–Gin... Veja... O que é isso? Você está bem? –As imagens e sons não eram tão nítidos, mas Gintoki conseguia notar que era seu professor.

–Sensei! –As vozes eram familiares e nostálgicas pareciam de zura, Takasugi e com a dele. Como? Perguntava-se Gintoki, estou aqui, mas estou lá também... Tudo era confuso e dissipou-se em uma luz.

–--

–Que sonho bizarro. –Gintoki abriu os olhos vagarosamente. –Que horas são? –Ele levanta e espreguiça-se. –Mais que droga, o despertador ainda nem tocou.

Ao invés de levantar-se, Gintoki voltou a se deitar e começou a pensar: É sempre a mesma coisa, daqui a pouco o patsuan chega e começa a preparar o desjejum, Kagura sente o cheiro e levanta-se, ela começa a brincar com Sadaharu que faz cocô, Shinpachi pede pra Kagura limpar, ela se nega, os dois brigam e Shinpachi se vê obrigado a limpar. Depois o despertador toca, eu desligo porem não levanto então Shinpachi vem me acordar, nós vamos tomar café da manhã e alguém começa alguma discussão por alguma tolice... Sempre igual. Mas eu podia fazer diferente hoje.

Gintoki se levanta e prepara o desjejum e acorda Kagura:

–Vamos lá pirralha, a comida está pronta! –Gintoki bateu na porta do armário.

–O que houve? Cadê o quatro olhos...

–Ainda não chegou.

–E por que está acordado tão cedo?

–Não é cedo! Olhe lá fora. Todos já estão trabalhando ou fazendo suas atividades.

–Você só está irritado porque ontem não deixamos você gastar o dinheiro com bebidas e pachinko como sempre faz...

–Não seja idiota, só por que eu quis diversificar o inicio das historias!

–Aposto que se você estivesse de ressaca não iria querer diversificar nada!

–Ande logo! -Gintoki puxou Kagura pra fora do armário.

Kagura levantou-se e se arrumou e ficou sentada no sofá olhando para Gintoki.

–Cadê a comida?

–Vamos esperar Shinpachi chegar.

–Por quê? Se me acordou me deixe pelo menos comer!

–De jeito nenhum, nós só vamos comer quando todos estiverem aqui!

–Idiota! –Kagura grita

–Sua glutona! Só pensa em comer, desse jeito não vai conseguir um marido!

–Eu não quero um marido, eu quero comer!

Os dois começaram a brigar, ate que Shinpachi entra alegremente na sala.

–Bom dia a todos! Como vão? Eu estou ótimo... Haha.

–O que aconteceu? Por acaso não é mais virgem? –O jovem de olhos de peixe morto pergunta ironicamente.

–Não seja bobo gin-chan. É uma fanfiction, mas a autora não fantasia tanto assim... –Kagura se joga no sofá e pega uma tigela de arroz.

–Por que vocês não voltam a discutir e me deixam em paz?! –Ralhou Shinpachi.

–Então patsuan... Pode se abrir conosco o que está acontecendo para você chegar aqui e não começar a reclamar de limpeza como sempre faz. –Gintoki começa a comer também.

–Eu ganhei um sorteio! –O jovem voltou ao seu ápice de felicidade e luzes apareceram ao seu redor. Kagura se engasgou e Gintoki fez uma cara de surpresa.

–Estamos ricos! –Os dois gritaram e pularam do sofá.

–Ei, patsuan quanto foi o premio? Um milhão? Dois? –Gintoki coloca o braço envolto dos ombros do amigo que o olha com desprezo.

–Quem falou a vocês que é dinheiro?!

–Mas o que faz uma pessoa ficar tão feliz se não for dinheiro? –Gintoki questionou abismado.

–O que você acha que podia ser? Um dia com a otsuu-chan. –Aura do jovem voltou a brilhar.

–Ah, é isso? Que droga... –Ambos voltaram a comer e deixam o jovem e toda sua alegria de lado.

–Ei, vocês não podiam ser pelo menos um pouco educados e no mínimo me dar os parabéns? –O quatro-olhos fala irritado e seus colegas apenas se olham e negam.

Depois do café, Shinpachi começou a limpar a yorozuya enquanto Kagura brincava nas costas de Sadaharu e Gintoki cutucava o nariz.

–Bom dia! Estou entrando! –Aquela voz era conhecida.

–É o Zura! –Kagura gritou.

