos mais que o essencial um com o outro, tipo um “Bom dia” ou “Bom noite” ou “Sai da frente idiota, não tá vendo que eu quero passar?”. Quer dizer, ele já tentou conversar comigo mais vezes, mas eu sempre fujo ou arrumo uma desculpa, ou até mesmo xingo ele, só pra que ele fique irritado e vá embora.

Bom e é isso. Agora Rydel, Trish e eu estamos no quarto e como sempre estamos conversando animadamente…. MENTIRA!

–Rydel, ou você cala essa boca ou eu juro que vou bater em você. – Ameacei furiosa.

–É Rydel, eu já não consigo ouvir você menina. – Concorda Trish.

–Que foi gente? Eu tou feliz. – Fala Rydel com um sorrisinho apaixonado. Não estão entendendo nada do que está acontecendo? Relaxem, porque já vão entender.

–Rydel, você e o meu irmão estão namorando á três semanas, portanto já pode parar com essa felicidade toda. Você fala tanto de meu irmão, que eu já tou até ficando enjoada de ouvir o nome dele. – Falei um pouco mais calma. Essa menina tá quase me deixando louca.

–Peço desculpa se a minha felicidade incomoda vocês. Mas eu tou feliz gente. – Fala ela se fazendo de ofendida.

–Eu sei que você tá muito feliz, porque só falta mesmo você vomitar arco- íris! E a gente também tá muito feliz por você e o Brady estarem namorando, mas você não precisa ficar o tempo todo falando dele. – Falei e ela sorriu envergonhada.

–Eu só tenho falado nele nesse últimos dias, néh? – Pergunta a loira.

–É. – Respondemos, eu e Trish em uníssono.

–Tá bom, eu vou tentar me controlar. Agora vamos, porque a aula de música tá quase a começar. – Fala Rydel, empurrando Trish e eu para fora do quarto e nos levando em direção à sala. Depois de mais uma briga boba, entramos na sala e nos sentamos.

Logo os garotos entraram e sentaram perto de nós. E como sempre, eu fiz questão de ignorar o olhar de Austin sobre mim.

–Bom tarde, gente mais talentosa desse mundo. – Fala o professor, entrando na sala com uma animação contagiante. Adoro esse professor. – Bom turma, eu estava pensando em deixar essa aula ao vosso critério, o que acham?

–Como assim professor? – Pergunta Rocky.

–A minha ideia era que vocês decidissem o que fazer hoje. Se querem se apresentar, tocar algum instrumento, ter aula de teoria musical. – Explica o professor.

Todos nos entreolhamos, mas antes que alguém dissesse ou fizesse alguma coisa, Austin se levanta rapidamente e fala:

–Eu queria me apresentar. – Fala ele rapidamente.

–Queria? Porquê, já não quer? – Fala o professor, brincando um pouco com Austin, que se encontrava sério nesse momento. O que será que deu nele? Quer saber? Tou nem aí…. Mais uma MENTIRA!

–Claro que ainda quero, mas eu vou precisar dos meus irmãos. – Fala o loiro se voltando para os irmãos que assentiram prontamente, exceto Rydel que continuou conversando com o Brady como se não se passasse nada em volta deles. – Você também Rydel, larga de ser melosa e vem aqui. – Fala ele chamando a atenção do casal. Rydel bufou, mas foi para o palco junto com os irmãos.

Assim que já estavam todos no palco e com os devidos instrumentos, Austin anunciou.

–Eu escrevi essa música há umas três semanas atrás e ela é muito importante pra mim, porque descreve em parte aquilo que eu sinto. – Cada palavra que saía de sua boca, ele dizia olhando directamente pra mim e isso chamou um pouco a atenção de todos. E o pior é que ele nem tentava disfarçar. – Ela se chama Wanna Be Your Everything.

Assim que a melodia começou a soar, eu me perdi por completo em meio de sua melodia. Eu não conseguia ouvir mais nada, a não ser ela. E foi então que Austin começou a cantar e sua linda voz me deixou completamente extasiada. Um turbilhão de sensações e sentimentos se manifestaram dentro de mim quando a primeira frase foi mencionada por ele.

