Cronicas de prata escrita por contadora de estorias


Capítulo 20
Cuidado com garotas colegiais!


Notas iniciais do capítulo

"Nossa que titulo criativo!" Acredite esse é melhor que o que está salvo no meu pc...
Desculpem demorar tanto (sempre demoro mesmo)
Toda vez que eu tento escrever uma historia que começa e acaba no mesmo capitulo não consigo...
Esse capitulo é especial para mim, ele é meio que uma comemoração pelo vigésimo capitulo da fic (não achei que chegaria tão longe kkkk) Vou explicar o motivo dele ser especial nas notas finais (se não vou acabar dando spoilers)



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Em uma manhã fria no dojô Shimura Otae vai acordar seu irmão com toda a doçura que uma mulher poderia demonstrar:

—Acorde inútil! Já deveria estar procurando algo para fazer! —A jovem entra no quarto do irmão quebrando a porta. —Você passa tanto tempo nesse quarto que ele já começou a feder como você! —Ela puxa o futon e faz Shinpachi bater na parede.

—Se acalme oneesan... O despertador ainda nem tocou. —Patsuan pega seu óculos e olha para o relógio despertador “serie especial: acordando com a Otsuu-chan”.

—Acalmar...? Você quer que eu me acalme? É por causa dessa sua calma que é você nunca vai chegar a lugar nenhum. —Os olhos dela fulminavam.

—Isso não tem nada a ver. —Shinpachi esboçou um sorriso.

—Não tem... Nada a ver? —Otae pega Shinpachi pela gola do pijama e o joga contra a parede do corredor. —É por tais pensamentos idiotas que você é considerado o Kuririn desse anime.

—Oneesan, não me diga que... —Ele olhou nos olhos dela e pode ter uma terrível visão que deixaria qualquer um sem dormir por dias. —... Você está na TPM. —Ele sussurrou.

—O que você disse? Fracote. —Ela fez uma careta igual à de um yakuza.

—Nada, eu irei me preparar para treinar imediatamente! —Ele se levanta e corre para o banheiro, alguns minutos depois ele vai à porta e encontra sua irmã vestida em um terno preto usando um chapéu da mesma cor.

Otae estava de braços cruzados olhando o horizonte, Shinpachi pensou que seria fácil para ele sair, entretanto...

—Onde você está indo fracote? —Ela continuava agir como um mafioso.

—Eu vou à yorozuya... —Shinpachi fala baixo e se reprime rezando para que Otae o deixasse passar sem nenhum dano a mais.

—Aquele é o lugar onde os lixos como vocês se reúnem? Kuririn.

—Sim... —Shinpachi segurava seu tsukkomi, pois sabia que qualquer coisa de errado que dissesse poderia ser seu fim.

—Então vá com cuidado... —Tae chuta o irmão para a rua e fecha os portões da casa.

—Ai, ai, ai... —Ele se sentou no pequeno monte de neve em que havia caído e ficou encolhido lá por alguns minutos e depois se levantou. —Tem como esse dia piorar? —Assim que ele falou aquilo a neve começou a cair intensamente e Shinpachi correu ate o portão da casa tentando abri-lo, mas não conseguiu.

—Ei jovenzinho precisa de ajuda? —Shinpachi sentiu uma mão tocar seu ombro e ao se virar vê um enorme homem sem camisa, por alguns segundos Patsuan chegou a achar que era o Hedoro.

—Eu... Agradeceria... —Ele tremia, mas não se sabia se era de frio ou medo.

—Certo. —O homem pega Shinpachi com apenas uma mão e o coloca no ombro e vai caminhando contra a nevasca.

–------

O jovem tsukkomi perde a consciência no meio do trajeto e é acordado com algumas tapinhas no rosto:

—O que houve? —Ele abre os olhos e nota que está sem os óculos.

—Aqui está. —Aquela era uma voz masculina desconhecida que lhe entregava os óculos.

—Muito obrigado. —Ele pega os óculos e olha para o homem.

—O que aconteceu com você? —O homem se virou e começou a mexer na pequena fogueira que ficava no centro da sala.

