O Baile

Os preparativos para o baile estavam indo de vento e poupa. A escola estava de cabeça para baixo e o frio congelando tudo.

O último dia de aula trouxe alivio a alguns e mais trabalho ainda para outros. As tarefas dos sextanistas não davam folga nem mesmo no feriado. Harry estava cada vez mais cansado, seus sonhos estavam o deixando louco, o fazendo acordar sempre atrasado para as corridas na neve.

Ele e Bella não falavam muito sobre o baile, a única coisa que conversaram foi sobre a música que iriam dançar na entrada.

Na manhã da visita a Hogsmeade, a escola estava alvoroçada. Os professores esperavam pelos alunos nos portões de Hogwarts que estava sendo vigiado por aurores, já que Grope só vigiava a noite.

Harry tinha pegado uma boa grana, ele teria que gastar muito nesse natal. Queria presentear muita gente, Edwiges devia estar muito empolgada já que não tinha feito nenhuma entrega nesse semestre. Mione, Gina e Bella foram com as outras meninas terminar os ajustes nos vestidos na Trapobelo.

Ele foi andando de loja em loja comprando os presentes. Comprou uma nova versão do livro de Runas antigas para Mione, vários pares de meias para Dobby, a camiseta e boné dos Cannons para Rony, um jogo de bule mágico para Hagrid, uma linda pulseira com pingente em forma de coração para Bella, entre os outros presentes que comprou para os Swift, Weasley, e Lupin.

Colocou os presentes na mochila junto com a capa de invisibilidade e se encontrou com Rony do lado de fora das Zonko’s.

–Três vassouras? Perguntou Rony.

–Três vassouras. Concordou Harry.

O bar estava cheio, mas só de meninos, os professores estavam com os terceiranista e quartanistas nas lojas das proximidades do vilarejo. Foram se sentar junto com os meninos da Armada que estavam num grupo maior no canto do bar em forma de circulo.

Brian o cumprimentou com um aceno de cabeça que retribuiu com prazer, afinal ele tinha ganhado a garota no final. O garoto estava com um violão no colo, e conversava animado com Peter. As garotas entraram no bar, animadas e se juntaram a rodinha com um emaranhado de cadeiras, mesas e cervejas.

–Meu vestido é perfeito. Disse Mione quicando na cadeira.

–Bem que eu queria ver meu vestido, minha mãe só me mostra quando acabar de fazer. Falou Bella.

–Se você não foi ajustar seu vestido o que você estava fazendo lá? Perguntou Rony enxerido.

–Critica construtiva é claro. Respondeu Mione no lugar da amiga.

Ali no meio do bar, parecia uma reunião fora da sala Precisa. Harry estava se sentindo bem, com seus amigos.

–Toca alguma coisa aí. Pediu Miguel Coner.

–Só vou tocar uma música, eu mesmo que escrevi – disse Brian – não sou escritor mais arrisquei um pouco. Você pode cantar comigo, Bella? É um dueto.

–Eu não conheço essa música. Disse Bella tentando fugir.

Brian tirou uma garrafa de dentro da mochila dele e entregou a ela, pediu licença para Mione e trocou de lugar com ela, para se sentar ao lado da garota que abriu a garrafa e tirou uma letra de musica lá de dentro.

–Espero que não jogue essa fora. Brincou Brian.

–Pode deixar. Respondeu Bella.

–When I was your man... Disse Brian.