Wanna Be Your Everything:

Oh

Your eyes light up the sky

I know you won't fade away

I know this couldn't fade

Oh

Seus olhos iluminam o céu

Eu sei que você não vai desaparecer

Eu sei que isso não podia desaparecer

See I gotta tell you girl

There's nothing quite like you

I love the things you do

I think I'm falling head over heels

'Cause You're all I want, all I need

Veja, eu tenho que te dizer garota

Não há nada como você

Eu amo as coisas que você faz

Eu acho que estou caindo de cabeça para baixo

Porque você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

And I

Wanna be your everything

You're all I want, all I need

And I

Wanna be your everything

E eu

Quero ser seu tudo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso
E eu

Quero ser seu tudo

Ohh

Wanna be your everything

When we're staring face to face

Against those perfect lips

I love the way you taste

Ohh

Quero ser seu tudo

Quando estamos olhando cara a cara

contra esses lábios perfeitos

Eu amo o jeito que gosto

And every time we touch

I drift away

I'm not the same

I think I'm falling head over heels

You're all I want, all I need

E cada vez que nos tocamos

Me afasto

Eu não sou o mesmo

Eu acho que estou caindo de cabeça para baixo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

And I

Wanna be your everything

You're all I want, all I need

And I

Wanna be your everything

You're all I'm dreaming of

E eu

Quero ser seu tudo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

E eu

Quero ser seu tudo

Você é tudo com que eu sonho

You're all I'm thinking of

You're everything, everything

I'll be all that I can be

I'll be your everything

Você é tudo que eu estou pensando

Você é tudo, tudo

Eu vou ser tudo o que eu posso ser

Eu serei seu tudo

Yeah, everything

You're all I want, all I need

Sim, tudo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

And I

Wanna be your everything

You're all I want, all I need

And I

Wanna be your everything

You're all I want, all I need

E eu

Quero ser seu tudo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

E eu

Quero ser seu tudo

Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso

And I

Wanna be your everything

Ohh

Wanna be your everything

Ohh

Wanna be your everything

E eu

Quero ser seu tudo

Ohh

Quero ser seu tudo

Ohh

Quero ser seu tudo

Seus olhos, seus lindos olhos castanhos não desviaram dos meus nem um segundo sequer. E aquela voz, aquela maravilhosa voz me envolveu de tal maneira com aquela canção… com aquela letra e com aquela melodia que me fez mais uma vez duvidar se o que eu estava fazendo era o certo. Meu Deus, eu estou perdida… perdidamente apaixonada por esse loiro.

Fiquei tão absorta em meus pensamentos que nem dei pelo resto da aula passar, até alguém me despertar com um berro.

–ALLY! – Grita Trish, recebendo um olhar bem furioso da minha parte.

–O que é que foi sua maluca? Tá querendo me deixar surda, porque se é isso, você conseguiu. – Falei irritada e arrumando minhas coisas para sair da sala.

–Não, eu tava querendo que você acordasse. Faz uns 5 minutos que bateu o sinal, mas você continuou aí parada, olhando o nada com cara de boba. – Fala ela, caminhando junto comigo para fora da sala.

Ah, foi mal… eu tava meio distraída. – Falei me desculpando.

–É, eu percebi. E o que raio foi aquilo com você e o Austin? Quer dizer, primeiro ele fala que a canção é muito importante pra ele e que descreve tudo o que ele sente. E depois fica completamente vidrado em você enquanto canta… Ally isso é um sinal. – Fala Trish me deixando confusa.

–Sinal de quê sua maluca? – Perguntei, segurando no braço dela, obrigando-a assim a parar de frente pra mim.

–Sinal de que mesmo vocês não se falando… Ele ainda gosta de você e não desistiu da possibilidade de ficarem juntos. – Fala ela me olhando seriamente.

–Tudo bem, eu tenho três possibilidades … ou você pirou de vez… ou anda assistindo muito filme de romance… ou anda passando demasiado tempo com a Rydel. – Falei e voltei a andar, fazendo pouco caso do assunto.

–Ally, eu tou falando sério, isso só pode ser um sinal de que ele ainda quer que vocês fiquem juntos. Ele só tá tentando dar o tempo que você precisa pra pensar. – Insiste Trish mais uma vez.

