Everything Is Changed escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 15
Eu me lembro de tudo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!!!

Novo capítulo fresquinho. Espero que gostem e não surtem!!!

Pov Pedro



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As coisas estavam começando a ficar próximas da normalidade em New Haven após Estela ter recebido alta, há uma semana. Nesse meio tempo, não havíamos conversado muito, pois ela estava bastante ocupada recuperando a matéria da faculdade. Além disso, desde a nossa última conversa de verdade no hospital, eu sentia que ela estava me evitando um pouco, acredito que por causa da confusão.

Nesse meio tempo, eu procurei me concentrar em mim, nos estudos e no mais novo emprego que eu havia conseguido em uma empreiteira, como estagiário. Eu cursava engenharia civil, então estava no ambiente perfeito e conseguia me distrair das preocupações. Eu começava a participar das reuniões de projetos e a visitar as construções da empreiteira. Tirando o fato de que a mulher que eu amava quase não se lembrava de mim, tudo estava ótimo.

Ao final do meu expediente, eu segui para o nosso prédio, empolgado. Eu havia conseguido a chance de me tornar efetivo, bastava eu encontrar uma solução para que uma construção ficasse dentro da Lei da cidade, mas sem que ela perdesse a essência que deveria ter. Eu iria me esforçar ao máximo para encontrar essa saída.

Eu entrei em casa animado e meu coração deu uma acelerada ao ver Estela no sofá conversando animadamente com Lúcia. A morena passava muito tempo em nossa casa, principalmente porque o Ben precisou viajar com a companhia de teatro de Yale. Quando elas me viram, sorriram em minha direção.

— Oi Pedro. – disse Lúcia, animada. – Eu estava aqui contando para a Estela sobre o meu encontro de hoje.

Fiz uma cara feia e Estela deu uma risadinha. Aquilo me amoleceu e Lúcia percebeu.

— Viu, eu sabia que a Estela poderia me ajudar. – gabou-se

— Eu ajudo mesmo. – respondeu a morena – Todos merecem a chance de encontrar o amor.

Pode ter sido impressão minha, mas acho que ela me deu uma olhada de canto de olho quando disse isso. Sorri involuntariamente.

— Mas e você, Pedro? – questionou Lúcia – Parece animado.

— Eu estou. – confessei – Consegui uma chance para ser promovido na empresa e não quero desperdiça-la de jeito nenhum.

— Mas isso é ótimo! Sabe, eu ficaria para comemorarmos, mas tenho compromisso. Por que não faz companhia a Estela? Não tem mais ninguém em casa.

— Eu adoraria. – disse Estela

— Claro que faço. Com prazer.

Estela sorriu abertamente e Lúcia fez um coração com as mãos. Em seguida, as duas saíram para o apartamento de Estela, já que ela prometeu à Lúcia emprestar uma roupa para a mesma. Eu subi para o meu quarto e fui tomar um banho. Fiquei pensando na vida e em como seria ficar sozinho com a Estela nessas horas.

Estava nervoso, admito, pois eu tinha muita vontade de estar muito perto dela, mas sabia que precisava respeitar o espaço dela. Mas ia, aos poucos, me aproximar, pois ainda tinha esperança. Saí do banho e coloquei somente uma bermuda, porque o calor começava a ficar mais intenso. Quando desci as escadas, encontrei Estela digitando no celular.

— Está tudo bem? – perguntei e ela se sobressaltou.

— Está sim. – respondeu – Só estava tentando desmarcar com o Ethan. Ele iria sair comigo, Lúcia e um amigo dele. Mas ele não me atende e nem olha as mensagens. Mas não tem problema porque Lúcia pode avisar que eu não estava bem.

— Ah sim. – comentei

Odiei o fato de ela querer sair com o Ethan, principalmente porque não era justo. Ele não a amava e nem era o cara certo pra ela. Não consegui esconder o meu ressentimento e Estela percebeu.

— Desculpe. – ela pediu

— Pelo que está pedindo desculpas?

— Por falar com o Ethan. Sei que talvez não seja justo com você, mas é que eu ainda me sinto um pouco confusa do seu lado. Com ele não existe nada disso.