–Não é zura, é Katsura! –Zura e Elizabeth entraram na sala e foram logo se acomodando no sofá e pegando alguns doces que estavam em cima da mesinha.

–Katsura-san, o que te traz aqui? –Shinpachi disse retirando os fones de ouvido.

–Não sei foi Gintoki que pediu que eu viesse...

–Eu te chamei aqui, pois... –Katsura estende as mãos como esperasse receber algo. –Não tenho nada pra você imbecil! –Gintoki dá um tapa nas mãos de zura.

–Ta vendo Elizabeth. É meu aniversario, mas ele nem tem um presente pra mim. –Zura abraça Elizabeth com os olhos cheios de lagrimas.

–Pare com isso seu idiota, você nem me deixou terminar. –Gintoki chutou Katsura. –Eu sei que é seu aniversario, por isso reservei o restaurante da Ikumatsu só para nós e queria que você convidasse alguns de seus amigos para ir lá, mas nada de convidar todos aqueles inúteis do joui.

–Yay! –Zura gritou fazendo sinal de vitoria.

–Se você fizer isso de novo eu cancelo! –Gintoki soca Katsura.

–Sim... –Zura fica quieto. –Se vocês me dão licença eu vou indo preparar os convites. –Ele se levanta e corre pra porta e se vira pra Elizabeth. –Já sei, vou chamar o tomo-san. Ele vai morrer de inveja ao ver a festa que meus amigos fizeram pra mim.

“Você ainda está nessa disputa boba com o Tomo-san?” Elizabeth segue Katsura.

–Não é boba! And let’s go party! –Katsura falou animado.

–Gin-san, foi por isso que pediu que impedíssemos você de gastar as economias da semana? –Patsuan olhou fixamente para Gintoki.

–Você fala como se fosse algo incrível e difícil!

–E não foi mesmo? –Shinpachi e Kagura se olharam e começaram a rir.

–E-e-e-eu não lembro! –Gintoki parecia confuso.

–Então deixe eu te lembrar. –Kagura pegou uma caixinha com um botão.

–O que é isso? –Perguntou Gintoki.

–Flashback machine feita pelo gengai-san. –Kagura aperta o botão e inicia o flashback.

–-----Noite passada na yorozuya------

–Kagura, Shinpachi... Escutem o que eu tenho a dizer. –Gintoki estava com uma expressão seria.

–O que houve gin-san?

–Não vai dizer que achou outra vez uma criança que parece seu filho.

–Não joga praga pirralha! O que eu quero é pedir um favor a vocês. Impeçam-me de gastar esse dinheiro. Tome patsuan, o confio a você só devolva-o pela manhã. –Shinpachi pega o dinheiro.

–Gin-san por que vai fazer isso?

–Não me questione se não posso me arrepender e sair por aí e o gastar.

As horas passavam e a tensão permanecia no ar, Shinpachi foi para casa e deixou a garota chinesa e o samurai de cabelos prateados sozinhos. Eram quase dez da noite quando Kagura já estava pronta para dormir.

–Boa noite gin-chan... –Ela falava e esfregava os olhos.

–Sim... Todos devem estar dormindo é uma ótima hora. –Ele parecia estar perdido nos pensamentos.

–O que você vai fazer Gin-chan?

–Pegar meu dinheiro com aquele quatro-olhos. –Gintoki dá um salto, mas Kagura o segura.

–Não, você nos fez prometer que o impediríamos.

–Que se dane... –O líder yorozuya tentava se livrar de Kagura.

–Você não me deixa escolha. –Kagura solta Gintoki e quando ele se solta e corre Kagura joga sua bolinha na cabeça dele com tanta força que Gintoki desmaia.

–------------Fim do Flashback--------------

–Que nojo! Você ainda tem aquela bola de ranho. –Shinpachi pareceu nervoso.

–Isso não é mais importante! –Kagura pareceu não se importar com a fúria do jovem.

–É por isso que mesmo sem beber senti uma dor na cabeça ao acordar... –Ele dá um cascudo em Kagura. –Esqueçam... Vamos pra rua.

–E pra onde vamos? –Kagura disse subindo nas costas de Sadaharu.

–Nos vamos procurar algum trabalho, esse dinheiro não vai dar nem pra pagar as despesas da kagura. –Gintoki disse contando o dinheiro que acabara de receber de Shinpachi.

O Trio e sua mascote saíram pelas ruas em busca de algo pra lucrar.