–E quem disse que eu quero ficar com ele? – Falei e ela me olhou incrédula. – Não me olhe assim, tá? E se aquilo foi um sinal, como você mesma disse, eu não percebi nada.

–Como não? O garoto estava com o olhar fixo em você. – Comenta ela, me dando um leve tapa no braço.

–Pois, mas se aquilo era um sinal, alguém que me arranje um sinal maior. – Falei e nesse mesmo momento, eu dobrei a esquina do corredor e bati de frente contra alguém.

A pessoa agarrou fortemente minha cintura, impedindo que eu caísse no chão. Levantei meu rosto para encarar a pessoa e agradecer por não me ter deixado cair, mas assim que vi quem era, fiquei de boca aberta. Trish se aproxima de meu ouvido e sussurra rindo:

–Quer sinal maior que esse? – Pergunta ela, em um tom baixo para que só eu ouvisse. A fuzilei com o olhar e voltei meu olhar de novo para Austin. Sim, era ele.

–Você sabe que já me pode soltar, não sabe? – Perguntei retoricamente e ele me largou envergonhado. Acho que ele não tinha percebido que ainda estava me segurando. Olhei para os lados procurando Trish e pra minha surpresa, ela já lá não estava.

–Foi mal. – Fala ele meio sem jeito.

–Tudo bem e obrigada por não me ter deixado cair. – Falei mantendo o meu olhar fora do alcance dele.

–Ally… – Começou ele, mas eu o interrompi antes que ele dissesse alguma coisa.

–Eu tenho que ir. – Falei saindo a passos largos de perto dele.

–Por quanto tempo você vai continuar fugindo de mim? – Pergunta ele, suficientemente alto para que eu o ouvisse. Mas eu simplesmente ignorei e segui meu caminho.

Cheguei no quarto e lá estavam Trish e Rydel sentadas na minha cama. Um sorriso malicioso se formou no rosto delas assim que me viram, me deixando ainda mais irritada.

–Pra quê o sorrisinho idiota? – Perguntei, me dirigindo para o meu armário. Comecei a pegar minhas roupas e a colocar dentro da mala. Finalmente chegou o final de semana, YEAH!

–O que você e o Austin ficaram a conversar? – Pergunta Trish com um sorrisinho disfarçado.

–Nada, porque eu me vim embora antes que ele pudesse dizer alguma coisa. E só um aviso Trish…Da próxima vez que você me fizer uma dessas, eu te mato. – Falei lançando um olhar ameaçador pra Trish.

–Tudo bem, tudo bem, eu só tava tentando que vocês se reconciliassem ou que no mínimo falassem um com o outro. – Fala ela desanimada. Eu ia falar alguma coisa, mas meu celular começou a tocar, me tirando de meu raciocínio. Peguei e vi que tinha uma mensagem de Riker dizendo isso: “Ally, você pode vir aqui no meu quarto agora? É urgente e não fala pra ninguém que você tá vindo pra cá.”

Achei estranha a mensagem, mas fiz pouco caso do assunto. Dei uma desculpa qualquer para as meninas e saí em direção ao quarto dos garotos, com cuidado para que ninguém me visse. Bati na porta mas ninguém falou, então eu decidi entrar, mas não estava lá ninguém. Fiquei parada sem saber se ia embora ou se esperava, até que me assusto quando sinto uma mão em meu ombro e não consigo evitar soltar um gritinho assustado.

–Calma, calma sou eu. – Fala Austin me virando de frente pra ele.

–Austin? O que você…. Cadê o Riker, hein? – Perguntei impaciente.

–Deve estar aí em algum lugar. – Fala ele indiferente.

–Como assim, em algum lugar? Ele me disse para vir ter aqui com ele. – Falei meio baralhada com a situação.

–Não, eu disse pra você vir aqui ter comigo. – Fala ele fechando a porta do quarto e se voltando logo em seguida pra mim, com um sorriso idiota no rosto.

–Desculpa, do que você tá falando? Eu recebi uma mensagem de Riker dizendo que… Foi você que enviou a mensagem não foi? – Eu não acredito que esse loirinho aguado me enganou.

–Fui sim e agora a gente vai conversar, quer você queira quer não. – Fala ele seriamente.

–Eu não tenho nada pra conversar com você. – Falei, enquanto tentava abrir a porta. O que foi em vão, porque o sacana do loiro trancou ela.

