Vida em Erebor escrita por Vindalf


Capítulo 6
Domesticidade


Notas iniciais do capítulo

Intimidade do casal real da montanha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/547201/chapter/6

Domesticidade

Intimidade do casal real da montanha

Anna acordou com um sentimento de alívio e leveza. Virou para o lado e viu a cama vazia. Espreguiçou-se e sentou-se, tentando dispersar os últimos vestígios de sono.

Lembrou-se da noite anterior, dos momentos de terror, mas não entendia o motivo de seu pavor. Ela já tinha estado em situações perigosas antes, algumas bem mais perigosas. Por que aquele medo todo? Naquele momento, porém, tudo parecia ter sido apenas um sonho.

Anna ainda pensava em se levantar quando a porta se abriu e Thorin entrou com uma bandeja na mão. Sorriu ao vê-la.

— Bom dia, minha flor da montanha. Que bom que está acordada. Trouxe um desjejum especial para nós.

— Bom dia, marido. Acho que dormi demais.

— Como se sente?

— Sei que parece difícil de acreditar, mas estou sonolenta.

— Pode descansar mais, se quiser, mas primeiro é melhor fazermos esta refeição juntos, ou Óin reclamará até o fim dos tempos.

Anna riu-se:

— Óin é o melhor. — Em seguida, pareceu séria. — Lamento se o assustei ontem à noite, marido.

Ele a brindou com um sorriso suave:

— Podemos falar depois. Agora coma. Tanto o leite como o pão ainda estão quentes.

Realmente, pensou Anna, era um desjejum muito gostoso, que ela desfrutou com satisfação ao lado do marido. Anna fingiu não notar como ele sutilmente lhe oferecia mais comida. Mas chegou um momento em que ela teve que dizer:

— Thorin, se eu comer mais uma migalha, posso passar mal.

— Está bem, então — disse ele, relutante. — Não vamos querer isso, não é?

Anna o encarou e garantiu:

— Thorin, eu estou bem. Ainda não entendo por que fiquei tão assustada, mas agora estou bem.

Ele disse:

— Acho que deve falar sobre isso, mas só se quiser e se conseguir não se assustar.

— Na verdade, acho que estou tão assustada quanto você com minha reação.

Thorin comentou:

— Pelo que Kíli me contou do incidente em Valle, sua reação é esperada, khebabînh.

Anna não entendeu:

— Esperada? Por que diz isso? Sabe que enfrentei outros perigos antes, e até maiores do que alguns valentões. Pensei que tivesse criado alguma coragem, mas continuo medrosa como sempre, se não pior.

O Rei Sob a Montanha pegou as duas mãos dela entre as suas e observou:

— Viu? Você não percebe que passou por um trauma grande. A morte é sempre uma experiência perturbadora.

— Mas eu já vi morte antes. Esqueceu que eu estive numa batalha? Havia gente morrendo por todos os lados. Pior ainda: como Safira, eu fui responsável por muitas mortes naquele dia.

— E esta é toda a diferença, minha pequena — ressaltou ele, sempre em voz gentil. — Safira matou orcs, goblins e wargs. Você, Anna, nunca tinha matado ninguém antes do homem que a atacou em Valle.

— Mas... Mas...

Anna estacou de súbito, olhando para ele com os olhos arregalados. Seu marido beijou suas mãos e continuou, com carinho:

— Você o matou com suas próprias mãos. E embora isso me deixe orgulhoso por ver que você é capaz de se defender, eu sei que pode ser um choque na primeira vez.

Anna ainda o encarava, incrédula. Ela disse, ainda em choque:

— Oh, meu Deus, Thorin... Eu matei um homem...!

O marido apressou-se a ressaltar:

— Fez o que precisava para se defender.

Ela começou a se agitar, angustiada:

— Mas eu tirei uma vida!... Thorin, isso é horrível...

Ele procurou acalmá-la:

— Você usou sabedoria antes de tirar uma vida. Mas você sonha com sangue, não é?

