Fogo ou Gelo? escrita por Khatleen Zampieri


Capítulo 12
Depois da dor, é hora de sorrir!


Notas iniciais do capítulo

Olá, devido a muitos pedidos, não pude deixar de atendê-los, haha, mais um capítulo.
Eu tive uma folguinha aqui, então to empolgada e escrevendo bastante.
beijos espero que gostem..



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*Lucy Heartfilia*

Novamente o cheiro das flores, o sol da tarde e a felicidade do meu primeiro e único piquenique invadiram minha mente durante meu sonho, mas desta vez, algumas palavras mudaram.

Estava eu deitada na toalha olhando para a nuvem em forma de floco de neve enquanto meus pais organizavam as coisas e então mamão e papaia vieram ao meu encontro quando me ouviram chamar pelo dragão.

_É minha filha, sei que precisa dele, mas está tudo bem, seu outro amigo está com você agora. – disse mamãe apontado para o floco de neve.

_Acredite, ele também gosta bastante de você, e eu sei que ele pode te fazer tão feliz quando o seu dragão. – papai me consolou.

_Dagão... Nebe... – tentei dizer.

_Sim minha princesa, o dragão e a neve são seus amigos e sempre estarão com você Lucy. – mamãe confirmou. – não tenha medo de ser feliz, e a cima de tudo, nós sempre estaremos com você. Sempre!

Mamãe e papai me abraçaram já pegando no colo para irmos pra casa. Assim logo abro meus olhos quando sinto o sol em meu rosto de verdade.

_Bom dia senhorita Heartfilia! – disse Virgo, que abria a cortina da janela do quarto de meus pais. – dormiu bem?

_Humm, aahhhhmmm, minham, minham... – me espreguicei e bocejei logo em seguida. – é pode se dizer que sim. Hum o que tem pro café da manhã?

_O mesmo de sempre, mas dessa vez o senhor Gray insistiu em colocar sorvete junto. – ela confessou emburrada. – ele não me deixa preparar a sua comida mais, quer fazer tudo, quer cada pouco saber como você está, é o inferno, ele não me deixa mais em paz, sem ofensa Lucy, ele é seu amigo, mas é um chiclete.

_Hahahahaha! – tive que rir, Virgo estava irritada por que outra pessoa estava preocupada comigo e estava ajudando a me cuidar, sendo que essa era a tarefa dela.

Parei de rir quando vi a expressão de espanto da governanta.

_O que foi? – perguntei.

_A senhorita riu depois de 5 dias aqui. – ela aplaudiu pulando em cima de mim na cama para um grande abraço. – que bom, agora vamos comer.

_Ok, mas vou tomar um banho antes. – disse. – desço em vinte minutos.

_Sim senhorita! – Virgo concordou com uma reverência e logo saiu do quarto para e deixar só.

Olhei em volta, estava na hora de deixar as coisas como estavam, dormi, não, eu fiquei quase todo o tempo, esses 5 dias como disse Virgo no quarto dos meus pais, prendendo eles aqui, estava na hora de deixar este lugar, de deixar que eles descansassem.

Sorri, sai do quarto, desci as escadas, atravessei o corredor, entrei no meu quarto, peguei um calção jeans e uma regata preta, minhas roupas intimas e fui pro banheiro tomar um delicioso banho morno, pra começar um novo dia.

Tomei meu banho, me arrumei, sequei o cabelo, sai do meu quarto e fui para a cozinha, e chegando perto já ouvi vozes alteradas.

_Não interessa, eu quero preparar o sorvete dela! – a voz de Gray insistia.

_Eu arrumo as coisas nessa casa, o senhor come ok? Eu não vou abrir mão de arrumar a comida favorita da senhorita só por que o senhor quer agradá-la. – Virgo discutia.

_Eu sei como ela gosta. – Gray argumentou.

_Eu preparo seu prato desde pequena. – Virgo franziu ainda mais seu cenho.

_Hey, você dois, parem com isso. – falei entrando na cozinha, Gray mudou a expressão de irritado para calmo automaticamente ao me ver, eu não pude deixar de ficar vermelha por lembrar do que Virgo me disse cedo, que ele estava preocupado e não a deixava em paz PR minha causa, então virei o rosto. Já Virgo ficou quieta e fez um reverência para se desculpar. – eu vou preparar o meu sorvete!

Os dois não discutiram mais, eu peguei algumas bolas, vocês devem estar morrendo de inveja não é, eu comendo sorvete no café da manhã.

Mas então fui para a mesa e me sentei para comer, estava delicioso, era morango e maracujá, eu preferia menta e chocolate, mas eu adoro esses sabores também.