–Porque você tá fazendo isso? – Pergunta ele, ignorando por completo o facto de eu estar tendo um ataque de fúria naquela momento.

–Fazendo o quê? Tentando abrir a porta? – Perguntei sinicamente, porque eu sabia muito bem ao que ele se referia.

–Você sabe muito bem do que eu tou falando, não se faça de tonta. – Fala ele revirando os olhos, pela minha fraca tentativa de mudar de assunto.

–Eu tenho cara de bruxa por acaso? – Retruquei secamente.

–Já que você tá dando uma de bobinha hoje, eu vou esclarecer pra você. Porque você aceitou dar uma chance ao Riker. – Era possível sentir a raiva de Austin, apenas pelo seu tom de voz. Respirei fundo e ignorei sua pergunta, fingindo que não ouvi. - Responde agora Ally.

E desde quando você manda em mim? – Perguntei furiosa. Quem esse loiro pensa que é pra querer mandar em mim?

–Dá pra você responder? – Pede ele com o tom de voz mais elevado.

–Dá pra você deixar de ser chato? – Falei ignorando ele. Sua feição demonstrava o quão furioso ele estava. Ele deu um passo em frente e eu ainda pensei em recuar, mas me mantive no mesmo lugar.

–Dá pra você deixar de idiotices e responder? – Pede ele mais uma vez.

–Coisa chata. – Cantarolei baixinho.

–Ally, eu pedi para você responder. – Insiste ele.

–E eu disse “coisa chata” mas eu acho que ambos ouvimos isso… – Falei em um tom de deboche.

–Responde.

–Porque eu quis, tá bom?! Porque eu quis dar uma chance a ele. – Falei, praticamente gritando. Ele me olhou incrédulo e me virou as costas, se voltando para a porta e destrancando ela. Ele a abre por uns instantes me fazendo pensar que ele ia sair do quarto, mas ele a fecha de novo e se mantém no mesmo lugar.

–Eu não acredito que você seja tão idiota… – Ele dá um forte soco na porta e se volta mais uma vez pra mim.

–Do que você me chamou? – Perguntei enfurecida.

–Você ouviu muito bem. Você é uma idiota… tá fazendo isso tudo porquê? Tá tentando fazer com que eu me afaste de você, é isso? – Pergunta ele alterado. Mas eu não o posso criticar, porque eu estava do mesmo jeito.

–O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta. – Falei grossa.

–É da minha conta, quando você faz as coisas pra tentar esconder o que sente por mim. – Grita ele se deixando levar pela raiva. E eu tenho a certeza que nesse momento eu fiquei com a maior cara de pânico.

–E o que é que eu sinto por você? – Perguntei pra ele. Sério? Que pergunta mais idiota é essa que eu fui fazer? Como é que ele vai saber o que eu sinto por ele? Ally você anda passando demasiando tempo com o Dez.

–Me diz você. – Fala ele agora um pouco mais calmo.

–Eu… eu não sinto nada por você. – Ai que droga. Porque eu sempre gaguejo, hein?

–Claro, claro que não sente. Você já tem com quem se entreter, não é? Mas me diz, qual deles é? O Riker ou o Dallas? – Fala ele friamente.

–Do que é você tá falando? – Perguntei confusa.

–Vai se fazer de desentendida agora? – Pergunta ele mantendo sempre um tom frio e seco. – Vai me dizer que você não tá gostando de ter os garotos todos dando em cima de você… e claro que você aproveita para tirar uma casquinha, né?

–Você tá me ofendendo Austin. – Falei com raiva. Eu não acredito que ele me falou aquilo. Por um segundo, eu ainda ponderei em lhe dar um tapa, mas eu sabia que isso não ia dar em nada. Ele me olhou nos olhos e eu percebi que ele se arrependeu do que falou.

–Ally… Ally me desculpa, eu não devia ter falado isso. – A culpa e a sinceridade alternavam em seus olhos, mas a raiva que eu estava sentindo naquele momento me impossibilitou de manter a calma.

–Desculpas, desculpas, só desculpas. Eu tou cansada que você me machuque e depois venha pedir desculpa. – Gritei furiosa e ele se assustou com o meu ato. As lágrimas já teimavam em descer por meus olhos, mas eu não me permitiria derramar nem mais uma lágrima por ele.

