Entrei no carro do professor, ele era todo preto e cheirava muito bem, sentei no banco ao lado do motorista, encostei minha cabeça na porta, o professor entrou no carro e colocou as mãos no volante, depois ligou carro e deu a partida, as ruas estavam silenciosas, podia-se ver algumas pessoas do outro lado da pista e dois carros passaram perto de nós, chegamos a uma pista com arvores de cada lado, o professor disse:

–Se chama parque das arvores!

–È bonito!-Disse muito baixo.

–Quer conversar?-ele perguntou com voz calma quase inocente.

–sobre?-perguntei baixo.

–Sobre-Ele pausou-Qualquer coisa!

Ficamos em silencio por alguns minutos então decidir contar sobre meus pais:

–Quando eu tinha cinco anos meus pais morreram, estavamos todos em casa, eles tinham acabado de chegar de viagem e estavam felizes, eles contavam para mim como foi divertido e os planos para me levar da proxima vez, as dez horas da noite alguem bateu na nossa porta, eu estava quase pegando no sono, meu pai abriu abriu a porta e eu corri atras dele, os caras apontaram uma arma para ele e atiraram na sua cabeça, minha mãe correu e me pegou no colo, o sangue de meu pai estava em mim, minha mãe correu comigo no colo e os homens vieram atras-Memorias vem a minha cabeça-Não sei ccomo, e nem como foi possivel porque eu estava de costas, eles deceparam a cabeça dela e o sangue que saia caia sobre mim, eu gritava, estava confusa, não sabia o que estava acontecendo direito, eu...eu... era so uma criança, eles foram embora, no dia seguinte minha avo me encontrou em choque no chão toda suja de sangue com o corpo dos meus pais caídos, quando fiz doze anos eles mataram a minha avo e penduraram seu corpo e me deixaram viva novamente!

O professor ficou em silencio, eu tentei chorar mas não conseguir, talvez tudo isso tenha acontecido para mostrar quem eu sou de verdade, encosto minha cabeça no vidro e fecho os olhos e uma lagrima, apenas uma lagrima fria cai dos meu olho, mas isso não significa nada.