Numa noite de verão no quartel do shinsengumi, todos se queixavam que não conseguiam dormir graças à grande quantidade de mosquitos, cigarras e outros bichos que causam incomodo.

–Kondo-san, eu creio que tenhamos que contratar um exterminador de pragas. –Hijikata fala enquanto tenta matar mosquitos com as mãos.

–É verdade, nem esses inseticidas funcionam mais... –O jovem Okita joga um jato do veneno na cara do vice comandante.

–O que você está tentando fazer? Maldito!

–Ta vendo, eles aprenderam ate a reclamam.

–Seu desgraçado, o que você está insinuando? –O vice comandante olha para o colega que demonstra um sorriso sádico.

–Bem, se a situação é tão critica assim irei providenciar. –O líder do grupo falava serio enquanto uma nuvem de moscas voava ao seu redor.

–É bem mais que critica! –Ralhou Hijikata ao ver a nuvem em Isao.

Na manhã seguinte estavam todos reunidos quando o exterminador chega.

–Boooom dia! Coach... Desculpem por isso, é involuntário. –A dona da voz era na verde, de enormes olhos amarelos, suas orelhas era estranhas, ela tinha membranas entre os dedos e vestia uma jardineira de alças caídas.

–O que diabos é isso? –Perguntou Hijikata segurando uma tigela de arroz em uma mão e um frasco de maionese na outra.

–Coach, estão tomando café? Que bom, então vou começar a trabalhar e acompanhá-los nessa refeição. –A jovem esfregou as mãos.

–E como vai fazer isso? –Perguntou Hijikata.

A garota não respondeu, apenas esperou uma mosca se aproximar e agarrou-a com a sua enorme língua.

–Que nojo! –Todos gritaram em coro.

–Não reclamem. Ela é a melhor exterminadora que eu consegui. –Kondo aparece junto de Okita.

–Então você é meu contratante... –A “menina-rã” se vira em direção a Isao. –Que legal, tão bonito, esses olhos... –A garota corou e caminhou vagarosamente.

–Me desculpe jovenzinha, mas eu já sou comprometido... –Isao diz estufando o peito com ar orgulhoso. –E eu jamais deixaria a Otae-san... –Seus olhos brilharam e ele parecia estar fantasiando.

–Kondo-san, volte a terra... –Hijikata estala os dedos.

O gorila sacode a cabeça e olha a seu lado a exterminadora coaxando um tipo de melodia e olhando fixamente para Sougo.

–Parece que ela se apaixonou por mim, o que eu faço kondo-san?

–Case-se. –A garota sorri e pisca para o sádico.

–Calada! Não estou falando contigo, vá comer umas moscas. –Ele fez uma careta.

–Sim, mestre! Coach, coach. –Ela saiu sorrindo e comendo moscas pelo caminho.

–Essa garota é realmente estranha. –Hijikata sorri nervoso.

–Ah, é mesmo eu me esqueci de dizer meu nome... Sou Karu, a exterminadora de insetos e samurais. –Ela dá um enorme salto para pegar uma libélula.

–Ei, espera? Existem insetos samurais? –Alguém do grupo pergunta e todos começam a entreolhar-se.

–Claro que não, acho que ela quis dizer o que entendemos... –Isao e os outros olhavam a jovem saltar e comer os insetos.

♥♥

–Ah, que saco... Faz tanto tempo que não temos trabalho. –O samurai de cabelo prata fala enquanto brinca com uma bolinha, jogando-a de uma mão para outra.

–Ah, que saco... Faz tanto tempo que não temos trabalho. –A garota chinesa fala enquanto imita o samurai também brincando com uma bolinha.

–Vocês dois estão ficando cada vez mais parecidos... –O garoto de óculos olha os dois preguiçosos. –Alias Kagura onde conseguiu está bola?

–O egoísta do Gin-chan não quis me emprestar à dele então eu mesma fiz uma. –Kagura joga a bola em Gintoki e acaba acertando-lhe na boca.

–E do que é feita essa bolinha? – Shinpachi a pega de Gintoki que fica praguejando.

–Ranho. –Kagura responde como se fosse algo totalmente normal.

–Sua... –Gintoki grita e joga a sua bolinha em Kagura que cai atrás do sofá.