_Virgo, Gray, se sirvam também, não fiquem só me olhando. – apontei para o pote de sorvete.

_Certo. – Gray ficava um pouco mais calado e mais tímido na frente de outras pessoas, mas sei que ele queria muito falar comigo. Ele se serviu e sentou ao meu lado. – quer sair depois?

_Adoraria. – respondi sorrindo.

Ele sorriu e começou a comer.

Olhei para Virgo, ela olhava desconfiada para meu amigo, mas notou que eu a estava observando, então ficou sem jeito e disfarçou..

_Desculpe senhorita, mas eu vou me retirar por enquanto, agora que o senhor Gray está na sua companhia, talvez ele pare de ficar me interrompendo nos meus afazeres. – Disse Virgo e depois de retirou da cozinha nos deixando sozinhos.

Eu não havia conversado com Gray desde que chegamos aqui, eu não sabia o que dizer pra ele. Tantas coisas vinham em minha mente, mas não sabia por onde começar ou se algo havia mudado. Eu queria pedir desculpas por ficar assim, queria pedir como ele estava, ver se precisava de alguma coisa, conversar sobre a morte de meus pais com alguém, mas eu não conseguia, eu estava com medo de perder outra pessoa em minha vida.

_Sei que está tudo confuso agora, por isso a convidei para sair mais tarde, nós vamos almoçar fora, passamos a tarde conversando, você e mostra a cidade, colocamos tudo em dia loira. – ele sorriu, e levou o pote dele para a pia, havia terminado. Ele foi indo em direção a saída. Mas parou e se virou pra mim. – fico feliz que esteja melhor, é muito bom ver o seu sorriso de novo.

Então ele sorriu e saiu da sala.

Eu baixei a cabeça vermelha, mas então ouço passos apressados vindo em direção a porta.

_Quase me esqueci, esteja pronta em dez minutos pra sair. – Gray disse e depois foi se arrumar.

Como ele pediu, me arrumei em dez minutos, desci as escadas e lá estava ele me esperando, quando me viu, ele sorriu, nunca havia parado pra perceber o quanto ele era bonito, quer dizer eu sempre soube, desde a primeira vez que o vi, as meninas sempre chamam ele de deus grego, mas acho que ele é mais bonito que isso, seus cabelos repicados e rebeldes negros e brilhosos como a noite, sua pele branca e sem defeito algum, seus olhos de ônix sedutores e intensos, sua boca um pouco mais rosada que o tom de pele natural, seu nariz pequeno, seu rosto angelical, seu corpo parecia ter sido esculpido por um deus e sua voz calma e maliciosa.

_Você está linda Lucy! – ele falou e abriu a porta para mim poder passar.

_Obrigada Gray! – agradeci o elogio, mas não tinha nada demais, estava com um all star preto, o mesmo calção jeans que usei pra tomar café da manhã, e só coloquei uma camisa azul clara aberta por cima da regata preta. – mas é uma roupa comum.

_Eu não falei da roupa. – ele sorriu e olhou para o céu. Estava ensolarado e agradável. – falei da sua beleza e do seu brilho de sempre. É claro que o sorriso que você não mostrava a dias também ajuda.

Fiquei vermelha, ninguém nunca havia me elogiado assim. Olhei pra ele e sorri.

_Vamos? – apontei para a estrada. – então o que você quer fazer?

_Hum, você escolhe. Eu só quero te levar pra um lugar no final da tarde. – ele disse.

_Que lugar? – fiquei curiosa. – pensei que não conhecia aqui.

_Ah, eu conheço alguma coisa, pesquisei bastante sobre a cidade enquanto estava sozinho, mas o único lugar que eu quero mesmo levar você, foi o único que decorei o endereço, portanto, não preciso que você me conduza a esse lugar, o que quer dizer que é surpresa. – Gray explicou e sorriu pra mim.

_Ok. – foi tudo o que consegui fazer. – então vou te levar pra ver o zoológico agora de manhã. Eu adoro ir lá, pode ser?

_O que você quiser. Hoje o dia é seu loira. – ele levantou os braços em sinal de rendição.

Sorri e fiz sinal pra ele me seguir. No caminho, nos olhávamos, sorriamos, conversamos sobre a cidade e contei algumas histórias daqui pra ele. Ele ouvia atentamente e sempre comentava algo, eu amava conversar com pessoas assim.

_Então Lucy, me conte um pouco mais sobre como você cresceu grudada o Natsu. – ele me olhou curioso. Estranhei pergunta, mas contei.

