Um Verdadeiro Conto escrita por katnissberry


Capítulo 8
Capítulo 8




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Já era segunda-feira. Toda população Norte já tinha conseguido suas vestes, e as senhoritas já tinham arrumado a pele o cabelo para o evento na sexta-feira. Uma chance daquelas de se tornar um nobre era realmente impressionante. Imagina conseguir conquistar o príncipe se casar com ele e ter filhos que um dia poderiam se sentar no trono? Nossa, que sonho... E era exatamente isso que Branca de Neve pensava no caminho para o reino Norte. Ela olhava para o teto da carruagem vazia, e bufava ao pensar que não se casaria com o amor de sua vida, que naquele exato momento invadia o quarto de sua mãe para saber aonde estava Branca de Neve.

–Mãe, onde você a escondeu? –ele perguntou olhando no armário da mãe.

–E por que eu faria isso, Frederick? –perguntou a loira penteando seus fios dourados.

–Porque hoje eu ia pedir a mão dela em casamento e você não gostaria de vê-la em um belo vestido se unindo a mim. –ele falou bravo.

– Pena que seu plano não vai funcionar. –ela disse calma.

–E por que? –ele perguntou nervoso.

–Pois a essa hora, ela já deve estar chegando ao reino Norte onde irá se unir ao príncipe Encantado na sexta-feira. –ela falou sem demonstrar nenhuma preocupação.

–Não, ela não vai. –disse Frederick mexendo em sua capa e correndo pelas escadas do castelo.

–Frederick! –gritou Aurora, se mostrando finalmente preocupada com a ideia de seu filho encontrar Branca de Neve. –Volte aqui!

Já era tarde. Ela olhou pela janela e viu seu filho saindo em cima do cavalo em direção ao Norte. A rainha correu em direção ao pano na parede que escondia seu espelho, e quando finalmente o tirou para falar com seu melhor amigo, ele não estava mais lá. Alguém tinha lhe roubado.

Enquanto isso, Branca de Neve ainda imaginava onde seu amado estava, e finalmente se deu conta, que se casasse com o rei do Norte, nunca mais poderia vê-lo, e então seria como se ele tivesse morrido pra ela. Sem pensar duas vezes, Branca de Neve pulou para fora da carruagem e correu pela floresta que ficava ao lado do caminho de pedras por onde todos cavalgavam. Ela viu uma caverna, mas já tinha ouvido falar que ali morava uma fera, então continuou correndo. Encontrou uma casinha, e então tocou a campainha. Uma senhorita que aparentava ter a mesma idade atendeu.

–Pois não? –perguntou a morena, dentro da casa.

–Desculpe, incomodar, mas eu acabo de fugir de casa. Minha madrasta me maltrata e eu preciso de um lugar para ficar.

–Desculpe, mas aqui não vai dar pra você ficar. –falou a morena.

–Tudo bem, até mais. –disse Branca de Neve voltando a correr.

Quem diria que ela acabara de falar com sua mãe? Aquela morena era ninguém mais ninguém menos que Dorothy Gale, ou então, Úrsula.

Branca de Neve continuou correndo, até que naquela noite, encontrou estadia na casa de sete anões mineiros, que a receberam com muito carinho.

...

Enquanto isso, Margaret acariciava seu novo brinquedinho, recém roubado de Aurora.

–Espelho, espelho meu, que irá conquistar o coração do Encantado?

–Não prevejo o futuro, minha rainha, mas acho que provavelmente será Cinderela, quem nós dois sabemos que tem um verdadeiro amor com o tal. –disse o espelho.

–Perfeito. –disse a rainha.

–Mas posso lhe perguntar o porque da perfeição? Afinal, o certo seria ele se casar com a sua filha, Anastácia.

–Caro espelho, ambos sabemos que amor verdadeiro é a magia mais poderosa. Sendo assim, se eles vivenciarem o amor verdadeiro, estamos ferrados. Mas, se ele ficar com ela e então a Anastácia o beijar a força, Cinderela ficaria magoada, e depois que sua roupa “acidentalmente” ser destruída a meia noite, humilhada. Sugerirei dela ir para o Oeste, sendo assim, me livrarei pra sempre daquela loirinha, que deveria ter abandonado na chuva como sua irmã faz anos atrás.

–Agora entendi o que a senhora deseja, minha rainha. Plano inteligente. –concordou o espelho.

–Eu sei. Agora só me resta esperar por esses cinco dias que me aguardam.

...

Naquela mesma noite, Cinderela se preparava para dormir em sua cama, no alto da torre, enquanto olhava para a janela em sua frente. Era como se naquela noite, as estrelas estivessem mais brilhantes, assim como as joias que ganharia do príncipe. Pelo menos era nisso que ela pensava. Em joias, riqueza em dinheiro. Quem dera aqueles anos todos tivessem mudado seu jeito pensar. Mas, o que anos não fizeram, cinco dias conseguiram, e tudo começou a partir daquela segunda-feira. Quando estava quase dormindo, ela ouviu um barulho, vindo da pequena cortina de sua janela. Ela viu uma sombra passando de um lado para o outro.

–Pombos! Tem alguém querendo dormir. –ela falou sem ânimo.

–Eu não sou um pombo, mas desculpe mesmo assim. –falou uma voz daquela janela.

Quando Cinderela olhou pra lá, viu um menino loiro de olhos brilhantes e um grande sorriso a encarando. Ela odiava o fato de um estranho voador a observar e invadir seu quarto, mas a bela aparência do menino, a fazia esquecer de todos os problemas e maus entendidos.

–Quem é você? –perguntou Cinderela.

–Me desculpe, meu nome é Peter Pan.

–Prazer, sou a Cinderela.


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