WHEN I WAS YOUR MAN

Same bed but it feels just

A little bit bigger now

Our song on the radio

But it don't sound the same

When our friends talk about you

All it does is just tear me down

Cause my heart breaks a little

When I hear your name

It all just sounds like (oooooh)

Mmm too young too dumb to realize

That I

Should have bought you flowers

And held your hands

Should have gave you all my hours

When I had the chance

Take you to every party

Cause all you wanted to do was dancing

Now my baby is dancing

But shes dancing with another man

My pride my ego my needs and my selfish ways

Cause the good strong woman like you to walk out my life

Now I never, never get to clean up the mess I made

Ooh and it hunts me every time I close my eyes

It all just sounds like (oooooh)

Mmm too young too dumb to realize

That I

Should have bought you flowers

And held your hands

Should have gave you all my hours

When I had the chance

Take you to every party

Cause all you wanted to do was dancing

Now my baby is dancing

But shes dancing with another man

Although it hurts

I'll be the first to say

That I was wrooooong

Oooh I know i'm probably much too late

To try and apologize for my mistakes

But I just want you to know

I hope he buys you flowers

I hope he hold your hands

Give you all his hours

When he has the chance

Take you to every party

Cause I remember how much

You loved to dance

Do all the things I should have done

When I was your man

Do all the things I should have done

When I was your man

Estava claro para cada um ali que aquela musica era para Bella, ela mesmo sabia que era dela quando cantou tão maravilhosamente com ele.

Quando terminaram todos ali dentro aplaudiram os dois, que cantaram muito bem juntos. A grande maioria nunca tinha visto os dois cantarem juntos além dos três, Gina e Simas. Harry sentiu o gosto amargo da música, se sentiu culpado, talvez a atitude dele na biblioteca á alguns dias atrás tinha atrapalhado o curso que Bella e Brian poderiam seguir.

–É linda. Obrigado. Agradeceu Bella.

–Eu que agradeço. Respondeu Brian.

Ela colocou a garrafa dentro da bolsa e sussurrou no seu ouvido para voltarem para Hogwarts.

–Você que sabe. Respondeu Harry ainda sem reação.

–Está frio aqui. Disse Bella.

Com um sinal de cabeça ela chamou Rony e Mione para irem embora. Foram em silencio até o colégio, Mione e Rony perceberam o clima tenso entre eles. Era como se ele tivesse recebido uma bofetada, todo esse tempo tinha ficado feliz por ir ao baile com ela que nem pensou nas consequências que isso podia causar, talvez não era pra eles ficarem juntos.

Os quatro se juntaram na frente da lareira, apenas os alunos mais novos estavam no castelo e alguns veteranos que tinham se cansado de Hogsmeade. Rony e Mione voltaram a namorar os deixando sozinhos, mas os dois ficaram sem falar nada apenas olhando o fogo.

–Você quer desistir de ir ao baile comigo? Perguntou Harry.

–Claro que não. Respondeu Bella.

Nenhum deles tocaram no assunto novamente. As preparações para o baile começaram cedo. Era comum ver os professores andando de um lado para o outro para ajudarem na decoração, a professora Minerva havia falado com ele umas cinco vezes desde sábado sobre a primeira dança.

Os boatos sobre o baile estavam circulando os corredores cheios de alunos desocupados. Era difícil Hogwarts ficar cheia daquele jeito durante esse feriado. Dessa vez, o diretor iria libera-los na manhã seguinte ao Natal, depois do baile de inverno, para passarem o resto do feriado com seus familiares.

As fofocas sobre os pares também era motivo para discursões. Poucos sabiam que Harry iria com Bella, apenas Mione, Rony, Gina, Dino, Neville e Luna que tinham combinado de ficarem juntos durante o baile.

O diretor tinha planejado um almoço caprichado e um verdadeiro banquete no baile. Algumas línguas diziam que ele tinha comprado o estoque de cerveja amanteigada de Madame Rosmerta, já outras diziam que ele tinha contratado novamente as Esquisitonas para cantarem. O segredo dessa vez era maior, mesmo tendo que cuidar de tanta coisa, Dumbledore tinha tempo para organizar um baile incrível.

A véspera de natal e do baile foi dedicada a muita curtição, todos estavam animados e ansiosos brincando do lado de fora da escola mesmo com o frio. Harry ficou com seus amigos, e tinha levado alguns dos seus presentes para Edwiges entregar na mansão dos Swift.

