Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

OEEEE lindaaas
Voltei
Demorei eu sei seu sei
O tempo tá curto gente hahaha
As aulas voltaram, então tá bem dificil conciliar fics e estudos rsrs
Bom, mas cá estou com mais um cap fresquinho
Espero que gostem!!!
Boa Leitura!!!



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A biblioteca estava vazia, com apenas eu, León e Francesca sentados em uma mesa grande o suficiente para que coubesse todo material das aulas que perdemos enquanto eu e o León estávamos em Buenos Aires. Francesca estava empolgadíssima, seu sorriso gigante no rosto mostrava o quanto ela estava feliz por estarmos aqui. Eu já não posso dizer o mesmo. Adorei reencontrar a Fran, mas sinto que já não pertenço a esse lugar, e tudo está virando uma grande confusão na minha mente, não consigo pensar em nada, a não ser em Papai e León. Vou pirar.

— Terra chamando Violetta. – Francesca disse chamando minha atenção e me fuzilando com o olhar. – Nossa amiga, eu to há meia hora explicando e você está nas nuvens. Desse jeito não vai conseguir nota nenhuma nas provas. – cruzou os braços, indignada. Segurei-me para não rir.

— Quer uma pausa? – León perguntou pegando a minha mão que estava sobre a mesa.

— Pausa? Estamos só há meia hora estudando! – Francesca gritou atraindo a atenção Matilde que fez uma cara bem feia para nós.

— Pega leve Fran. – León disse jogando um olhar irritado para ela.

— Eu só não estou mesmo com cabeça para estudar. – suspirei. – Está entrando por um ouvido e saindo pelo outro.

— Desisto. – Francesca empurrou o livro de física para longe. – A gente estuda quando sua cabeça estiver no lugar. – falou fazendo uma careta e eu ri.

— Podem estudar sem mim. – falei. – Eu vou dar uma volta, tomar um ar, limpar a mente. To precisando. – sorri para León que me olhava preocupado sem soltar a minha mão. – Aproveito e ligo para Angie, quero saber como está o meu pai.

— Quer que eu vá com você?

— Fica estudando aí León, você precisa mais do que eu. – beijei sua bochecha e me levantei. – Até logo Fran. – acenei pra ela que revirou os olhos e acenou também.

O dia estava ensolarado, e eu não queria mesmo ficar presa dentro da biblioteca estudando. Estava me sentindo sufocada lá. A Fran é uma ótima professora, mas especialmente hoje, eu não estou com cabeça para aprender nada.  Melhor esfriar a cabeça, e depois eu estudo sozinha, se for preciso.

Peguei meu celular e disquei o número da Angie. Eu falei com ela ontem à noite, e meu pai estava dormindo, quando liguei, efeito dos remédios, então não pude falar com ele. Sem contar que por causa desse fuso horário eu nunca sei que horas são em Buenos Aires, me confundo sempre.

Oi querida!— Angie disse animada ao telefone.

— Oi Angie, liguei para saber do meu pai. Como ele está?

Melhor do que você imagina.— ela disse dando um riso baixo. – Estamos na fisioterapia. Seu pai está rindo por não conseguir se equilibrar na bola. Ele está indo bem Violetta, ainda mais com o humor divertidíssimo dele, até os médicos caem na risada. Seu pai está ótimo.

— Ai que bom. – suspirei de alívio. – Fico mais sossegada sabendo disso.

Em alguns dias seu pai estará ainda melhor.

— Vai dar tempo para o casamento?

Bom, sim. Mas provavelmente ele estará de bengala, o médico disse que as pernas demoram um pouco para voltar ao normal, e como ele não quer adiar o casamento, casará do jeito que der.— falou e eu dei risada.

— Obrigada por estar com ele Angie. – agradeci.

Eu não poderia estar em outro lugar.— ela disse em um suspiro apaixonado. – Mas me diz como você está?

— Estou indo. – ri melancólica.

Como está León?

— Estudando com a Fran na biblioteca.

E você não está estudando também? Eu sei que você perdeu muitas aulas e precisa recuperar para passar de ano.

— Não estou com cabeça para isso agora.

Tudo bem, eu te entendo. Na sua situação eu também não teria cabeça.— senti seu sorriso do outro lado da linha. – Tenho que desligar, seu pai terminou a sessão, temos que falar com o médico agora. Qualquer coisa que precisar pode me ligar.

— Tudo bem. Obrigada mais uma vez.

Não há de que.— riu. – Beijos, até logo.

— Beijo.

Desliguei o celular e me sentei em um dos banquinhos espalhados pelo colégio. Não tinha muita gente por aqui, por incrível que pareça. Olhei para o céu e comecei a pensar em como seria a minha vida depois de sair deste colégio, depois que voltar para Buenos Aires, seguir minha carreira, ou desistir dela. Depois de o León seguir a vida dele e eu ter que seguir a minha também. Depois que o meu pai finalmente se casar e começar uma família com Angie, com mais filhos, e eu ter que ir resolver a minha longe deles, porque longe de mim, querer morar com o meu pai para sempre, não quero atrapalhar a vida dele e da Angie.

— Vilu?

Sacudi a cabeça e olhei meio perdida para o garoto alto e musculoso a minha frente. Fred. Ele estava diferente. Seu cabelo estava mais curto do que o de costume e ele estava vestindo calça jeans e uma blusa pólo branca, estava mais social. Nunca o tinha visto assim.

— Oi. – sorri reparando em cada detalhe novo que eu descobria na sua aparência, sem contar o perfume que emanava de sua pele.

— O que faz aí sozinha? – perguntou sentando-se em meu lado.

