Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey Genteee

Muito obrigada a quem comentou e favoritou a fic, vocês me deixaram muito contente, sem contar também que eu estão feliz que estejam gostando

Boa Leitura !!!



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Por Violetta *

Voei até o meu dormitório, onde Francesca estava atolada nas lições. Ela estava estudando no mesmo colégio que a gente, e mantinha um namoro a distancia com o Marco, que morava em uma cidade mais afastada do que a gente. Ele estava em um colégio onde testavam ao máximo a inteligência dele, não sei como conseguia. Ele visitava a Fran no final de semana. E hoje era sábado.

_Amiga você não tinha uma apresentação daqui a pouco? – Francesca perguntou olhando em seu relógio de pulso.

_Eu tenho. – falei pegando minha meia calça transparente e vestindo. – Apenas me esqueci do horário.

_Ficou namorando e se esqueceu das responsabilidades? – perguntou rindo.

_Besta – falei. – Só fui dar feliz aniversário pra ele. – disse sorrindo abobada.

_É mesmo. – Francesca disse saltando da cadeira. – Esqueci-me completamente, mais tarde falo com ele.

Ouvimos batidas na porta, e eu estava pondo meu collant de balé. Pus rapidamente, e logo em seguida uma calça e fui correndo atender a porta. Abri lentamente a maçaneta dando de cara com pessoa que eu esperava ver. Marco.

_Oi Vilu. – disse me dando um beijo na bochecha.

_Oi. – disse dando espaço para o mesmo entrar. – Francesca está no quarto fazendo lição de casa. – disse e o mesmo assentiu indo até o nosso quarto.

Peguei minha mochila de treino e voei para o salão principal que ficava um pouquinho longe do colégio. E o colégio não ficava perto dos dormitórios, o que era uma indignação.

***

Eu estava no vestiário esperando a Nanda, que na verdade se chamava Fernanda, minha amiga e parceira de apresentação, ela era muito divertida. Nanda era uma morena, dos cabelos bem pretos lisos, uma fofura.

Já estava com meus cabelos presos num coque alto e minha roupa estava perfeitamente arrumada em meu corpo. Saí do vestiário com Nanda e fomos para trás das cortinas do palco. Era uma apresentação casual, mas mesmo assim me dava muito nervoso. Abri uma mini fresta na cortina, e procurei o León, não tinha muita gente, pois como disse anteriormente, era uma apresentação casual, então eram os meus professores, diretor, algumas bailarinas, líderes de torcida que gostavam de mim e de Nanda, Francesca e uns dois garotos que gostavam de balé. Só que em nenhum momento vi o meu príncipe, o que me fez pensar que ele teria esquecido, ou se atolou nas atividades musicais. Soltei um suspiro triste.

_Em suas posições. – o técnico disse e assim me posicionei juntamente a Nanda.

Eu só queria que ele estivesse ali. León já faltou a três apresentações minhas seguidas, porque se esqueceu, eu até lembrava ele, mas era meio difícil dele lembrar depois, e hoje, com certeza não seria diferente. Eu sei que ele andava ocupado, e que hoje ele poderia fazer qualquer coisa, pois é seu aniversário, mas eu só queria que ele me visse dançar, não é tão chato assim, e só ballet clássico.

As cortinas se abriram e eu comecei uma dança sincronizada cheio de saltos com a Nanda. Era bem leve a sequência então não tinha o que errar. Meu coração ainda estava palpitando, pois ele não estava ali.

Em um salto, o mais difícil, senti a ponta de minha sapatilha escorregar quando tocou o chão. E eu acabei indo parar no chão, torcendo o tornozelo. Não estava sentindo muita dor, mas era e pura agonia, sentir aquele incomodo. Em meu pé. Os meus professores levantaram apressadamente. Era a Priscila e o Henrique, subindo no palco e vindo em minha direção.

_Você está bem querida? – Priscila perguntou enquanto Henrique massageava meu pé.

Eu iria responder, mas certa pessoa entrou no auditório, com o cabelo levemente bagunçado e cansado, provavelmente se atrasou e quis arrumar a burrada correndo igual a um doido. León.