— Como sabe?

— Você me disse. Quer falar sobre isso?

— Thorin, o que eu fiz... — Anna o encarou, olhos arregalados. — Eu ataquei aquele homem... E eu sabia que ele podia morrer... Mas eu não vi saída! Madame Hila estava lá, ela poderia se ferir!

Thorin sorriu:

— Madame Hila está bem, você também. Saiu tudo bem.

— E não foi culpa de Kíli — acrescentou Anna. — Ele se portou muito bem.

Thorin a aconchegou em seus braços, dizendo:

— Kíli amadureceu muito, Fíli também. Tenho certeza que você ajudou nisso, minha pequena.

— E como eu poderia fazer isso?

— Eles adoram você e são muito protetores. Ao sentirem que devem protegê-la, os dois criaram responsabilidade. — Thorin completou. — Kíli está morrendo de preocupação por sua causa.

— Oh, então vamos ver os dois — disse Anna. — Aliás, já está ficando tarde: daqui a pouco Balin vem buscar você para suas obrigações do trono.

— Balin está ciente há dias que o dia do rei está todo reservado para fazer companhia à rainha. — Anna ia protestar, mas Thorin garantiu. — Isto já estava previsto, e foi uma sugestão do próprio Balin. Eu falei sério quando disse que senti muito sua falta.

Anna se derreteu nos braços do marido:

— Então parece que devo muitos agradecimentos ao conselheiro do rei. É tão bom ficar assim com você...

Thorin beijou o topo da cabeça dela.

— Sim, precisamos fazer mais isso. Passar tempo juntos. Às vezes sinto falta dos dias que passamos juntos, na estrada até aqui.

— Hoje aqueles dias parecem distantes e prazerosos. Vamos ter muito o que contar para nosso filho.

Thorin sorriu:

— O primeiro filho de Erebor...

— Thorin, vou precisar de sua ajuda para escolher o nome do bebê.

— Você quer dizer os nomes.

— Mais de um?

— Anões têm pelo menos dois nomes. Um é o nome público. Há o nome secreto, que damos logo ao nascer. Ele vai confirmar esse nome no akhûn ghurâl, o rito de passagem para a vida adulta.

— E como é esse rito de passagem?

— Uma prova para que ele dê evidência de não mais ser criança. É diferente para cada um, e normalmente marca o anão para a vida toda. Pode ser uma prova atlética, um ato de coragem, um desafio aos elementos. O meu... foi Smaug.

Anna arregalou os olhos.

— Você era uma criança? Oh, meu pobre Thorin...!

— Eu era bem jovem, e com 24 anos não era considerado um adulto ainda.

— Será que nosso filho vai puxar mais a você ou a mim? Com 24 anos, eu já era totalmente adulta há muitos anos. Teoricamente, eu já poderia ter sido mãe aos 15 anos.

Thorin arregalou os olhos.

— Quantos anos você tem agora?

Anna deu de ombros.

— Desisti de calcular. Tudo que eu conhecia desapareceu quando cheguei à Terra Média. Meu corpo é outro, minha idade, minha natureza. Vocês nem contam tempo do mesmo jeito que o meu mundo.

— O calendário anão tem uma data importante: o Dia de Durin, quando nosso pai despertou após ser feito por Mahal.

— Só essa data?

Thorin deu de ombros.

— O que pode ser mais importante? Como descendente de Durin, cabe a mim observar as tradições. Por isso nosso filho terá um nome terminado em "rin".

— Por causa de Durin?

— É a tradição para o nome público dos varões primogênitos — repetiu ele. — De preferência, mantém-se também a primeira letra do nome, uma consoante. São sinais de nobreza.

— Então nomes públicos com duas consoantes são para nobres? Como seria o nome de nosso filho?

— Pensei em dar o nome de nosso antepassado Durin.

— Acho que ele merece um nome só dele, mas pela tradição teria que ser Tharin, Therin ou Thurin. Estou certa?