— Pensando. – ri. – E aonde você vai todo arrumado desse jeito? – perguntei.

— Conhecer os pais da Day. – ele disse abaixando a cabeça, envergonhado.

— Conhecer os pais... – interrompi minha fala arregalando os olhos. – Você tá namorando a Dayane?

— To sim. – murmurou. – Faz uma semana e meia.

Dayane era uma loira dos cabelos bem enroladinhos, os olhos cor de mar e sardas por todo rosto. Ela parecia um anjo, estava no segundo ano. Olhei para o Fred que estava com as bochechas vermelhas e sorri. Eles eram bonitos juntos.

— Fico feliz por vocês. – falei por fim.

— Eu também fico. – ele disse voltando a olhar nos meus olhos com um sorriso meigo. – Pensei que depois de você, eu não gostaria mais de ninguém. – disse e logo nós dois rimos.

— Não seja tão radical, eu nem sou tudo isso. – falei ainda rindo.

— Garanto que é. – ele disse rindo balançando a cabeça. – Mas você é do Vargas e ponto. – ri com suas palavras.

— Ainda bem que você sabe.

— Fiquei sabendo que aquele maluco vai pra Hollywood. É verdade?

— Quem te contou?

— Kate. – riu. – Ela veio toda emocionada contar para o time.

— Essa menina não me desce.

— Ela não é tão mal assim, relaxa. Mas me diz... Como você está?

— Como você acha que eu estou? – perguntei irônica e ele riu.

— Me diz você.

— Estou sentindo que vou perder meu namorado. É isso que estou sentindo.

— Meninas e seus dramas. – ele disse passando o braço pelos meus ombros.

— Não é drama. – fechei a cara.

— Qual é Castillo? O Vargas é doido por você, jamais iria perdê-lo.

— Ele mandou você dizer isso?

— Claro que não. – se fez de ofendido. – Eu nem falo com aquele babaca.

— Então como sabe? – perguntei estreitando meus olhos para ele.

— Eu via como ele te olhava, e como ele se desconcentrava no jogo quando vocês brigavam. E acredite, eu faço a mesma coisa agora que estou com a Day. É como se quando nós não temos vocês por perto, perdemos o incentivo, o sentido, não tem como explicar. É um sentimento muito louco.

— Você gosta dela mesmo né? – falei sorrindo com as palavras confortantes dele.

— Muito. – suspirou apaixonado. – E faria qualquer coisa pela Day, inclusive conhecer os pais dela. Estou com mais medo do meu sogro do que de perder o meu título de capitão do time para o Vargas.

— Você é hilário. – falei gargalhando.

— Falando nele... – ele disse revirando os olhos.

Olhei para frente e vi León vindo em nossa direção. Olhei para Fred que riu e apertou o braço em meus ombros, me fazendo ir para mais perto dele.

— Por que você sempre tem que provocá-lo? – perguntei quando meu corpo bateu ao lado do seu.

— Faz parte. – disse rindo e beijando minha bochecha.

León chegou até onde estávamos com uma cara não muito boa. Se eu discutir com o meu namorado nos últimos dias dele comigo, eu iria socar a cara do Fred. León cruzou os braços e me olhou, esperando que eu dissesse alguma coisa. Suspirei alto escondendo o rosto em minhas mãos para conter a minha risada. León ciumento era muito engraçado de ver. Fred tirou o braço de meus ombros e beijou o topo da minha cabeça.

— Me deseje sorte. – pediu assim que se levantou do banco, fazendo com que eu tirasse as mãos do rosto rapidamente.

— Boa sorte. – sorri sincera.

Observei ele se distanciar e olhei para León que estava mais vermelho que um pimentão sem deixar de me encarar. Soltei uma risada e ele me olhou confuso, mas dava para ver que estava irritado. Vou sentir tanta falta de vê-lo enciumado.

— Vai ficar parado aí? – perguntei quando vi que ele não falava nada.

— Eu só queria entender... – pronunciou as palavras devagar, com os dentes cerrados. – O que foi aquilo?!

— Senta aqui comigo? – perguntei ignorando sua resposta e ele pareceu resistir a minha proposta. – Senta logo León. – falei sem paciência e ele sentou ao meu lado. – Fred estava te provocando, nada de mais, não precisa ficar desse jeito.

— Ele te beijou como não foi nada de mais?

— Na bochecha León. – ri. – Sabia que ele tá namorando? – perguntei e finalmente ele olhou nos meus olhos. – A Dayane, do segundo ano.

— A Angel? – perguntou e eu assenti. – Não sei o que ela viu nele. – murmurou.

— O Fred é uma boa pessoa, e... Espera! Desde quando você chama a Dayane de Angel?— perguntei franzindo a testa.

— Ah, sei lá... – ele pareceu pensar um pouco. – Todo mundo do time chama ela assim. – deu de ombros.

— Sua mãe nunca te disse que você não é todo mundo? – perguntei e ele riu.

— Tá vendo, depois você reclama que eu implico com o Fred, você está fazendo a mesma coisa. – passou o braço pelos meus ombros, como Fred tinha feito. - Mas de verdade, não gosto desse cara quando ele está perto de você.

— Você devia agradecer ele.

— O que?

— É sério. Ele me disse coisas muito bonitas. Vocês dois seriam bons amigos.

— Sem chances.

— Terminou de estudar? – perguntei mudando o assunto.

— Não. O Marco ligou para Fran dizendo que tava passando mal, e ela correu para o colégio dele.

— Esses dois... – ri.

— Quer comer uma pizza hoje à noite? – perguntou em um tom cheio de segundas intenções.

— Vou adorar. – sorri.


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Notas finais do capítulo

E aí??????????
#3



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