–Que dor... Onde estou...? –Perguntou Gintoki levantando a cabeça e o que ele conseguia ver era um local muito parecido com uma enfermaria, ele se levanta lentamente e vai a te um espelho que estava perto de sua cama. –O que isso? To parecendo o Makoto Shishio... –Ele fala passando a mão nas ataduras que cobriam seu rosto.

–Ora, já acordou... –Ao ouvir aquelas palavras Gintoki se assusta, pois estava fazendo poses na frente do espelho.

–Ahaha você me assustou...

–Me desculpe, já está melhor? –Ela sorri

–Ainda sinto-me um pouco dolorido... Mas o que aconteceu com seu cabelo? –Gintoki olha para a jovem de cabelos lilás muito parecida com Sarutobi só que sem franja.

–Como assim? Não aconteceu nada... –A mulher corre pra frente do espelho.

–Alias que lugar é esse Sarutobi?

–Como se atreve a me chamar de macaca depois de ter cuidado de você!? –Ralhou a mulher.

–Você não é Sarutobi Ayame?

–Claro que não! Meu nome é Saki Aya.

–Como...? Desculpe-me é que você é muito parecida com alguém que eu conheço. –Gintoki parecia confuso.

–Então ela deve ser linda! –Saki jogou o cabelo de lado e sorriu para o espelho.

–Parecida mesmo... –Sussurrou Gintoki. –Te devo alguma coisa pelos serviços?

–Eu não cobro nada, mas se quiser me dar alguma contribuição. –Saki se aproxima de Gintoki que lhe dá boa parte do dinheiro que trazia consigo. –Obrigado, espere aqui vou lhe buscar alguns remédios e ataduras.

Gintoki esperou a jovem voltar enquanto tentava lembrar-se de onde a conhecia, pois alem de parecer com Sarutobi ela trazia um sentimento de nostalgia.

–Aqui está. –Ela vinha com as mãos cheias de frascos. –Deixe eu te explicar, troque as ataduras no mínimo três vezes ao dia e passe essa pomada nas feridas e se sentir muitas dores tome esse analgésico.

–Esta bem... –Gin pega os frasco totalmente confuso.

–Com licença, estou entrando... –O dono da voz se aproxima e Saki corre em sua direção.

–O que houve com você? –Saki ficou nervosa.

Gintoki se vira e tem uma enorme surpresa seria mesmo verdade ou era apenas um efeito daqueles remédios doidos.

–Yoshida-san, deite-se naquela marca eu cuidarei de seus machucados... –Saki aponta pra maca e saí. Yoshida vai e tentar deitar, mas não consegue, pois seu braço esquerdo está muito machucado e então pede ajuda a Gin que o ajuda ainda incrédulo.

Saki volta com uma mesinha cheia de instrumentos:

–Certo, vou começar o procedimento agora. –Ela rasga a manga do kimono de Yoshida e começa a esterilizar o local, após isso ela começa a dar pontos e Shoyou parece estar morrendo de dor.

Após alguns minutos Saki termina os pontos e começa olhar suas mãos cheias de sangue e dá um sorriso satisfeito.

–Obrigado. –Yoshida levanta-se e segura o braço machucado.

–Você ainda não disse o que te ocorreu... –Saki abaixa as mãos e olha para o paciente.

–Hoje é o aniversario de um dos meus garotos, então levei eles para acampar, porem o pequeno pegou um filhote de lobo e a mãe voltou para pegá-lo então tive que lutar para salvar os garotos.

–Que horrível, mas você matou a loba?

–Não, apenas me defendi.

Enquanto isso Gintoki olhava tudo de longe chocado, ele se lembrava desse dia. Era o aniversario de 10 anos de zura e ele roubou um lobinho e a mãe atacou e o sensei teve que protegê-los.

–O que foi você ainda está ai... –Saki olha pra Gin.

–Quem é esse? –Yoshida olha pra Gintoki.

–Ele apareceu hoje mais cedo todo ferido então cuidei dele.

–Qual o seu nome? –Yoshida se aproxima.

–Me-me-meu no-nome é-é-é Michael Jackson...? –Gin ficou nervoso, sabia que não podia deixar que eles soubessem quem ele era.

–Michael Jackson... –Saki e Shoyu se olham estranhando o nome.

Saki também deu a Shoyu alguns remédios e Gintoki resolve ir embora, mas ao sair não sabia pra onde iria.

–Ah Michael Jackson-san, ainda está por aqui? –Yoshida saiu carregando um pequeno saquinho.

–Sim, aparentemente não tenho pra onde ir.

–Que ruim, vejo que não é dessa região.

–Sim e não ao mesmo tempo.

–O que veio fazer aqui?