— Sim.

— Você gosta de algum desses?

— Posso me acostumar. Tharin não soa mal.

Tha–rin — repetiu ela, experimentando o som. — Tha-rin. Tharin, filho de Thorin, filho de Thráin. Soa muito bem.

— Esse seria o nome público — ressaltou Thorin. — O nome secreto é mantido apenas entre nós. Mas nosso filho não precisará ter a mesma inicial que eu.

— Não?

— Essa é a marca do herdeiro. Meus herdeiros são Fíli e Kíli. Tharin seria o terceiro na linha de sucessão.

— Não entendo. Fíli e Kíli não têm sua inicial.

— Famílias carregam nomes dos pais. Minha irmã se casou com um homem sem laços de nobreza.

Anna o encarou por uns segundos, para ver se havia alguma censura dele, e comentou:

— Dís se casou por amor, que lindo.

— Fíli poderá adotar outro nome quando assumir o trono. Não é o costume, mas isso já aconteceu.

Anna estremeceu e disse, angustiada:

— Espero jamais ver Fíli virar rei.

Thorin se virou para ela:

— Por que, pequena? Fíli será um bom rei.

— É claro que ele será um bom rei. — Anna se enroscou ainda mais em Thorin. — Mas se Fíli assumir o trono, isso quer dizer que você morreu, e eu não quero estar viva quando isso acontecer.

O Rei Sob a Montanha beijou a cabeça dela e comentou:

— Agora você entende o que eu passei quando você estava à beira da morte. Eles me disseram para fazer minhas despedidas...

Anna o encarou, penalizada:

— Oh, meu amor... Quanta dor...

— Já passou, com as bênçãos de Mahal. Agradeço por isso todos os dias, ghivashel.

Ela ainda o encarava, um sorriso suave, acariciando a barba dele (o que Thorin confessara achar muito prazeroso). Ele se intrigou:

— Alguma coisa errada?

— Não, ao contrário — ela respondeu. — Fiquei todos esses dias fora e agora estou admirando meu marido, que é um homem muito bonito.

— Bonito?

Muito bonito — ressaltou ela, notando que ele desviou o olhar e que o rosto dele ficava vermelho. Ela indagou, divertida: — Marido, está envergonhado? Está ficando vermelho como uma donzela!...

— Bom, é que- ninguém nunca-

— Não acredito — disse ela. — Ninguém lhe disse?

— Bom... Dís pode ter mencionado...

Anna beijou a ponta do nariz afilado dele e dizendo, suave:

— Ela tem razão. Você é um homem bonito, atraente, charmoso, além de suas nobres qualidades. Não acreditei quando mostrou interesse em mim. Na verdade, até hoje eu me sinto admirada que você me queira.

Ele confessou:

— É muito curioso, porque eu podia jurar que você jamais olharia para mim. Por isso não me aproximei antes. Sabia que em breve Bilbo, ou os jovens Fíli e Kíli iriam tentar algo, e eu não teria chance.

— Bilbo jamais tentou se aproximar de mim. E eu considero Fíli e Kíli como meus sobrinhos.

— Eu a magoei — lembrou ele, punindo-se. — Várias vezes. Achei que me odiasse.

Anna o olhou, divertida:

— Bom, eu disse que você é bonito, não que é perfeito.

Ele jogou a cabeça para trás e riu alto:

— Essa minha pequena é ótima!

Ela o encarou e indagou, com fervor:

— Algum dia você imaginou ficar tão apaixonado? Thorin, se é que isso é possível, cada dia eu descubro que amo você ainda mais!...

— E cada vez que olho para você meu coração parece querer pular do peito e se entregar à sua verdadeira dona. Minha miúda, você tem esse rei a seus pés. Só tem que dividi-lo com o povo.

— Não me incomodo de dividir você com seu povo. Ser rei é o que faz de você o que é. E eu o amo exatamente como é. Já falei isso uma vez, e minha opinião não mudou.

