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Pov. Pedro

Tinha ficado muito bolado e então resolvi não ir pra casa, fiquei na praça um bom tempo acho que todos já tinham saído da festa, menos a Karina. Fiquei um pouco preocupado, mas achei melhor não ir lá. Depois de um tempo o Duca entrou e então pensei que eles gostariam de ficar sozinhos, finalmente resolvi ir pra casa, quando de repente ouvi os gritos de socorro da Karina e corri pra academia.

Quando cheguei lá vi aquele porco do Duca, agarrando a esquentadinha. Por impulso empurrei ele, mas ele ficou possesso e começou a me bater, e eu apanhei muito, mais muito mesmo, a Karina ficou desesperada e foi pedi ajuda, quando o Duca se deu conta do que fez, ele fugiu e eu não conseguia nem respirar de tanta dor. Quando a ajuda chegou, a Karina tava muito desesperada, chorando litros e veio em direção a mim.

Karina: Pedro... é tudo culpa minha.

Pedro: Não foi sua culpa – foram as ultimas palavras que me lembro de ter dito, logo após desmaiei.

Pov. Karina

Não acredito, coitado do Pedro, é tudo culpa minha... o Pedro só ta assim porque me salvou, ai Pedro, porque eu não fiquei com você?

Quando a ambulância foi embora, entrei em casa ainda bastante arrasada, fui pro banheiro e refleti bastante enquanto tomava o meu banho e relembrava aquelas cenas terríveis na minha mente, vesti o meu pijama e fui pra cama, a Bianca tava lá; Eu fui direto pra minha cama e ela veio a mim.

Bianca: K, você tá melhor? – disse preocupada.

Karina: Não - e desabei em lagrimas.

Bianca: Ah K, não chora! Vem cá – disse se sentando na cama e me deitando em seu colo.

Karina: Foi tudo minha culpa, se eu tivesse vindo pra casa, nada disso teria acontecido.

Bianca: K, não foi nada sua culpa. Me explica direito o que foi que aconteceu.

Karina: Agora não, só me abraça, por favor.

Bianca: Claro. Vem cá – disse me abraçando, e eu dormi assim.

Pov. Gael

Fui com o Marcelo até o hospital, o estado do menino tava muito ruim, estava com muitos hematomas e sangrando demais. Ainda estava desacordado quando chegamos ao hospital, ele foi direto pra emergência, nunca pensei que um dos meus mais excelentes alunos acabaria machucando alguém daquele jeito. Muay Thai não serve se for usado dessa forma. E logo o Duca, o meu genro!

Marcelo: Como que eu vou explicar o que aconteceu pra Delma? E pra Tomtom? Se nem eu mesmo sei o que aconteceu! – disse Marcelo desesperado com a situação.

Gael: Se acalma Marcelo, amanha vamos ficar sabendo direito essa historia.

Marcelo: Porque será que o Duca fez isso? O que será que o Pedro fez pra ele? – disse indignado com tudo que estava acontecendo.

Gael: Também não sei, mas a Karina tem haver com isso, eu não tenho duvida.

Marcelo: Ai meu Deus! E não chega ninguém pra nos informar! Cadê os médicos?

Gael: Calma Marcelo, você tem que manter a calma.

Marcelo: Manter a calma? Como eu vou manter a calma? O meu filho está nesse momento desacordado em uma maca, e você me pede pra manter a calma?

Ia falar alguma coisa, e o medico apareceu.

Medico: Responsável pelo paciente Pedro Ramos.

Marcelo: Sou eu.

Medico: Bom, eu sou o Dr. Danilo Nadier, e estou responsável pelo caso do Pedro e venho dizer que ainda não temos um diagnostico concreto, mas o paciente está em coma e não sabemos quando ele irá acordar.

Marcelo: Não... coitado do meu filho. Tenho que avisar a Tomtom e a Delma. – disse aos prantos.

Gael: É melhor não, pelo menos não hoje. Amanha você fala com elas, é melhor você dormir, eu fico aqui com você.

Marcelo: Ta certo, amanha a gente ver o que faz, e obrigada por tudo Gael – disse mais calmo.

Gael: Imagina... vai descansar!

Pov. Karina

O dia amanheceu e nem sabia mesmo se tudo aquilo tinha acontecido de verdade, só de lembrar do Duca já voltada o pavor, e lembrar do Pedro mesmo medroso me salvando daquele marginal. Como será que ele estava? Será que já tinha acordado? Tava tão preocupada, ele estava assim por minha culpa, senti lagrimas escaparem e um sentimento de ódio me penetrar. Que ódio!

A Bianca acordou e me viu chorar, não gostava daquilo, das pessoas verem a minha fraqueza, assim tão exposta, mas a Bianca se preocupava muito comigo e foi me ver.

Bianca: K... não chora! Vem aqui, deita no meu colo.

Ela veio a mim, e deitou a minha cabeça em seu colo, como perdemos nossa mãe muito cedo, não tínhamos a quem recorre a não ser ao papai e uma a outra, mas eu não conseguia nunca conseguir desabafar, como iria falar pra Bi o que aconteceu sem magoa-la?

Ela começou a fazer carinho nos meus cabelos, e cantar uma canção de ninar que a mamãe cantava quando estava gravida de mim, pra ela dormir, eu já tinha ouvido, mas não tive aquela sensação. Vi as lagrimas pararem de cair então me preparei para contar o que aconteceu naquela noite. Me levantei e olhei diretamente para os olhos da Bianca.

Karina: Bi... tenho uma coisa pra te falar – disse um pouco apreensiva.

Bianca: Fala K!

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