_Bem todos insistem em dizer que nossos pais eram amigos e tudo mais, mas não verdade. – contei, ele ergueu uma sobrancelha. – nos conhecemos na creche, e desde então ficamos amigos, tipo, tiraram foto do dia que ele começou a andar na creche, ele estava vindo em minha direção, eu estava sentada com uma boneca.

Sorri com a lembrança. Olhei pra Gray e ele sorria também.

_Depois, não sei, nos grudamos, brincamos muito juntos, mais tarde minha mãe quis conhecer a família do meu amigo de infância, então ela finalmente ficou amiga da família Dragneel, assim íamos bastante lá e vice versa, eu e Natsu, aprendemos quase tudo juntos, pode se dizer que a maioria das coisas que fiz pela primeira vez foi com ele. – Gray sorriu e fez sinal para que eu continuasse. – andei de bicicleta com ele, nadei com ele, jogamos juntos, assistimos juntos...

Parei de falar, como eu sentia falta do meu amigo. Gray notou que eu fiquei meio depressiva então falou:

_Vocês tem uma bela história, as você mesma já deve estar cansada de ouvir isso e já sabe também, mas realmente vocês tem uma bela história. – ele passou a mão na minha cabeça, como um pai faria.- você devia dizer mesmo pra ele como se sente Lucy.

_Eu não posso. – falei.

_E por que não? Só pelo medo? – ele me olhou.

_Também, mas é por que estou com muita vergonha e não é o certo agora. – confessei. – mas vamos mudar de assunto, quero te mostrar todos os meus animais favoritos.

Sorri o puxei para dentro do zoológico. Ele segurou minha mão e deixou ser levado. Fui mostrando todos que eu mais gostava, ele gostou de alguns, outros achou esquisito, se amarrou nos pinguins, deu uma boa olhada no tigre de bengala, se encantou pelo urso polar e depois me olhou maravilhado.

_Lucy, eles são fantásticos. Um pouco estranhos, mas legais. – ele disse, depois deu de ombros e nos fomos olhar a hora, já era quase meio dia. – caramba eu estou com muita fome Lucy.

_Vamos almoçar, conheço um lugar bem legal. – pisquei pra ele.

Levei Gray até um parque de diversões que eu ia quando era pequena, e por incrível que pareça nunca mais fui, o que quer dizer que nunca fui nos brinquedos radicais, montanhas russas, torres que despencam, mas tinha vontade de ir. Então decidi levar Gray para nós irmos juntos.

_Vamos almoçar e depois nos divertir. – eu disse e sorri pra ele. Ele ficou sem reação depois me olhou um pouco assustado.- O que foi?

_Eu nunca fui num brinquedo grande antes. – ele confessou.

_Eu também não, ta afim de ir pela primeira vez? – convidei ele.

Ele apenas concordou.

_Ótimo então vamos almoçar antes para termos o que vomitar se nos enjoarmos nos brinquedos depois. – disse puxando ele pra come um x-burguer.

_Hilário loira, hilário. – ele riu sem graça alguma.

Estávamos comendo, estava muito bom, então Gray me olhou.

_Lucy, não quero estragar o clima agradável, mas eu quero muito saber como você esta?

_Não se preocupe, eu estou bem. – esclareci. – é horrível perder os pais, sei que você sabe exatamente como é, então você sabe como me sinto, mas estou bem agora, quero seguir em frente e aproveitar minha vida ao máximo.

_Bem que faz.- ele sorriu.

_E outra coisa, queria agradecer por cuidar de mim, mesmo com a Virgo te enchendo o saco. – ele deu risada. – e você como está? Eu peço desculpas por ter ficado trancada sozinha esse tempo todo.

_Não precisa se desculpar, você precisava disso. – ele falou. – eu to ótimo agora, afinal você está melhor, isso é o que importa.

_Agradeço por todo esse cuidado, mas por que está sendo tão atencioso comigo? – pedi a Gray.

_Eu não sei bem o por que Lucy, mas eu gosto de ver você feliz. – ele ficou um pouco vermelho. – não sei o por que, mas ver você sorrindo é uma das coisas mais bonitas que já vi.

Fiquei sem palavras, eu não sabia o que responder, com a morte dos meus pais, eu havia esquecido como estava confusa em relação a meus sentimentos por Gray. E com toda essa atenção dele, eu estava me lembrando do que nós estávamos conversando quando recebi a noticia. Eu estava contando a ele que estava apaixonada por duas pessoas.

_Bem, já acabou? – resolvi mudar o assunto. Estava ficando nervosa e meu coração estava acelerado. – vamos nos divertir então.