Foram deitar todos tarde, alguns nem mesmo foram deitar e resolveram virar a noite em um acampamento improvisado na sala Comunal mesmo. Ele resolveu não participar, rolou na sua cama durante muito tempo, e só pegou no sono no meio da madrugada.

“ Ele estava em uma rua escura, nunca tinha estado nesse lugar antes.

Andou devagar pelas ruas desertas e escuras, de alguma forma ele sabia para onde deveria ir. Passou na frente da igreja e subiu duas esquinas para cima. Caminhou até uma casa onde tinha estatuas dos seus pais, aquela era a sua casa, a casa que tinha morado com eles antes de sua vida se tornar um inferno.

A grama na frente da casa estava grande, apenas o caminho de pedras até a porta estava aparada. Um sentimento ruim o sufocou, não dava para se sentir bem, seus pais tinham morrido ali, foi naquela casa que tudo aconteceu.

–Harry...

Ele enxugou as lagrimas que teimaram em sair e virou para trás. Assustou-se com seu padrinho parado atrás dele, estava pálido e fraco, a cor cinza o tornava parecido com um fantasma em pé o olhando.

–Você precisa seguir seu caminho, Harry. Sei que deveria estar te aconselhando a fugir de Voldemort. Mas não posso fazer isso, o futuro de muita gente depende de você. Você precisa conseguir...

–Conseguir o que Sirius? Eu preciso saber do que você está falando?

–O seu coração vai te guiar até as respostas. Na hora certa tudo ai ficar claro, tudo vai ficar certo para você. Aconselhou Sirius.

–Não sei, não sei se posso conseguir.

–Você vai, é o único que pode. Afirmou Sirius como num sussurro.

–Você está vivo? Onde você está?

Mas Sirius não respondeu, foi sugado por uma escuridão e arrastado para o desconhecido. Harry tentou alcança-lo, mas não conseguiu... Sentiu-se sugado também, estava parado perto da plataforma, por alguns segundo viu do outro lado do véu.

Seu padrinho olhou para ele sem dizer nada, seus olhos já pediam por ele. Com um aceno de cabeça Sirius se despediu, e foi caminhando para o fundo do véu. ”

Acordou gritando o nome de Sirius. Sentou-se na cama assustado, colocou os óculos na esperança que estivesse mesmo no Departamento dos Mistérios. Só que não estava, ainda estava em Hogwarts.

Rony, Neville, Dino e Simas acordaram com o seu grito assustados.

–Aconteceu alguma coisa? Perguntou Rony esfregando os olhos com as duas mãos.

–Só tive um pesadelo. Respondeu angustiado.

Seu estomago se revirou, não podia continuar assim. Cada vez seus sonhos eram mais reais, mas nunca fazia sentido. Tudo que ele mais queria naquele momento era que Sirius tivesse ao seu lado, se alguém fosse acompanha-lo na sua jornada, essa pessoa era Sirius.

O relógio ainda marcava seis horas da manhã, e mesmo sendo tão cedo nenhum deles voltaram a dormir. Era Natal. As camas deles estavam abarrotadas de presentes.

Abrir os presentes o fez esquecer um pouco dos seus problemas, ele havia ganhado um par de meias de Dobby, que tinha desenhado algumas árvores e elfos feiosos, mas sabia que era de coração. Era um bom presente, o que valia era a intenção, Harry tinha comprado quatro pares diferentes para que ele pudesse combinar, era de se esperar que o elfo fizesse alguma coisa para ele.

Monstro, para a sua surpresa, também o presenteou com uma torta deliciosa de banana. Rony havia dado a ele um pacote cheio de sapos de chocolate. Mione uma pena de titânio uma das mais queridas pelos alunos de Hogwarts, Hagrid e Sra. Weasley tortas, a Sra. Swift um par de tênis de uma marca bruxa famosa e Bella uma coleção de pomos de ouros para treinar em casa.

–Nossa cara. – Disse Rony impressionado – Não precisava, eu falei brincando.

Rony logo vestiu a camisa e colocou o boné todo pomposo. Passou o dia todo usando o presente de Harry nos corredores do castelo e até mesmo do lado de fora.