— E se eu fosse um simples mineiro?

— Neste caso, eu seria a feliz esposa de um simples mineiro. Só acho que seria um desperdício de um grande rei. Nosso povo tem sorte de ter um rei como você.

— Eu é que tenho sorte de ter você. — Ele tocou a barriga dela com devoção. — Aliás, tenho a sorte de ter vocês dois. Mahal me abençoou de maneiras que eu jamais ousara sonhar antes.

Então, de repente, ele se assustou e tirou a mão da barriga dela.

— Mahal! Eu senti algo se mexer!

Anna pegou a mão dele e recolocou na barriga, sorrindo:

— Nosso filho se mexe, meu amor. Parece estar impaciente para conhecer o pai.

Thorin abriu o sorriso mais lindo que Anna vira:

— É ele? É nosso pequenino?

Anna esticou-se para beijá-lo:

— Nosso pequeno milagre. Não sei o que fiz para merecer tanta felicidade, mas eu me sinto muito feliz.

Thorin a apertou contra seu corpo, beijando-a com paixão e ímpeto. Foi plenamente correspondido, e os dois ofegavam quando voltaram a respirar. Anna repousou a cabeça no peito do marido, sua mão acariciando os cabelos do peito. Depois de muitos minutos de carinho, ela indagou:

— Será que um dia nosso amor vai se assentar? Imagino que quando eu for velhinha, talvez nossa paixão se transforme em algo confortável.

— Talvez sim — soou a voz profunda dele. — Então meus cabelos estarão nevados como o de Balin, e meus ouvidos defeituosos como os de Óin. Mas confio que Mahal não vá me tirar a visão, para eu passar meus dias a contemplar minha ghivashel.

— Thorin, você não faz ideia da emoção que isso me traz. No meu mundo, ninguém fala sobre envelhecer. As pessoas têm medo de ficar velhas, acho. Mas eu mal posso esperar para envelhecer com você.

— Eu sempre fiz dois pedidos a Mahal: envelhecer com você e ver nosso filho crescer. Você é minha vida e minha alegria. Poderia ficar aqui eternamente com você.

— Não fuja de suas responsabilidades, Rei Sob a Montanha. Seu povo espera sua liderança para o reino.

— E a Consorte?

Ela sorriu, derretida:

— A Consorte, como sempre, está à disposição de Sua Majestade.

Os dois beijaram-se de maneira apaixonada. Quando seus lábios se separaram, Anna estava tão feliz que propôs:

— Thorin, vamos tomar um banho e passear pela montanha? Quero ver meus sobrinhos. Oh, e eu trouxe um presente de Valle para você.

— Presente?

Anna ergueu-se, puxando-o pelo braço:

— Vamos desfrutar juntos de seu presente. Venha.

Thorin sorriu e levantou-se, puxando-a contra si antes de erguê-la em seus braços:

— Ah, minha miúda!...

Anna deu um gritinho e deixou que ele a levasse ao banheiro, onde usaram os presentes de sabonetes e perfumes para cuidarem um do outro — chegando a se revezar ao fazer as tranças. Agora que o cabelo de Anna crescera um pouco, ela deixava Thorin trançá-lo, conforme previa o contrato de casamento.

Anna desejou muito guardar aqueles momentos só para revivê-los mais tarde, numa ocasião ruim. Nunca antes em sua vida ela tinha se sentido tão cuidada, tão amada. O mero toque de Thorin a acalmava, trazendo paz, força e serenidade. Ao lado de seu grande amor, Anna sentia que poderia enfrentar qualquer coisa. Thorin lhe dava coragem.

0o0 o0o 0o0 o0o

Andar ao lado de Thorin por Erebor era uma experiência à qual Anna ainda não se acostumara. Literalmente todos por quem passavam se curvavam. Anna tinha impressão de que ela agora estava desfilando o tempo todo.

