Saga Desordeiros escrita por Lucas Goulart


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Van




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“Saga Desordeiros”

Capitulo 1 -

"A Van"

Quarta-Feira;
Era uma noite chuvosa na cidade de São Paulo, aquela típica chuva de inverno, chuva demorada acompanhada daquele frio que faz doer os ossos.
Quatro amigos estão em um ponto de ônibus próximo da Unicidasp, a mais conceituada e concorrida do pais. São eles: Luis Paulo, o descolado; Juninho, o pegador, porém desajeitado; Alvaro, o estudioso dedicado e o Dodô, o cara que ninguém entende como conseguiu entrar na Unicidasp. Todos eles são amigos de longa data, se conhecem desde a época de escola, grandes amigos de infância. Aqueles amigos inseparáveis, quase irmãos.
São exatamente 22 horas e 14 minutos e os quatro amigos conversam:

Luis -- ... O Primeiro semestre esta chegando ao fim, e eu ainda não fui bem em nenhuma matéria... mas o que importa é que eu tô passando o rodo geral na Facul!
Álvaro -- Deixa de ser imbecil Luis, temos que nos dedicar, se não todo mundo roda! Não queremos perder a bolsa, não é mesmo?
Dodô -- Ainda mais eu, que não faço a menor ideia, do que estou fazendo aqui.
Junior -- Cara, como você passou no vestibular? Você é tão inteligente, quanto uma porta!

Todos riem...
Os quatro amigos continuam sua conversa descontraída, porém todos estão preocupados com as baixas notas conquistadas no primeiro semestre.
Enquanto isso, no estacionamento de outro campos da Unicidasp, o Professor e cientista Ayrton está preparando a transferência de uma substância secreta. Junto do professor Ayrton está o seu aluno preferido, Marcio, um dos melhores aspirantes a cientista de todo o país.

Ayrton -- Já colocou tudo dentro do furgão?
Marcio -- Sim professor, acho que já podemos sair.
Ayrton -- Mas você fez tudo corretamente? Ninguém percebeu que estamos tirando isto do laboratório não é?
Marcio -- Claro que não professor, ninguém viu nada. Vamos entrando no carro, temos que levar isto o mais rápido possível para a sua casa.
Ayrton -- Tudo bem, vamos!

Ayrton e Marcio, entram dentro do carro. Os dois estão apreensivos, pois estão retirando uma substância química de dentro do laboratório central da Unicidasp, sem autorização dos reitores.
Marcio é quem está dirigindo a van, professor Ayrton está no banco do passageiro, a apreensão toma conta daquele carro, a noite continua fria. A van se aproxima da portaria. Marcio e Ayrton se olham torcendo para que o vigilante da portaria não queira revistar o carro. O Vigilante sai de dentro da portaria, e se aproxima da van.

Ayrton -- Fala meu querido! Muito frio esta noite, não é?
Guarda (Vigilante) -- Boa noite professor! É, este frio está me matando. A única coisa que me esquenta, é o jogo do meu Tricolor!
Ayrton -- É mesmo, o Time do São Paulo esta empolgando muito nesta temporada.

Após o vigilante andar em volta da van e analisar a placa, ele se aproxima da porta do passageiro, olha com um olhar de desconfiança para o professor Ayrton, mas não por estar desconfiado de que algo esteja errado, mas sim porque o professor está demonstrando um certo nervosismo.

Vigilante -- Porque o senhor está com esta cara de preocupação professor?
Radio -- "... Cruzamento dentro da área, olha o gol! Goooooooollllll!!!!! Gol, gol, gol.... Gol do Coritiba! Coritiba um, São Paulo zero..."
Ayrton -- Você ouviu isto? como não ficar nervoso, com o São Paulo tomando um gol tão rápido assim? E o pior, em casa!
Vigilante -- É professor, mas vai virar o jogo ainda, dá tempo.
Ayrton -- Espero que sim, esta equipe tem potencial.
Vigilante -- Pro senhor ficar mas tranquilo, vou abrir logo o portão e te liberar. Pode ir pra casa, quem sabe o senhor ainda pega o final do jogo, e vê o nosso tricolor ganhando o jogo.