–Ally, eu falei aquilo sem pensar… eu fiquei com ciúmes e me descontrolei.– Fala ele tentando pegar em minhas mãos. Bruscamente, eu me afasto dele e o olho decepcionada.

–Então pense antes de falar, porque às vezes as palavras doem mais que as próprias ações. – Falei olhando diretamente para seus olhos castanhos.

–E você pensa que eu não sei? Eu preferia levar uma surra, a ter que ouvir você dizer que não sente nada por mim. – Fala ele, se mantendo bem sério. Pela cara do loiro, parecia que a qualquer momento ele ia chorar e aquilo me partiu o coração. Me senti culpada, por fazer ele se sentir desse jeito... e talvez eu fosse mesmo.

E antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, eu o empurro e saio porta fora a correr. Corri o mais rápido que consegui, ignorando todos os olhares que se voltavam pra mim assim que eu passava. Era possível ouvir os chamamentos do loiro, que gritava por meu nome, enquanto corria atrás de mim, mas eu simplesmente ignorei ele. Continuei a correr e quando dei por mim já estava no meio do jardim do colégio, minha respiração estava irregular e os batimentos do meu coração estavam acelerados. Comecei a ouvir passos bem próximos de mim e sem eu contar, sou puxada pelo braço e obrigada a me virar.

–Ally, por favor não fuja de mais de mim. – Pede Austin, fazendo pequenas pausas para respirar. As suas bochechas estavam ligeiramente vermelhas e sua respiração estava do mesmo jeito ou mais irregular ainda que a minha. Fiquei mesmo sem saber o que fazer.

–Aus… – Tentei falar, mas ele me interrompeu.

–Não fala nada, tá? Apenas me escuta. – Fala ele, me olhando com intensidade.

–Tá bom, você tem 5 minutos. – Assenti derrotada. Eu sabia que mais tarde ou mais cedo a gente ia ter que conversar e o melhor é que seja agora.

–Eu nem sei por onde começar. – Admite ele envergonhado.

–Pelo início. – Incentivei e ele deu uma risadinha fraca. Fechou os olhos fortemente e assim que os abriu me encarou com ternura e começou mais uma vez a falar.

Ally eu… eu gosto de você como eu nunca gostei de ninguém. E mesmo sabendo que você não quer nem mesmo saber de mim ou até mesmo ver minha cara, eu sempre vou estar aqui pra você. Vou guardar na memória todas as nossas brigas por coisas sem sentido, todos os nossos abraços, todos os carinhos, todos os insultos e xingamentos, todos os beijos, todos os momentos que passamos, que foram muito poucos, mas que valeram apena… porque cada detalhe seu, foi e continua sendo muito importante pra mim e eu jamais irei esquece-los. E dói saber que eu apenas posso recordar esses momentos e não vive-los mais uma vez com você.

Essas três semanas foram um pesadelo pra mim, porque quando eu estou sem você, eu sinto um vazio dentro de mim e uma angústia incontrolável toma conta do meu coração… eu já não consigo viver sem você, eu preciso de você na minha vida para que ela faça sentido. Esse tempo em que você se tem mantido afastada de mim está doloroso demais.

Você deve estar achando que eu tou louco, mas acredite que o que eu estou dizendo é a mais pura das verdades. Você é a pessoa que mais me irrita no mundo e a que mais me tira do sério, mas ao mesmo tempo você é a que mais me faz feliz, a que mais me faz sentir bem, a que mais me faz sentir vivo… Basta você sorrir, você me olhar com esses seus lindos olhos castanhos que me deixam louco, basta você simplesmente suspirar… basta eu sentir seus lábios nos meus. E apesar de você ser uma louca e ter possivelmente mil e um defeitos, aos meus olhos você é perfeita.

Pequena você entrou na minha vida de uma forma tão inesperada e a gente se conheceu de um jeito tão errado, mas ao mesmo tempo tão certo… porque foi nesse momento em que eu olhei para seus olhos pela primeira vez e foi aí que a imagem de você ficou gravada na minha cabeça e no meu coração como uma tatuagem… e eu não consigo mais tirar você de lá. Eu estou completamente apaixonado por você Ally.