Almoçaram um verdadeiro banquete antecipado, e a tarde passaram do lado de fora, brincando de Guerra de neve como se fossem simples crianças, até mesmo as meninas entraram na brincadeira.

As casas de Hogwarts estavam quase todas misturadas brincando de guerra de bola de neve e alguns até montavam bonecos de neve e dava vida a eles com magia. Faltando três horas para o começo do baile praticamente todas as garotas entraram para o castelo enquanto os meninos se divertindo.

Rony custou largar Mione, ficou beijando a garota até a entrada do salão principal e voltou com uma cara de bobo apaixonado fazendo os outros ataca-lo com bolas de neves. Os garotos só subiram quando faltava menos de uma hora para o baile, o salão estava fantástico e quase todo pronto. A professora Minerva proibiu os meninos de passarem pelo meio do salão já que todos estavam molhados pela neve derretida.

Harry foi o último a tomar banho, estava muito ansioso, o dia do baile finalmente tinha chegado e ele não podia estar mais nervoso. Ele iria ao baile com a garota dos seus sonhos e dançaria com ela na frente de todos. Arrumou-se apressado, tentou fazer seu cabelo se ajeitar pela primeira vez, só que desistiu depois de mais de dez tentativas diferentes.

Estava usando vestes pretas, já que a que ele tinha usado no ultimo baile não servia mais. Os meninos do dormitório desceram juntos, Rony estava todo pomposo com as vestes novas que tinha ganhado da sua tia de presente de natal. Eram cinza e ao contrario da que ele tinha usado no ultimo baile, era muito mais elegante e sofisticada.

–Adorei meus tios ter me dado essas roupas. Disse Rony se gabando para Neville que usava vestes azul presenteadas pela vó dele.

A sala Comunal estava lotada de gente esperando e saindo o tempo todo. Os que seus parceiros eram de outras casas, saiam para encontra-los no salão do baile. Neville despediu-se deles e foi se encontrar com Luna. Dino e Gina, que estava linda em um vestido amarelo, foram direto para o baile.

O relógio corria e faltavam poucos minutos para Harry e Bella dançarem a valsa. Mione desceu sozinha do alto da escada do dormitório feminino, a sua irmãzinha estava linda com os cabelos um pouco mais curtos e menos volumoso do que o normal, ela estava vestida com um lindo vestido azul turquesa aberto na perna, assim como a maioria das meninas, e com um decote v nas costas que destacava ela das outras.

Rony olhou para ela com a maior cara de bobo indo busca-la antes mesmo de ela terminar de descer as escadas impedindo as outras de descerem e as deixando furiosas.

–Você está linda, Mione. Elogiou Rony.

–Está muito bonita mesmo. Concordou Harry.

Mione sorriu envergonhada, passando a mão no cabelo e jogando para trás.

–Bella já vai descer? Continuou Harry.

–Ela está te esperando lá. Os pais dela foram convidados por Dumbledore para participar do baile, ela não se arrumou aqui.

Harry que já estava ansioso ficou ainda mais. Os três desceram as escadas até o baile, Mione e Rony foram para o salão e ele até a salinha à direita da mesa dos professores. O salão do baile estava deslumbrante, a decoração estava toda em vermelho e branco com estatuas de gelo que eram do tamanho de Hagrid.

Entrou na sala e procurou por Bella, mas não achou. Na sala apenas os homens estavam presentes, inclusive o Ministro da Magia. Snape olhou para Harry com um olhar de nojo, mas ele ignorou, estava nervoso demais para se importar com ele.

–Está muito bonito, Harry. Disse Dumbledore sorrindo para ele.

–Obrigado, professor.

–Espero que não esteja muito nervoso. Sei que você não gosta muito desse titulo de campeão Tribruxo e tem todos os motivos para isso.

–Na verdade não me importo tanto quanto antes. Não me acho campeão de nada, professor. Só vou participar, porque entendo seus motivos para a realização do baile.