—Minha irmã insistiu que eu sou um incompetente e que deveria ficar mais forte... —Ele abaixa a cabeça e suspira.

—Entendo. E porque não se junta a nós? Chegaram alguns novatos hoje e já íamos começar só faltava mais um pra completar um trio... —Ele olha Shinpachi por cima dos ombros.

—Não irá incomodar? —Ele se levanta sorridente.

—Não, eu ate agradeceria...

Os dois seguiram para a sala ao lado onde estavam os outros dois indivíduos, Shinpachi estava ansioso para ver quem seriam seus companheiros de teste.

Ao entrar no outro quarto encontra um homem de permanente natural jogado no chão e uma garota chinesa encolhida num canto comendo algo.

—Não pode ser! Kagura-chan, gin-san! —Ao falar os outros dois olham para ele com uma expressão entediada.

—Shinpachi... —Os dois não esboçaram uma reação especifica.

—Vocês se conhecem? —Mestre coça sua barba.

—Sim, nós todos trabalhamos como yorozuyas... —Shinpachi torna a olha para o homem.

—Então isso é bom, pois assim já terão uma afinidade maior. Vou dar alguns minutos para que se preparem já que o meu treinamento é rígido. —Ele saiu da sala.

—Como vocês vieram parar aqui? —Shinpachi quebra o silêncio.

—Diga você, como veio parar aqui? —Kagura se levanta do canto.

—Eu saí de casa e a neve começou a cair forte e um dos discípulos daquele homem me ajudou. —Shinpachi ajeita os óculos.

—Comigo foi algo parecido. —Kagura se enchia de sukonbu.

—E você gin-san?

—Parem de falar tão alto! Minha cabeça está prestes a explodir! —Ele levanta a cabeça do tatame e esfrega os olhos. —Eu sei lá, estava no bar e acordei aqui.

—Típico... —Shinpachi olhou com desdém.

Alguns minutos depois o homem leva os três para uma sala que só tinha uma única luz, o mestre sai da luz e começa a instruir os três sobre o que passarão dali em diante.

—Vocês não poderão sair daqui ate cumprir o desafio, esse desafio irá mostrá-los se são fortes o suficiente para superar qualquer obstáculo... As luzes se apagarão e esse será o sinal que a tormenta começa. —A voz do mestre ecoa pelo quarto e Kagura e Shinpachi observam tudo atentamente enquanto Gintoki fica deitado no chão com os olhos semi-abertos.

—O que é exatamente o teste? —Pergunta Shinpachi procurando de onde vem a voz.

—Responda maldito! —Kagura fazia o mesmo olhando na direção oposta.

—Vai apagar as luzes é? Ótimo! Assim fica melhor para cochilar... —O líder yorozuya se deita no chão com a cabeça apoiada na mão.

Assim como foi avisado às luzes são apagadas e Kagura e Shinpachi começam a gritar e procurar uma maneira de sair dali.

—Calem-se! Eles não são loucos o suficiente para nos deixarem aqui para sempre... —Resmungava Gintoki esperando que os seus amigos se calassem e o deixassem dormir.

—Kagura em que lado está? —Shinpachi gritou o mais alto que pode ignorando a ordem do samurai beberrão.

—Aqui! —Gritou ela.

—Ajudou muito! —Ralhou Shinpachi.

—A culpa é sua que faz perguntas bestas como essa! Obvio que eu não sei onde estou.

—Calem-se! Não vou pedir de novo que façam silencio, se me desobedecerem vou descobrir onde vocês estão mesmo nesse breu e irei quebrar as cabeças de vocês com cascudos! —Gintoki finalmente se manifesta fazendo o silencio reinar por ali depois de sua fala.

Algum tempo passa e Gintoki se levanta e fica meio atordoado por causa da escuridão, ele se levanta tateia o ar e tenta encontrar algo, mas não tem sucesso.

—Kagura-chan? Patsuan? Eu sei que mandei ficarem quietos, porem podem pelo menos me responder agora... Ei. —Ele começa a ficar assustado.