— Eu entendo. – respondi – Tudo bem, Estela. Não vou te pressionar para se lembrar de mim, nunca.

— Sei disso. Obrigada Pedro.

Nos encaramos por alguns instantes, um tentando decifrar o outro, até que a barriga dela roncou, provavelmente com fome. Estela corou.

— Só comi um lanche no almoço. – explicou

— O que podemos jantar então? – perguntei

Ela pensou por um segundo e depois sorriu, correndo para a cozinha. Eu balancei a cabeça em negação, sorrindo, e fui atrás dela. Ela segurava um pacote de macarrão e procurava o molho de tomate. Depois colocou tudo na mesa e me olhou com expectativa.

— Sua macarronada é mágica. – ela disse.

Eu dei risada e comecei a preparar a comida. Estela ficou sentada em frente à bancada, me encarando. Eu tentei não perder a concentração com ela balançando as pernas, totalmente à mostra, a não ser por um short jeans curto. Odiava pensar assim, mas poxa, ela estava gostosa. Quando terminei, nós nos sentamos um de frente para o outro e saboreamos a comida.

— Então, Pedro, você está prestes a ganhar uma promoção?

Assenti, animado e expliquei a situação. Estela ouvia tudo com atenção, realmente interessada no que eu falava.

— Talvez possamos pensar juntos. – ela me surpreendeu, propondo. – Estudo direito, então talvez possamos encontrar alguma alternativa.

— Seria um prazer ter a sua ajuda.

Ela sorriu de forma doce e nós comemos em silêncio depois daquilo. Quando terminamos, ela me ajudou a limpar a cozinha, enquanto conversávamos sobre assuntos banais. Continuava muito fácil falar com ela, como algo natural. Assim que tudo estava arrumado, subimos para o meu quarto.

Começamos a estudar o assunto e logo Estela encontrou uma pequena brecha que, provavelmente, nem o melhor advogado acharia, algo que exigia muita atenção e talento para persuasão na hora de fazer parecer o certo.

— Te ajudo a montar uma apresentação descente para falar sobre isso, daí. – prometeu

— Obrigada, Estela. – falei, olhando em seus olhos – Não teria encontrado esse detalhe nunca.

— Não tem de que. Como eu disse, foi um prazer ajudar. É muito bom te ver falando sobre algo que você gosta, seu rosto se ilumina e seus olhos brilham.

— Anda reparando muito em mim, não é Srta. Cambridge? – provoquei

Estela corou, mas deu um sorrisinho e um soco no ombro. Ela voltou a me olhar nos olhos e se aproximou, imediatamente me puxando em sua direção também. Nós estávamos extremamente próximos e, para a minha surpresa, ela acabou com a distância entre nós, me beijando com paixão. Eu retribuí na mesma intensidade, segurando-a junto a mim. Mas, para a minha infelicidade, o celular dela tocou bem na hora.

— Oi pai. – ela disse quando atendeu. – Não, Lúcia saiu com um amigo. Por quê, pai? Sua voz está estranha. O QUÊ?? Tá, espera, eu vou tentar encontrá-la.

Ela desligou e jogou o celular na cama, pálida como um fantasma.

— O que houve, Estela?

— É a Lúcia. Ela foi...sequestrada.

— COMO ASSIM? – gritei – COMO ISSO ACONTECEU??

— Não sei ao certo. – ela chorava – Meu pai estava louco, não soube explicar. Vamos. Temos que ir ao local onde era o tal encontro.

Eu assenti e comecei a me levantar, porém Estela segurou meu braço.

— Me desculpe, Pedro. A culpa é minha.

Puxei-a para um abraço e ela se agarrou a mim. De maneira nenhuma a culpa era dela e eu faria com que ela percebesse isso. De mãos dadas, saímos de casa e fomos para o meu carro, acelerando em busca de minha irmã e torcendo para que ela estivesse a salvo. Estávamos em silêncio, até que Estela o quebrou e quase me fez bater o carro.

— Pedro – chamou – Eu me lembro de tudo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comente!!!



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