Dumbledore sorriu para ele com um olhar cansado. Seus olhos estavam cheios de sabedoria e compaixão que se misturavam. Ele nem sempre precisava falar para os outros entenderem, Dumbledore falava com os olhos, principalmente quando falava com Harry.

Um homem escondido lá dentro via tudo que acontecia do lado de fora, na pista de dança comandando algumas musicas ambientes de começo de festa.

–Agora na pista de dança, o campeão Tribruxo, Harry Potter e sua acompanhante Isabella Swift.

A mão de Harry congelou, o professor Ned Flanders deu um empurrão nele que saiu da sala tropeçando. As palmas começaram a ficar cada vez mais altas, ele procurou por Bella no meio do salão, mas não achou, olhou para frente e a viu.

Estava tão bonita, que todos no salão ao invés de olharem para ele, olharam para ela. Seus olhos azuis encararam os deles e ela sorriu caminhando em sua direção, seu vestido vermelho com dourado fazia contraste com sua pele clara e seu cabelo e negro, que estava solto para o mesmo lado do corte do vestido em sua perna esquerda.

Os dois se encontraram nos degraus e tudo que Harry conseguia fazer era olhar para ela. A música começou a tocar e mesmo ele não gostando daquilo, e de ser o campeão Tribruxo, gostou de estar ali no centro das atenções dançando ela.

Os comentários no salão eram audíveis enquanto os dois dançavam. Não tinha um garoto ou garota que não estavam impressionados com a beleza de sua parceira.

–Você está linda. Sussurrou no ouvido dela.

–Você também está muito charmoso. Disse Bella passando a mão em seus cabelos arrepiados.

O narrador começou chamando a chamar os outros. Dumbledore veio para o meio do salão com a professora Minerva, seguido por Fudge e sua esposa, Julius e Melissa, Flanders e Madame Hooch entre outros que ele nem fez questão de saber, já que tudo que importava naquele momento era a garota que estava na sua frente.

A sua mão na cintura dela, fazia ele se sentir diferente. Estava perdidamente apaixonado por ela, não tinha outra escolha, era ela que ele amava, gostava dela antes mesmo de conhecê-la. Todos os pares entraram no salão e todos dançaram a valsa numa coreografia que mais parecia ensaiada.

A música acabou e ele mesmo assim não conseguiu larga-la, os dois ficaram olhando um no olho do outro.

–Não foi tão ruim assim, foi? Perguntou Bella.

–Não com você.

Ela segurou em sua mão e os dois foram para as mesas que tinham surgido no salão para o banquete. Mione e Rony tinham segurado um lugar junto com Gina e Dino, e Neville e Luna. A comida estava deliciosa, Rony se controlou um pouco, mas no final acabou comendo mais do que devia, só que Mione não se importou com isso, apenas sorria feliz da vida por ir com seu amado ao baile finalmente.

O salão estava cheio de pares e muito deles eram formados da própria Armada de Dumbledore. Susana estava com Terêncio, Miguel Coner com Lilá, Parvati com Simas, Padma com Antônio, Peter com Cho, e Brian com Kátia.

Malfoy estava junto com Pansy Parkinson, que não desgrudava nenhum minuto do braço dele como se tivesse andando com o cara mais poderoso do mundo bruxo. Todos que passavam pela mesa deles os olhavam. Apesar de Gina, Mione e Luna estarem lindas, a que mais chamava a atenção era Bella com seu ousado vestido vermelho.

–Vocês não viram quem vai tocar aqui hoje? Perguntou Neville a Bella e Harry.

–Não consegui ver, Dumbledore está escondendo bem dessa vez. Respondeu Harry.

O palco apareceu, as mesas sumiram deixando para trás apenas as cadeiras e as cortinas começaram a levantar causando um grande rebuliço no salão. Os meninos e meninas correram para perto palco e começaram a gritar sem parar enlouquecidos quando a banda começou a tocar.

–Eu não acredito. Gritou Gina deixando Harry surdo.

