Everything Is Changed escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 20
Problemas à vista


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aí está um novo capítulo para vocês. Ele pode estar um pouco monótono, mas o próximo vai trazer boas revelações, prometo.

Espero que gostem!

Pov Pedro



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Finalmente eles tinham alguma notícia sobre a minha irmã. Para mim, demorou tempo demais até que tivessem algo concreto. Parecia que não havia vontade de encontrá-la por parte dos investigadores, mas se dependesse da gente, isso iria mudar.

Chegamos correndo ao apartamento que eu dividia com Susana, mas que agora servia de “quartel-general” para a busca de Lúcia. Todos estavam reunidos na sala, exceto Edmundo, que estava encostado no batente da porta da cozinha, parecendo querer distância do resto. Eu e Estela nos sentamos no sofá, ao lado de minha mãe.

— O que eles disseram? – perguntei à ela.

— Até agora só que descobriram a localização dela. – respondeu minha mãe – Estávamos esperando vocês.

Assenti e todos encaramos os dois investigadores com expectativa. Eles não pareciam interessados no caso, apenas estavam cumprindo seu dever, com uma má vontade de dar nojo. Suspirei, entediado, na esperança que eles se tocassem que podiam começar a falar.

— Nós conseguimos rastrear o carro de Ethan Lancaster, e descobrimos que ele foi para Chicago, provavelmente encontrar o pai, James. Ainda não temos certeza, mas os seguiremos.

— E vocês sabem onde está James Lancaster? – perguntou Arthur.

— Sabemos que ele não deixou a cidade, mas não sabemos exatamente a sua localização. Só que já fizemos contato com a polícia local e eles irão ajudar no caso. É isso que temos, por enquanto, Sr. Cambridge.

Arthur segurou a mão de minha mãe, que tremia. As notícias não eram boas, porque não sabíamos nada sobre o estado de Lúcia e temíamos pelo pior, embora eu desconfiasse que eles não descartariam o seu trunfo.

Os dois investigadores saíram e nós ficamos sem saber o que dizer. Logo, Edmundo veio para junto de nós, meio contra a vontade e sentou ao lado de Estela. Nenhum de nós sabia o que fazer, estávamos perdidos. Foi quando batidas na porta interromperam o pensamento de todos. Minha mãe foi atender e deu de cara com meu pai, parado na soleira da porta, com a sua nova esposa a tiracolo.

— Phillip. – cumprimentou minha mãe. – Você veio depressa. Como foi a viagem?

— Helena. – ele respondeu – A viagem foi normal, viemos com o jatinho de Britney.

A nova esposa dele sorriu, falsamente, e minha mãe deu espaço para que eles entrassem. Arthur se levantou e foi até o casal. Meu pai o encarou com o ódio visível em seus olhos, sendo retribuído por Arthur.

— Arthur Cambridge. – disse meu pai – Já faz muito tempo. Então é por sua causa que minha filha está correndo perigo de vida?

— Phillip, a última coisa no mundo que eu queria que acontecesse era essa. Eu sinto muito por estar envolvido nisso tudo. – respondeu Arthur, sem se intimidar.

— Mas aconteceu. E para o seu bem e da SUA família, espero que isso termine bem.

— Pai. – pedi – Não piore as coisas.

— Pedro, não me diga o que fazer. Não depois de você estar namorando a filha desse homem, que abriu o caminho para tudo isso acontecer. Essa aí é um ser desprezível, como o pai.

— NÃO FALA ASSIM COM ELA! – gritei.

Arthur se colocou entre a gente, com os punhos cerrados e exalando raiva.

— Você não falará mal da minha filha na minha frente. – ele disse, com a voz perigosamente calma – A única coisa que me faz aceitar ver você é que é o pai de Lúcia e ter o direito de acompanhar, mas isso não te permite falar nada sobre mim e muito menos sobre a minha filha.

Me coloquei ao lado de Arthur e meu pai me encarou com mais raiva ainda. Para a minha surpresa, Edmundo se colocou ao lado dele, me encarando com raiva.

— Nosso pai não precisa ficar aqui ouvindo isso, até porque, ele não está totalmente errado. – disse Edmundo – Eu sempre gostei da Estela, mas se ela não tivesse tomado certas atitudes, Lúcia estaria aqui.

Eu iria partir para cima dos dois, mas Arthur me segurou. Meu pai deu um risinho irônico e virou de costas para nós dois, encarando minha mãe.

— Eu e Britney vamos ficar em um hotel aqui perto. – anunciou – Se quiser, Edmundo, pode vir conosco. E podem contar que ficaremos de olho em vocês. Não deixarei mais nenhum dos meus filhos sob a responsabilidade de vocês.

Os dois saíram e Edmundo foi com eles. Minha mãe fechou rapidamente a porta e veio para o lado de Arthur, que abandonou a postura de corajoso e se sentou no sofá, pensativo. Olhei para o lado e encontrei Estela, pálida, preocupada.

Fui até o lado dela e me sentei, segurando suas mãos, mas ela se esquivou de mim. Fiquei confuso.

— Eles podem ter razão. – ela murmurou

Balancei a cabeça, negando.

— Meu amor, não podemos nos culpar pela maldade dos outros. Nunca. – eu disse, firme – Por favor, tire essa ideia absurda da sua cabeça.

Estela balançou a cabeça mais uma vez, ainda parecendo meio em dúvida. Fiquei furioso. Meu pai e Edmundo não podiam ficar pensando essas coisas e colocando essas desconfianças em nossa família. Estavam mais ajudando do que atrapalhando. Segurei forte a mão dela, que me dirigiu um sorriso fraco.

— Escute, daqui a pouco vamos na sua casa e ver como está o progresso de Paul e Mikayla. Eles estavam trabalhando em um rastreador. – falei

—Tudo bem, vamos sim. Eles já devem ter conseguido algo.

Dei um beijo no topo da cabeça dela, para que se acalmasse, porém me preocupei quando ela não esboçou reação. Meu pai havia conseguido o que queria, plantar a dúvida na cabeça dela e eu não queria deixar isso barato, de jeito nenhum. Mas antes precisava tirar aquela ideia absurda da cabeça de Estela.

Estela olhava a todo momento para Arthur e minha mãe, preocupada. Eu a conhecia o suficiente para saber que ela pensava se realmente tudo aquilo era culpa dela e isso era algo muito preocupante, pois Estela era altruísta até demais.

Para tentar distraí-la, chamei sua atenção e apontei para a porta, sinalizando que devíamos ir até o apartamento dela. Estela assentiu e nós nos levantamos, indo em direção ao apartamento dela. Antes que entrássemos, seu celular vibrou, sinalizando uma nova mensagem. Ela tentou disfarçar, mas eu vi que ficou mais tensa ao ler o conteúdo.

— O que foi, Estela? – questionei

— Não é nada. – ela respondeu, rápido demais – Eu... acho que preciso respirar um pouco. Preciso ir caminhar um pouco sozinha.

— Estela, é perigoso sair sozinha assim. – alertei – Eu vou com você, então.

— Pedro, eu preciso desse tempo sozinha, desculpe. – ela insistiu – Eu escutei muita coisa e preciso de um tempo. Não vou longe, prometo.

Suspirei.

— Tudo bem. Mas fique com o celular ligado e não demore.

— Pode deixar, comandante. – brincou e me deu um beijo, afastando-se logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que mandou a mensagem para a Estela? Comentem!



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