A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 9
O passado


Notas iniciais do capítulo

Devido aos comentários, adiantei o cap.



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Acordo no meio da noite, suando frio. O pesadelo de sempre retorna, só que dessa vez, o tiro foi real.

– Lisa - Minha Mãe entra no meu quarto - Lisa se abaixe

Obedeço e me deito no chão, sem saber o porquê.

– Mãe - Falo - O que aconteceu?

– Aparentemente, uma das testemunhas pirou de vez e começou a disparar tiros.

– Quem?

– Não sei, mas é dessa rua.

Sinto o medo se espalhando por minhas veias.

– Ei, vai ficar tudo bem, só fique aí.

Ela fecha a porta e eu permaneço deitada durante muito tempo. Após uma hora, minha mãe abre a porta e fala que eu já posso levantar.

Olho pela janela, a luz clara do amanhecer banha meu rosto, renovando minhas energias. Tomo um banho e vou para a cozinha.

– Pai, o que foi aquilo ontem? - Pergunto

– Eu sei tanto quanto você.

– Cuidado, o assassino está vindo te pegar - Diego fala

Cara, por que ele insiste em fazer brincadeiras idiotas?

Eu sempre digo que ele me odeia mas minha mãe sempre diz que não, eu duvido. A história é longa , antes de eu ser adotada, Diego tinha toda a atenção para si só. Então , para estragar a vida dele, eu apareci ( o que , por sinal, foi a melhor coisa que me aconteceu) . Meus pais começaram a dividir a atenção, e para piorar ainda mais a vida dele, eu peguei uma pneumonia ( que quase me matou). A questão é: Diego se acha único, não gosta de dividir nada! Quando eu cheguei, foi como se eu tivesse apagado o modelo de vida perfeita da família. E, por isso, ele sempre me fazia sentir rejeitado ou mal. Como agora.

– Diego, já chega - Meu pai diz, em tom reprovador. - Suba para o seu quarto

– Mas... - Ele protesta

– É UMA ORDEM! - meu pai grita

Ele chuta a cadeira, com raiva e sobe as escadas, resmungando.

– Esse garoto está passando dos limites. - Meu pai comenta

Limpo uma pequena lágrima, não era justo que Diego me assustasse.

– Filha - Minha mãe grita - Alguém quer falar com você

Me levanto e vou para a porta de entrada, onde vejo Clara parada.

– O que foi?

– Emergência de meninas

Acho estranho, mas dou um tapa no ombro de minha mãe e sigo Clara.

– Você sabe que não podemos visitar nossas amigas, certo?

– Precisava me lembrar?

– E se eu te dissesse que - Ela me ignora - Eu consegui um telefone que faz ligações para fora desse lugar. Você pode ligar para a tal Marisa

Acho que esqueci de comentar, mas eu conversei sobre Marisa.

– Ai meu Deus, isso é sério? - Falo

Se você soubesse o quanto Marisa me fazia falta, me entenderia.

– Fale sobre mim, sua nova melhor amiga - Ela fala com ironia

– Até parece

Ela abre um sorriso

– Me acompanhe

Corro atrás de Clara, quando chegamos na casa dela, Ian segura um telefone celular.

– Oi - Ele fala, me tomando em um abraço

Seus braços não aparentam , mas são muito fortes.

– Fale as regras para ela.- Clara interrompe , tomando o celular das mãos dele e entregando para mim

– Disque #31# , depois o numero da sua amiga

Obedeço

– E agora?

– Agora ligue

Aperto a tecla de ligar

AlÔ? - Sua voz sonolenta soa atrás

– Mari? - Falo

– AI MEU DEUS! - ela grita - É VOCÊ Smurf?

– Fala mais alto, o assassino não te ouviu - Falo, ouvindo o quanto a palavra assassino soa estranha em meus lábios

– Me desculpe. Onde você está?

– Não posso falar, mas estou segura.

Então, começo a contar tudo para ela. Me incomodo um pouco por Ian e Clara estarem ali, mas se eles serão meus únicos amigos, eu ia ter que confiar meus segredos a eles.

Depois de 10 minutos, desligo o celular.

– Mantenha isso em segredo, era do nosso porteiro, ele usa quando tem que pedir pizzas.

– Não é perigoso?

– Não mostra nosso número , nem a localização

– Clara, vai lá devolver - Ian fala - Foi ideia sua

A garota começa a protestar, mas Ian a encara e ela começa a correr com o telefone.

– Vocês dois são muito próximos - Falo

– Eu odeio ela

Rio

– Brincadeirinha. - Ele fala - Somos irmãos, você sabe como é. Mas ela me entende. No colégio, foi a única que não zoava com minha cara

– Você era zoado?

– Por que está indignada?

– Eles zoam os feios e estranhos, você não é nada disso.

– Me acha bonito? - Ele pergunta

Coro

– Você é fofo

Ele ri

– Cara, você deixou minha auto estima lá no fundo do poço

Dessa vez sou eu que rio

– Você é bonita também. A única feia é a minha irmã

Começo a rir, coitada de Clara

– Ela é igual a você

– Pior. Nesse caso, ela é perfeita

Rio mais ainda.


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Notas finais do capítulo

Fim bobo, mas estava morrendo de sono.
Sono e Eu não dá muito certo