Ele se levantou da mesa e nós fomos brincar, na montanha russa, sentamos um ao lado de outro, quando nós entramos ficamos nervosos, eu achei que ia ter medo, por que era muito alto, mas não, eu amei aquela sensação, olhei para Gray, ele não aparentava sentir o mesmo, seus olhos estavam brilhando de pavor, ele gritava, e quando despencamos pela primeira vez, e depois fizemos alguns lupes, senti ele agarrando fortemente minha mão.

Olhei pra ele assustada, mas ele nem tinha notado, ele gritava muito, nunca tinha visto ele assim. Estava ao mesmo tempo me sentindo culpada por ter trazido ele a um brinquedo assim, mas também tinha muita vontade de rir da cara dele.

Quando paramos, ele saiu tremendo, mas ainda segurando muito forte minha mão.

_Ah, senhorita, se precisar chamar um médico pro seu namorado é só chamar ok? – disse o moço que cuidava da montanha russa.

_Obrigada. – agradeci, eu queria corrigi-lo que Gray e eu não tínhamos nada, mas deixei quieto, afinal acho que ele não ia acreditar que não era verdade, o garoto estava segurando muito forte minha mão. – Hey, você está bem?

_Sim, já passa. – ele se abaixou pra respirar. De repente se levantou num pulo e gritou. – Isso foi muito louco, vamos de novo.

Ele puxou minha mão e repetimos a viagem na montanha, mas desta vê ele sorria e olhava pra mim gritando:

_Uhuuuuul.

As vezes Gray podia ser tão louco quanto Natsu, acho que eu tinha imã pra arrumar amigos loucos.

Passamos muito tempo no parque, quando vimos era bem tarde já e Gray gritou:

_Vamos depressa. – ele pegou minha mão e me puxou. Tinha me esquecido que ele queria me levar a um lugar secreto.

Eu olhei pro céu, estava quase anoitecendo, portanto, por algum motivo, Gray e eu estávamos correndo. Viramos algumas curvas, e coriamos morros abaixo, subíamos, por alguns instantes eu imaginei que ele tivesse se perdido, mas ele estava determinado, sabia exatamente onde virar, então o segui de boa vontade.

Quando paramos, eu não consegui ver nada, era só uma parte do mato que não tinha árvores, uma pequena clareira, que eu nem reparei em como chegamos ali, mas estava muito ofegante para perguntar.

_Estamos quase lá. – Gray me informou. – mas agora vou vendar seus olhos.

Dizendo isso ele tirou um lencinho do bolso e o colocou sobre meus olhos, amarrando atrás, assim cegando-me completamente, senti sua mão pegar na minha e ele começar a me puxar, tudo o que pude fazer, foi confiar do moreno.

Senti que Gray tirava alguns galhos do nosso caminho, e cada pouco dizia pra mim aguentar mais uns segundos. Meus Deus, onde ele ia me levar? Estávamos no meio do mato e já estava quase anoitecendo. Gray, o que você está aprontando?

Após me perguntar mentalmente, senti a brisa do vento tocar minha pele e levantar meus cabelos com mais liberdade, o que significava que saímos do mato. Mas onde eu estava?

_Só mais um minuto Lucy... – ele pedia que eu aguardasse. Então senti ele se aproximar e desamarrar o lenço, tirando-o dos meus olhos. Abri os olhos curiosa. – surpresa!

Não consegui dizer nada, era espetacular, lembrava-me muito a colina ao lado da Fairy Tail, mas quem diria que existia um lugar tão lindo quanto esse perto da minha casa. vocês devem estar curiosos não é mesmo, bem deixe-me descrever a paisagem.

A grama tinha um tom verde limão muito vivo, e chegava aos meus joelhos, admito fazia cócegas, seguindo mais a abaixo, várias árvores, mais especificamente, pinheiros de variados tamanhos, todos espalhados sem ordem alguma, seguindo todo esse percurso, logo atrás desse cenário expandia-se o mar, a água estava escura e refletia o sol que descansava na sua maciez, o céu ia do laranja até o azul claro bem a cima de nós, mas aos poucos seu tom ia escurecendo, até podermos ver as estrelas mais brilhantes que já vi, e ao cair do anoitecer, criaturas começaram a brilhar entre os pinheiros, tornando a visão quase mágica, os vagalumes deixaram seu toque especial no momento.

Me virei para Gray com a intenção de elogiar o lugar e agradecer por me apresentá-lo, mas ele também estava maravilhado com a visão, e ao notar que eu o estava olhando, ele virou-se para mim, nos entreolhamos por alguns instantes, então eu o abracei.

_Lucy?.. – ele se espantou, mas logo levantou seus braços, abraçando-me.