–São mesmo eles. Concordou Rony extremamente animado.

Os seus amigos saíram correndo para o show e ele foi arrastado por Bella.

–Quem são eles? Perguntou.

–Nem todo mundo aqui, nasceu em família bruxa. Disse Dino.

–A nova sensação bruxa, Titãs, eu devia ter desconfiado quando ouvi a voz do radialista, ele é empresário da banda, Willian Jackson. Respondeu Gina dançando.

Todos começaram a cantar a letra da música e pularem, Harry tinha que admitir que as músicas eram realmente boas e contagiantes. Bella dançava segurando em sua mão e ele logo entrou no clima. Juntos com os membros da Armada que se aproximaram, os meninos começaram a pular de um lado para o outro, o tipo de coisa que as pessoas faziam nesses tipos de festas.

O baile estava perfeito, estavam felizes e dançaram até a última música tocada pelos Titãs. Com o fim do show, Willian Jackson, começou a comandar as músicas tocando algumas das Esquisitonas e Meroples.

–Vamos sair um pouco? Chamou Bella ofegante depois de dançarem várias músicas, cumprindo de vez sua promessa feita a ela.

Os dois saíram do salão Principal e foram para perto do lago, a neve cobria quase tudo, o lago estava congelado e o vento era cortante. Se sentaram no mesmo lugar que Bella e Draco tinham se sentado há algum tempo atrás, e ficaram olhando o lago congelado.

–Tudo vai mudar, não vai? Perguntou Bella.

–Como assim? Perguntou Harry sem entender.

–O baile é um incentivo de Dumbledore para nos distrair do que está acontecendo do lado de fora e nos tranquilizar.

–Pelo menos está dando certo. Respondeu Harry.

–Até certo ponto, não dá para esquecer o que está acontecendo. Nesse exato momento Voldemort está fazendo algum plano para destruir todos, para destruir você. Não consigo me sentir tranquila sabendo que você corre perigo.

Harry não respondeu de imediato, esses pensamentos tinham atormentado ele algumas vezes antes da sua conversa com Dumbledore.

–Você sabe o que está atrás da porta do Departamento dos Mistérios que Bellatrix tanto queria saber? Perguntou Bella o surpreendendo.

Desde o dia da Casa dos Gritos nenhum deles tinham tocado no assunto da porta novamente.

–Ainda não sei. Respondeu sincero.

–Você acha que Dumbledore, sabe?

–Provavelmente, mas ele de novo está esperando o momento certo para me contar. Odeio quando ele faz isso.

Os dois começaram a rir, sabiam que Dumbledore tinha a mania de só contar as coisas depois de um certo tempo. Harry olhou para ela e sentiu seu corpo estremecer, não de frio, mas de uma sensação diferente, uma sensação boa. Ele não sabia se era a hora certa ou o que ela acharia se ele declarasse o que sentia por ela, mas tinha que falar algo.

–Bella, eu gostei muito de te conhecer. Falou olhando para ela.

–Também gostei de te conhecer, Harry.

Ela desviou o olhar e ele virou seu queixo para olhar em seus olhos azuis novamente.

–Você não está me entendendo.

–Como assim? Perguntou Bella.

–Você se tornou uma grande amiga, desde o dia em que te vi e te achei a pessoa mais linda que já tinha visto na vida. Cheguei a ficar confuso por um tempo achando que era só atração, mas com o tempo percebi que não era, nunca foi só atração. Eu passei a sentir ciúmes de você e te querer sempre por perto, passei a te admirar e te conhecer cada dia mais. E com isso percebi que na verdade eu estava começando a me apaixonar, e hoje eu estou completamente apaixonado por você.

Bella ficou olhando para ele escutando cada palavra que ele dizia só que quando ele terminou, ela simplesmente levantou e começou a volta para o castelo.

–Bella – disse segurando o braço dela – Me desculpe, eu não queria te chatear. Você não precisa sentir o mesmo por mim...

