Diane - A Filha do Drácula escrita por TM


Capítulo 8
Chapter VIII




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Diane

Deitada lá no chão, ela começou a pensar como se fosse uma das vítimas que Drácula torturava - e talvez fosse mesmo, afinal, ela era filha dele -, sua mente não conseguia processar o fato de seu próprio pai fazer isso com pessoas inocentes. Ela ouviu mais passos e respirações ofegantes, quando decidiu que era hora de gritar. O grito mais agonizador que ela já tinha dado em sua vida, e ficou satisfeita com que ouviu em seguida. Seu pai e seu noivo estavam vindo correndo, pegando duas espadas cada um.

O primeiro a vê-la foi seu pai, que logo jogou as espadas no chão para socorre-la, Damien ficou boquiaberto, e logo a ira tinha tomado conta dele. Seu rosto ficou vermelho, e aquele vermelho combinava bem com sua personalidade, era o segundo monstro que Diane tinha conhecido em sua vida, e entre eles, talvez fosse o mais cruel.

– O que aconteceu, Diane? - Perguntou Drácula, com lágrimas entre os olhos.

– Eu fui cortar o braço dele e errei, mas - Diane não terminou de falar, pois começou a tossir sangue, o que fez a ficar sentada, com as duas mãos sobre a boca. - O que está acontecendo comigo?

Damien começou a sorrir e largou sua espada, e em seguida, Drácula também sorriu. Um sorriso que ainda Diane não conhecia - um sorriso da mais pura felicidade -, aquilo a deixou com medo da resposta. Os dois começaram a rir enquanto mais sangue saia da boca dela.

– O que está acontecendo comigo? - Tornou a perguntar.

Drácula riu mais um pouco antes de responder.

– Você, minha filha, está quase completando a transformação. Hoje, mais tarde, será o dia em que você vai sentir o gosto da carne humana! Seu organismo está botando todo o sangue de humana que você tem, o que vai sobrar é apenas seu sangue legítimo, o meu. - Aquilo deixou-a realmente assustada, o que fez sua respiração ir mais rápido. - Estou tão feliz por isso! Feliz aniversário de 17 anos, minha princesa. Você não sabe o quanto eu esperei isso!

– Mas... E meus machucados? - Sua voz saiu trêmula.

– Vão sarar instantaneamente até o fim do dia.

– E pra comemorar, já escolhemos a vítima ideal pra você. - Disse Damien, ele estava estufando o peito de orgulho. - Aquele que você interrogou hoje, é isso mesmo que você está pensando... O nome dele é - Ele deixou para que Diane respondesse.

– Sebastian Jones. - Ela falou num sussurro.

Falar o nome dele já não tinha o mesmo efeito de antes; agora parecia que ela estava falando de alguém que estava prestes a pagar um pecado alheio, e aquilo doía tanto que ela não pôde aguentar e colocou sua mão sobre seu coração. Ele batia rápido, e seus pensamentos estavam desorganizados. Ela estava confusa, com medo, e desta vez, não poderia contar com a ajuda de ninguém - nem mesmo de Sebastian. Drácula se levantou e abriu os braços, como se estivesse rezando.

– Estou tão feliz! Agora, se me derem licença, vou ligar para uns velhos amigos meus. Vão ficar satisfeitos ao saber que minha princesa, logo será Condessa, e dona de um patrimônio milionário e internacional. E que assim como eu, também vai aterrorizar a Transilvânia. Estou certo, Diane?

– Eu não sei.. - Sua voz falhou.

Drácula saiu saltitante, e sentada naquele chão coberta de sangue viu que Damien olhava com a mesma ira animal que olhava pra Sebastian. Esperou Drácula subir todos os lances de escada para assim, agachar e apertar o braço de sua noiva com toda raiva que podia. Seus olhos ficaram arregalados, e seu maxilar ficou tenso.

Ele sabe.

– O que você está fazendo comigo, Damien? Me solta! Eu ainda não sou sua esposa pra você fazer esse tipo de coisa. Você não percebe o quão irracional está sendo?

– Diane, se o que eu ouvi for verdade, eu vou fazer da sua vida um total inferno. Sim, você é minha pois já assinei nosso contrato de casamento.. E como você está 'doente', quem vai assinar por você é seu pai, então não preciso do seu consentimento. - Ele a soltou, se levantou se mostrando muito mais potente do que realmente era, e riu. - Sebastian Jones? Sério? Você casou com ele e não me convidou pro casamento?! Que menina mal-criada!

Ela se levantou, mal aguentando com o próprio peso.

– Eu não casei com ninguém! - Diane gritou.

Damien pegou a mão que estava com o anel, e levantou.

– Como não? Este anel fora da avó de Jones, Diane! Você é uma vigarista, e não passa de uma vadiazinha qualquer. - Ele puxou os cabelos dela com toda a força que tinha. - Destrua isso! O modo, pouco me importa, mas quero que destrua.

– E se eu não quiser? - Diane falou olhando nos olhos dele, com seus rostos a poucos centímetros de distância.

– Aí serei um viúvo milionário. - Ele a soltou. - Agora, vá se trocar. Você está nojenta.

– Onde você está indo? - Ela gritou entre lágrimas.

– Matar seu Romeo.


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