_Obrigada. – agradeci com uma grande sorriso no rosto. Me afastei dele. – sério, muito obrigada, não só pela visão fantástica, mas pela companhia, você é um cara muito legal Gray, e eu tenho sorte de ser sua amiga.

Gray sorriu, e então olhou para o céu.

_Achei que gostaria de ver as estrelas. – ele falou, então olhei para elas também. – quando meus pais morreram, eu olhava para elas buscando respostas, mas a verdadeira resposta é que quem amamos de verdade, nunca vai nos deixar, ele estão nos observando com muito orgulho Lucy, sempre rezando para que tomemos as decisões que nos levam a felicidade. E depois que conheci você melhor, que eu percebi que nunca tinha me preocupado com isso, eu nunca parei pra pensar se era feliz, até conhecer a felicidade.

Ele olhou pra mim e pegou na minha mão. Fiquei nervosa e vermelha, mas o olhei também.

_Você devia fazer o mesmo. – ao dizer essas palavras ele baixou a cabeça. – bem vamos, senão a Virgo me mata.

Olhei pela última vez para o céu, os pinheiros, o mar e os vagalumes, essa imagem ia ficar pra sempre na minha memória.

Seguimos de volta pelo caminho que viemos, mas desta vez Gray não segurava minha mão, estranho era que eu gostei da sensação e queria segurá-la novamente. Mas ele estava estranho, então decidi deixar quieto.

Saímos das árvores e chegamos a estrada, assim fomos em direção a mansão Heartfilia, sem dizer uma só palavra, ao chegar, Virgo nos recepcionou e nos serviu a janta. Comemos rápido e cada um seguiu para seu quarto, mas antes de lhe desejar boa noite eu me dirigi diretamente a Gray.

_Obrigada pelo dia maravilhoso e o lugar fantástico que você me mostrou. – ele sorriu de canto. – e Gray, eu estou feliz sim, só não demonstrei o porque.

Ele franziu a testa, mas não dei tempo para ele perguntar, fui rápido para meu quarto tomar banho e deitar.

Se você acha que foi assim tão simples, está enganado, não conseguia achar uma maldita posição, nem o sono me visitava, o quarto estava silencioso e a noite fresquinha, eu queria muito aproveitar dormindo mas não rolo.

O moreno vinha na minha cabeça, a imagem dele sorrindo impressionado com a paisagem, foi magnífica, queria vê-lo assim sempre. Mas o que estou pensando. Virei pro lado e imaginei ele deitado ali, apenas falando comigo ou dormindo para poder admirá-lo, droga Lucy, virei pro outro lado e vi as estrelas pela janela, lembrando-me das palavras gentis e tocantes de Gray, mas que coisa, sentei na cama revoltada com minhas lembranças.

Olhei para o lado e achei um notebook em cima do criado mudo. O peguei e liguei, entrando no meu facebook, pra me distrair e tentar fazer o sono se conectar a mim.

Olhei as notificações, não tinham muitas, nenhuma solicitação de amizade nem mensagem, olhei um pouco a pagina inicial, nada também, mas que maldição, fui olhar de bobeira os meus amigos online e adivinha só, se você pensou que o Gray estava online, você acertou em cheio, é sério, ele estava me perseguindo, mas como eu não tinha nada o fazer, puxei assunto.

Lucy: Yo.

Gray digitando: Opa. Não devia estar dormindo?

Devia né, mas a culpa é sua, é claro que não ia falar isso pra ele.

Lucy: pois é, mas o sono não vem.

Gray digitando: sei como é isso, aqui está na mesma situação.

Será que ele estava pensando em mim também? Aff, Lucy, não fique imaginando essas coisas.

Lucy: quer repetir a dose amanhã?

Gray Digitando: é claro, mas agora não sei onde te levar de surpresa.

Lucy: Hahaha, não precisa, é minha vez.

Gray digitando: ok, então combinado.

Lucy: Beleza, então eu vou dormir agora, finalmente o sono me chamou.

Gray digitando: Ok, aqui também, parece que faltava só conversar com você pra dormir bem.

Vocês não tem noção de como fiquei vermelha. Mas consegui mandar um resposta.

Lucy: digo o mesmo. Boa noite.

Gray digitando: Boa noite Loira.

Assim fechei o facebook e desliguei o notebook, guardei onde estava e assim comecei a bocejar.

Deitei novamente estilo tatuzinho e fechei os olhos sorrindo. Gray tinha razão, eu precisa dar boa noite pra ele para ter uma também.


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Notas finais do capítulo

;) até daqui a pouco.



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