—Gin-san! —Uma voz feminina desconhecida ressoa e Gintoki se vira em sua direção e consegue enxergar uma jovem de cabelos negros se aproximando com uma expressão envergonhada como a de uma colegial que vai falar com o garoto que gosta no caminho de volta pra casa.

—Mas o que diabos... —Ele não conseguia entender como conseguia enxergar aquela menina sendo que não tinha nenhuma luz por ali. —Não pode ser... Essa garota... Ela brilha no escuro?

—Seu bobo... Eu pedi para me esperar, vamos indo? —Ela o abraça e ele fica ali sem ação.

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Shinpachi estava dando voltas já fazia algum tempo quando ouviu uma voz lhe chamar, essa voz que era desconhecida para ele, mas ele olhou em frente e pode ver claramente a pessoa que o chamava era uma mulher com blazer e uma saia, ambos pretos, o cabelo dela era azulado e parecia ter trinta anos.

Ele foi correndo ate ela e ao chegar perto dela pediu algumas informações, entretanto ela nada respondeu apenas o abraçou.

–----

Kagura estava na mesma situação que os outros dois, porem ela começou a sentir uma avassaladora fome e um sino começou a ressoar por suas costas, ela se vira em posição de ataque, mas não tinha nada ali então ela dá de ombros e pisca ao fazer isso duas enormes salsichas empanadas em espetinhos surgem e ela não pensa duas vezes e pula encima delas. Ao morder uma das salsichas Kagura ouve um grito muito agudo.

Gintoki estava de olhos fechados abraçado à colegial e Shinpachi estava fortemente abraçado a mulher mais velha. Gintoki sente algo rasgar a sua perna e grita. Shinpachi estava de olhos fechados quando a mulher que abraçava solta um grito extremamente “fino”.

–----

—Muito bem, vocês falharam no teste... —O mestre falava caminhando de um lado para o outro olhando para os três que pareciam profundamente abalados.

—O que aconteceu aqui? —Os olhos de Shinpachi estavam longe.

—Esse quarto é conhecido como “ilusivo” ele faz com que seus desejos se espelhem nas pessoas que estão próximas e isso testa se aqueles que estão aqui são conectados aos companheiros, ou simplesmente se importam com quem está por perto e aparentemente vocês não estão se importando um com o outro...

—Kagura que diabos estava pensando quando me mordeu? —Gintoki olhava sua perna, ou melhor, o pedaço que faltava dela.

—Estou com fome. —Ela olhava inocentemente para o mestre enquanto escorria sangue dos cantos de sua boca.

—Obrigado Kagura-chan! Não sei o que poderia acontecer se você não tivesse nos acordado dessa ilusão.

—Como falharam vão ter que fazer mais alguns exercícios para resolver esses problemas de egoísmo, mas antes eu vou fazer um curativo no jovem e alimentar a vampirinha antes que ela nos devore.

Os três seguiram para a sala seguinte onde tinha uma mulher fatiando legumes com uma katana e outra preparando esparadrapos. Depois de fazer o que era necessário eles seguiram para um pouco mais a frente onde tinha uma sala com uma porta dupla.

—Vocês irão jogar com o outro time que também falhou e... Cadê a vampirinha?

—Suas ajudantes estão trazendo... —Gintoki aponta para trás e as duas mulheres vinham empurrando Kagura que parecia mais uma bola.

—Você esvaziou minha dispensa? —Ralhou o mestre.

—Eu não tive culpa elas me induziram... —Kagura falava com dificuldade.

—Nos desculpe. —As duas falaram ao mesmo tempo.

—Esqueçam apenas levem-na para o salão... —O mestre suspira depois abre a porta dupla e é seguido por Patsuan e gin. —Agora começa a segunda fase!


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Notas finais do capítulo

Pra falar a verdade essa foi a primeira historia relacionada a gintama que eu inventei, mais especificamente a parte do quarto "ilusivo", nessa época ainda não tinha conta no nyah e deixei pra lá essa historia e fui inventando outras e outras ate começar essa fic já escrevi algumas das historias aqui outras, ainda não tive oportunidade. Espero que possa coloca-las aqui e que a fic tenha muitos e muitos capítulos mais