–Que droga, Harry – disse ela livrando o braço dela facilmente da mão dele – Eu conheço essa história e sei o final dela também, o amigo apaixonado que depois apenas vira um idiota que te machucou.

–Mas eu não estou dizendo que espero que você sinta o mesmo por mim, só queria falar. Por favor, não fique com raiva de mim.

–É esse problema, Harry.

–Que você não sente nada por mim? Perguntou um pouco confuso.

–Não, o problema é que eu gosto de você. Eu esperei desde o dia do anuncio do baile que você me convidasse para que eu pudesse parar de sentir o sinto por você, para que eu pudesse ter certeza que a gente podia ser só amigos. Pra que eu tivesse certeza que você não sentia nada por mim, e que no final de tudo eu não precisasse me magoar de novo.

Ele ficou surpreso, não esperava por isso.

–Mas eu não vou te magoar Bella, não se depender de mim. Disse Harry.

–Eu prefiro não arriscar, não quero fraquejar agora, Harry. Eu gosto demais de você, mas do que gostei de qualquer outra pessoa...

–Eu te amo, Bella. Interrompeu Harry.

–Não me diga isso, por favor... Pediu Bella.

–Por que não?

Ela olhou para o outro lado mordendo o canto da boca, extremamente nervosa.

–Por que não? Perguntou de novo.

–Porque eu acho, que também te amo, Harry.

Aquelas palavras foram para ele, como uma luz para o cego, o seu corpo se acendeu em uma chama que nem o vento cortante do inverno conseguiu esfriar. Segurou a mão dela e virou o rosto dela para olhar em seus olhos, que estavam secos e firmes e que quando encontrou os deles, sabia exatamente o que fazer.

Aproximou-se de Bella e a beijou, um beijo demorado e correspondido. Ele segurou firme em sua cintura e em sua nuca, sentiu o corpo dela bem perto do seu, pareciam uma chama de fogo no meio de toda aquela neve... Foi o melhor beijo da sua vida.

–Me desculpe. Disse quando terminaram e se afastaram.

–Pelo menos eu não estava chorado...

A resposta dela o fez ficar envergonhado por ter contado a ela sobre o seu beijo com Cho. Mas pelo menos agora ela não queria fugir mais dele.

Como um imã, não conseguiu ficar longe dela, se aproximou e a beijou novamente e foi tão bom quanto o primeiro. Ela tremia um pouco de nervosismo, e ele temeu tocar no assunto dos sentimentos, com medo dela ter dito apenas da boca para fora.

–Acho melhor entrarmos, está frio aqui. Disse Bella.

Sem saber se tinha sua permissão pegou em sua mão e juntos entraram no baile que ainda estava lotado. Procuraram Rony e Mione por toda festa e não conseguiu encontra-los em lugar algum.

–Estamos indo querida – disse Melissa se aproximando dos dois – Vemos vocês na estação, Dino e Mione vão para a mansão também. Enquanto a você presumo que seus tios não vão se importar.

–Desde que eu não volte para a casa deles, eles não se importam. Respondeu Harry.

–Ótimo, Molly irá fazer um jantar de Natal atrasado para nós.

Bella se despediu de sua mãe e eles resolveram ir para a sala comunal. Subiram as escadas até o retrato da mulher gorda que estava segurando uma garrafa de vinho e falando alto com sua amiga do retrato ao lado.

–Mas Já? – perguntou a mulher alterada- Os jovens de hoje não sabem apreciar mais um baile...

Eles entraram na sala Comunal rindo da Mulher Gorda, Bella pediu um minuto a ele e subiu em seu quarto enquanto ele esperava por ela sentado no mesmo lugar de sempre, de frente para a lareira, para sorte deles a sala estava completamente vazia já que todos ainda estavam no baile.

Bella desceu com outras roupas, tinha vestido um short curto e uma regata simples e se sentou ao seu lado com as pernas cruzadas.

–Quer conversar sobre o que conversamos lá embaixo? Perguntou Harry.

–Temos mesmo que falar sobre isso? Questionou Bella.