Todos os cumprimentavam, e a ninguém Thorin negava uma palavra, um cumprimento. Anna também sorria e conversava com todos, sabendo que esse era seu papel e parte de seus deveres. Mas tudo isso se desfez de sua mente quando Fíli e Kíli apareceram diante dela. O mais velho chamou:

— Anna!

— Está melhor? Pensamos que fosse passar o dia descansando.

— Já estou bem, obrigada. Desculpem se assustei alguém, mas agora está tudo bem.

Kíli indagou:

— E nosso primo?

— Ótimo. Hoje ele se apresentou para Thorin pela primeira vez.

Fíli e Kíli franziram o cenho, e Thorin explicou:

— Encostei minha mão na barriga e eu senti quando ele se mexeu.

Os dois ficaram maravilhados, e Kíli se adiantou na direção de Anna, mas se deteve, inseguro, olhando para Fíli e Thorin. Anna percebeu a intenção deles e adiantou-se:

— Podem encostar, mas eu não sei se ele está acordado.

Efetivamente, nem Fíli ou Kíli conseguiram sentir o bebê se mexer. Desnecessário dizer que ficaram decepcionados. Kíli fez um bico com os lábios, reclamando:

— Ele não se mexe!

Fíli parecia preocupado:

— Tem certeza de que ele está bem?

Anna riu-se:

— Seu primo está ótimo. Considerando tudo o que ele viveu antes mesmo de nascer, já estou achando que ele herdou mais o lado do pai.

Kíli confessou:

— Estou contente por vê-la tão tranquila. Desde que aquilo aconteceu em Valle... Eu me senti culpado.

— Kíli, não foi culpa sua — garantiu Anna. — Eles estavam nos esperando lá dentro da tenda.

Fíli indagou:

— Acha que eles sabiam para onde estava indo?

— Não era difícil adivinhar: nosso grupo estava passeando pela feira, fatalmente iria passar pela tenda de Madame Hila.

— Será que ela pode ter alguma coisa a ver com aqueles bandidos?

Anna garantiu:

— Não, não, claro que não. Ela era tão prisioneira quanto eu.

Thorin indagou:

— Ela não tinha antecedentes nem ligações com criminosos em Ered Mithrin antes de se instalar em Valle. Nori fez uma investigação minuciosa.

Anna arregalou os olhos:

— Você mandou investigá-la?

— É claro. Isso é padrão, e Nori é nosso oficial de inteligência. Dwalin poderia ter feito isso, mas ele chama muito a atenção.

Kíli arrematou, divertido:

— Dori gostou muito desse arranjo. Ele reclamava dos antigos hábitos de Nori, se me entende.

Thorin disse:

— De qualquer modo, Hila mostrou ser de confiança. Ainda não sabemos por que aqueles bandidos a atacaram.

— Eles eram ladrões e não tinham ideia de quem eu era. Mas notei que minha presença chamou atenção na cidade.

— Eles já deviam estar de tocaia — sugeriu Kíli. — Esperando uma oportunidade.

Thorin disse:

— De qualquer modo, tudo já passou. Estamos aqui para passear. — Ele se virou para Anna. — Ghivasha, gostaria de conhecer as minas que já estão funcionando? É a principal atividade em Erebor, e você precisa conhecer de qualquer jeito. É melhor ir agora, enquanto você ainda não sente efeitos da gravidez.

Anna ficou maravilhada:

— Que boa ideia! Assim não preciso ir sozinha e correr o risco de me perder.

Thorin recomendou:

— Já pedi que não andasse sozinha pela montanha, mas às minas não deve jamais ir sozinha. É perigoso demais para quem não conhece.

Fíli adiantou-se:

— Pode me chamar sempre que quiser sair, Anna. Não conheço a montanha tão bem quanto Thorin, mas vou adorar lhe fazer companhia, minha tia.

— Você é um doce, Fíli.

Palavras em Khuzdul

akhûn ghurâl = teste para um homem


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vida em Erebor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.