_Eu estou bem – falei. – Apenas escorreguei.

_Acontece – meu professor Henrique disse terminando a massagem que havia feito. – Você estava incrível, só que parecia um pouco dispersa.

Eu estava olhando para o León, que não entendia o que se passava. Priscila estralou os dedos em minha frente, fazendo-me voltar a olhá-la. Henrique riu desajeitado e Priscila olhou em repreensão.

_Aconteceu algo com você e o seu namorado? – Henrique perguntou.

_Brigaram? – Priscila perguntou.

Os dois sabiam sobre o meu namoro com o jogador de basquete e músico, e eles me apoiavam nisso e na profissão artística que eu estou tentando seguir carreira. Eles sempre sabiam quando eu e o León discutíamos ou quando estávamos bem, eram como os meus pais, só que mais profissionais.

_Apenas fiquei mal, por ele não ter vindo. – falei um pouco envergonhada e Henrique me ajudou a levantar.

Os dois me tiraram do auditório me levando até uma salinha, para fazer as análises necessárias em meu pé. E eu não tinha nada, foi apenas um susto que eu levei e dei neles. Os dois sorriram, e mandaram alguém entrar na salinha. Era o León.

_Está tudo bem? – ele perguntou assim que os meus professores saíram.

_Por que você não veio? – perguntei colocando a sapatilha novamente.

_Desculpa, eu estava falando com os garotos sobre o jogo de semana que vem, e depois tive que afinar meu violão. Acabei perdendo o horário. E saí de casa onze e meia. – explicou-se.

_Tudo bem – falei forçando um sorriso.

_Caiu? – perguntou e eu assenti. – Como?

_Apenas fiz uma abertura muito ampla, e meu pé não chegou muito seguro no chão, então acabei escorregando. – falei me levantando da cadeira e indo até um armário que tinha ali.

Peguei a caixa embrulhada nas mãos, e León me olhou um pouco curioso. Era o presente que eu havia comprado, na verdade tá mais para uma lembrança, do que para um presente.

_Feliz Aniversário – Falei estendendo minhas mãos e lhe entregando. – Não é muito grande, mas eu espero que você goste. – disse o vendo pegar a caixa de minhas mãos.

Fiquei esperando ele abrir, para ver sua reação, mas ele apenas colocou a caixa de lado e veio até mim, me embrulhando em seus braços, e me erguendo do chão, em um abraço muito, mas muito apertado.

_Está... Sufocando-me... – tentei falar entre a falta de ar e as risadas que eu soltava.

_Desculpe princesa – falou me colocando no chão novamente. – Eu juro que eu ia vir de qualquer jeito, é que eu acabei perdendo o horário.

_Não tem problema. – falei acariciando seu rosto. – Hoje você tem desconto, afinal... É seu aniversário. – rimos.

Seus lábios tocaram os meus levemente, e foi impossível não sorrir. Suas mãos ficaram firmes em minha cintura e em nenhum momento ele pareceu querer soltá-la. Eu estava presa a ele. O beijo se intensificou sozinho, sem precisarmos avançar em nada. A saudade estava falando mais alto do que tudo, naquele momento. Apesar de eu e o León nos vermos todos os dias, não tínhamos tempo, como antes, para namorar. Eram uns beijinhos ali e outros aqui, nada tão forte.

_Ei! Casal 20! – escutei a voz mais reconhecível do mundo. A voz de Nanda.

Separei-me de León à custa, e levantei os pés, olhando a Nanda por cima dos ombros dele. Ela estava encostada no batente da porta, com os braços cruzados.

_Já está na hora de ir, os professores querem fechar o auditório. – disse dando o recado e logo saindo apressada.

_Não quer comemorar meu aniversário comigo lá no meu dormitório? – disse com um sorriso pervertido nos lábios, e não tinha como ficar mais corada do que eu já estava.

_Você é muito tarado – falei baixo, envergonhada.

_O que eu disse? – perguntou se fazendo de inocente.