Ela ergueu a sobrancelha e torceu o nariz da forma que ele mais amava.

–Eu gosto de você, não sei se é certo ou errado. Sei que não posso colocar você em perigo e isso é o que eu menos quero na minha vida. Confessou Harry.

–Eu dou conta de me cuidar sozinha, Harry. Disse Bella parecendo ofendida.

–Dumbledore me disse a mesma coisa.

–Falou sobre Dumbledore sobre seus sentimentos por mim?

–Não precisei falar. Disse Harry.

Ela encarou a lareira, como se pensasse nas palavras antes de dizer.

–Eu gosto de você, Harry.

–Como amigo. Falou Harry baixo.

–Quem me dera que fosse assim. Quando vi Brian, me senti mal e você estava ali do meu lado para me apoiar, e desde quando nos conhecemos você faz isso. Pensei que não suportaria estudar na mesma escola que o cara que me magoou tanto, mas consegui, e com o tempo percebi que não era porque eu tinha me acostumado com ele, mas sim porque eu estava gostando de você. Vocês podem me achar dura e seca, mas nem sempre eu fui assim, minha magoa me fez assim. Não quero me magoar, não consigo sofrer tudo isso de novo...

Pela primeira vez, Harry, sentiu o sofrimento dela nas palavras os olhos dela se encheram de lágrimas, mas elas não escorreram, ficaram ali nos olhos azuis dela enquanto ela encarava a lareira.

–Eu nunca faria nada pra te deixar assim, jamais. Disse xingando Brian por dentro.

Ele acariciou o rosto dela e a beijou com vontade. Gostava demais dela para vê-la sofrendo daquele jeito.

–Tudo que eu quero hoje, é ficar com você. Se você quiser me contar amanhã, eu vou querer ouvir. Não precisa me contar hoje, só fica comigo, um pouco. Você não sabe o quanto estou perdidamente apaixonado por você, marrentinha.

–Eu também estou, Harry. Não sabe o quanto foi difícil ficar perto de você e não te falar, te ver perto da Cho, ou pensar na possibilidade de te esperar tanto e no final você convidar ela.

–No meu caso foi pior, Bella. Praticamente todos os garotos querem você, se põe no meu lugar...

Ela sorriu docemente para ele e dessa vez, ela que o puxou para beija-lo. O tempo ali parecia voar, juntos e sozinhos ali na sala Comunal, o mundo do lado de fora parecia não existir. Só havia eles em todo universo.

Os beijos começaram a ficar cada vez mais quentes, era difícil não perder o controle com uma menina tão incrível. Afastou-se de perto dela com delicadeza quando viu que estava passando dos limites.

–Desculpa, me empolguei um pouco. Disse Harry sem graça.

A última coisa que ele queria era faltar com o respeito com ela, mesmo ela não tendo noção da tentação que era para ele.

–Também passei do limite. Ela disse olhando para ele com um olhar tímido, o que não ajudava muito.

Antes de começar a chegar mais gente os dois subiram para seus dormitórios. Harry esperou por Rony até o final do baile e nada do amigo. Dino foi o último a chegar ao quarto todo empolgado e também não tinha visto o cunhado.

Foi dormir preocupado, mas feliz. Tudo tinha dado certo para ele naquela noite. Tinha ficado com a pessoa que estava apaixonado. Não teve pesadelos, pelo contrario, teve os melhores sonhos revivendo tudo de bom que tinha passado com Bella naquela noite.

Acordou assustado quando escutou um barulho no quarto no meio da madrugada. Rony chegou nas pontas dos pés com o casaco nas costas e carregando os sapatos na mão. Seu cabelo estava todo desgrenhado e ele vinha com um sorriso enorme no rosto.

–Onde você estava, cara? O que você estava fazendo? Perguntou ainda sonolento.

–Estava tendo a melhor noite da minha vida...

Foi tudo que Rony conseguiu dizer sobre o Baile, que para os dois, tinha sido o melhor de suas vidas.