O professor Ayrton e seu aluno Marcio, sorriem para o guarda e saem aliviados. Quem diria que Ayrton, tão fanático pelo Time do São Paulo, ficaria feliz em saber que seu clube do coração estava perdendo um jogo. Mas graças a este gol contrario, o guarda se distraiu, e nem quis abrir a parte traseira da van.
Os dois seguem sua viagem tranquilamente por alguns minutos, quando Marcio começa a mostrar um certo desconforto enquanto dirige. Fabio olha algumas vezes nos retrovisores do carro. O professor Ayrton começa a se incomodar também.

Ayrton -- O que foi Fabio, porque este nervosismo?
Marcio -- Tem alguma coisa estranha acontecendo...
Ayrton -- Como assim?
Marcio -- Aquele carro ali atrás, acho que ele está nos seguindo.
Ayrton -- Como assim? Porque você acha isso?
Marcio -- Desde que a gente virou a primeira esquina da Universidade, este carro está atrás de nós. Eu já até entrei nesta rua pra ver se ele estava nos seguindo mesmo. Eu acredito que sim...
Ayrton -- E agora, o que vamos fazer? Acelera este carro!

Enquanto isto dentro do carro que está seguindo o professor Ayrton...

- Acelera este carro, infeliz! Não está vendo que o professor Ayrton esta se afastando?

O carro misterioso começa a se aproximar da van onde estão o professor Ayrton e seu aluno Marcio. A noite fria, tipicamente do inverno paulista, deixa o asfalto das ruas escorregadios, tornando qualquer manobra com o carro em alta velocidade um risco. A rua está praticamente deserta, só à apenas a van com o professor Ayrton e o carro misterioso que o persegue. Marcio e Ayrton começam a ficar ainda mais preocupados, pois percebem que quanto mais aceleram, mais o carro que os persegue se aproxima. O misterioso carro chega muito próximo a traseira da van, e começa a bater levemente, como se estivesse empurrando o carro do Professor. Marcio pisa com muito mais força no acelerador, o velocímetro da van começa a marcar mais de 120 km/h. Apreensivo, Marcio pisa fundo e vira seu volante para a direita, adentrando em outra rua. A cena mais se parece com aquelas perseguições de cinema.
Marcio acreditou que entrando de uma forma tão brusca e inesperada em uma rua, o carro que o perseguia iria perde-los de vista, mas não. O carro juntamente com a van também adentrou naquela rua, que até então parecia ser a salvação de Marcio e Ayrton.
O desespero toma conta daquela van. Marcio e Ayrton, não conseguem entender o porque, e por quem estão sendo perseguidos.
Os carros se chocam novamente, a perseguição fica cada vez mais perigosa... O carro misterioso tenta pela ultima vez interceptar a van do Professor, os carros se chocam. Marcio acaba perdendo o controle do carro, que a partir deste momento fica desgovernado. Infelizmente esta rua, não está tão vazia quanto a rua anterior, o carro totalmente sem controle, mas com um rumo certo, parte em direção à um ponto de ônibus, onde quatro rapazes estão sentados. Eles percebem a aproximação da van, mas não têm tempo de fazer praticamente nada. A van se aproxima dos quatro com uma velocidade incrível, a única coisa que se ouve é um grito muito alto de algum dos quatro: - Cuidado!!!!!
Infelizmente os quatro rapazes são atingidos pela van, que os prensa contra a parte de trás do ponto de ônibus. Os quatro amigos ficam desacordados. O barulho do acidente chama a atenção dos vizinhos, algumas pessoas saem de suas casas, é possível ver algumas pessoas só observando das janelas de seus apartamentos.
O professor Ayrton e Marcio saem de dentro da van meio desorientados, nota-se uma certa pressa em seus passos, os dois rapidamente tentam ir o mais rápido possível para o outro lado da rua. Quando Ayrton pisa na calçada, ouve-se um grande estrondo, o professor e seu aluno olham para trás e vêm uma grande bola de fogo. A van explodiu, e presos ainda desacordados, estão os quatro rapazes...

Quem será que estava a perseguir o professor Ayrton? O que aconteceu com o que ele estava transportando em sua van? Sera que os quatro rapazes que foram atropelados estão vivos?
Estas e muitas outras respostas... no próximo capítulo de "Os Desordeiros" !


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