A testemunha- HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Devido aos comentários, adiantei o cap.
Acordo no meio da noite, suando frio. O pesadelo de sempre retorna, só que dessa vez, o tiro foi real.
– Lisa - Minha Mãe entra no meu quarto - Lisa se abaixe
Obedeço e me deito no chão, sem saber o porquê.
– Mãe - Falo - O que aconteceu?
– Aparentemente, uma das testemunhas pirou de vez e começou a disparar tiros.
– Quem?
– Não sei, mas é dessa rua.
Sinto o medo se espalhando por minhas veias.
– Ei, vai ficar tudo bem, só fique aí.
Ela fecha a porta e eu permaneço deitada durante muito tempo. Após uma hora, minha mãe abre a porta e fala que eu já posso levantar.
Olho pela janela, a luz clara do amanhecer banha meu rosto, renovando minhas energias. Tomo um banho e vou para a cozinha.
– Pai, o que foi aquilo ontem? - Pergunto
– Eu sei tanto quanto você.
– Cuidado, o assassino está vindo te pegar - Diego fala
Cara, por que ele insiste em fazer brincadeiras idiotas?
Eu sempre digo que ele me odeia mas minha mãe sempre diz que não, eu duvido. A história é longa , antes de eu ser adotada, Diego tinha toda a atenção para si só. Então , para estragar a vida dele, eu apareci ( o que , por sinal, foi a melhor coisa que me aconteceu) . Meus pais começaram a dividir a atenção, e para piorar ainda mais a vida dele, eu peguei uma pneumonia ( que quase me matou). A questão é: Diego se acha único, não gosta de dividir nada! Quando eu cheguei, foi como se eu tivesse apagado o modelo de vida perfeita da família. E, por isso, ele sempre me fazia sentir rejeitado ou mal. Como agora.
– Diego, já chega - Meu pai diz, em tom reprovador. - Suba para o seu quarto
– Mas... - Ele protesta
– É UMA ORDEM! - meu pai grita
Ele chuta a cadeira, com raiva e sobe as escadas, resmungando.
– Esse garoto está passando dos limites. - Meu pai comenta
Limpo uma pequena lágrima, não era justo que Diego me assustasse.
– Filha - Minha mãe grita - Alguém quer falar com você
Me levanto e vou para a porta de entrada, onde vejo Clara parada.
– O que foi?
– Emergência de meninas
Acho estranho, mas dou um tapa no ombro de minha mãe e sigo Clara.
– Você sabe que não podemos visitar nossas amigas, certo?
– Precisava me lembrar?
– E se eu te dissesse que - Ela me ignora - Eu consegui um telefone que faz ligações para fora desse lugar. Você pode ligar para a tal Marisa
Acho que esqueci de comentar, mas eu conversei sobre Marisa.
– Ai meu Deus, isso é sério? - Falo
Se você soubesse o quanto Marisa me fazia falta, me entenderia.
– Fale sobre mim, sua nova melhor amiga - Ela fala com ironia
– Até parece
Ela abre um sorriso
– Me acompanhe
Corro atrás de Clara, quando chegamos na casa dela, Ian segura um telefone celular.
– Oi - Ele fala, me tomando em um abraço
Seus braços não aparentam , mas são muito fortes.
– Fale as regras para ela.- Clara interrompe , tomando o celular das mãos dele e entregando para mim
– Disque #31# , depois o numero da sua amiga
Obedeço
– E agora?
– Agora ligue
Aperto a tecla de ligar
–AlÔ? - Sua voz sonolenta soa atrás
– Mari? - Falo
– AI MEU DEUS! - ela grita - É VOCÊ Smurf?
– Fala mais alto, o assassino não te ouviu - Falo, ouvindo o quanto a palavra assassino soa estranha em meus lábios
– Me desculpe. Onde você está?
– Não posso falar, mas estou segura.
Então, começo a contar tudo para ela. Me incomodo um pouco por Ian e Clara estarem ali, mas se eles serão meus únicos amigos, eu ia ter que confiar meus segredos a eles.
Depois de 10 minutos, desligo o celular.
– Mantenha isso em segredo, era do nosso porteiro, ele usa quando tem que pedir pizzas.
– Não é perigoso?
– Não mostra nosso número , nem a localização
– Clara, vai lá devolver - Ian fala - Foi ideia sua
A garota começa a protestar, mas Ian a encara e ela começa a correr com o telefone.
– Vocês dois são muito próximos - Falo
– Eu odeio ela
Rio
– Brincadeirinha. - Ele fala - Somos irmãos, você sabe como é. Mas ela me entende. No colégio, foi a única que não zoava com minha cara
– Você era zoado?
– Por que está indignada?
– Eles zoam os feios e estranhos, você não é nada disso.
– Me acha bonito? - Ele pergunta
Coro
– Você é fofo
Ele ri
– Cara, você deixou minha auto estima lá no fundo do poço
Dessa vez sou eu que rio
– Você é bonita também. A única feia é a minha irmã
Começo a rir, coitada de Clara
– Ela é igual a você
– Pior. Nesse caso, ela é perfeita
Rio mais ainda.
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Fim bobo, mas estava morrendo de sono.
Sono e Eu não dá muito certo