–Também queria saber... –Gin e Yoshida andavam e caminhavam ate chegarem ao dojô e casa de Shoyu.

–Você não quer ficar aqui? Pode não ter muito espaço, mas sempre cabe mais um.

–Tudo bem pra mim. –Aquele local era nostálgico e entrar ali de novo era muito estranho.

Ao entrarem o pequeno Katsura se joga aos pés do seu professor chorando e implorando perdão pelo que fez.

–Seu bundão! –O pequeno Takasugi chuta Katsura.

–Você é mesmo um fracote. –Gintoki também aparece e começa a chuta Katsura.

–Meninos parem, por favor! –O professor tenta tirar os garotos de cima de Katsura.

–Quem é esse? –Gintoki foi o primeiro a notar o “estranho”.

–Meninos, esse é Michael Jackson. Ele vai passar um tempo conosco.

–Michael... Jackson? –Gintoki achou aquele nome engraçado e parece ter se perdido em seus pensamentos.

–Ele tem cara de pedofilo... –Takasugi fala com desprezo.

–Shinsuke-chan... –Yoshida olha pra ele com uma cara seria.

–Desculpe... –Ele fala baixinho e saí.

Algumas horas se passam e o pequeno Gintoki não sai do lado de Gintoki e tudo Gin faz o pequeno questiona.

No fim da tarde todas as crianças vão ao riacho se banhar, enquanto Gintoki e Yoshida ficam conversando de cima de uma colina onde se pode ver o riacho.

–Sobre aquela garota Saki, ela vive sozinha? –Gintoki Pergunta

–Ela tinha um noivo, mas ele foi acusado de matar seu amigo e foi morto. A coitada da Aya-san era a única acreditava na inocência do amado.

–E ela viu a execução dele?

–Não, nós a detemos aqui na vila... Foi horrível, ela chorava dizendo que foi amaldiçoada, mas ela nem sabe que foi a única que venceu a maldição.

–Por quê?

–Quem ama é o único que vê além de simples feitiços e encontra verdade.

–Verdade... –Gin parecia pensativo porem Yoshida o cutuca e mostra uma cena inusitada.

O pequeno Gin que não estava se banhando com os outros. Pega todos os trajes dos amigos e deixa apenas um e depois se esconde no topo de uma arvore.

Alguns minutos depois os garotos saem da água e não encontram suas roupas, Katsura é o primeiro a achar a única peça e então começa disputá-la com outro garoto, porem Takasugi passa entre os dois e rouba a peça e saí correndo.

Depois disso os garotos vão embora mesmo sem roupa e apenas Katsura fica chorando. Yoshida e Gin ficam rindo.

–Essa foi boa, mas vamos indo? Tenho que levar um Kimono pro chorão... –Yoshida se levanta.

Quando a noite chega apenas Gintoki, Katsura e Takasugi ficam junto com o professor e o hospede. Então eles resolvem fazer uma fogueira, eles pedem pra que o hospede contasse algo legal e ele começa a contar algumas historias que ele viveu com seus amigos e todos começam a rir.

Depois eles começaram a contar Historias de terror.

–[...] E ao olhar na colina o homem pode ver a mulher carregando seu bebê. –Yoshida falava num tom serio e assustador.

–Só isso professor? Nem me assusta... –Takasugi falava sorridente.

–Tenho que concordar não deu nenhum medo né Gintoki? Michael?

–Si-si-sim... –Ambos responderam ao mesmo tempo e no mesmo tom, pois não importa quantos anos Gin tenha sempre vai ter medo de historias de terror. Depois de apagarem a fogueira e entrarem, Shoyu e seus alunos vão dormir.

–Bem, Michael Jackson-san vai dormir no mesmo quarto que vocês... –Yoshida mostra o futon extra que foi posto lá.

–Tem certeza que isso é seguro? –Takasugi levantou, mas Shoyu o ignora e saí. –Sensei!

–O que você tem contra mim? –Gintoki se apoia no braço esquerdo e grita com Takasugi.

–Nada, eu só acho suspeito alguém que anda com a cara total ou parcialmente coberta por ataduras, pois não quer que saibam quem ele é ou então é bandido.

–É isso... Espere e verás... –Gintoki diz sorrindo ao se lembrar que no futuro aquele menino andaria com metade do rosto enfaixado e seria um criminoso em grande parte do universo.

–Boa noite, Michael Jackson-san. –Katsura se cobre.

–Boa noite zu... Quer dizer Katsura.

–Boa noite Shin-chan, Gintoki... Gintoki? –Ao olharem o menino de cabelos prata já estava em sono profundo.

Gintoki se recosta e começa a sorrir lembrando-se de quão sem preocupações ele era quando jovem.