Kagami e Kuroko sempre andavam juntos. Isso era um fato. As pessoas há muito haviam se acostumado com a visão dos dois garotos, um grande e ruivo e o outro pequeno, com cabelos azuis e quase sem presença, Kagami e Kuroko.

Kuroko sempre que estava perto de Kagami perdia ainda mais sua pouca presença “como uma sombra”, os outros pensavam. Essas pessoas não faziam ideia da ironia desse pensamento. Kuroko era a sombra de Kagami. Kagami era a luz de Kuroko.

Os dois eram uma dupla, uma dupla perfeita. Os dois estavam em sincronia, não importava a situação, eles sempre estavam juntos, trabalhando juntos, conseguindo juntos.

As pessoas estavam tão acostumadas com os dois que não foi nenhuma surpresa quando eles começaram a namorar, já estava meio que óbvio desde o começo. Mas os dois não haviam percebido o que a maioria havia, eles ainda precisavam se acostumar com o fato de que eram um casal.

Demorou três meses para a primeira briga do casal. Mesmo sendo tão acostumados um com o outro, eles ainda tinham suas diferenças. Eles não se falaram por uma semana, mas, é claro, aquela briga não afetou seus desempenhos no basquete. Mesmo brigados e com muita raiva, o corpo deles chamavam um pelo outro. No final, eles voltaram a conversar normalmente, como se a briga nunca tivesse acontecido.

O primeiro encontro romântico deles só foi acontecer dois anos depois de que começaram a namorar. Kagami, por livre e espontânea pressão (e algumas bolas de basquete na cara), preparou um jantar a luz de velas para Kuroko. O jantar foi agradável e Kuroko gostou muito da surpresa, a noite deles acabou na cama naquele dia, um agradável final para Kagami e Kuroko.

Assim que se formaram, Kagami voltou para a América, para treinar seu basquete. Muitos ficaram impressionados com a reação calma de Kuroko, mas ele confiava em Kagami. A confiança total que eles tinham um no outro não se aplicava apenas na quadra, mas no relacionamento dos dois.

Quatro anos depois, Kagami voltou ao Japão para ficar. O relacionamento deles continuou como se nada tivesse acontecido, os dois não haviam ficado sem falar por esse tempo, internet era uma benção para o problema da distância. Algum tempo depois, eles foram morar juntos.

Ao longo da revolução dessa relação complicada, óbvia, engraçada e romântica, de companheiros de time eles viraram amigos, de amigos eles viraram namorados, mas antes disso, eles sempre foram luz sombra, sombra e luz.