Christopher Sawyer era o rei. Mas não aquele rei monárquico exaltado por toda a população, era um rei capitalista e temido. Era o rei do crime, o lorde do tráfico. Estava na lista dos mais procurados dos E.U.A, provavelmente na dos mais procurados do mundo também. Não se preocupava com isso, na verdade, nem sabia em que posição estava. Sua atenção sempre esteve no seu território, na sua área de atuação.

Os Estados unidos estava secretamente dividido. O norte, o mesmo da época de sua Unificação, pertencia aos Sawyers. O antigo sul estava divido entre os outros líderes de diversos grupos criminosos. Christopher não sabia o nome de todos eles, conhecia somente um: James Malboni. Proprietário do segundo maior território e dono da meta de assumir o trono. Toda atenção era voltada para um possível golpe de James, embora os agentes de Christopher estivessem sempre acompanhando os passos de qualquer concorrente do ramo.

Agentes, funcionários, preparadores físicos, estrategistas e uma arma secreta: Mandy Magalhães. Uma moça encarregada de coletar informações. Era muito bonita, jovem e esperta. Em um ramo onde só se encontra homens trabalhando não passava nem de longe como uma ameaça aos inimigos do senhor Sawyer. Entrava em escritórios, passava por guardas com seu rosto inocente, invadia computadores e instalava vírus. Era definitivamente um perigo.

Não se sabia como uma moça do subúrbio tinha adquirido tantas habilidades em tão pouco tempo e nem o porquê dela ter aceito sua proposta de trabalho. Não era relevante, a fidelidade a seu chefe era. Muitos ali entraram por necessidades, dívidas, haviam muitos motivos já que que ao fim do processo de unificação estadunidense os estados do Sul estavam economicamente abalados, e o ancestral de Christopher havia montado seu império e dado oportunidade de condições dignas. Uma dívida paga com serviços, uma gratidão passada de geração em geração.

Assim um império foi formado. Uma soberania que se encontra fortemente ameaçada. O jovem responsável por controlar, expandir e manter todo o poder e o mercado, não era muito amado. O mesmo havia sido planejado para ser o líder perfeito, frio e calculista, mas, no entanto, era explosivo e altamente irritável. Definitivamente não era de muitos amigos e isso facilitava a união de seus inimigos. A verdade era que era um adolescente sem adolescência, foi uma criança sem infância e será um adulto pragmático. Lidava com a obrigação que foi passada de geração em geração na sua família. Gostava do poder, do respeito e das festas em que vivia. Amava ser o cortejado pelas mulheres e odiava ser sempre o insuficiente para seu pai.

Christopher tinha muito para provar, pouco tempo para errar e muito do que duvidar. A vida ainda tinha uma lição para lhe dar.