Pov Carlisle

Acordei ainda sentido o pequeno o corpo de Mary aconchegado ao meu. Sua respiração era tranqüila, e uma de suas mãozinhas estava em meu queixo. Abri meus olhos e vi a marrentinha abraçada a Alice, era impressionante a semelhança dela a Mary, provavelmente eram irmãs gêmeas, mas como essas meninas foram parar na rua? Será que ninguém notara que elas fugiram não?

Dei um suspiro antes de me afastar delicadamente de Mary que se moveu, mas permaneceu dormindo. Já de pé, me espreguicei e voltei minha atenção para minha cama que era ocupada por três mulheres, uma garotinha desconhecida, outra garotinha esperta e uma senhorita marrenta do narizinho empinado que eu não podia negar ser muito linda. Tudo bem admito, ela era linda, gata, gostosa pra caramba, mas meu não dava pra ser menos patricinha?

Com uma careta tentei retirar esses pensamentos de minha cabeça e caminhei preguiçosamente, atravessando o quarto indo em direção ao pequeno closet. Peguei uma cueca boxe preta, uma camisa preta e uma calça jeans azul escura. Fui para o banheiro trancando a porta atrás de mim. Abri o compartimento do espelho pegando o tubo de pasta, e a escova, depositei o conteúdo do tubo na escova, fechei o tubinho e o coloquei de volta no compartimento, umedeci a escova e comecei a escovar os dentes. Enxaguei a boca, e comecei a me despir, joguei as roupas sujas no cesto, e fui para o boxe, liguei o chuveiro na água morna, pois eu não estava afim de ter uma hipotermia. A água quente fazia meu corpo nu estremecer, e ao mesmo tempo fazia meus músculos relaxarem.

Terminei meu banho, me enxuguei e vesti às roupas, parei novamente na pia encarando o espelho, passei as mãos no cabelo fazendo os mesmos ficarem levemente bagunçados. Destranquei a porta saído do banheiro e olhei para o relógio, eram seis e quarenta da manhã.

Fui até acama cobrindo as “minhas” garotas, fui novamente ao closet pegando uns sapatos qualquer e o calcei. Sai do closet, fui a cama depositando um beijo na testadas meninas, incluindo da marrenta, peguei minha maleta e sai do quarto, descendo as escadas rapidamente.

Ao passar pela sala deixei minha maleta sobre o sofá e segui em direção a cozinha. Quando passei pela porta me deparei com uma dona Renée atarefada com o café da manhã, cruzei os braços me escorando na parede enquanto seguia a observando, não resisti e soltei um riso baixo, mas foi alto o suficiente para chamar sua atenção.

–Oh, olá meu anjo - ela me cumprimentou sorrindo, caminhei em sua direção lhe dando um abraço apertado.

Oi Dona Renée, já de pé tão cedo? - perguntei dando um beijo em sua bochecha a fazendo sorrir e depois me encarar com um olhar debochado.

–É claro que já estou de pé, e já ia lá ao seu quarto te acordar.

–Ah eu estava muito cansado, cheguei muito tarde ontem, sem contar que fui dormir ainda mais tarde.

–É você deve ter chegado tarde mesmo, pois quando cheguei da casa da Sue você ainda não havia chegado.

–Nossa a senhora passou o dia todo na casa da Sue? - perguntei boquiaberto, pois sabia que ela havia saído bem cedo afinal não iria trabalhar.

–Passei sim, eu estava ajudando ela e Leah na lojinha delas.

–Eu te dou folga a senhora vai e trabalha em outro lugar? - cruzei os braços me fazendo de bravo o que a fez rir.

–Oh meu loirinho você sabe que eu não consigo ficar parada né?

–Sei sim. A senhora é ligada nos 220 né?

–Sim... Mas agora senta aqui e toma seu café se não você irá se atrasar pro trabalho

–É verdade. - disse me sentando na cadeira indicada por ela. – Ah, Renée... Tenho visitas tá?

–Não vai me dizer que começou a trazer mulheres para aqui.

–Não, não... Na realidade é sim uma mulher, mas não desse modo! - disse tentando explicar melhor.

–É de que modo meu anjo? Não estou compreendendo.

–Vou lhe explicar, mas senta ai e toma café comigo. - pedi fazendo cara de cachorrinho que caiu da mudança.

–Tudo bem seu dengoso. - ela se acomodou a minha frente nos servindo. - Vai lá desembucha garoto, o que você andou aprontando? - ela me olhava como se eu ainda fosse uma criança traquina, mas acabamos rindo.

–Então tudo começou... - contei a toda historia, mas de modo resumido porque se não eu iria me atrasar para o trabalho.

–Nossa isso que eu chamo de mudanças da noite pro dia. - ela ainda estava perplexa, dei um sorriso de canto e olhei no meu relógio de pulso e já eram quase sete e meia teria que correr.

–É verdade, mas agora eu tenho que correr... - disse me levantando e depositando um beijo em sua testa e ela depositou um em minha bochecha. Sai da cozinha praticamente correndo fui para o segundo andar especificamente ao banheiro. Escovei os dentes, dei uma olhada rápida nas meninas que dormiam profundamente, com exceção de Esme que às vezes sussurrava palavras desconexas.

E sai do quarto descendo as escadas rapidamente indo até o sofá pegando minha maleta. Peguei a chave do carro, e meu celular os colocando em um bolso e a maleta em uma das mãos e sai indo para o hospital.

Pov Esme

Estava na cozinha, preparando um lanche, ouvi passos vindos em minha direção, e após alguns segundos braços fortes me envolveram por trás.

– Hum... Meu lobo mau já chegou?

–Se esta se referindo a mim eu acho que sim... - ele mordeu meu pescoço me causando arrepios e me fazendo soltar um pequeno gemido. A voz de Carlisle soava tão sexy, tão masculina, ou melhor, dizendo de seu jeito rude, como um ogro que era, mas isso era tão excitante.

–É lógico que me referia a você! - digo deixando de lado meus afazeres e me virando de frente para ele, que usava apenas uma cueca apertada, isso me fez sorrir maliciosamente depois mordi os lábios me chegando mais a seu corpo, com um olhar safado deslizei minhas unhas por seu peitoral musculoso completamente exposto para mim.

Ele praticamente rosnou entre dentes. Suas mãos grandes e fortes foram para minha cintura, me erguendo de forma bruta do chão me colocando sobre o balcão.

–Agora eu irei te mostrar o que é um lobo mau...

Ele veio pra cima de mim, me beijando e deixando com que suas mãos grandes explorassem meu corpo, mas de repente eu estava deitada do balcão, eu já não usava mais nem uma peça de roupa, olhei para Carlisle que estava em cima do balcão caminhando lentamente em minha direção, em um ato automático me afastei, e tive a sensação de cair.

Abri meus olhos com o barulho e me sentei de súbito na cama. Olhei para o lado onde tinha uma senhora que estava recolhendo um litro de produto de limpeza que caira no chão.

–Desculpe senhorita, não queria acordá-la. - ela desculpou. Acordar? Quer dizer que não passou de um sonho? Ah merda.

–Está tudo bem. - sorri fraco pra senhora que retribui e voltou a seus afazeres.