_Nada, mas seu sorriso foi o mais malicioso que eu já vi em minha vida. – falei tímida sentindo ainda uma queimação fora do normal em minhas bochechas.

_Estava brincando com você. – disse beijando minha bochecha e eu me senti mais aliviada. – Ou não. – riu.

_León, melhor voltarmos para o dormitório, já era para termos saído daqui. – falei desviando aquele assunto constrangedor como em todos os momentos que ele falava desta forma ousada.

Ele assentiu e assim fomos para fora daquele lugar. León pegou em minha mão e começamos a andar pelas ruas que me lembravam as de Buenos Aires. O colégio ficava duas ruas dos dormitórios, pra que isso? Claro que não passava carros, era como algo particular, cheio de segurança, mas eu andava “demais”. Passavam algumas motos, e pouquíssimos carros, mas eram os automóveis de alguns alunos, ou professores. Os alunos só podiam usar os automóveis para fazer visita aos parentes no final de semana, e os professores utilizavam para voltar para casa.

Ontem de noite, eu falei com o Lucas, o colega de quarto do León. Ele é bem legal se querem saber, apesar de muito sem noção. Ele estava em algum lugar com música alta, suponho que era uma balada, e se os diretores descobrirem, ele estará ferrado. Combinei com ele de fazer uma festinha minúscula para o León, apenas com os amigos. Eu, Lucas, Francesca, Marco, Nanda, e uns garotos do time de basquete da escola, que eram o Erick, Omar e o Ben. Eles eram legais.

Vai ser no meu dormitório, para o León não desconfiar de nada. Antes de sair, falei para a Francesca fazer um bolo, e ela reclamou, mas eu sei que fez, porque ela também gosta muito do León.

_No que está pensando amor? – León perguntou serenamente.

_Em Buenos Aires. – menti.

_Sente falta? – ele pareceu não perceber.

_Sim, principalmente do meu pai. – falei, e isso era verdade.

_É, eu também. – disse dando de ombros e assim seguimos o caminho até o prédio, onde ficava o meu dormitório.

¨¨

León parou em frente à porta de meu dormitório. E virou de frente para mim, segurando minhas mãos. Ele abriu a boca para dizer algo, mas fomos interrompidos pela fala de Francesca, que soou um pouco alta.

_Ela está falando sozinha, ou tem alguém aí? – León perguntou risonho.

_Francesca é assim mesmo. – sorri nervosa, ele não poderia saber que Marco estava ali dentro, pois se não ia querer entrar para conversar com ele, e nessas horas Francesca deveria estar organizando a festinha surpresa íntima.

_Está sentindo esse cheiro? – León perguntou com uma cara engraçada.

_Que cheiro? – me fiz de ingênua, por que eu estava sentindo um forte cheiro também.

_De bolo. – León disse. – Francesca está cozinhando?

_Claro que não, é nossa vizinha de dormitório, ela ama cozinhar bolos, amor. – “Nossa Violetta, como você mente mal!” – pensei.

_Kate gosta de cozinhar? – León perguntou rindo. – Ela é a maior patricinha, essa é nova. – ele disse.

É verdade, Kate era a minha vizinha de dormitório. Ela era uma patricinha assanhada louca para namorar um jogador de basquete, e eu tenho que cuidar muito do León, se não ela é capaz de roubá-lo.

_Amor eu tenho muita lição pra fazer – falei tentando despistá-lo. – Se não se importar eu preciso entrar. – “É claro que eu me importo, então vá embora.” – pensei.

_Quer que eu te ajude? – “Fala sério León!” – pensei novamente.

_Não precisa, amor, é só que é muita coisa, não que seja difícil. – despachando o namorado na maior cara de pau.

_Bom, já que não precisa de mim, vou indo. – disse me dando um selinho.

Assim que ele se foi, entrei em casa correndo e tranquei a porta. Dando de cara com uma cena nada bonita. Francesca e Marco na maior pegação, no sofá. Senti aquele cheiro novamente e corri para a cozinha, os dois se engolindo e esqueceram-se do bolo no forno.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ???



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