–Com licença, estou entrando... –Uma voz feminina vem da porta.

–Uma cliente! –O trio logo se arrumou e deixou as brigas de lado.

–Olá, sou Karu. Soube que vocês aceitam fazer qualquer coisa.

–Não exatamente qualquer coisa ainda que... Bem, fazemos qualquer coisa. –Ate o próprio Gintoki fica confuso com o que ele fala.

–Não se importe com o que ele diz... O que você teria para nós? –Shinpachi como sempre age de maneira simpática com os clientes.

–É algo difícil que pode se tornar bastante perigoso ou ate um conflito de níveis catastróficos.

–Você não estaria pensando em... –Gintoki parecia estar lendo a mente da “menina-rã”.

–Sim! Eu quero um encontro com o capitão da primeira divisão do shinsengumi.

–A cada dia recebemos pedidos mais estranhos... Um dia veio uma garota pedindo que ajudássemos a roubar uma jóia, agora aparece você pedindo pra morrer. Tsc, tsc... Essa juventude. –Gintoki cutuca o nariz com uma expressão de desdém.

–Vocês vão me ajudar ou não?

–Depende... –Gintoki estende a mão e Karu tira do bolso uma generosa porção de dinheiro. –Certo, a partir de agora somos seus os conselheiros amorosos. –O trio aparece com ternos e óculos escuros.

♥♥

Na manhã seguinte Karu e Kagura estão perto do quartel general do shinsengumi para executar uma parte do plano “transforme o príncipe em sapo”.

–Lá vem ele. –Os olhos de Karu brilharam ao ver o alvo.

–Eu não entendo o que você vê nesse sádico idiota. –Kagura espreitava ao lado de Karu e comia sukonbu.

–Ah, com certeza você esta morrendo de inveja, pois logo estarei beijando-o. –Karu fazia biquinho e se auto abraçava.

–Calada! Aposto que ninguém quer beijar alguém com bafo de brejo!

–Muito menos alguém com bafo de sovaco de velho!

–Como é? –As duas encostaram as testas e começaram a fazer careta uma pra outra.

–Quer brigar? –Karu empurrava a cabeça de Kagura.

–Pode vir, mas por que não saí do modo sennin primeiro? –Kagura empurrava Karu com mais força.

–O que vocês fazem aqui? –Okita aparece em seus trajes de folga.

–Não é dá sua conta! –Kagura grita.

–Nós estamos aqui por uma coincidência... –Karu bate os quadris em kagura que caí e depois se levanta e dá uma voadora em Karu.

Furiosa Karu usa língua pra acertar o olho de Kagura que por sua vez usa a arma em seu guarda-chuva nela. As duas brigam violentamente enquanto Okita observava tudo comendo salgadinhos.

–Chega! –Gintoki aparece e tenta separá-las, mas acaba levando um chute na cara. –Suas imbecis, lembrem o que estamos fazendo aqui! -Ambas pararam de brigar e Gintoki tenta parecer serio. –Karu-chan, você soube da inauguração do parque com temática de tiro e caça ao alvo para casais?

–Nunca ouvi falar de uma porcaria dessa na minha vida... –Karu olha com indiferença.

–Idiota, siga o script! –Gintoki grita e Karu parece entender...

–Ah, é mesmo! Oki-kun, que tal irmos... Eu seria o alvo e você tentaria me pegar.

–Mulher entenda você é o alvo não importa onde... –O modo sádico do jovem pareceu ser ativado.

–Kagura, vamos indo. Lembra que ficamos de limpar o porão da bruxa velha.

–Não quero, vai atacar minha rinite. –Kagura fica cutucando o nariz.

–Vamos logo, idiota. –Gintoki sussurra e vai empurrando Kagura.

♥♥

Karu e Okita chegam ao local do tal parque, mas só encontram um ferro velho abandonado. Na entrada deparam-se um homem de cabelos prata, bigode falso estilo Mário.

–Bem vindos, a entrada custa ¥1000 ienes. –Karu olha para Okita que não fala nada, então ela mesma pega a sua bolsa de dinheiro. -... Por pessoa. –Diz o bigodudo e sorri já Karu faz cara feia e paga mesmo assim. –Sejam bem vindos, bom divertimento...