As Crônicas de Arrundall: a rainha e rei escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 13
A rainha- Decimo primeiro Capitulo


Notas iniciais do capítulo

O capitulo de hoje será um grande divisor de águas para a fic galera espero que gostem do capitulo de hoje.



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–Você não pode se esconder para sempre. - Mari disse enquanto se arrumava para sair.

Depois da briga horrível que tive com Edward, me refugiei na casa de Mari, a qual ela morava antes de ir para o palácio.

–Todos me odeiam, então é melhor eu ficar escondida do mundo. - gemi embaixo do edredom.

–Sabe, Edward sim é homem para você. Ele sabe se gentil e romântico na hora certa, assim como sabe ser tirano para que você veja a razão. Ele é seu par perfeito. - ela disse enquanto passava rímel na frente do espelho.

–Mari me poupe, ele é um príncipe. - disse a última palavra com nojo enquanto ela puxava o edredom para ver meu rosto.

–Pode até ser, mais ele é um homem justo e integro. E quando ele entrou naquele parlamento para concertar o estrago que você havia feito, os parlamentares o aclamaram como rei. Já estavam até pesquisando uma lei para tirar você da jogada, e ele interviu por você. Fez com que eles pensassem melhor.

–Ele não queria ser visto como o cara que roubou o lugar da “princesa louca”. - disse me sentando na cama e ela suspirou.

–Você não consegui ver não é?! Só por que ele não agarrou você e a arrastou para a cama mais próxima?! Como você é cega Lene. - ela disse frustrada. - Aquele homem é apaixonado por você. Ele te ama e você não consegui enxergar isso?!

–Você está doida Mari. - gritei perplexa.

–Claro que não, eu vejo o jeito como ele te olha é de pura adoração e você vai acabar jogando tudo fora por ser uma cabeça dura.

–Nós dois nunca íamos dar certo. Ele não é tipo homem que eu gosto.

–No fundo nem você sabe o que quer. - ela disse antes de sair do seu quarto batendo a porta com força.

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O cemitério de Arrundall era um lugar lindo, havia muitas esculturas inspiradas no estilo grego e gótico, mesmo não sendo um local apropriado para se admirar pois ele representava a morte, tinha que admitir que suas obras de artes eram lindas.

Respirei fundo antes de entrar no mausoléu da família real, mas parei assim que ouvi uma voz conhecida.

–Em que confusão você me meteu padrinho?!- ouvi Edward dizer angustiado e me escondi atrás de uma parede.

Assim que ouvi sua voz senti um aperto no peito. Já havia se passado duas semanas desde o ocorrido no parlamento, não queria admitir, mas estava com saudades dele.

–Por mais que eu tente cuidar e me aproximar de Madeleine, eu não consigo. Quando acho que já consegui chegar perto de quebrar suas barreiras, ela volta a ergue-las com mais força. Não sei se sou forte o suficiente para atravessar esse muro. - ele soluçou suave o que me fez sentir-me horrível. - Não quero desistir dela, mas já não tenho mais forças para lutar. Por favor, me ajude.

Atordoada sai dali sem fazer barulho.

Tudo que eu queria era ir aquela cemitério dizer umas poucas e boas para o homem que acabou com a minha vida, não estava preparada para ouvir a confissão de Edward.

Talvez Mari tinha razão.

Talvez ele estivesse apaixonado por mim, mas e eu?! O que eu sentia por Edward de verdade?!

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–Onde você vai? - Mari questionou assim que desci as escadas vestida para matar.

–Vou sair.

–Você vai sair para “caçar” ?! – ela questionou chocada. - Madeleine, será que o que você ouviu hoje naquele mausoléu não te sensibilizou?!

–Adeus Mari. - disse pegando minha bolsa e dando um tauzinho para ela antes de sair.

Não podia permitir que a “oração” de Edward me fizesse pensar no que eu realmente sentia, por que tinha medo de descobrir o que estava sentindo.

Assim que chegue na boate que sempre frequentava pedi minha bebida de sempre antes de cair na pista como antes.

Aquela sim era eu. Eu era a garota que gostava de se divertir até o amanhecer, mas que se dedicava ao trabalho de corpo e alma e que jamais havia amado alguém.

Aquela era a verdadeira Madeleine, e não a deixaria ir embora.

Não demorou muito para que eu estivesse dançando com um cara lindo do qual nem lembrava o nome, por que a noite era longa e eu estava de volta a “ativa”.

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Acordei com a claridade do sol batendo em meu rosto. Olhei ao redor e estava em um hotel com o cara que dancei a noite toda. E naquele momento me senti horrível e suja, por que no fundo não era isso que eu queria.

Acordar ao lado de um cara que nem conhecia direito nunca me incomodou, mas agora eu me sentia a pior das mulheres. Me vesti rapidamente e sai de lá sem ao menos me despedir ou deixar um recado.

Andei sem rumo até que entrei na igreja de Sant’Ana e me sentei em um de seus bancos enquanto admirava os vitrais que havia restaurado.

–Senhor, sei que sou uma pecadora e uma egoísta, mas estou assustada com tudo isso. Edward tem razão, eu sou irresponsável e não mereço ser rainha desse povo. Mas se essa for a sua vontade, me ajude a compreender e aceitar meu dever com o povo. E me ajude também compreender o que sinto por Edward, por favor. - rezei em meio as lágrimas e me lembrei do diário de Lorenzo.

O tirei de dentro da bolsa e o foleei pois ele sempre tinha um concelho para mim e hoje não seria diferente.

“Amar é fazer com que o ser amado seja feliz.

É ser leal e integro com seu povo, mesmo que isso não seja a decisão que lhe faça feliz. E acima de tudo, para ser amado é necessário se humilhar perante o amado e reconhecer quando se errou.

Amar é ser admirado por quem amamos.”

Naquele momento eu soube o que fazer. Sabia o que queria e a até o fim para conseguir ser a rainha que Arrundall merecia e que Lorenzo sonhava. E a mulher que merecia ser amada por Edward.


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