–Muitas pessoas se apaixonam várias vezes na vida… – Falei, tentando acabar com aquela insanidade. As palavras de Austin estavam me atingindo com tanta intensidade, que era como se meu corpo todo estremecesse e como se tudo o que existe a nossa volta tivesse sumido, resumindo-se apenas aquele jardim em que nos encontrávamos. Ele coloca o dedo sobre meus lábios, me impedindo que continuasse a minha frase e em parte eu agradeço mentalmente por isso, porque o que eu ia dizer não ia ser nada bonito.

–É verdade, muitas pessoas se apaixonam várias vezes na vida… Mas poucas amam ou encontram o amor verdadeiro… mas eu já encontrei o meu. – Fala ele completando a minha frase. Ele faz uma pequena pausa, mas logo volta a falar ainda mais intensamente. – Allycia Dawson eu te amo com todo amor que existe dentro de mim… eu te amo tanto que chega até a doer cá dentro – Ele aponta para o coração sem desviar seu olhar do meu. – E depois de todo esse discurso, a única coisa que me importa que você entenda é isso…… Eu te amo.

Ele me ama! “AMAR” A palavra que eu mais odeio no mundo, nesse momento me soou a mais especial e encantadora de todas. E pra mim chega… por mais que eu queira lutar contra o que eu sinto… eu não consigo, não posso mais.

E a partir desses pensamentos, as palavras simplesmente voaram da minha boca, dizendo e expressando aquilo que eu realmente sinto.

–Eu te odeio… – Três simples palavras que foram capazes de destruir por breves segundos, o brilho de um simples e belo olhar. Os olhos de Austin se encheram de lágrimas, junto com os meus… então de novo, eu continuei. – Eu te odeio, porque eu te amo.

Lágrimas ainda desciam pelo rosto de Austin, mas não era de tristeza e sim de felicidade. Meu coração batia de tal maneira, que parecia que me ia sair do peito. E eu queria que o tempo parasse naquela hora, para que eu pudesse sempre ver aquele maravilhoso sorriso que estava agora estampado no rosto de Austin. A mão quente e macia de Austin tocou em meu rosto, acariciando-o levemente, mas logo sua mão abandonou meu rosto e lentamente seus braços rodearam minha cintura, me puxando para mais perto. Ele começou a se aproximar mais de mim e eu pude sentir a sua respiração ofegante se envolver com a minha. Minhas mãos subiram para seu pescoço e dele foram directamente para a nuca do garoto, invadindo assim o seu cabelo loiro, fazendo o arrepiar. Em momento algum nossos lábios se tocaram, acho que ambos necessitávamos disso, precisávamos aproveitar esse momento da maneira mais intensa possível. Ele colou sua testa na minha e fechou os olhos, repeti seu gesto, fechando os meus também. A pontinha dos nossos narizes se roçava uma na outra, me fazendo desejar ainda mais que aquela distância acabasse. Ele pareceu ter a mesma urgência que eu, porque em um movimento rápido, ele colou nossos lábios dando inicio ao melhor beijo da minha vida.

–I Wanna Be Your Everything (Eu quero ser o seu tudo). – Sussurrou ele ainda com seus lábios sobre os meus.

You Are My Everything (Você é o meu tudo). – Sussurrei de volta, fazendo ele sorrir e me beijar novamente.

♥♥♥Continua ♥♥♥


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam do capitulo? Muito chato? Muito aborrecido? Muito deprimente? Horrivel? Me digam o que acharam nos comentários. Ah e o que acharam da roupa da Rydel?

E meus amores... eu faço anos dia 20, essa terça-feira ♥ Eu quero muito carinho viu. Faço 16 anos ♥ tou ficando velha ♥

Enfim, muita gente me tem pedido o meu facebook por mensagem, então eu vou deixar aqui o link e quem quiser é só me adicionar. E depois deixem uma mensagem lá no facebook dizendo alguma coisa do género "Oi burra, sou sua leitora, viu?" kkkk
Liguem não, hoje eu tou muito feliz.

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Bom, comentem, favoritem, acompanhem e se amarem muito a minha fic recomendem ♥
Beijinhos, amo vocês de montão ihihih ♥